Fanfic: até as últimas consequências | Tema: Rebelde [MyM]

até as últimas consequências

capítulo 20 – my fear is fading fast

Música do capítulo: Like a Virgin (Glee Version)

Aproveitando que Nico e os outros estavam distraídos comemorando o sucesso de sua apresentação, Miguel agarrou Mia e beijou-a com uma intensidade que deixou ambos sem fôlego. O rosto da loira, já afogueado pelo exercício de cantar e dançar no palco, ficou ainda mais vermelho, mas ela não se furtou aos carinhos do namorado e correspondeu a eles com igual fogo.

Ao se afastarem, olharam-se com paixão e sem trocar uma palavra perceberam que precisavam ficar sozinhos. Como os outros colegas ainda estavam distraídos celebrando, Miguel pegou Mia pela mão e discretamente levou-a para fora do camarim, para uma área escura e protegida de quem saísse do camarim e viesse da área externa. Quando lá chegaram, ele puxou-a para perto de si, beijando-a com intensidade, enquanto a virava para a parede.

O corpo de Mia vibrava de empolgação e excitamento. Não apenas pela euforia de uma primeira apresentação bem-sucedida, embora fosse também isso, mas pela proximidade de Miguel, pelas promessas que os olhos dele carregavam. Os olhos cor de mel estavam quase castanhos de tão escuros, e a mulher dentro dela reconheceu instintivamente o que tinha causado aquela escuridão. Desejo. Tesão.

Ela sentia a mesma coisa, e por isso não resistiu quando ele discretamente a tirou do camarim, onde seus amigos comemoravam o sucesso da apresentação. A vontade que tinha era de ficar grudada nele, perder-se em seus beijos, em seus abraços, em seus carinhos, e foi exatamente isso que fez quando chegaram a uma área mais escura e protegida, no lado externo do camarim, e Miguel a puxou para si num beijo ardente.

A pele de Mia era macia e quente sob suas mãos, a boca dela convidativa e úmida. Ela cheirava a perfume e a uma leve camada de suor, causado pela dança no palco, e quando seus lábios se colaram ao dela a namorada reagiu com uma intensidade que o incendiou. A timidez dos primeiros beijos deu lugar a uma força que ele não a imaginava capaz, uma ousadia que só a tornava ainda mais atraente aos olhos de Miguel. As mãos de Mia estavam em sua camiseta, usando a peça para puxá-lo para junto dela, e quando Miguel apoiou as mãos na parede, uma de cada lado do corpo da namorada, Mia aproveitou aquela liberdade para erguer a vestimenta e apoiar a mão na barriga dele.

Era a primeira vez que Miguel sentia a pele da namorada na sua, sem qualquer barreira, e um gemido abafado escapou de sua boca. O moreno sentiu os lábios da loira curvarem-se num leve sorriso, e reagiu com uma leve mordida nos lábios dela, um gesto que a fez rir, ofegante. O rapaz tirou uma mão da parede e apoiou nas costas da namorada, na altura da cintura, usando este toque para puxá-la ainda mais para si.

Mia sentiu-se puxada, e seu corpo ficou colado ao de Miguel. Não pela primeira vez, ficou feliz por ser mais baixa do que ele – a posição dos dois dava uma certa privacidade ao que eles faziam e protegia-os de olhos alheios que podiam avistá-los. Mas agora a mão dela estava entre eles, e Mia soltou a camiseta do namorado para colocar a mão na barriga dele, deslizando-a em seguida para as costas de Miguel. A pele de Miguel era quente sob seu toque, os músculos rijos, e o gemido que ele soltou ao sentir a mão dela na pele dele a encorajou, fazendo-a sorrir de triunfo. Sentia o corpo quente, ansiando pelos carinhos de Miguel, a pele dele na sua causando sensações que ela queria conhecer mais e mais, tudo com ele.

Usando a mão apoiada nas costas da namorada, Miguel escorregou-a por baixo da renda branca da blusa de Mia, sentindo a suavidade da camisete que ela usava embaixo. Com o corpo exigindo oxigênio tanto quanto exigia que continuasse a beijar e acariciar Mia, Miguel afastou a boca dos lábios da namorada, apoiando a testa na dela rapidamente antes de encará-la fixamente.

Mia sentiu Miguel terminar o beijo deles e involuntariamente deixou escapar um gemido queixoso. Logo em seguida, sentiu a leve pressão da testa do namorado na sua, e abriu os olhos, vendo-o olhá-la fixamente, uma pergunta nas piscinas cor de mel. O rosto de Miguel estava vermelho, os lábios inchados, a respiração curta. Sabendo que estava do mesmo jeito, senão pior, Mia pressentiu o que ele queria e acenou afirmativamente, usando a mão ainda nas costas do namorado e erguendo de leve o tronco para beijá-lo novamente.

Mia não fazia noção do quanto a imagem dela era uma tentação aos hormônios de Miguel. Mais velho e evidentemente mais experiente do que ela, com um olhar ele pôde ver que ela estava excitada. Os lábios dela estavam inchados e vermelhos, sem qualquer pintura por cima. Os olhos azuis estavam sombrios, encarando-o com uma excitação latente que o fez pulsar. Por baixo da blusa fina e da camisete quase inexistente, os seios dela faziam pressão no tecido, arfantes pela respiração ofegante, os mamilos rijos, exigindo a atenção dele.

Por mais que quisesse afundar-se nela, não podia agir sem que ela permitisse. Por isso, com a mão apoiada na barriga lisa por cima da camisete delicada, apoiou a testa na dela, seus olhos clamando pela autorização que seu corpo exigia e sua boca não tinha coragem de pedir. O rapaz mais sentiu do que viu o aceno afirmativo da namorada, e com um suspiro aliviado sentiu que a namorada o puxava para si e o beijava com renovada vontade.

A virgem inexperiente dentro de Mia tremia ante a intimidade da sua posição com Miguel, mas a loira ignorou aquele instinto de proteção que exigia que se afastasse do namorado, dando ouvidos a outro, que queria mais e mais contato. Arrepiou-se quando a mão do rapaz escorregou para baixo de sua camisete, alisando sua barriga antes de gentilmente subir pelo seu tronco, chegando a seus seios pequenos e macios, a mão quente, áspera e levemente calejada englobando o direito como um todo.

A filha de Franco soltou um gemido baixo contra a boca de Miguel, que afastou os lábios dos dela e deslizou-os gentilmente por seu rosto, em direção ao pescoço frágil e delicado. Mia num gesto instintivo apoiou o rosto no ombro do namorado, com o sangue fervendo ante a intimidade daquele contato. Sentindo-se ousada, virou o rosto de leve, beijando o pescoço de Miguel e mordendo-o delicadamente a pele dele.

Miguel enterrou o rosto no pescoço de Mia para sufocar um gemido selvagem. Sem saber, a namorada atingira seu ponto fraco; carinhos no pescoço o levavam à loucura. A posição em que estavam, os carinhos que tinham trocado até agora, tinham provocado seus hormônios, mas foi aquele último toque suave da boca e dos dentes de Mia em sua pele que o levaram quase ao limite. Queria mais do que qualquer coisa se enterrar na parte mais íntima da namorada, fazê-la sua, tomá-la para si e mostrar a ela a maior intimidade que um homem e uma mulher podiam partilhar.

Mas não podiam. Ainda não. Agora não. Por mais que quisesse e confiasse em sua experiência para tornar o sexo prazeroso para ela, sabia que não poderia viver com a própria consciência se desvalorizasse ainda mais aquele momento para Mia. Por mais que não a amasse, por mais que ela fosse apenas um meio para alcançar seu objetivo final, Mia merecia aquele pequeno gesto de respeito da parte dele.

A imobilidade de Miguel preocupou Mia. Podia quase sentir o braço dele, ainda apoiado na parede próximo a seu corpo, tremendo. Uma onda de insegurança a acertou em cheio, deixando-a inquieta. Sabia que era magra demais, com seios pequenos demais. Miguel estava com a mão em um deles, talvez não tivesse gostado do que tinha encontrado?

O moreno apoiou novamente a testa no ombro de Mia, sentindo a rigidez suave do mamilo duro sob sua palma, o calor e a maciez da pele dela. Respirava fundo, forte, tentando retomar o controle sobre os próprios hormônios. “Mia”, ele disse por fim, com a voz rouca, “eu preciso parar, senão vou fazer algo que você ainda não tá pronta”, admitiu, beijando delicadamente o pescoço da namorada. O primitivo orgulho masculino da posse inundou-o ao vê-la arrepiar-se delicadamente.

A loira arregalou os olhos ao ouvir a voz rouca do namorado, entendendo imediatamente o que ele tinha dito. Seu rosto ficou novamente vermelho e quente, dessa vez não mais de desejo e sim de vergonha, e ela fez um tímido aceno afirmativo com a cabeça, virando o rosto para o lado oposto ao do rosto de Miguel. Estava dividida entre a decepção e a vergonha, com uma vontade de chorar que vinha não sabia de onde, mas sentiu a mão de Miguel em seu rosto, forçando-a delicadamente a encará-lo.

O comportamento de Mia foi uma preocupação para Miguel. Imediatamente, revisou o que tinha feito e dito e soube prontamente que ela tinha entendido mal todos os seus gestos e palavras. Por isso, tirou discretamente a mão de debaixo da blusa da namorada e a fez encará-lo, xingando-se mentalmente ao ver os olhos azuis levemente avermelhados e a vergonha que brilhavam neles. “Mia...” Ele engoliu em seco um nó de raiva que sufocava sua garganta.

Ela tentou desviar os olhos dos dele, mas ele não deixou, e em vez disso fechou-os, forçando a própria voz a sair detrás do bolo de lágrimas que sentia na garganta. “Eu sei que sou magra demais e-” começou.

“Mia, não”, ele interrompeu prontamente. Parabéns, Miguel, seu idiota. Agora deixou a menina insegura, xingou-se. “Pelo amor de Deus, você é linda”.

Ela recusou-se a abrir os olhos. “Quando você pegou no meu peito você parou na hora”, sussurrou, mortificada e arrasada.

Foi a vontade de ver de volta a namorada alegre, entusiasmada, ardente e cheia de vida com a qual estava acostumada que levou Miguel a apoiar uma mão no quadril de Mia e trazer o corpo dela intimamente para perto do dele. O contato fez com que ela abrisse os olhos e o encarasse, e fez Miguel gemer ante aquela pressão tão íntima contra seu órgão ereto.

“Nunca”, ele disse, rouco, olhando-a fixamente e pressionando sua ereção contra o short da namorada, “nunca pense que se eu paro em algum momento é porque eu não te desejo. Mia, você é linda e muito gostosa. Mas... Olha onde a gente está”, ele olhou ao redor, e ela o imitou, automaticamente.

O rosto alvo e delicado ficou vermelho como um tomate ao perceber que, por mais escuro e disfarçado que fosse, o local onde estavam ainda era um local público. “Ah...” Fez ela, entendendo.

“Eu quero muito você, gatinha”, explicou ele, com a voz rouca de desejo, torturada pela proximidade e pelo calor daquele corpo tão feminino. “Mas não aqui. E não agora. Vai ter o momento certo, eu sei que vai. E quando-”

“Quando?” Interrompeu ela, encarando-o. Apoiou a mão na barriga dele, numa carícia leve, com a autoconfiança renovada por sentir a ereção do namorado pressionada contra seu corpo, e ela deu uma risadinha marota ao vê-lo enterrar o rosto no ombro dela e gemer.

A mão dela estava perto demais de seu membro rijo, e Miguel soltou um gemido insatisfeito contra o ombro dela com aquilo. Mas a risadinha baixa e feminina foi um alívio, e ele virou o rosto de leve para poder fitá-la. “É, dona Mia. Quando. Quando isso acontecer, não vai ser num canto escuro de uma lanchonete, na pressa”.

A confiança de Miguel era algo muito excitante para Mia. Sempre foi, desde o primeiro dia em que o viu, e ouvi-lo declarar com todas as letras que eles teriam essa experiência a deixou tão ofegante quanto os beijos e os toques que haviam trocado naquela noite. Com um sorriso radiante, ela deu um beijo rápido e caloroso na boca do namorado, e ela escapou de junto dele. Olhou-o de cima a baixo, ainda no escuro do nicho onde tinham se escondido, e olhou evidentemente para a virilha do namorado.

“Acho melhor te deixar um pouco sozinho, né?” Disse ela, em tom de piada e preocupação, e riu quando ouviu o gemido queixoso do namorado. Soprou um beijo na direção dele antes de se afastar. “Não demora, senão os outros vão ficar curiosos”, alertou, voltando para o camarim.

You’re so fine and you’re mine, make me strong, yeah, you make me bold.

Nota da autora: Eu estou MUITO atrasada nas minhas atualizações, e eu sei disso. Mas passei esse fim de semana com um gatinho, e aí comecei a trabalhar e cadê tempo para atualizar? Mas vou me esforçar pra postar pelo menos um capítulo por dia, ou a cada dois dias, porque estamos chegando na parte interessante da história (eu tenho pelo menos uns 20 capítulos programados, pré- e pós-virada que me motivou a escrever).