Fanfic: O irmão da minha melhor amiga - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy/Hot/Romance/Comédia

   Você já viveu aquela emoção que parece que poderia se tornar lágrimas e riso ao mesmo tempo? É como se sua cabeça não se decidisse como quer que você expresse os sentimentos. Ver Ucker no treino de flag football, na semana seguinte à noite dos jogos, de short preto e camiseta branca justinha foi um desses momentos para mim. Eu estava tão tomada de emoções que, por alguns segundos, senti como se o ar me tivesse sido tirado.

     -Dul, o que está fazendo? -Annie me empurrou, pois eu tinha ficado parada no meio do campo.

      -O Ucker. -respondi, com a voz fraca, e meus joelhos começaram a fraquejar.

  Meu coração estava disparado e meu rosto, em chamas. Tenho que admitir que me senti como se tivesse dez anos de novo e houvesse visto meu amorzinho de infância, Tommy Walker, na aula de inglês mexendo no longo cabelo de surfista.

      -Você está transando com o Ucker? -Annie riu de mim. -Qual é? -disse ela, me observando e dando risadinhas. -Você está bem?

       -Estou. -inspirei o ar fresco longamente e recomecei a andar.

       -Oi, Annie. Oi, Dul. -Ucker sorriu e acenou rapidamente para nós duas antes de continuar o alongamento.

      -Oi. -respondi, sem fôlego.

      -Oi, nerdão. -gritou Annie para ele, e começou a rir quando ele balançou a cabeça. Dava para ver, pela expressão dele, que estava surpreso em nos ver ali.

      -Vê se cresce, Annie. -repreendeu Ucker. Parecia que ele queria dizer mais alguma coisa, mas não disse. Olhou para mim e me deu um pequeno sorriso antes de falar: -Oi, Dul.

      -Oi. -respondi, com um sorrisinho, o coração disparado.

   Eu queria dizer algo mais que "Oi". Queria dizer algo bem-bolado e engraçado. Queria fazê-lo rir e pensar consigo mesmo: "Nossa, essa Dulce é divertida, bonita e inteligente. Preciso ficar com ela agora!" É claro, eu sendo eu mesma, tudo o que falei foi "oi".

     -Quer dizer que vocês se interessam por futebol agora? -ele levantou uma das sobrancelhas para nós enquanto continuava a se alongar. -Ou estão interessadas nos rapazes?

      -Muito engraçado, Ucker. -disse Annie, com a voz mais alta. -Tomara que meu namorado não te escute.

      -Não escute o quê? -de repente Poncho apareceu do nada, e eu o observei devorar Annie com os olhos. Eu queria que Ucker me olhasse assim.

      -O Ucker disse que estamos aqui para conhecer homens. -respondeu Annie, em uma voz decididamente cortante. Eu quis gemer porque o que Ucker disse era em parte verdade, mas só eu queria conhecer uns caras. E o cara que eu me interessava em conhecer melhor era ele.

      -E você está? -perguntou Poncho, sorrindo para ela. -Porque seria meio estranho se você quisesse conhecer um cara aqui. Comigo estando presente e tudo.

      -Ah, é? -disse Annie, com as mãos nos quadris. -Só isso? Seria meio estranho? É tudo o que você tem a dizer?

      -Não acha que seria meio estranho?

      -Então você ficaria numa boa se eu tentasse ficar com outro cara? -ela parecia irritada, e eu queria sacudi-la. -Você ficaria numa boa, mas acharia um pouco estranho?

      -É óbvio que não. -suspirou Poncho. -Você se sentiria melhor se eu dissesse que encheria o cara de porrada?

      -Não acredito em violência. -retrucou Annie, com o rosto sério, depois riu. -Mas, sim, isso me faria sentir melhor.

      -Ei, Annie! -gritou Pablo ao entrar correndo no campo.

  Pablo era o irmão mais novo de Poncho e era um gato. Ele tinha o mesmo cabelo preto e curto, bem como o físico de um jogador de futebol, com pernas longas e esguias, coxas e panturrilhas musculosas e um torso que parecia ter sido esculpido por Michelangelo.

      -Oi, Dul. -ele sorriu para mim e assobiou. -Vocês duas estão bonitas para uma partida de flag football.

      -Obrigada. -respondi, com um sorriso enorme, e Annie riu. Notei que Poncho e Ucker fizeram cara feia quando Pablo veio até nós e nos deu um rápido abraço.

      -Eu não sabia que vocês, meninas, gostavam de futebol. -disse ele, ao se afastar.

      -É, sabe como é. -falei, dando de ombros, para garantir que Annie não ia dizer algo estúpido. -A gente queria fazer um pouco de exercício.

     -Pois é, queremos ficar com tanquinho. -continuou Annie. -E bumbuns torneados.

     -Eu não iria achar ruim se uma de vocês fosse minha namorada. -Pablo piscou para nós, e ambas rimos.

     -Sabe, a Dul está solteira. -comentou Annie, e meu rosto ficou vermelho como um morango enquanto Pablo me olhava, interessado. -Vocês deviam sair juntos qualquer hora.

      -Eu gostaria. -disse ele, assentindo, e me olhou de cima a baixo. -Na verdade, adoraria.

      -Vamos começar o jogo? -a voz de Ucker interrompeu o momento, e seus olhos dispararam adagas para mim. -Isto aqui é um campo de flag football, não um local de encontro  da internet.

      -Não seja babaca. -Annie balançou a cabeça para o irmão, depois me olhou e deu uma piscadinha. -Se o Pablo e a Dul quiserem planejar um encontro, deixa que façam isso.

      -Annie, é sério, vê se cresce. -retrucou Ucker, com uma voz dura, em seguida, ele se virou e assoprou o apito. -Ei, pessoal, já vamos começar. -gritou para todos no campo. -Por favor, cheguem mais para a gente escolher os times.

      -Mandão como sempre. -sussurrou Annie para mim, enquanto nos aproximávamos da multidão que se reunia na frente de Ucker. -Juro que não sei por que você quer namorá-lo. Ele é irritante e detestável demais.

     -Talvez esse jeito mandão seja bom na cama. -murmurei de volta. -Talvez não seja tão irritante.

     -Você vai ter que me contar. -disse ela, dando uma risadinha. -Bem, não quero saber nenhum detalhe específico, só se o sexo compensa isso tudo.

     -Se a gente chegar a transar. -suspirei. -Do jeito que as coisas estão indo, vai demorar.

     -O que vai demorar? -perguntou Poncho ao se aproximar de nós.

     -Ela e o Ucker irem para a cama. -respondeu Annie.

      -Achei que vocês já tivessem ficado. -ele parecia confuso.

      -É, nós transamos uma vez. -falei. -Mas queria saber se um dia vamos transar de novo. -por alguma razão, minha voz foi aumentando de volume e, enquanto falava, percebi que o campo estava em silêncio e algumas pessoas me olhavam.

      -Está pronta, Dul? -perguntou Ucker, em tom sarcástico, me encarando. -Ou gostaria que nós esperássemos enquanto você discute sua vida sexual?

     -Por favor, vai em frente. -disse, olhando feio para ele.

   Que cachorro insuportável! Desviei os olhos, irritada por me ver, por algum motivo, de volta ao meu eu adolescente perto dele. Eu tinha crescido. Era mais autoconfiante. Mais capaz. Não era mais uma adolescentezinha imatura. Era uma mulher adulta e não ia permitir que Ucker me fizesse sentir como se eu fosse uma criancinha travessa. Pelo menos, não fora do quarto.

Oi, oi gente!! Maratona de 6 capitulos pra vcs

Não revisei os capitulos então desculpa se tiver algum erro ortografico ou troca de nomes!