Quinze
“Se somos tão bons juntos, por que negar o prazer?”
Dulce
Enfim, a semana infernal se passou. Depois da confusão com a noiva cadáver, me distanciei do Christopher. Por mais que eu estivesse certa, não deve ter sido fácil para ele ouvir uma constatação tão bombástica daquelas.
Então, a sexta chegou e resolvi adiantar minha saída com a Any. Ao invés do cinema, iríamos relaxar no bar que ela costumava frequentar. Arrumei-me meticulosamente com uma saia curta, saltos e blusinha folgada. Adorava esse look sensual e simples. Apesar de serem longas, minhas pernas eram bem torneadas, resultado das corridas noturnas.
Bom, mas vamos ao que interessa. Quando cheguei ao bendito bar, aquilo estava recheado de homem bonito e gostoso. E, claro, me animei. Senti que a noite poderia realmente valer a pena pela semana de merda que tive, exceto pelas pegadas gostosas do Christopher. Mas... tirando da cabeça aquele safado. Estava toda feliz da vida, até que olhei para o fundo do bar, e vi o filho da mãe sozinho, sentado numa mesa, com os braços fortes estendidos no encosto do sofá, estava sério e extremamente sensual como se dissesse: “Vem me pegar que eu estou facinho...”. É ruim, hein, meu filho!
Mas o desgraçado estava delicioso.
Que droga, aquilo estava parecendo perseguição. E o pior de tudo? Ele estava gostoso, não, isso era pouco. Ele estava deliciosamente comestível. Nunca tinha visto Christopher com roupas casuais, e o resultado foi devastador à minha pobre libido. Vestia calça jeans escura e uma camisa verde que parecia muito com a cor dos seus olhos. Seus cabelos estavam bagunçados, tipo aquele penteado pós-foda.
E o olhar que ele me deu... Oh, Deus. Senti-me nua, por um momento, um ínfimo momento.
Fiquei envergonhada, mas logo passou, porque... Você sabe? Eu não tenho vergonha! Então, dito isso, sorri amplamente para ele e pisquei, e foi quando um sorriso de tubarão abriu em seu rosto. Ai, merda! Tive a impressão de estar perdida naquele instante. Se não fosse por Any me puxar até o bar, eu ia ficar igual a uma estátua parada no meio do caminho.
Sentamos nos bancos e não demorou para alguns caras virem nos abordar. Logo me distraí e meio que me esqueci de que Christopher estava no mesmo recinto, vestido como alguém normal, parecia até humano. Mentira! Ele ficava ainda mais lindo casualmente. Rezava a todos os deuses protetores das mulheres atentadas por demônios de olhos verdes, que ele não viesse jogar seu charme para cima de mim.
Já ouviu falar que pensamento tem poder? Pois é, parece que eu suguei o cara até o meu lado.
Subitamente senti uma respiração quente em meu pescoço e o perfume amadeirado encheu meus sentidos. Conhecia muito bem aquilo. Era como um afrodisíaco, de imediato meu coração pareceu uma escola de samba. Frenético!
Seus lábios roçaram na minha nuca, causando um arrepio por todo meu corpo.
Ele lambeu vagarosamente, e sorriu. Eu senti isso. O filho da mãe sabia o que causava em mim.
— Você está especialmente gostosa hoje, Dulce.
Cara, ele sussurrava meu nome como se fosse um doce gostoso que queria comer. Ops, acho que era isso mesmo.
— É mesmo? E você está especialmente arrogante hoje.
Ele riu, uma risada gostosa e sensual. Os bicos dos meus seios ficaram rígidos na hora. O que esse homem tinha que me deixava desconcertada assim? Ainda bem que eu estava com uma blusinha folgada, porque ele iria perceber o que causava em mim. E isso era uma coisa que eu não queria.
— Sabe, pequena. Eu gosto dessa sua língua afiada. — Se aproximou, mordeu o lóbulo da minha orelha e sussurrou com a voz mais rouca que ouvi. Estava carregada de desejo. — E acho que sei um lugarzinho especial que ela seria ainda mais gostosa.
Virei-me e o encarei. Grande erro, seus olhos estavam semicerrados e o verde estava turvo de desejo.
— E o que faz pensar que eu acharia gostoso? Na verdade não gosto disso que insinuou.
— Menina pervertida. Quem disse que eu falei disso? — Sorriu malicioso.
Prendi os lábios juntos e respirei fundo. Se havia alguém capaz de me levar do patamar de pura luxúria a raiva. Era ele.
— Olha, Christopher, eu não estou a fim de gracinhas. Vim me divertir com minha amiga.
Ele arqueou as sobrancelhas, olhou sobre meus ombros e sorriu.
— Que amiga?
Olhei para o lado e Any tinha sumido. Traidora! Peguei meu celular e Christopher se afastou sentando- se no banco vago.
— Anahí, onde você está?
Ela riu do outro lado da linha.
— Indo pra casa, amiga. Não queria ser abordada por outro mané e resolvi que minha cama seria a melhor opção. E sem drama, Dul, pois sei que você está muito bem acompanhada. — E desligou na minha cara.
— Então, cadê a sua amiga?
Fuzilei-o com os olhos.
— Você sabia que ela tinha saído.
Ele balançou a cabeça e sorriu.
— Sim, ela se despediu. Você não ouviu porque estava muito distraída pensando onde sua língua gostosa iria passear em mim.
Foda! A imagem que se formou em minha mente não ajudou em nada na situação. E o cachorro percebeu.
— Quer saber? Eu sou obrigada a te aturar no escritório, mas aqui não. Vou embora.
Levantei-me deixando Christopher ali com seu ego enorme. E também o corpo lindo e gostoso. Na calçada comecei a andar para o meu carro, quando destravei o alarme e já ia entrar, fui imprensada na porta por um corpo forte atrás de mim. Christopher! Seu perfume chegava primeiro. E ele tinha uma ereção bem avantajada roçando em minhas costas. Abaixou a cabeça e riu.
— Sabe que você atiça o caçador em mim? Adoro isso. Essa briguinha que você provoca, Dul, é só o prelúdio para o que vou fazer com você. Nunca conheci uma mulher assim, doce e azeda. E sabe o quê? Vou ter você todinha. E retiro o que disse lá no escritório. Não quero uma vez só.
Oi amores, não deu pra mim fazer a maratona hj.
Vou deixar pra fazer mais pro fim de semana!!
Beijos♡