Fanfic: Pecaminoso - Adaptada - Hot - Terminada | Tema: Vondy
Cinquenta e Cinco
Outra enfermeira voltou com a autorização de alta, eu peguei Miguel no colo e fui para fora do hospital. Logo na entrada, ele se afastou um pouco e me olhou nos olhos.
Acariciou meu rosto com as mãozinhas gordinhas e sorriu.
— Eu estou bem agora, mamãe. Posso andar, é só a cabeça que machucou.
Eu ri da sua sinceridade, desde bebê ele sempre foi independente e eu ficava triste por estar perdendo meu bebezinho muito rápido, mas ao mesmo tempo feliz porque ele podia se cuidar.
Coloquei-o de pé no chão e segurei sua mãozinha. Ele foi me contando as brincadeiras que fez na escola e eu o observava gesticular e fazer caretas que os amigos imitavam.
Miguel adorava bichos, e fazia sons de todos os tipos de animais. Estávamos rindo e conversando quando ouvi uma voz masculina que me fez gelar por inteira.
— Tá tudo bem, Anahí?
Arregalei meus olhos e vi meu filho parando de falar e encarando Alfonso ao meu lado. Alfonso havia me esperado, não tinha ido embora como pedi. Atrevi-me a levantar a cabeça.
Ele me observava com o rosto enrugado de preocupação e então abaixou os olhos.
Olhou Miguel e sorriu. Quando meu filho correspondeu o sorriso — tudo aconteceu como em uma câmera lenta —, o semblante de Alfonso se fechou e ele franziu a testa, mas logo bateu o reconhecimento.
Não havia maneira dele não reconhecer. Miguel era sua cópia exata. Ainda mais com aquelas covinhas expostas.
Alfonso levantou a cabeça e seus olhos azuis estavam arregalados. E, então, a raiva se apoderou do seu rosto.
— Como você pôde esconder ele de mim por todo esse tempo?
Fechei os olhos e segurei a mãozinha de Miguel com mais força. Meu peito doía por tudo que poderia acontecer. Amaldiçoei o dia que voltei para aquela empresa. Minha única certeza era que ele nunca descobriria o filho, pois ficava a quilômetros de distância. Porém, a vida tem uma maneira de consertar todos nossos erros e nos fazer pagar.
Eu só pedi a Deus para que não me fizesse pagar caro demais.
— Pra que você iria querer saber se nem ao menos se lembrou de mim?
— Por/ra!
Ele se virou com as mãos na cabeça e eu logo peguei Miguel no colo, que já estava assustado com a situação. Tentei pensar numa maneira de amenizar tudo, pois estávamos na rua. Porém, nada vinha à minha cabeça, apenas a possibilidade de ter o meu menino arrancado dos meus braços.
— Mamãe, puque o moço tá bravo? — Ele franziu a testa confuso. Não estava acostumado a ficar perto de homens, os relacionamentos que tive, que foram poucos, ele não sabia e nem conhecia os caras. Não gostava de confundir sua cabecinha desnecessariamente.
Ao escutar a voz de Miguel, Alfonso se voltou para nós com os olhos menos furiosos, que logo se derreteram ao encarar meu menino. Engoliu em seco e se aproximou.
— Posso? — Estendeu os braços querendo pegar meu filho.
Eu não queria, na verdade tinha vontade de sair correndo dali. Porém, não havia escapatória.
Assenti e ele logo pegou Miguel. Olhou em seus olhos e sorriu, um sorriso lindo.
O mesmo que me encantou quando nos conhecemos, mas aquele era diferente. Tinha amor por uma criança que era seu sangue e não teve a oportunidade de conhecer.
Miguel não estava entendendo o que acontecia, olhava para mim todo o tempo até que virou a cabecinha de lado e tocou com o dedo as covinhas do Alfonso.
— Você tem buraquinho na bochecha igual eu. — Sua vozinha baixa me fez engolir o nó que estava em minha garganta.
— Sim, mas as suas são mais bonitas que as minhas.
— Minha mamãe disse que meu pai tinha covinhas. Mas eu não conheço meu pai.
Alfonso se virou para mim com o rosto fechado e respirou fundo.
— Tenho certeza que seu pai gosta muito de você. Qual o seu nome?
— Miguel.
— Bom, Miguel, agora você não vai precisar mais ficar longe do seu pai. Nunca vou me afastar de você. Ninguém será capaz de me obrigar a isso.
E me olhou com os olhos cheios de desgosto e repulsa. Desviei meu olhar e pedi a Deus para que não deixasse Alfonso levar meu menino, que era minha única salvação. O amor da minha vida.
— Vamos, Anahí. Temos que conversar, aqui não é o lugar adequado.
Assenti e estendi os braços para pegar meu filho. A contragosto ele me devolveu.
Logo que o tive em meus braços, o apertei forte e beijei sua cabecinha.
— Mamãe tá tiste? O que eu fiz?
Sorri tristemente com os olhos cheio de lágrimas.
— Nada, querido. Mamãe está com medo.
Ele riu e pegou meu rosto com as duas mãozinhas.
— Não fica com medo, mamãe. Eu vou te poteger.
****
Nunca senti esse tipo de amor, é único e inexplicável.
Simplesmente tomou conta de mim.
Alfonso
Todos nós temos um limite. Perdoamos até certo ponto. Eu estava quase explodindo de tanta fúria. Se havia uma coisa que prometi a mim mesmo, era nunca abandonar um filho. De maneira alguma o deixaria crescer sem a minha presença.
E meu maior pesadelo tinha se concretizado. Eu tinha um filho de três anos e meio, independente e que nem me conhecia. Minha vontade era arrancar dela o motivo de ter escondido meu menino por tanto tempo na maior cara dura.
— Indica o caminho até a sua casa — vociferei olhando de esguelha.
Anahí me olhou assustada e apertou Miguel em seus braços. Porém, mesmo assim deu as instruções de onde morava. Parei em frente a um prédio de classe média e desci.
Não seria gentil ou cortês com ela. Não merecia nada de mim a não ser raiva e desprezo.
Subimos em silêncio e Miguel ficava me encarando pelo ombro da mãe. Era impressionante a semelhança dele comigo. E o amor que sentia no peito por aquele menino que mal conhecia era enorme, e saber que ele não sabia quem eu era me dilacerava por inteiro. O que só fazia minha raiva aumentar.
Quando chegamos ao seu andar, notei uma senhora baixa, de cabelos grisalhos e gordinha varrendo o corredor. Ao ver Anahí, ela franziu a testa.
— Ué, menina, o que está fazendo a essa hora em casa? Aconteceu alguma coisa com o Miguelzinho?
Quando ouviu a voz da mulher, Miguel se levantou e estendeu os braços para ela.
— Vó, uma miguinha me purrou e machuquei a cabeça.
— Oh, mas que peninha. Tá doendo, meu filho? — Passou a mão pela cabeça do meu filho carinhosamente.
— Mamãe já deu bejinho e saro.
— Ah, sua mãe é um anjo! — Levantou a cabeça e me encarou. — E quem é esse jovem... Oh, meu Deus!
Virou-se para Anahí, que abaixou a cabeça parecendo envergonhada.
Oi amores, acho q mais tarde dá tempo pra mim terminar de postar a narração Ponny!
Beijos❤
Autor(a): GDesign
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Cinquenta e Seis Provavelmente reconheceu o pequeno em seus braços em mim. Pisquei os olhos tentando afastar a raiva contida no meu peito. — Vamos, Anahí? Ela assentiu e pegou Miguel dos braços da mulher, caminhando para a porta no final do corredor. Ao passar pela senhora, esta me segurou pelo braço e olhou em meus olhos. — Cuidad ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 518
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vicunhawebs Postado em 04/04/2019 - 13:28:07
Acabei de ler a fanfic e amei de paixão. Poderia ter continuação haha
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VictóriaS2 Postado em 01/04/2019 - 14:36:26
Gi, vc pretende voltar com suas outras fics?
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VictóriaS2 Postado em 14/03/2019 - 18:38:10
Sdd dessa tbm, adorava ler quando chegava do clg kkkkkk
Giullya Postado em 15/03/2019 - 15:23:05
Pse ne, bom demais ler quando vc chega em casa adorooo!
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tifanny Postado em 09/03/2018 - 13:50:35
Terminei de ler!! que fic maravilhosa, vou ficar com sdd da Dulce atrevida kkkk *-*
Giullya Postado em 09/03/2018 - 14:00:22
Ahh obg <3 Dulce vai ficar marcada assim como o chefinho carrasco kkkk *-*
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♥Paola_Martinez♣ Postado em 19/01/2018 - 08:23:48
Que saudades da fanfic T-T
Giullya Postado em 09/03/2018 - 13:58:58
Realmente T-T
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Thay💎 Postado em 28/11/2017 - 21:58:50
Aah q saudade dessa fic!!
Giullya Postado em 09/03/2018 - 13:58:30
Siim T-T estou morrendo tbmm!
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tahnayane Postado em 26/10/2017 - 12:38:25
Amei, muito boa!
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Giullya Postado em 15/10/2017 - 10:25:29
Olá meninas, obrigado por terem acompanhado suas lindas!! Beijos <3
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paola_martinez Postado em 01/10/2017 - 11:03:26
Ameeeeiiiii melhor fic q já li *-* parabéns amore tudo de bom nas próximas fics!!!
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vondy14 Postado em 29/09/2017 - 23:11:36
Parabéns pela fanfic, foi incrível.