Fanfic: Pecaminoso - Adaptada - Hot - Terminada | Tema: Vondy
Ela chorava sem parar, mas silenciosamente. As lágrimas não paravam de descer em seu rosto molhando a nós dois.
— Não fala assim, Christopher. Nunca mais quero passar por isso. Daqui a pouco a ambulância chega e você vai ficar bem.
Assenti e a abracei novamente.
— Ai, Deus. O que aconteceu aqui?
Nós viramos ao ouvir a voz da Anahí. Ela estava ali parada e ofegante, provavelmente de descer as escadas, parecendo assustada e curiosa.
— Foi tipo um bang-bang, Any. Eu levei um tiro e a criminosa fugiu.
Ela arregalou os olhos e se aproximou, ajoelhando-se ao meu lado.
— Bem que Alfonso disse para tomar conta de você, Dulce. Como vieram parar aqui? Cadê o Alfonso?
Droga! Ela iria surtar quando eu dissesse. Mas não pude fazer nada para impedir meu amigo. Só pensava na dor que sentia e em ter minha mulher em meus braços.
— Para encurtar a história? A Angelique é mandante do golpe contra a empresa, matou minha noiva, é irmã bastarda da Belinda e é louca. Tentou matar a Dulce que veio atrás dela, atirou em mim e fugiu de carro. Alan foi atrás dela.
Vi quando Any ficou branca e se sentou ao meu lado com as mãos na boca. Sabia o que ela estava sentindo, passei pelo mesmo há alguns minutos atrás. Enlacei seu ombro e a abracei. Quando a ambulância chegou estávamos assim: eu sangrando, pois não estava pressionando mais a ferida, abraçado a duas mulheres maravilhosas. Bem, o que um homem machucado poderia pedir mais?
Fomos para o hospital onde levei alguns pontos. O tiro pegou de raspão na minha cintura e tomei alguns litros de soro. Anahí ficou do lado de fora, para esperar por notícias do meu amigo, ela estava em desespero com medo de que algo ruim acontecesse com ele.
Acreditei que Alfonso não faria nada precipitado, pois tinha acabado de descobrir sua família e estava muito feliz com isso.
Eu estava acalmando Dulce — que se mantinha tensa por causa de todo o transtorno que passamos — quando Poncho entrou no quarto, com Anahí grudada em sua cintura e chorando descontroladamente.
Avaliei meu amigo e notei que estava apenas desarrumado do ataque da sua mulher. Sorri e o cumprimentei, mas a expressão em seu rosto não era das melhores.
— Angelique capotou com o carro e foi trazida às pressas para o hospital. Não sei se ela sobrevive, o acidente foi muito feio.
Assenti e respirei profundamente. Naquele momento acreditei fielmente na lei de Newton: Toda ação tem sua reação.
***
Seu sorriso doce me incendeia completamente, você é minha sweet girl.
Alfonso
Quando vi Christopher gritando, um som que doeu em meu coração, logo depois o vi descendo aquela escadaria como um louco. Não pensei duas vezes e o segui. Chegamos ao estacionamento e tudo virou um pandemônio.
Em questão de segundos tudo aconteceu ao mesmo tempo. Dulce corria em nossa direção como louca, Christopher levava um tiro e Angelique fugia impune.
Mesmo querendo ficar e ver se meu amigo estava bem, eu não pensei duas vezes e fui atrás da louca cantando pneus. Senti-me num filme de ação, apesar de ainda ser cedo o trânsito já estava caótico e não foi uma perseguição fácil, como aquelas que costumamos ver na televisão. Eu quase a perdi de vista várias vezes. Em uma manobra ousada emparelhei meu carro com o dela e a encarei.
Ela devolveu meu olhar com os olhos vidrados, pois parecia descontrolada. Angelique virou o volante e encostou-se a mim quase me fazendo perder a direção. Mesmo assim insisti, não pensava em nada já que minha adrenalina estava a mil, mas decidi recuar um pouco. Afinal, a mulher era louca e capaz de tudo.
Fiquei um pouco para trás quando me preparei para encurralá-la no acostamento, Angelique fechou um caminhão que não deu passagem, assim seu carro bateu na mureta da pista e capotou três vezes antes de parar, todo destroçado.
Parei meu carro e desci. Com o celular na mão já liguei para a ambulância, pois pelo estado que ficou o automóvel, não parecia nada bom. Logo eles chegaram e a retiraram daquele monte de ferro retorcido. Ela estava desacordada e com muitos machucados pelo corpo.
Pelo que os paramédicos disseram, o prognóstico não era dos melhores.
Estava voltando para o meu carro quando o celular vibrou na minha mão. Olhei para a tela e um sorriso estampou em meu rosto.
— Olá, sweet girl.
— Alfonso, onde você está? Tá bem? Ai, meu Deus! Que confusão. — A voz de Anahí soou desesperada e chorosa.
— Calma, princesa. Estou bem sim, onde vocês estão? Suponho que Christopher foi para o hospital.
— Sim, estamos naquele que trouxemos o Miguel.
— Ok, me espera que estou chegando.
— Tenha cuidado.
— Pode deixar.
Fui sorrindo para o hospital. Por quê? Minha garota estava preocupada comigo, e isso me encheu de felicidade. Não continha a ânsia de encontrá-la. Ao chegar lá, estacionei o carro e fui direto para a recepção, mas ao pisar na entrada fui quase derrubado no chão por um furacão loiro.
Envolvi meus braços em volta do corpo da Any e a esperei se acalmar, mas então ela se afastou bruscamente me fuzilando com o olhar.
— Nunca mais me assuste desse jeito. Como você pôde ir atrás daquela maluca? Ela estava armada, seu doido. — Bateu em meu peito com as mãos em punho, frisando cada palavra. — E se levasse um tiro? Você tem um filho que espera ouvir sua voz todos os dias. E eu, caramba, como fico sem você, Alfonso? Não pensou em nada disso, né?
E aquele sorriso idiota não saía do meu rosto. Mesmo levando a maior bronca da história não conseguia sentir outra coisa a não ser felicidade. Peguei seu rosto entre minhas mãos e sorri, encostei nossos narizes sentindo sua respiração entrecortada na minha bochecha. Não tinha outro lugar e situação melhor para o que eu mais queria fazer, aquele era o momento, podia sentir.
— Casa comigo, sweet girl?
Ela arregalou os olhos e se jogou em meus braços. Eu a beijei apaixonadamente e com tanto sentimento que não saberia enumerar. Nunca imaginei que ao sair de Nova York teria uma família linda à minha espera. Só podia agradecer a Deus por isso. E não poderia estar mais feliz.
Desgrudei nossos lábios e olhei fixamente em seu rosto. Anahí não parava de chorar e eu não sabia dizer o que isso significava.
— Então? Por favor, não demore a responder, porque estou morrendo aqui.
Um sorriso lindo apareceu em seus lábios que fez seu narizinho enrugar, ela ficava perfeita daquele jeito. Ria e soluçava ao mesmo tempo.
— Sim! — Peguei pela cintura e a rodei, mais feliz do que poderia pedir a Deus.
Quando a soltei no chão novamente, ela me olhou muito séria. — Nunca mais faça isso novamente, Alfonso. Nunca, entendeu?
Assenti e a encarei, antes de qualquer coisa precisava fazer a pergunta mais importante da minha vida.
— Você me ama?
Mesmo que a resposta fosse negativa. Eu precisava saber, pois se não fosse agora eu a faria me amar. Cuidando e zelando por esse sentimento cada dia que passasse, encheria Anahí de carinho e atenção que não sobraria espaço para nada mais a não ser amor.
Peguei seu queixo entre meus dedos e a fiz inclinar a cabeça. Rocei meus lábios nos dela e respirei fundo.
— Se não ama, não tem proble...
— Cala a boca e me deixa falar, por favor?
Sorri e balancei a cabeça. Engoli em seco umas três vezes e senti meu coração disparado, o sangue era bombeado em minhas veias tão rapidamente que estava ficando meio tonto.
— Eu te amei desde aquela noite que passamos juntos. E mesmo não querendo, o sentimento só cresceu. Cada vez que olhava para o rostinho do Miguel e via nosso filho se desenvolvendo e ficando mais parecido com você, meu amor aumentou em proporções gigantescas que não sabia como lidar com tudo. Então, não existe alternativa para nós. Eu aceito me casar com você porque te amo com todo meu coração e alma e acredito que ele transbordou, afinal temos nosso menino lindo.
E para mim não havia felicidade maior que aquela declaração. Pela primeira vez, adorei que alguém me mandasse calar a boca. Ficamos mais um tempo abraçados curtindo um ao outro. Quando me afastei Anahí chorava, disse ser de euforia e desespero pela preocupação que causei a ela.
Resolvi, então, ir ver como meu amigo estava, pelo que Any me contou ele tinha levado um tiro de raspão e com o sangue que perdeu precisava tomar soro. Entrei no quarto com minha princesa agarrada a minha cintura e o rosto molhado de tanto chorar. Christopher estava deitado e Dul tinha a cabeça apoiada em seu peito, porém quando nos viu ela se afastou, sentando-se ereta.
Seus olhos estavam inchados e o rosto vermelho. Mesmo não querendo incomodá-los precisava contar sobre o acidente.
— Angelique capotou com o carro e foi trazida às pressas para o hospital. Não sei se ela sobrevive, o acidente foi muito feio.
Meu amigo sentou-se fazendo uma careta de dor e Dul o ajudou. Ele balançou a cabeça e respirou profundamente.
— Será que é sério? Precisamos avisar a Belinda, por mais que eu as odeie, é a única família da Angelique.
— Eu sei, já passei às autoridades o contato da sua irmã. E como você tá, cara? Vejo que tem uma enfermeira particular. — Balancei as sobrancelhas fazendo rir.
Dul estreitou os olhos pra mim e fungou. Christopher a abraçou e beijou o topo da sua cabeça. Eles estavam diferentes, pareciam mais carinhosos um com o outro. Talvez a perspectiva de nunca mais se verem e depois toda a adrenalina que passaram tenha amolecido seus corações.
Isso era bom, pois se continuassem com a personalidade primal de ambos, se matariam com certeza.
— Sim, a melhor. Bom, Alfonso. Pelo jeito eu só vou sair daqui mais tarde, ainda tenho mais dois desses para tomar. — Apontou o frasco de soro pendurado no suporte. — Você pode vir nos buscar depois?
— Com certeza, vou levar Anahí para casa e ver como estão as coisas na empresa.
— Como assim me levar para casa? Acha que só porque vai se casar comigo pode mandar assim em mim?
Ela me fuzilou com o olhar e eu só conseguia sorrir como um o/tário total.
— Peraí, como assim? Vocês vão se casar? Quando, como? Meu Deus, quanta coisa acontecendo.
Dul havia se desgrudado de Christopher e estava parada no meio do quarto com uma cara engraçada, realmente parecia confusa. Tadinha, passou por tanta coisa em poucas horas.
Imagina se Christopher a pedisse em casamento também? E pelo olhar admirado do meu amigo isso não demoraria muito para acontecer. Any desviou o olhar e deu pulinho em direção à amiga. Mulheres!
— Ai, sim. Ele me pediu não tem dez minutos.
— E você aceitou? Caramba, Any! Sortuda, filha da mãe. O cara é gato demais, vai ter que furar os olhos das desclassificadas que, com certeza, vão comer seu homem.
Anahí jogou o cabelo para trás, dramaticamente.
— Eu me garanto, querida.
As duas caíram na gargalhada de alguma piada que só elas conheciam. Dei de ombros e me aproximei do Christopher, deixando-as fofocando. Acredito que já estavam planejando tudo para o casamento.
— Parabéns, cara. Vai ter a família que tanto quis.
Sorri e assenti, me sentei ao lado dele batendo em seu ombro.
— Obrigado! E você, meu amigo, como está se sentindo com tudo que aconteceu?
Ele me encarou fazendo uma careta e balançou a cabeça.
— Sinceramente? Só consigo pensar que aquela maluca tinha minha mulher nas mãos. Nada mais invade meus pensamentos agora. Você não tem ideia do medo que senti quando estava ao telefone com a louca.
Bufei.
— Tenho sim, senti seu grito angustiado como se fosse meu.
— Foi horrível, nunca quero passar por isso novamente, mas tudo correu bem na medida do possível.
— Sim, você só levou um tiro e tá tudo bem.
— Antes eu do que ela... — Olhou para sua mulher, que sorria feliz.
Assenti sabendo exatamente o que ele queria dizer. Daria a minha vida por Anahí e Miguel também. Sem nem piscar.
— Bom, vou indo. Mais tarde a gente se fala. Quer que traga alguma coisa?
Ele olhou sorrindo para o vestido de hospital que usava.
— Sim, calças. — Rimos juntos e saí prometendo voltar no fim da tarde.
Estávamos perto da hora do almoço e decidimos ir para a casa da Anahí. Ela disse que queria preparar alguma coisa para nós. Concordei, pois qualquer momento que passasse ao seu lado seria perfeito.
Agora tínhamos um compromisso e eu estava louco para contar ao Miguel.
Anahí me deixou na sala e foi para o quarto trocar de roupa, disse querer colocar algo mais confortável e preparar o almoço. Eu fiquei meio inquieto sentado ali, esperando.
Droga! Só conseguia imaginar minha mulher naquele quarto, nua e escolhendo uma roupa para vestir.
— Quer saber? Eu não vou ficar esperando não.
Assim que me levantei, pronto para buscá-la, Any apareceu à minha frente. Linda demais, com um short curto, camisa larga de botão e os cabelos presos num rabo de cavalo.
Podia sentir a maciez da sua pele em meus lábios. Estava consumido de desejo, precisava tê-la. Mas não sabia se era o que ela queria.
Antes nosso relacionamento estava frágil, mas será que ainda tinha que ter cuidado ao tocá-la? Ou podia ir em frente sem restrições?
Mas prometi uma coisa a mim mesmo enquanto a via passear pela cozinha. Ao final do dia faria com que Anahí fosse minha novamente. Em todos os sentidos!
Autor(a): GDesign
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 518
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vicunhawebs Postado em 04/04/2019 - 13:28:07
Acabei de ler a fanfic e amei de paixão. Poderia ter continuação haha
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VictóriaS2 Postado em 01/04/2019 - 14:36:26
Gi, vc pretende voltar com suas outras fics?
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VictóriaS2 Postado em 14/03/2019 - 18:38:10
Sdd dessa tbm, adorava ler quando chegava do clg kkkkkk
Giullya Postado em 15/03/2019 - 15:23:05
Pse ne, bom demais ler quando vc chega em casa adorooo!
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tifanny Postado em 09/03/2018 - 13:50:35
Terminei de ler!! que fic maravilhosa, vou ficar com sdd da Dulce atrevida kkkk *-*
Giullya Postado em 09/03/2018 - 14:00:22
Ahh obg <3 Dulce vai ficar marcada assim como o chefinho carrasco kkkk *-*
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♥Paola_Martinez♣ Postado em 19/01/2018 - 08:23:48
Que saudades da fanfic T-T
Giullya Postado em 09/03/2018 - 13:58:58
Realmente T-T
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Thay💎 Postado em 28/11/2017 - 21:58:50
Aah q saudade dessa fic!!
Giullya Postado em 09/03/2018 - 13:58:30
Siim T-T estou morrendo tbmm!
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tahnayane Postado em 26/10/2017 - 12:38:25
Amei, muito boa!
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Giullya Postado em 15/10/2017 - 10:25:29
Olá meninas, obrigado por terem acompanhado suas lindas!! Beijos <3
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paola_martinez Postado em 01/10/2017 - 11:03:26
Ameeeeiiiii melhor fic q já li *-* parabéns amore tudo de bom nas próximas fics!!!
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vondy14 Postado em 29/09/2017 - 23:11:36
Parabéns pela fanfic, foi incrível.