Fanfic: Deuses de Neon | Tema: Saint Seiya
Notas da Autora
Amei American Gods e NÃO É um crossover, é apenas uma inspiração ok? Que fique bem claro que não há muita conexão com a série de Neil Gaiman mas sim conta como inspiração para esta autora.
Espero não receber pedras pois é bem diferente de tudo que já vi por ai.
****SPOILER DE AMERICAN GODS: O único spoiler é que há de fato um Jinn (gênio)
Beijos!
Capítulo 1 - Os Santos em Atenas
Os Santos em Atenas
O fétido beco onde Milo se encontrava comprando um hambúrguer em Atenas era sempre palco de brigas de rua. Aquela noite não seria diferente.
Entretanto os moleques que adoravam digladiarem-se entre si não achavam que iriam perturbar um cavaleiro de armadura divina como Milo de Escorpião. Fazia pouco tempo em que estava se acostumando a vida moderna da nova Grécia.
Comer hambúrgueres? Não era bem uma tentação. Mas derrubar sua refeição e a de mais cavaleiros que esperavam famintos em casa, era demais. Os garotos o desafiavam somente por conta de sua longa cabeleira azul, o insultavam com palavras como “viadinho”, “bichona” e “onde comprou a peruca?”
Milo os encarou com raiva. Olhou seus sanduíches no chão e ao erguer o olhar, ativou seu cosmo e ondas quase imperceptíveis vermelhas atingiram os garotos, envenenando-os em segundos. A dor era excruciante e Milo apenas sorriu.
Em um momento de distração, Ares apareceu em sua frente e o esbofeteou.
- Está louco? Quer que os encontrem fácil assim? Encontrando a você, encontraram a mim, seu verme! – Ares parecia descontrolado.
Milo baixou a cabeça.
- Perdão, Mestre Ares...
- Vá embora e eu recolho a bagunça desses corpos...Vou mandar entregar seus sanduiches!
- Sim, Mestre...- Respondeu Milo dando-lhe as costas;
Milo havia reparado que sua forma humana era bem diferente agora do que quando o viram pela primeira vez há meses atrás. Ares usava calças jeans e camisas xadrez. Era baixo e usava somente um broche de ouro em formato de espada que Milo achava que tinha algum significado especial pois as duas vezes que o vira nesse formato humano, estava usando-o.
Algumas prostitutas na saída do beco se ofereciam a ele pela beleza de seu rosto e corpo e também achando que ele podia pagar por seus serviços. Quanto engano! Trabalhava para pagar o aluguel do apartamento que dividia com Camus, Afrodite, Máscara da Morte, Shura e Aioria. Os demais cavaleiros não sabiam seu paradeiro ainda. Apenas sabiam que haviam sido despertados da morte como eles.
A ruidosa Atenas ainda era bonita, pensava Milo ao retornar para casa. Mas sentia falta da velha vida no Santuário. Virou a esquina e podia ver já o prédio onde moravam todos juntos. A noite estava linda e podia ver ao longe o Pártenon*. Suspirou.
Ao chegar no apartamento, tomou o elevador com uma moça muito bonita.
- Pode apertar o doze para mim? – Pediu ela.
- Sim, claro. – Milo fez um movimento com a mão e apertou o botão doze onde ela deveria descer do elevador. Apertou para si o oitavo botão.
Achava aquilo muito significativo. O seu apartamento que dividia com os demais cavaleiros era o oitavo como sua oitava casa de Escorpião.
Lembrou-se nesse momento dos rapazes que matara com suas ondas venenosas no beco e não sabia se sentia remorso. Milo era um homem muito cruel quando queria mas de profundo senso de justiça. Estava arrependido mas achou que Ares daria um jeito de trazê-los de volta a vida depois daquele ato impensado.
Estava estressado com a vida que levava. Ares havia conseguido, ele não sabia como, emprego para todos eles. Empregos comuns para que se passassem por pessoas comuns e não levantassem suspeitas dos Deuses sobre quem eram. Até haviam recebido nomes comuns para que pudessem se confundir na multidão.
- Oitavo, moço – disse a moça segurando a porta do elevador para ele, foi nesse momento que Milo despertou de seus pensamentos.
- Desculpe, sinto muito, obrigada – Ele sorriu sem graça e saiu apressadamente.
Ela deu um tchauzinho com a mão para ele antes que a porta do elevador se fechasse. Milo levou a mão a cabeça rindo de si mesmo.
Encaminhou-se para o apartamento e ao abrir a porta deparou-se com toda a tropa sentados nos dois sofás da sala, olhando famintos para ele com cara de crianças.
- Cadê o lanche, Milo?!- Resmungou Shura.
- Ué, o sujeito vai comprar nosso jantar e volta de mãos vazias! – disse Máscara – O que você aprontou dessa vez, Milo?
- Eu to morto de fome, porra! – disse Afrodite.
- Calmaaa!! – ele abriu as mãos para todos – Eu fui naquele maldito beco onde o senhorzinho faz hambúrgueres e os garotos me desafiaram, jogaram nosso lanche no chão, eu tive que matar todos!
- Que?!!- Exclamou Afrodite de Peixes – Você ta ficando maluco? Sabe que Ares não permite isso! Você matou civis?
- Ah, Afrodite vai você na rua buscar comida que eu vou me deitar, pra mim hoje já chega! Eu odeio tudo isso! – disse saindo apressadamente para o quarto.
Camus apenas o observou, calado.
- Eu vou no Restaurante aqui de baixo, aff fome viu! – Respondeu Aioria.
Máscara da morte riu e em seguida tragou seu cigarro pondo o braço sobre o sofá. Estava sem camisa no calor de verão da Grécia. Afrodite o olhou de soslaio, observando o torso nú do outro e como se movia. Máscara viu de relance Afrodite o comer com os olhos.
Aioria saiu e Shura foi tomar banho. Camus foi até o quarto falar com Milo. O Escorpiano estava deitado desleixadamente de bruços sobre a cama, sem camisa na frente de um ventilador pobre que mexia para os dois lados. Os cabelos azuis caiam sobre seus ombros enquanto ele reclamava coisas indizíveis aos ouvidos de Camus.
- Quer conversar sobre o que aconteceu?
Milo abriu os olhos e levantou a cabeça olhando Camus.
- Não, tudo bem, quer dizer... Eu to me sentindo um assassino cruel de civis inocentes mas tudo bem, vai passar...
- Você só precisa aprender a se controlar, Milo...
- É, eu sei, Ares vai dar um jeito naquilo e eles voltarão a vida... é o que eu venho me dizendo até aqui...mas sabe,- Ele se virou e encarou Camus, fuzilando com o lindo olhar azul – Eu odeio essa vida aqui. Atena deve ser testemunha do quanto eu odeio estar entre os civis.
- Sim, ela sabe...- Disse Camus disfarçando o quanto ficara embaraçado com o olhar azul fuzilante e lindo de Milo.
- E você? O que fez hoje, Camus? – Perguntou para engatarem em um assunto
- Ah! – Ele riu-se – Atendi as pessoas no caixa da loja, a fila estava imensa...dia normal. E você? – Camus passeava os olhos pelo corpo lindo e musculoso de Milo.
- Eu? Carreguei baldes de areia para lotar um caminhão... super divertido! – disse com desdém sorrindo sarcasticamente.
- Parece que ninguém está feliz não é?
- E como poderíamos estar? – Ele se levantou e fechou o zíper da calça, movimento que fez com que seus cabelos longos azuis escorressem por seus ombros e tapassem um pouco seu rosto. Camus se deliciou com a visão.
Em certos momentos os cavaleiros esqueciam-se do que foram fazer ali e se enredavam nos meandros dos prazeres carnais. O prazer de Camus era observar Milo e o de Milo era ser observado por Camus. Afinal, nada acontecia por semanas a fio. Ares os contactava muito pouco pois seu trabalho ainda estava começando em reunir os demais Deuses que aceitavam seu plano. Felizes ou não, os cavaleiros dourados precisavam seguir a vida que Ares havia preparado para eles.
Na sala, Afrodite cruzava as pernas depois de pegar um livro para ler. Máscara terminava seu cigarro e levantou-se, andando até a janela do pequeno apartamento. Ele ficou de costas para Afrodite que pôde se deliciar com a visão do corpo másculo e viril do cavaleiro de câncer. Os cabelos dele eram curtos e castanhos até os ombros, não tão longos como os de Afrodite, Milo e Camus.
O homem é uma escultura que anda, Pensou Afrodite.
Máscara sentiu os olhos do outro sobre ele e se virou, Afrodite foi mais rápido e tornou os olhos ao livro a sua frente. Máscara da Morte sorriu de lado. Achava Afrodite igualmente belo. O cavaleiro da décima segunda casa era um tanto andrógeno. Parecia homem, parecia mulher. Mas ainda assim era bonito e sexy.
Máscara resmungou sobre não poderem ter uma televisão. Ares não permitira que pegassem em nenhum aparelho eletrônico no apartamento. Temia os novos Deuses para os quais a humanidade prestava grande atenção. Não queria isso para seus amados cavaleiros recém chegados aquele século.
Aioria saia do banho. Máscara riu.
- Pensei que ia mofar lá dentro! Minha vez!
- Minha vez! – Disse Afrodite em uníssono com Máscara da Morte.
- Vai, Afrodite, vai! – Respondeu ele.
O rapaz dos cabelos azul piscina foi correndo para o banheiro.
- Agora você espera, seu bruto! – e gargalhou.
Aioria olhou para Máscara secando os cabelos com a toalha.
- Parece uma mulher mesmo!
Máscara da Morte sorriu e cruzou os braços esperando sua vez de tomar banho.
- Que vidinha ein!
Shura chegava com o jantar para todos. Macarrão a bolonhesa. Afrodite pôs a mesa. Shura o ajudou. Milo levou o ventilador para a sala resmungando do calor.
- Vamos comprar um ar condicionado! – disse Afrodite.
- Ah então vou me mudar para o quarto! – disse Aioria – Vamos dormir no chão, eu e Shura!
Todos gargalhavam e conversavam animadamente enquanto longe dali Ares preparava o primeiro desafio dos cavaleiros no novo mundo. Havia encontrado um Jinn* e precisava convencê-lo a vir para seu lado. Entretanto o Jinn tinha uma avidez por homens belos e viris.
Notas Finais
Autor(a): missdeathmask
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