Fanfic: Doce Mentira | Tema: Vondy Barken

Dulce entrava no restaurante LaCreme com uma pequena cesta nas mãos. Decidiu em cima da hora fazer uma visita pra Alex no trabalho e havia levado um pequeno mimo. Ela olha pra um pequeno tumulto que tinha no canto do restaurante e se aproxima. Havia varias pessoas em volta porem apenas uma gritava.

- não me interessa, tirem esse imundo daqui – Anahí berrava – ele assustou meu noivo, é responsabilidade de vocês manterem pessoas como esse ai longe de pessoas como eu

- eu não fiz nada demais senhora, estava apenas pedindo um pouco de comida – o homem declara

- você é um parasita, eu não deveria nem estar respirando o mesmo ar que você – Anahí diz rude – suma daqui

- eu .. eu estou faminto – o homem a sua frente abaixa a cabeça

- não estou nem ai, se você esta faminto ou não, apenas desapareça antes que polua todo o ar – ela ergue o queixo se mostrando superior

- senhora .. . apenas me ajude – ele estende a mão

- ai que nojo – se afasta – não ouse me tocar imundo – diz fazendo careta –ALGUÉM TIRA ESSE SER DAQUI – grita irritada

- NÃO O TRATE ASSIM – Dulce dá um berro se colocando entre Anahí e o homem

Anahí olha a ruiva que ousara levantar a voz pra ela de cima a baixo. Dulce por outro lado, a olhava completamente descrente. Como alguém poderia tratar de forma tão desumana uma pessoa ? era o que se perguntava em pensamento.

- ele é uma pessoa como qualquer outra que está presente nesse restaurante  – Dulce olha pra multidão que estava presente -  será que só por que ele não teve a mesma sorte de nascer em um berço de ouro como vocês, ele deve ser tratado como um lixo ? ele é uma PESSOA, também é filho de Deus, pode ter sim, menos dinheiro que vocês mas continua sendo um semelhante que possui sentimentos. – ela encara Annie séria – sentimentos que são magoados pela descriminação mesquinha de pessoas como você moça

- ela me chamou de mesquinha ? – Anahí pergunta em um sussurro pro garçom que estava ao seu lado

- rapaz – Dulce se aproxima dele que estava ainda de cabeça baixa – esta com fome ? – ele assente – o que acha de comer uns bolinhos ? – ele levanta a cabeça e seus olhos verdes se iluminam – vem comigo – estende a mão pra ele

- eu .. não quero sujar você – ele diz cabisbaixa

- não se preocupe com isso – ela lhe oferece um sorriso gentil – vamos ? – o rapaz sorri e pega a mão dela – e quanto a vocês ... – Dulce olha as pessoas ao redor – só peço que Deus tenha misericórdia das suas almas – e dito isso ela sai de mãos dadas com o rapaz que a pouco acabava de defender

- aposto que ela era gentinha como ele – Anahí diz dando de ombros – onde será que Christopher esta ? – pergunta a si mesma enquanto dava uma olhada pelo local em procura de Christopher

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- obrigado pelo o que fez por mim – ele diz sem graça – eu apenas estava com fome

- não precisa agradecer – ela se senta no parque e coloca a cesta ao seu lado – quanto  a sua fome, acho que podemos matar ela agora mesmo, o que acha ?

- eu não quero me aproveitar da sua bondade – suspira – a moça já fez demais por mim – sussurra

Dulce o admira por uns segundos. O rapaz era moreno, tinha os cabelos longos e sua barba estava enorme. Apesar de sujo e mal tratado pela vida das ruas ela podia vê que era um rapaz bonito, claro, por trás de tudo aquilo. E seus olhos verdes provavam pra ela que era um bom homem

- não irá se aproveitar – Dulce garante – por favor sente-se eu tenho muito bolinho e não vou conseguir acabar com tudo sozinha – ela abre a cesta  e vê ele olhar com desejo pros bolinhos expostos – por favor ?

- sendo assim – sorri, ele se senta e pega os bolinhos comendo com certa urgência, Dulce ri – me desculpe por isso, estou com fome – se justifica

- esta tudo bem, não se preocupe – ele assente ainda comendo – esta bom ? – pergunta vendo o entusiasmo dele ao comer

- sim esta muito, muito gostoso mesmo – ele dizia animado

- eu mesma que fiz – sorri orgulhosa – no bairro onde moro dizem que sou uma ótima cozinheira, eu não acreditava muito sabe, mas agora que você disse. Eu acredito – ela comentou

- moça, por que me defendeu ? – ele pergunta curioso

- não gosto de injustiças – Dulce responde – aquelas pessoas são desumanas. Elas acham que você é a aberração mas a verdade é que eles que são, por que são pobres de alma.

- aquela moça, a loira, ela foi muito cruel comigo – ele sussurra abaixando a cabeça – ela disse que tinha nojo de mim

- não se importe, apenas tenha pena por que é só isso de que ela digna  – Dulce diz firme vendo ele assentir – a propósito, meu nome é Dulce  pode passar a me chamar assim e não de moça – ela comenta – você .. tem um nome ? – ele assente

- sim - ela dá um fraco sorriso – me chamo Alfonso Herrera

- Alfonso – Dulce repete – é um bonito nome – sorri afetuosa – mais um tanto quanto sério – ela coloca a mão no queixo, pensativa – o que acha de um apelido ? – pergunta – hm, Poncho, posso chamá-lo de Poncho ? 

- Poncho – ele dá um amplo sorriso – eu gostei, sim pode me chamar de Poncho – Dulce assente dando um sorriso sincero