Fanfic: Doce Mentira | Tema: Vondy Barken

Alguns dias Depois

Christopher xinga baixo enquanto se servia do último gole de cachaça. Ele jogo o copo sobre a mesinha de centro e resmunga algo a ver com o mau cheiro estalado no ambiente. Coça a barba que já estava grandinha pra depois abrir outra garrafa de cachaça. Essa era a única coisa que fazia desde que seu pai foi lhe dizer que o afastaria da empresa.

- ai não – revira os olhos ao ouvir a campainha – ninguém merece, quem será que veio me encher o saco – ele se levanta com muita dificuldade e vai cambaleando até a porta – quem é ? – grita sem abrir a porta – seja quem for vai embora – voltam a bater e ele esbraveja abrindo a porta – o que cara .... você – faz careta

- nossa o que houve com você ? parece um mendigo que foi atropelado por um caminhão – Anahí passa por ele e automaticamente sobre o nariz- alguma coisa morreu aqui dentro ?

- se não esta feliz com o cheiro pode sair, não foi convidada mesmo pra vim – ele resmunga fechando a porta e se jogando no sofá

- a quanto dias não toma um bom banho Christopher ? – ela pergunta incrédula – juro que nem parece o meu namorado, aquele super lindo e hiper rico

- deve ser por que ele não existe mais – ele toma um gole da cachaça – ele foi reduzido a pó e o que sobrou foi isso – abre os braços – apenas os restos de um homem rico e bonito 

- os restos dos restos de um homem você quer dizer – ela se senta fazendo careta

- pode tripudiar Anahí eu realmente não ligo, estou na fase do foda-se – ele ri histérico – pode dizer que sou um mer/da e você me quer morto eu não ligo

- para, chega de beber – ela tira o copo da mão dele que começa a protestar – ei ei, por que esta se embebedando Christopher ? meu deus, eu ferrei o seu contrato com meu pai, pensei que viria atrás de mim desesperado me pedindo perdão e querendo voltar, mas não, você simplesmente sumiu e quando decido vim até aqui você esta bêbado, todo relaxado e com certeza tem um gambá dentro do apartamento – ela suspira – por que esta assim ?

- perdi tudo – resmunga – meu melhor amigo não quer saber de mim, meu pai me afastou da empresa temporariamente e a Dulce .. – ele engole a seco – não quero te magoar Anahí, nunca quis acontece que não se escolhe quem ama. Você sabe disso – ele bufa – não importa mais, Dulce me odeia, meu pai me odeia até você me odeia. Eu sou um mer/da

- para de se menosprezar, sim você é um mer/da mas para de dizer isso – ela sussurra – estou sim magoada com você mas não te odeio Christopher, eu nunca poderia odiar por que eu te amo – ela suspira – posso parecer uma burra por estar aqui te dizendo essas coisas. Eu te perdoou por tudo. Desde dos meus 16 anos você esta na minha vida, me amando, me abraçando, me fazendo feliz. Não é por que fez uma burrada que vou esquecer dos vários momentos felizes que tivemos

- esta falando sério ? – pergunta descrente Anahí assente – obrigado Anahí – ele a abraça – você é muito importante pra mim

- você também – ela responde tampando o nariz – o que acha de tomar um banho ? eu realmente voto por isso – ele ri se afastando dela – e depois damos uma volta, temos muito o que conversar ainda – ele assente já se levantando

***

Dulce chegou cansada, a cada dia ficava mais difícil essa rotina que ela levava. Trabalhar em dois trabalhos não era moleza. ela ficava em pé durante horas pra servia as mesas e escrever pedidos , mal via a hora de se sentar um pouco.

- mãe ? Poncho ? cheguei – Dulce anuncia se jogando no sofá  - hoje o dia foi muito estressante – resmunga cansada

- oi amiga – Mai diz ao aparecer na sala, ela estava de cabeça baixa  tentando esconder seu rosto abatido

- tita – Dulce se levanta e encara a amiga com certa confusão no olhar – o que faz aqui ? esta muito tarde pra você ... onde esta minha mãe e Poncho ?

- tentamos ligar pra você – Mai sussurra ainda de cabeça baixa – mas seu celular estava dando na caixa postal direto

- sim, ele acabou descarregando – dá de ombros – mas por que tentaram me ligar ? – ela começa a ficar nervosa – onde esta minha mãe tita ?

- se acalma Dulce por favor – ela pede levantando finalmente o rosto pra olhar a amiga –  eu não queria ter que te dizer isso mas é que ... aconteceu tão der repente – ela se embola ao tentar falar

- o que aconteceu ? -  ela engole a seco ao vê que a amiga chorava – meu deus Mai você esta me assustando, me diz por favor

- eu vim aqui vê se você já tinha chegado, Poncho e eu ficamos conversando na cozinha. A tia Blan estava bem ela estava muito bem. Se lembrou quem éramos ficamos um bom tempo conversando sobre  as coisas que nós duas aprontávamos, ela se lembrou de tudo Dulce estava muito muito lúcida – Mai já estava emocionada

- mas ? – Dulce pergunta já sentindo seu coração se apertar, ela sabia que essa conversa não ia ser das melhores

- ela ... se sentou bem aqui e começou a nos contar sobre o casamento com tio Fernando, sobre o seu nascimento e sobre como eles dois desejavam ter outro filho, ela contou sobre como sofreu perdendo o tio Fernando e o Dylan – Mai limpa as lágrimas – disse que se sentia mal por que ia deixar você sozinha

- não – Dulce sussurra chorosa já sabendo o que viria ali em diante

- ela nos pediu pra te proteger Dulce, nos pediu pra sermos sua família e depois ... ela simplesmente se foi

- não Mai, não – Dulce cai de joelhos chorando forte – não isso não é verdade Mai, não pode ser, a minha mãezinha não , ela não

- amiga – Mai se abaixa próximo a ela e a abraça também chorando – pense que agora ela esta bem, agora ela esta em paz – Mai tentava a confortar

- a minha mãezinha – Dulce dizia embolado pelo choro – minha mãe não Mai