Fanfic: Doce Mentira | Tema: Vondy Barken

- pensei que não iria vim – Anahí comenta dando uma leve mordida nos lábios

Poncho dá um pequeno sorriso ao se sentar em frente a ela. Nesse ultimo mês os dois tinham se aproximado bastante. Anahí já não conseguia esconder o encantamento por ele, era incrível como seu coração batia descompensado quando estava em sua presença.

- você me chamou e aqui estou – Poncho responde – o que queria ?

- te vê – ela responde engolindo a seco – eu não sei direito quando e nem por que decidi te ligar, eu só precisava te vê. Desde que começamos a marcar esse encontros, alguma coisa mudou Alfonso

- me chame de Poncho – ele pede dando um sorriso – eu já te disse que prefiro assim

- eu sei é co que é um apelido bem estranho – faz uma caretinha

- Alfonso é muito formal e uma pessoa muito especial me deu esse apelido – Anahí assente – aconteceu algo com seus pais ? – pergunta depois de uns segundos calados – eles pararam de tentar mandar em você ?

- fiz o que me disse da última vez, contei ao meu pai que iria cursa moda em outro pais, ele no começo ficou bastante irritado, mas depois me entendeu. Isso é surpreendente Poncho, meu pai nunca me entendeu em nada

- por que você nunca o enfrentou, você sempre o obedeceu cegamente Anahí, ele precisava ser desafiado – ele diz passando a mão no cabelo – esta feliz com o resultado ?

- sim sim – Anahí responde eufórica – eu estou mais que feliz, poderei finalmente cursar o que realmente quero, serei uma grande estilista e tudo isso graças a você – ela abre um sorriso – como posso agradecer ?

- quer realmente me agradecer ? – Anahí assente – me acompanhe a um lugar, preciso te amostrar uma coisa

Anahí se levanta junto a ele, Poncho lhe dá a mão e ambos saem caminhando de mãos dadas. A essa altura ele nem pensava mais na vingança contra a família dela. Anahí podia algumas vezes ser fútil mas ele já havia a conhecido de verdade. Ele via a verdade Anahí, a meiga, doce ... a carinhosa. Era burrice negar que tinha se apaixonado, e foi exatamente pelo o que ela era. Agora queria que ela o conhecesse de verdade. Que soubesse quem ele realmente era

- o que estamos fazendo aqui ? – Anahí resmunga ao vê o lugar sujo e quase deserto

- quero que saiba de onde eu realmente venho – ele solta as mãos dela e abre os braços – eu morava aqui nessa rua horrível, nesse lugar deserto. Eu era um mendigo Anahí

- o que ? – ela pergunta completamente incrédula

- eu era o mendigo que você expulsou aquele dia do LaCreme, consegue se lembrar ? – ele pergunta cauteloso – fui que você xingou de vários nomes, fui eu que você maltratou na frente de todas aquelas pessoas

- é uma brincadeira não é ? – ela pergunta atômica – não ,, não pode ser você

- sabe a moça que me defendeu ? ela se chama Dulce, e foi traída pelo seu ex namorado, o Christopher. Foi ela que me acolheu em sua casa, que cuidou de mim. O que você vê hoje é obra da menina que muitas vezes em nossos encontros você disse que odiava. Ela me fez ser o que sou hoje

-por que só me disse agora ? – ela pergunta num fio de voz – por que esperou tanto pra me dizer que era ?

-  por que ... quero que saiba que eu não era um mendigo antes, eu tinha uma boa vida, meu pai trabalhava numa empresa de muito prestigio, até seu pai ferrar com ele – Anahí o olha completamente horrorizada – meus pais morreram atolados em dividas  e eu fui parar na rua. Sempre soube que o Portilha era responsável pelo meu pai ter se destruído, seu pai sempre foi um homem sem coração, principalmente quando se trata de dinheiro

- eu não .. sabia – ela responde num sussurro

- eu sei – Poncho abaixa a cabeça – eu me aproximei de você pra me vingar do seu pai, queria te seduzir pra chegar perto dele

- não é verdade – Anahí nega com a cabeça completamente descrente – você não faria isso, faria ?

- desculpa – ele pede e Anahí se entrega ao choro – em parte também queria me vingar pelo o que me fez passar no LaCreme, eu sabia quem era você, sabia de quem era filha, era tudo um plano de vingança idiota

- por que esta me contando isso agora ? – ela pergunta chorando

- por que eu me apaixonei – ele se aproxima dela e acaricia seu rosto – eu me apaixonei por você Anahí, não pela Anahí fútil que só sabe falar de sapatos de marca e menospreza os pobres, eu me apaixonei pela Anahí que você faz questão de esconder e que só eu consigo enxergar – ela soluça  ele agarra seu rosto com carinho – você não é má, nunca foi, se fosse não teria jogado moedas pro moço deficiente no nosso terceiro encontro

- as moedas estavam pesando no meu bolso e eu não podia deixar as pessoas virem o volume do bolso, é fora e moda e cafona  – ela responde chorosa

- você sabe que não foi por isso que jogou aquelas moedas – ele ri baixo – você fez por que teve piedade, não é igual seu pai Anahí, agora eu vejo isso. você é maravilhosa – ela dá um fraco sorriso – por isso me apaixonei por você e tenho quase certeza que você também se apaixonou por mim 

- sim – ela concorda assentindo 

- mas .. a questão é ... – Poncho a encara apreensivo – mesmo sabendo de onde vim, quem eu realmente sou. Ainda continua apaixonada por mim? Ou você sente nojo de ... – ela o interrompe lhe dando um beijo

O primeiro beijo, Poncho puxa seus cabelos loiros aprofundando o beijo. Era o melhor beijo de sua vida. Em seu corpo parecia passar uma corrente elétrica, por que não havia a beijado antes ? desejo não faltou, a não faltou em nenhum único momento

- não me importo se você foi mendigo, se mora numa vila pobre ou se conhece a garota que meu ex me traiu – ela diz ofegante ao se afastar dele – e estou completamente apaixonada por você Poncho, soube que estava perdida no estante em que recebi aquelas flores, mesmo sem saber quem era você eu já estava apaixonada só estava sendo cega demais pra perceber, agora não tem mais volta , você vai ter que me aturar – dá um sorriso

- nunca fiquei tão feliz por ter que aturar alguém – ambos riem e logo se beijam novamente

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foi covarde o suficiente pra não lutar por ela, realmente não a merece

as palavras do amigo rondavam sua cabeça, o que Christian queria afinal ? quando Christopher havia dito que teria ela de volta, ele lhe disse pra deixa- lá em paz e quando ele finalmente decide deixá-la o amigo lhe diz que ele não lutou por ela e por isso não a merece. Tudo isso o estava confundindo

- Christopher – Victor entra na sala e solta um suspiro – Paula me deu seu recado, fiquei surpreso quando soube que estava de volta – ele se senta – onde estava?

- estive na casa de campo que era da mamãe – Christopher responde passando a mão no rosto – fiz o que o senhor disse papai, pensei em tudo que estava fazendo, pensei na minha vida, em tudo

- ótimo, isso é realmente ótimo – Victor abre um sorriso – e posso saber em que conclusão chegou ?

- a exatamente um mês atrás Anahí me procurou me dizendo que me perdoava e que queria reatar – Victor sorri abertamente, era isso que ele desejava que acontecesse – e eu disse que não – o sorriso dele se fecha

- disse não ? – pergunta sério

- eu disse não – Christopher repete sério – eu não vou voltar com Anahí, e não vou permitir que o senhor brinque com minha vida do jeito que sempre fez pai

- brinque com sua vida ? o que esta dizendo garoto ? – Victor tenta controlar  a irritação

- não é isso que o senhor faz ? durante todo meu namoro com a Anahí o senhor ficou de marcação papai, ficava me pressionando a ser perfeito, a não brigar com ela, tudo por causa de um contrato

- era importante pra empresa, era importante pra você – Victor rebate

- era importante pro senhor não pra mim – Christopher diz engolindo a seco – escute, não existe mais eu e Anahí, quero que o senhor comece a entender isso. acabou

 - você sempre disse que se casaria com ela, sempre deixou claro que era com ela que queria construir uma família, eu não o forcei a dizer isso Christopher

- isso foi antes de conhecer a Dulce – ele se levanta começando a dar voltas na sala – eu não vou negar que amei a Anahí, por que eu realmente amei papai, ela sempre foi uma garota incrível, mas não é com ela que quero me casar, não é com ela que quero ter filhos. – ele sorri – quero que meus filhos amem flores e tenham os olhos castanhos, quero que eles tenham o sorriso mais doce que já vi, quero ter uma menininha que ame por fitas no cabelo,  é só isso que eu quero papai – ele suspira – eu amo a Dulce, desde que a conheci algo em mim mudou, com ela eu nunca precisei ser quem eu não era – ele ri – é uma grande ironia por que eu mentia sobre meu trabalho e sobre meu nome, mas eu sempre fui eu entende ? era eu o tempo todo

- esta jogando seu futuro fora por causa de uma mulher qualquer ? – Victor pergunta descrente – não posso acreditar nisso Christopher

- não é uma mulher qualquer papai, é minha mulher – ele diz sério – ela não quer mais nada comigo, na verdade ela esta me odiando mas nem por isso eu vou voltar com a Anahí nem com nenhum outra. Eu amo a Dulce e se for pra casar será apenas com ela

- Christopher ...

- não tem mais discussão papai, se o senhor quiser me colocar pra fora da empresa eu realmente vou entender. Posso arrumar emprego em outro ramo eu não me importo. Mas a minha vida amorosa e as minhas escolhas a parti de hoje vão caber apenas a mim. Independente da sua decisão na minha vida eu que mando, agora o senhor decide se eu to fora ou dentro   – declara

 - essa garota .. como se chama ... Dulce não é ? – Christopher assente – ela fez você tomar essa decisão ? acha que ela vale tudo o que você esta arriscando ?

- Dulce me fez ser melhor pai – ele sorri – e ela vale tudo e um pouco mais. Então eu to fora da empresa ou não ? – pergunta cruzando os braços