Fanfic: Doce Mentira | Tema: Vondy Barken

Christian entra sorrateiramente no quarto, não queria correr o risco de acordar a esposa. Era bem capaz dela o matar. Ele sorri fraco ao vê-la num sono tranqüilo, desde que Samuel havia nascido Mai parecia sobrecarregada, entendia que realmente devia ser difícil cuidar de um bebê por isso mesmo procurava se manter calmo e respeitar as histerias da morena.

- Christian – a voz sonolenta de Mai o chama

- oi meu amor – Ele se aproxima beijando o rosto dela – esta mais descansada?

- um pouco – ela esfrega os olhos dando um pequeno bocejo – esta saindo ?

- vou passar na empresa pra entregar os documentos redigidos e depois vou buscar o Samuca na casa da sua mãe – ele suspira – não podemos deixar ele por lá, sua mãe é uma mulher de idade já e o Samuca dá muito trabalho

- eu sei amor – ela se senta dando um suspiro - não era minha idéia despachar nosso filho pra passar uns dias lá

- eu sei que não – ele sorri se afastando da cama e pegando o paletó

- estava conversando com o bastardo ? eu ouvi a voz ele de longe – ela pergunta se espreguiçando

- sim eu estava conversando com ele por computador, acredita que ele me disse que tem um encontro hoje ? – pergunta rindo

- um encontro ? – Mai faz careta – meu deus, quem é a pobre coitada ?

- Mai – a repreende

- o que ? você sabe muito bem  que seu amigo é uma grande babaca – revira os olhos – com quantas mulheres esse saiu só a semana passada ? – pergunta séria

- algumas – dá de ombros se virando pra encarar a esposa

- quantas Christian ? – repete a pergunta

- 5 – responde suspirando, Mai dá um sorriso debochado – mas ele só não levo pra frente por que não se identificou com nenhuma delas – argumenta

 - essa foi a desculpa dele ? – ri irônica – a verdade é que mulher nenhuma agüenta o gênio dele. Aquele bastardo é mais teimoso que uma mula, tudo tem que ser do jeito dele sempre

- as vezes eu queria entender qual o problema de vocês dois – Christian bufa – um fica implicando com o outro, vocês deveriam pensar no quanto a picuinha de vocês me deixa chateado

- você sabe que ele é um idiota – Mai diz se levantando – eu ainda não entendo por que você ainda é amigo dele e por que fez questão que ele fosse padrinho do nosso filho. A cada dia que passa Christopher mostra ser um perfeito otário

- você deveria dar uma chance pra ele – passa a mão no rosto – ele só mudou depois que a Dulce foi embora

- e ela só foi embora por que causa das mentiras dele – dá de ombros – não tenta me convencer que ele não é trouxa Christian, ele ter deixado uma mulher como a Dulce ter escapado prova mais uma vez que ele é sim um. – ela dá um selinho no marido – vá buscar nosso bebê – diz saindo em seguida do quarto, Christian apenas suspira.

****

Dulce acordou aquela manhã mais tarde do que o costume. Também o que poderia esperar ? ficou acordada a madrugada toda pensando em sua conversa com Felipe sobre o que escondia de todos. Meu deus, como Christopher reagiria se soubesse ? ele com certeza a odiaria. Não, não podia arriscar que ele a desprezasse. Ela se levanta e abre uma de suas gavetas, retirando de dentro uma foto.

Na foto Dulce estava com um sorriso doce nos lábios e suas mãos abraçavam a barriga já enorme pelo seu nono mês de gestação. Ela acaricia a foto com carinho não conseguindo evitar as lágrimas. Felipe tinha razão, ele merecia saber, mas será que ela teria coragem de contar ?

- Dulce – Felipe chama batendo na porta – abre essa porta mulher – bate novamente na porta

- estou indo – Dulce guarda a foto na gaveta a fechando, se enrola no robe enxuga as lágrimas e vai até a sala correndo pra atender ao amigo – Felipe o que faz aqui ?

- o que eu faço aqui ? a pergunta certa é o que você faz aqui – ele entra com sacolas na mão – sabe que horas são Dulce ? você deveria estar na empresa

- eu perdi a hora – ela fecha a porta e estreita os olhos – você também deveria estar na empresa

- sim deveria, ao invés disso preferi vim aqui pra vê se você ainda estava viva depois de ontem – ele entrega as sacolas pra ela – de nada por me preocupar com você – responde irônico ao notar o silêncio por parte dela

- desculpa, ainda estou dormindo – resmunga

- eu percebi – revira os olhos – trouxe algumas coisas pra você tomar um bom café, o senhor Uckermann estará na empresa pra visita em menos de 1 hora, você tem 30 minutos pra comer se arrumar e procurar os balancetes que trouxe pra cá  – ele se senta no sofá – eu vou estar bem aqui esperando você terminar tudo pra irmos pra empresa

- esta brincando – ela nega com a cabeça – não vou conseguir fazer tudo isso nesse tempo curto

- você tem agora ... – ele levanta o braço e olha o relógio em seu pulso – 29 minutos se eu fosse você eu me apressava Dulce – ele diz dando um sorriso

- meu deus, eu te odeio – ela resmunga sumindo dentro da casa

- um bom dia pra você também – ele responde irônico