Fanfic: Doce Mentira | Tema: Vondy Barken

- onde você estava ? eu te liguei várias vezes e você não respondeu, estava preocupado – Felipe diz assim que Dulce abre a porta

- consegui descobrir em que hotel o Christopher estava hospedado e então eu fui falar com ele pra tentar descobrir por que não foi pra empresa assinar a parceria – ela dá passagem pra ele passar

- e então por que ele não foi ? – pergunta curioso – não me diga que ele repensou sobre a parceria com a gente 

Ele olha o sofá  e dá um suspiro ao vê diversas fotos da Dulce durante a gestação, a muito tempo não tinha visto aquelas fotos, Desde o terrível ocorrido Dulce fez questão de trancá-las na gaveta com a intenção de nunca mais abrir.

- ele disse que só perdeu a hora – ela desvia o olhar quando vê Felipe pegar uma das fotos sobre o sofá

- Dulce por que esta olhando essas fotos ? eu pensei que nunca mais iria querer saber dela – ele pergunta sereno

- e eu não queria, mas é que ultimamente eu tenho tido vontade de vê-las – ela se senta no sofá – sei que pode parecer estranho mais desde que Christopher voltou eu tenho tio essa vontade de vê, de relembrar eu não sei

- não parece estranho – ele se senta ao lado dela – é perfeitamente normal o que você esta passando, tudo no Joaquim lembrava o pai e agora que Christopher esta mais perto a lembrança dele fica mais forte – ele explica

- não entendo Felipe, eu te contei o que houve com meus pais e com meu irmão – Felipe assente – e não entendo por que depois de tudo o que sofri, depois de ter enterrado meus pais e meu irmão Deus me fez enterrar meu filho, meu bebê – ela diz com a voz embargada – são tipos de dores que não desejo nem pro meu inimigo

- ei Dulce não fica assim – ele a abraça de lado – eu odeio te vê chorar, odeio mesmo – ele diz dando um suspiro enquanto acariciava os cabelos dela

- eu fui visitar ele no cemitério – ela admita, Felipe se afasta um pouco pra olhar ela – não me olhe assim por favor

- não devia ter ido sozinha Dulce – nega com a cabeça – por que não me chamou ? eu teria ido com você e ...

- eu não estava pensando quando fui, quando dei por mim estava lá – dá de ombros – acho que foi bom pra mim poder estar perto do meu filho depois de tanto tempo sendo uma covarde

- não, você não foi covarde Dulce, nunca mais repita isso. Você foi guerreira, você é uma grande e linda guerreira me ouviu ? – ela assente – seu filho seus pais e seu irmão devem estar orgulhosos de você em algum lugar do céu, eles estão vendo que você é uma mulher maravilhosa e batalhadora que mesmo depois de todas essas perdas se manteve firme

- obrigado Felipe, você é um amigo maravilhoso – se agarra mais a ele – não sei o que seria de mim sem você

- eu sempre estarei aqui pra você ruiva, você sabe disso não é ? – ela assente – fez bem pra você ter estado lá ? – pergunta num sussurro

- sim – sussurra dando um sorriso fraco – eu pude senti-lo perto de mim, eu senti o amor dele, não sei se vai acreditar em mim mais eu juro que ele estava lá comigo, e uma paz enorme invadiu meu peito

- é por que ele estava ruiva, e eu acredito em você – ele beija a testa dela com carinho pra depois voltar a abraçar

***

- só preciso de uns minutos mamãe, acha que pode tomar conta dele ? – Mai pergunta enquanto entregava Samuel a sua mãe

- eu cuidei de você Maite e acredite Samuel é um anjinho perto de você – Marta diz dando um sorriso – veja que coisa mais linda, os olhos dele se parecem tanto com os seus – ela encara o neto sorrindo – parece que te tenho novamente em meus braços

- é, todos acham que Samuel se parece comigo – Mai diz dando um largo sorriso – aqui dentro tem tudo que a senhora vai precisar. Eu estou um pouco atolada lá em casa por isso trouxe ele pra cá – explica

- atolada ? esta atolada com o que querida ? – Marta pergunta

- Christian teve que viajar as pressas pra satisfazer uma capricho do amigo idiota – revira os olhos – e deixou o trabalho pesado pra mim, além de ter que ir vê como estão as coisas na empresa do bastardo do Christopher ainda tenho que tomar conta do Samuel sozinha, é difícil ser mãe de família

- eu sei bem – Marta diz rindo

- ainda mais quando o amigo do seu marido é um idiota que não consegue lidar com os próprios problemas – Mai bufa – bom eu tenho que ir, volto cedo prometo – ela beija  atesta de Samuel que dormia e depois abraça a mãe – obrigado mãe

 - não precisa agradecer, amo cuidar do meu neto – Marta garante

Mai sorri uma ultima vez  depois sai dando um pequeno suspiro. Quando passa pelo portão vê Anahí sai com duas malas na mão; olha confusa. Será que Poncho iria viajar e não contaria nada a ela ? não Poncho não faria isso, Faria ?

- Anahí ? – Mai a chama fazendo a loira petrificar no lugar

- Mai – ela se vira dando um sorriso forçado, torcia pra que Mai não reconhecesse que ela havia chorado  – como vai ?

- bem e você ? – pergunta se aproximando dela

- estou ótima – ela arranha a garganta desviando o olhar

- você e Poncho por caso vão viajar ? – Mai pergunta apontando pras malas – por que se foram deixou avisado que estou chateada por ele não ter comentado nada comigo

- não, não essas são coisas que eu decidi doar – diz nervosa – é apenas isso – força outro sorriso – olha eu tenho que ir, o lugar que eu deixo isso fecha muito cedo e bom, eu tenho que ir

- esta certo – Mai estreita os olhos – parabéns pelo seu gesto bonito – Anahí assente – tchau, dê um beijo em Poncho e diga que qualquer dia venho visitar ele

- pode deixar – ela pega as malas – eu digo sim, agora tenho que ir, tchau Mai – Anahí atravessa a rua e entra em um carro preto que logo dá partida

- estranho – Mai comenta desconfiada

- ei Mai, o que faz por aqui ? – Derick pergunta se aproximando dela com um largo sorriso

- Derick – ela sorri abertamente – eu queria mesmo falar com você