Fanfics Brasil - Capítulo 07 - Parte 02 À procura de alguém (Vondy)

Fanfic: À procura de alguém (Vondy) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 07 - Parte 02

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     Ele adorou os colhões. A maioria dos homens-feitos que ele conhecia vivia choramingando que odiava seus empregos, mas morria de medo de correr riscos. "Por que Verily? Acho que vocês ganhariam muito mais dinheiro em Manhattan."


                                                 bar


                                                        


   "Não queríamos competir diretamente com os grandes nomes de lá. A Spindel, a Kelleher e muitas outras nos engoliriam em dois tempos. Verily tem a combinação perfeita de jovens de vinte e tantos ou trinta e poucos, em início de carreira. Aqui somos os maiores do mercado e trabalhamos com uma base de clientes diferenciada. Ainda assim, estamos perto de Manhattan o bastante para fazermos eventos lá quando for preciso e até recrutar pretendentes. Nosso público-alvo tem de vinte e cinco a trinta e cinco anos, e não aceitamos clientes fora desta faixa etária. Isso nos dá um nicho a explorar no mercado."


    Ele assentiu. "Bem bolado. Um brinde às ideias brilhantes que temos quando estamos bêbados." Bateu com a taça na dela, e ela abriu um sorriso genuíno. O que havia nos ângulos do rosto dela, na franja que caía sobre a testa, na teimosa inclinação do queixo? Separados, não eram extraordinários. Juntos, tinham o poder de deixá-lo praticamente....enfeitiçado.


       É, vamos casar e ter filhos, porque você acha que ela é bonita. Isso vai dar muito certo.


       Ele ignorou a voz à la Ted que ecoava em sua cabeça. Por algum motivo, ele não imaginou um ursinho de pelúcia engraçado. Era algo mais parecido com um diabinho exultante de dentes escuros. Estremeceu com sua própria insanidade e voltou a se concentrar na conversa. "Os resultados têm sido bons?"


     "Dez casamentos em três anos. Uma boa quantidade de noivados, Nada mal. E espero ter mais boas notícias este ano."


       "Algum divórcio?"


      Ela mostrou os dentes. "Não. Mas se algum dia acontecer, você vai ser o primeiro a saber. Tente deixar seu cinismo em casa quando for sair com a Hannah, por favor."


        "Claro. Eu sou muito bom nos primeiros encontros."


       "Sim, tenho certeza de que meu desafio vai ser impedi-la de te largar quando chegarem no terceiro. Estatisticamente, é aí que começam a aparecer os verdadeiros aspectos da personalidade."


       "Caramba. Você não deveria ter mais fé nos seus clientes?"


       Um cacho ruivo escorregou sobre seu rosto, e ela o afastou. "Não. Eu só tenho que te arrumar uma namorada."


       O olhar dele se fixou no dela. dois


Ele sentiu um calor feroz correndo pelas veias, arranhando sua pele por dentro. Meu Deus, tudo que ele queria era jogá-la na parede e arrancar, com beijos, aquela expressão arrogante do rosto dela. Deslizar os dedos entre as coxas dela e ouvir seus gemidos, torturando-a até que explodisse. Se sentisse mais um choque ao tocar nela, será que seria como pegar fogo? Notou um movimento dentro das calças e controlou a respiração, para evitar constrangimentos. Precisava se lembrar da razão pela qual estava passando por tudo aquilo. Por que namorar uma casamenteira seria um desastre, química à parte.


        Sua irmã.


     Provar que elas eram uma fraude e proteger Jane. Apesar de que a ideia de que fossem verdadeiras estelionatárias vinha esmorecendo. Nos últimos tempos, ele tinha começado a achar que elas realmente acreditavam naquela maluquice ridícula de felizes-para-sempre. E se não eram criminosas, só equivocadas, ele tinha um problema ainda maior..


    Porque ter esperança e acreditar em um conceito impossível não era crime, nem podia ser punido pela lei. Com habilidade, Christopher mudou de assunto. "A Any e a Maite são casadas?"


       "Não."


    Ele ponderou sobre a resposta e arregaçou as mangas para tentar arrancar dela algumas verdades. "Então, se você é uma bruxa que lança feitiços, como é que ainda não arrumou um amor verdadeiro para as suas melhores amigas?"


       O ar entre eles ficou pesado. Dulce segurou a taça de vinho com tanta força, que ele teve medo de que fosse quebrá-la. "Elas não estão prontas. E eu estava apenas brincando, doutor. Me certificando de que você não vai me processar por alguma queixa mal-intencionada, como feitiços que não deram certo."


        "Isso é o que você queria que eu achasse, mas eu não acredito em você."


        Ela deu de ombros, delicadamente. "É um direito seu."


        Ele decidiu pressioná-la. "Você dá choque na maioria dos homens em que encosta?"


        Dulce ficou rígida. "Não sei o que você quer dizer com isso."


        "Sabe, sim. Aquele não foi um beijo qualquer. Foi mais que isso, mas você não quer admitir."


       Bingo. A distância entre eles diminuiu e ela levantou o queixo, irritada. "Não me beije mais e não terá problemas."


        "Isso vai ser um problema."


        "Por quê?"


        Ele baixou a voz. "Porque eu gosto de te beijar."


        Ela se afastou. "Pode acreditar em mim, eu sou o oposto do que você precisa."


        "Como você sabe do que eu preciso?"


      O tom paquerador pareceu irritá-la. Seus olhos castanhos soltaram fagulhas e o fizeram lembrar um tsunami de mau humor.


       "Porque eu te entrevistei, lembra? Você só se interessou por mim porque eu não gosto de você. É um tipo perverso de desafio masculino."


       Caramba, isto era mais divertido que sua mais recente batalha judicial. "E por que você não gostaria de mim? Sou charmoso, bem-sucedido, inteligente e ótimo na cama. Quer me testar?"


      Ela apertou os olhos. "Conheço o seu jogo, dr. Uckermann. Você entrou nesse negócio como uma brincadeira, só para ficar de olho na sua irmã. Você acha que vai flanar pelos encontros e que vai se divertir me provocando. Mas eu tenho novidades pra você. Eu jogo de acordo com as minhas regras e, ao fim deste contrato, vou ter destruído estes muros que você ergueu e vou ter mostrado para você como é amar alguém. Amar de verdade. Não o tipo de porcaria que você conhece. Eu vou fazer isso por dois motivos. O primeiro, porque eu sou boa demais no que faço."


         "E qual é o segundo?"


         Ela sorriu, calma e deliberadamente, reencarnando Eva e tudo aquilo que um homem abriria mão só para provar um pedacinho da maça envenenada. "Porque vingança é o máximo."


      Sentiu um estrondo no coração ao ouvir o aviso dela, quase como se tivesse recebido um feitiço de uma cigana barra-pesada. Ela pôs o copo no bar e girou sobre os saltos. "Aonde você vai?"


         "Pra casa. A festa acabou e tem alguém esperando por mim. Alguém que me faz lembrar que o amor e as emoções são reais, não um jogo debochado de advogados arrogantes."


      Um medo estranho se revolveu no estômago dele. "Você não me disse que tinha alguém! Quem é que está te esperando em casa?"


       Ela olhou para ele com pena. "Ele se chama Robert, e você não é digno de dizer esse nome. Boa noite."


        Dulce foi embora e deixou-o imaginando se não tinha posto pressão demais.


        Quem diabos era Robert?


        E por que ele queria saber? 


 



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Autor(a): minhavidavondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 97



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  • tahhvondy Postado em 27/10/2017 - 23:02:31

    amei que final lindo

    • minhavidavondy Postado em 30/10/2017 - 09:37:42

      Lindo, né!!

  • beatris Postado em 23/10/2017 - 17:28:47

    ai q final lindo amei o fato de ter sido no pontto de vista do robert e as palavras finais realmente nos instiga a refletir parabéns essa fic foii demais

    • minhavidavondy Postado em 24/10/2017 - 09:07:05

      Tb achei interessante ao ler. Foi de uma importância muito legal o Robert mostrar como se sentia. Afinal ele foi uns dos personagens mais ativos kkk

  • beatris Postado em 22/10/2017 - 00:34:36

    meu deus me arrepiei c essa parada do feiitiço coitada da dul se meteu na maior increnca quero ver como vai sai....

  • btrutte Postado em 21/10/2017 - 11:59:14

    Ca-ce-te. Christopher realmente tá com medo assim? Gente, o casamento dele deve ter terminado muito, muito mal pra ele fugir desse jeito. Até a Jane sacou que rola um climão entre ele e Dulce. Onde clica pra esses dois se resolverem? Que dó da Dulce, meu Deus!!!

  • mimila Postado em 21/10/2017 - 10:54:31

    O Ucker é um idiota ou oq? Ele tem q ver q nem todos os relacionamentos são como os que ele resolve e nem como foi o dele e se ele ama a Dul e ela o ama eles tem q tentar pra ver oq dá. Pois como diz quatro frase que li um dia desse q: "Porque o futuro pertence a Deus, e ele só revela em circunstâncias extraordinárias." "O futuro a Deus Pertence." "O amanhã Pertence a Deus." "Viva o Hoje e o Resto Você Vive Conforme For Acontecendo." Então é isso, ele tem q pensar nessas frases e ser feliz com a Dul... Posta maissssss

  • tainara_vondy Postado em 21/10/2017 - 01:08:51

    Posta mais ***

  • mimila Postado em 19/10/2017 - 16:12:00

    Quero mais e quero que a Dul e o Ucker parem com esse chove não molha veem que ambos são perfeitos um pro outro, posta maissssssssssssssss

  • tahhvondy Postado em 18/10/2017 - 17:57:22

    continua

  • tainara_vondy Postado em 17/10/2017 - 18:35:19

    Continua....

    • minhavidavondy Postado em 18/10/2017 - 08:39:54

      Pode deixar kkkk

  • btrutte Postado em 17/10/2017 - 13:12:55

    Meu Deus, ela vai procurar o Chris. Por que eu tenho a sensação de que ele vai ficar apavorado? Nossa, me dá agonia só de pensar nele dando um fora na coitada da Dulce. O cara não consegue raciocinar direito quando se trata dela.

    • minhavidavondy Postado em 18/10/2017 - 08:39:31

      Obrigada pelos comentários


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