Fanfics Brasil - Capítulo 02 - Parte 01 À procura de alguém (Vondy)

Fanfic: À procura de alguém (Vondy) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 02 - Parte 01

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          Christopher parou em frente à porta de vidro da Kinnections e observou as luzes brancas festivas e o letreiro. Desenhado em roxo e prata, prometia aos transeuntes um "final feliz" acompanhado de emoção, esperança e mistério.


            A irritação travou seu maxilar, como se tivesse levado um golpe de karatê. Um bando de trapaceiros vendendo sonhos impossíveis. Para, ele isso era pior do que aqueles e-mails que prometiam um milhão de dólares mediante o pagamento de um taxa simbólica. Pior do que roubo de identidade, bens ou serviços. Mas aquilo era roubo de coração - uma mentira deslavada para pessoas solitárias e tristes que prometia a cura através da imagem-fantasma do homem ou da mulher perfeitos. 


            Ele não permitiria que aquele lixo destruísse sua irmã.


           Christopher empurrou a porta e entrou.


           A mulher no balcão da entrada pareceu surpresa em ver um cliente, como se o sininho alegre que a avisara da chegada dele não tivesse funcionado. Imediatamente supôs que estivesse diante da recepcionista e se recusou a perder tempo subindo degraus da hierarquia. Ativou o seu "modo advogado", que não admitia recusas. "Gostaria de falar com a gerente, por favor."


          Uma sombrancelha se arqueou. Sim, ela era perfeita para dar a primeira impressão de uma agência de relacionamentos. Seu cabelo era incrível, tão ruivo que parecia fogo, comprido até abaixo dos ombros em mechas lisas que brilhavam. Os grandes olhos castanhos o analisaram com o ar pensativo, como se decidissem se deveriam ou não ir chamar o chefe. Ele se esforçou para sair do transe e se perguntou que diabos era aquilo, por que estava pensando em termos poéticos sobre uma mulher com a qual não pretendia ter nem meia conversa.


         "Posso saber do que se trata?"


          Suave e melodiosa, sua voz roçou os ouvidos dele como um sopro de fumaça. Ele teve vontade de ouvir mais e sentiu que aquele encontro começava a assustá-lo. Limpou a garganta e olhou para ela por cima da armação dourada dos óculos. "Não é do seu interesse", cortou. "Por favor, chame o gerente."


         Ela cruzou os braços e estudou-o, com o ar pensativo. "Se for sobre um cliente, não vamos poder dar informações. Nós temos acordos de confidencialidade."


          Ele riu com escárnio. "Maneira conveniente de tentar escapar de processos, hein?"


          " O senhor está tendo um dia ruim?"


          Ela estava achando aquilo divertido? Ele ajeitou a postura e inclinou o corpo por cima da mesa dela. No tribunal, sua presença era tida como mortal. E aquele fiapo de mulher tinha a audácia de debochar dele? "Agora estou. Tenho certeza que vai melhorar assim que eu falar com o chefe."


          " Tudo bem. Pode falar."


          Ele suspirou impaciente. "Você pode chamá-lo, por favor?"


          " Já estou aqui."


         Ele quase não conseguiu disfarçar o golpe, mas não quis dar a ela esse prazer. Havia duas coisas que Christopher conhecia na vida: A lei e a maneira como as pessoas funcionam. Usando as duas, ele levava uma vida muito bem-sucedida, praticamente sem danos.


          Fez cara de paisagem para esconder a emoção. "Entendi. Por algum motivo, não estou surpreso."


         Os lábios cor-de-rosa pálido dela se cerraram. Ah, adeus, diversão. Olá, irritação. Bem melhor. "Por que será que eu acho que o senhor raramente me surpreende?"


            A observação precisa o desarmou. " Porque de fato não me surpreendo. As pessoas são muito previsíveis em certas circunstâncias. No amor, por exemplo. A promessa de algo que já fez a Disney ganhar uma fortuna com filmes de criança funciona como um Santo Graal. As pessoas são capazes de lutar, roubar e pagar quantias que não têm pela oportunidade de acreditar em um milagre."


          Ele previa um chilique feminino, mas o que recebeu em resposta foi...nada. Um brilho de interesse iluminou os olhos dela. Esperou que ele terminasse, aproveitando para estudar a aparência dele e fazer seu próprio julgamento. Ah, sim, ela era das boas. Não haveria homem vivo que não se entregasse aos cuidados dela, nem mulher que não quisesse ser como ela. A combinação perfeita para vender amor. 


            " O senhor parece um pouco abatido para alguém que tem trinta anos."


          "Trinta e três."


           "Ah, entendo. Bom, em primeiro lugar, preciso esclarecer uma coisa. Na Kinnections, nós oferecemos uma ampla gama de serviços para ajudar as pessoas a encontrar companhia. O que isso significa para cada um é subjetivo. Alguns estão em busca de amizade, outros procuram sexo e outros querem sentir borboletas no estômago ao bater os olhos no parceiro. Não estou aqui para julgar. Nosso trabalho é tentar das aos nossos clientes o que eles querem, de maneira segura e consensual."


        Ele juntou as mãos em frente ao peito e encostou um polegar no outro. Era uma das posições preferida pelos jurados, porque dava uma aparência de relaxamento e controle. Ele acalmou a voz e falou em tom conspiratório. "É uma ambição e tanto. E se não der certo? Os seus clientes recebem um reembolso?"


          A cadeira dela rangeu. "Não. Eles assinam um contrato, concordando com os nossos termos."


         "Conveniente. Tenho que dar crédito a vocês. Isso aqui é um belo negócio. O meu lado empresário respeita isso. Mas tem uma pergunta que eu estou morrendo de vontade de fazer."


          "Qual?"


          " Como conseguem dormir à noite?" Até que enfim. Ela contraiu os músculos, e Christopher encurralou a presa para o bote final. "Vocês vendem algo que não existe. Vocês assumem a responsabilidade pelos relacionamentos falidos e os corações partidos que surgem no processo? Existe uma cláusula para os divórcios que decorrem dos encontros que vocês promovem? Vocês têm prazer em tomar as economias suadas de uma mulher, enquanto ela segue investindo numa busca que nunca lhe dará o que quer?"


         A ruiva levantou a metade do corpo da cadeira, com os punhos cerrados, transbordando raiva. Uma vibração de vitória percorreu o corpo dele, por ter finalmente quebrado a dura carapaça da falsidade. Deixar a pessoa com raiva, pegar em seu ponto fraco e então extrair a verdade - truques da profissão. Christopher aguardou o discurso dela com um prazer que raramente experimentava fora do tribunal.


         Aqueles lábios deliciosos se abriram. Logo depois, se fecharam. Ela respirou fundo, cerrou os olhos e pareceu fazer algum tipo de meditação. Quando os abriu de volta, estava mais calma. A voz hipnótica dela soava como música para os ouvidos de Christopher, prometendo maravilhas do céu e da terra. Nossa, que sons ela faria durante o sexo? Gemidos? Sussurros roucos? Gritos?


         Que tipo de pensamento era esse?


         " O senhor é bom. Quase me fez perder a linha, mas como tenho trabalhado para controlar a raiva, quem ganhou esta rodada fui eu. Sinto muito por você."


         " Pelo quê?"


         Um toque de doçura iluminou os olhos dela. "Pelo que aconteceu com o senhor. Obviamente foi magoado por alguém. Homem ou mulher?"


          Christopher levantou as mãos e saiu da posição estudada. "Você acha que eu sou gay?"



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Autor(a): minhavidavondy

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            Ela estalou a língua. "Não há do que se envergonhar. Nós trabalhamos com todos os tipos de interesses sexuais aqui na Kinnections."           Ele sufocou com a própria repiração. "Eu não sou gay! Pare de tentar me pegar com seus truques, porque e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 97



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  • tahhvondy Postado em 27/10/2017 - 23:02:31

    amei que final lindo

    • minhavidavondy Postado em 30/10/2017 - 09:37:42

      Lindo, né!!

  • beatris Postado em 23/10/2017 - 17:28:47

    ai q final lindo amei o fato de ter sido no pontto de vista do robert e as palavras finais realmente nos instiga a refletir parabéns essa fic foii demais

    • minhavidavondy Postado em 24/10/2017 - 09:07:05

      Tb achei interessante ao ler. Foi de uma importância muito legal o Robert mostrar como se sentia. Afinal ele foi uns dos personagens mais ativos kkk

  • beatris Postado em 22/10/2017 - 00:34:36

    meu deus me arrepiei c essa parada do feiitiço coitada da dul se meteu na maior increnca quero ver como vai sai....

  • btrutte Postado em 21/10/2017 - 11:59:14

    Ca-ce-te. Christopher realmente tá com medo assim? Gente, o casamento dele deve ter terminado muito, muito mal pra ele fugir desse jeito. Até a Jane sacou que rola um climão entre ele e Dulce. Onde clica pra esses dois se resolverem? Que dó da Dulce, meu Deus!!!

  • mimila Postado em 21/10/2017 - 10:54:31

    O Ucker é um idiota ou oq? Ele tem q ver q nem todos os relacionamentos são como os que ele resolve e nem como foi o dele e se ele ama a Dul e ela o ama eles tem q tentar pra ver oq dá. Pois como diz quatro frase que li um dia desse q: "Porque o futuro pertence a Deus, e ele só revela em circunstâncias extraordinárias." "O futuro a Deus Pertence." "O amanhã Pertence a Deus." "Viva o Hoje e o Resto Você Vive Conforme For Acontecendo." Então é isso, ele tem q pensar nessas frases e ser feliz com a Dul... Posta maissssss

  • tainara_vondy Postado em 21/10/2017 - 01:08:51

    Posta mais ***

  • mimila Postado em 19/10/2017 - 16:12:00

    Quero mais e quero que a Dul e o Ucker parem com esse chove não molha veem que ambos são perfeitos um pro outro, posta maissssssssssssssss

  • tahhvondy Postado em 18/10/2017 - 17:57:22

    continua

  • tainara_vondy Postado em 17/10/2017 - 18:35:19

    Continua....

    • minhavidavondy Postado em 18/10/2017 - 08:39:54

      Pode deixar kkkk

  • btrutte Postado em 17/10/2017 - 13:12:55

    Meu Deus, ela vai procurar o Chris. Por que eu tenho a sensação de que ele vai ficar apavorado? Nossa, me dá agonia só de pensar nele dando um fora na coitada da Dulce. O cara não consegue raciocinar direito quando se trata dela.

    • minhavidavondy Postado em 18/10/2017 - 08:39:31

      Obrigada pelos comentários


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