Fanfics Brasil - CAPITULO 06 - PARTE 01 Paixão sem Limites

Fanfic: Paixão sem Limites | Tema: AyA - Romance Hot


Capítulo: CAPITULO 06 - PARTE 01

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Capítulo 6


 


Ficar longe de Alfonso não era exatamente fácil, já que estávamos morando sob o mesmo teto. Ainda que ele tentasse manter distância, continuávamos a nos esbarrar. Ele também evitava cruzar olhares comigo, mas isso só fazia aumentar o meu fascínio. Dois dias depois da nossa conversa na praia, entrei na cozinha após comer o meu sanduíche de manteiga de amendoim e fui cumprimentada por mais uma mulher seminua. Ela estava descabelada, mas mesmo assim, era atraente. Eu detestava garotas desse tipo.


Ela se virou para me olhar. Sua expressão de surpresa logo se transformou em irritação. Piscou os olhos castanhos e levou a mão ao quadril.


 


– Você acabou de sair da despensa?


 


– Sim. E você, acabou de sair da cama do Alfonso? – retruquei.


 


As palavras saíram antes que eu conseguisse me controlar. Alfonso já me dissera que a sua vida sexual não era da minha conta. Eu precisava calar a boca. A garota ergueu as sobrancelhas muito bem-feitas e então um sorriso atravessou os seus lábios; ela estava achando graça.


 


– Não. Não que eu fosse recusar se ele me deixasse, mas não diga isso ao Chris.


 


– Ela fez um gesto como quem espanta uma mosca. – Deixe estar. Ele já deve saber mesmo.


 


Fiquei sem entender.


 


– Quer dizer que você acabou de sair da cama do Chris? – perguntei, percebendo que aquilo tampouco era da minha conta.


 


Mas Chris não morava ali, então eu estava confusa. A garota correu os dedos pelos cachos castanhos descabelados e deu um suspiro.


 


– É. Ou pelo menos da antiga cama dele.


 


– Antiga? – estranhei.


 


Um movimento na porta chamou minha atenção e o meu olhar cruzou com o de Alfonso. Ele me observava com um sorriso de ironia. Que ótimo. Ele tinha me ouvido bisbilhotar. Quis desviar os olhos e fingir que não acabara de perguntar a uma garota se ela havia dormido com ele. O brilho do seu olhar me informou que era inútil: ele já sabia.


 


– Anahí, desculpe se a interrompi. Pode continuar a interrogar a amiga do Chris. Tenho certeza de que ele não vai se importar – falou Alfonso com a sua voz arrastada.


Ele cruzou os braços na frente do peito e se apoiou no batente da porta como se estivesse se acomodando.


Abaixei a cabeça e andei até a lixeira para limpar as migalhas de pão das mãos enquanto pensava no que fazer. Não queria continuar aquela conversa enquanto Alfonso estivesse escutando; isso me faria parecer interessada demais nele. Coisa que ele não queria.


 


– Bom dia, Alfonso. Obrigada por nos deixar ficar aqui ontem à noite. Christian tinha bebido demais para voltar dirigindo para a casa dele – falou a garota. Ah. Então era isso. Que droga. Por que eu tinha me deixado vencer pela curiosidade?


 


– Christian sabe que o quarto é dele sempre que quiser – disse Alfonso.


 


Pelo canto do olho, pude ver quando ele se afastou do batente e andou até a


bancada. Tinha os olhos pregados em mim. Por que ele não deixava aquela história por isso mesmo? Eu iria embora discretamente.


 


– Bom, hã, então eu acho que vou voltar lá para cima. – A voz da garota soou


insegura.


 


Alfonso não disse nada e não olhei para nenhum dos dois. A garota aproveitou a deixa para se retirar e eu aguardei até ouvir os passos dela na escada antes de olhar para Alfonso.


 


– Anahí, querida, a curiosidade matou a gatinha – sussurrou ele, aproximando-se de mim. – Pensou que eu tivesse trazido mais alguém para dormir? Humm? Estava tentando saber se essa daí tinha passado a noite na minha cama?


 


Engoli em seco, mas não falei nada.


 


– Com quem eu vou para a cama não é assunto seu. A gente já não falou sobre isso? Consegui concordar. Se ele me deixasse ir embora, nunca mais falaria com qualquer outra mulher que aparecesse na sua casa.


Rush estendeu a mão e enrolou uma mecha dos meus cabelos no dedo.


 


– Você não quer me conhecer. Talvez ache que quer, mas não quer. Juro que não.


 


Se ele não fosse tão gato nem estivesse tão perto de mim, seria mais fácil acreditar nisso. Mas quanto mais ele me pressionava, mais intrigada eu ficava.


– Você não é o que eu imaginava. Preferiria que fosse. Seria bem mais fácil – disse ele com uma voz grave antes de soltar o meu cabelo e se afastar.


 


Quando a porta que conduzia à varanda dos fundos se fechou, soltei a respiração que estava prendendo. O que ele queria dizer? O que tinha imaginado? Nessa noite, quando voltei do trabalho, Alfonso não estava em casa.


Abri os olhos e me virei para olhar o pequeno despertador sobre a mesa de cabeceira. Já passava das nove da manhã. Eu realmente tinha dormido até mais tarde. Espreguicei-me e estendi a mão para acender a luz. Tinha tomado banho na noite anterior, então estava limpa. Havia ganhado mais de mil dólares naquela semana. Decidi que podia começar a procurar apartamentos naquele dia, para conseguir logo um lugar para morar.


 


Passei as mãos pelos cabelos e tentei domá-los antes de me levantar. De manhã, queria passar um tempinho deitada na praia. Ainda não fizera isso. Iria aproveitar o mar e o sol. Puxei a minha mala embaixo da cama e procurei lá dentro o meu biquíni rosa. Era o único que eu tinha. Para falar a verdade, quase não fora usado. O estampado de renda branca com detalhes em cor-de-rosa caía bem com o meu tom de pele.


 


Quando o vesti, pensei que o biquíni era menor do que eu me lembrava. Ou isso ou o meu corpo tinha mudado desde a última vez em que eu o usara. Tirei da mala uma camiseta sem manga para usar por cima e peguei o protetor solar que havia comprado depois do meu primeiro dia de trabalho. Protetor era obrigatório no meu emprego.


 


Apaguei a luz, saí da despensa e entrei na cozinha.


 


– Caramba. Quem é essa? – perguntou um cara mais jovem, assustando-me quando entrei no espaço iluminado.


 


Olhei para aquele desconhecido sentado no bar, me encarando com a boca escancarada, e em seguida para a geladeira onde Chris estava em pé, sorridente.


 


– Você sai desse quarto vestida assim todo dia de manhã? – perguntou Chris.


 


Eu não imaginava que fosse encontrar alguém ali.


 


– Não. Geralmente estou com a roupa do trabalho – respondi enquanto o menino no bar dava um assobio. Ele não devia ter mais do que 16 anos.


– Pode ignorar esse idiota cheio de hormônios. O nome dele é Will. A mãe dele é irmã de Georgianna. Portanto, de um jeito bem indireto, ele é o meu primo mais novo. Apareceu aqui ontem à noite depois de fugir de casa pela centésima vez. Alfonso me ligou para vir buscá-lo e levá-lo de volta para aquela sua casa de doidos. Alfonso. Por que ouvir o nome dele fazia o meu coração disparar? Porque ele era perfeito; tanto que chegava a ser injusto. Só por isso. Balancei a cabeça para espantá-lo dos meus pensamentos.


 


– Prazer, Will. Eu sou a Anny. Alfonso teve pena e me acolheu até eu conseguir arrumar um lugar para morar.


 


– Ué, pode vir para casa comigo. Não vou obrigar você a dormir debaixo da escada – ofereceu Will.


 


Não pude reprimir um sorriso. Esse tipo de azaração inocente eu entendia.


 


– Obrigada, mas não acho que a sua mãe vá gostar muito disso. Estou bem debaixo da escada. A cama é confortável e não preciso dormir armada.


 


Chris deu uma risadinha e Will arregalou os olhos.


 


– Você anda armada? – perguntou ele, assombrado.


 


– Pronto, agora você conseguiu. É melhor eu tirar esse menino daqui antes que ele se apaixone mais ainda – falou Chris, pegando a xícara que acabara de encher de café. Seguiu falando enquanto se encaminhava para a porta.


 


– Vamos lá, Will, antes que eu vá acordar o Poncho e você tenha que lidar com aquele coisa ruim.


 


Will olhou para ele e logo em seguida para mim, como se encarasse um dilema.


 


Foi uma graça.


 


– Agora, Will – disse Chris em um tom mais autoritário.


 


– Ei, Chris? – chamei antes de ele chegar à porta.


 


Ele se virou de novo e olhou para mim.


 


– Fala.


 


– Obrigada pela gasolina. Vou te pagar assim que receber o meu salário.


 


Ele fez que não com a cabeça.


 


– Não vai pagar, não. Eu ficaria ofendido. Mas de nada. – Ele deu uma piscadela, depois olhou para Will com um ar severo antes de sair da cozinha.


 


Acenei para me despedir de Will. Depois pensaria em um jeito de pagar Chris sem ofendê-lo. Devia haver um jeito. Por enquanto, os meus planos eram outros. Fui até as portas que davam para fora. Estava na hora de aproveitar o meu primeiro dia de verdade na praia.


 


Estiquei-me sobre a toalha que pegara emprestada no banheiro. Teria que lavá-la à noite. Era a única que eu tinha para me secar e agora iria 􀙼car cheia de areia. Mas valeria muito a pena.


 


A praia estava tranquila. As outras casas ficavam afastadas, de modo que aquele trecho era bem vazio. Sentindo-me corajosa, tirei a camiseta e a embolei debaixo da cabeça. Então fechei os olhos e deixei o barulho das ondas me ninar até adormecer.


 


– Por favor, me diga que passou protetor.


 


A voz grave se derramou sobre mim e inclinei o corpo em sua direção. Seu cheiro másculo era uma delícia. Precisava chegar mais perto. Quando abri os olhos, pisquei por causa da luz forte do sol e vi Alfonso sentado ao meu lado. Ele estava me observando. Qualquer calor ou bom humor que eu pudesse ter imaginado na sua voz havia desaparecido.


 


– Está usando protetor, não está?


 


Respondi que sim e me levantei até ficar sentada.


 


– Ótimo. Detestaria ver essa pele lisinha e branca ficar vermelha.


 


Ele achava a minha pele lisinha e branca. Soava como um elogio, mas não tive certeza se era adequado agradecer.


 


– Eu, hã, passei antes de sair.


 


Ele continuou a me encarar. Lutei contra o impulso de pegar a camiseta e vesti-la por cima do biquíni. Eu não tinha o mesmo corpo das meninas com quem o vira. Não gostava de sentir que ele estava me comparando.



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Autor(a): annyherrera

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 10



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  • bedlens Postado em 20/10/2017 - 15:40:05

    GAROTA, O QUE FOI ESSA REAÇÃO DO PONCHO?! Não estou sabendo lidar... Aí, aí, aí essa Nan não me passa confiança... To sentido que ela vai trazer dor de cabeça para Any.

    • annyherrera Postado em 22/10/2017 - 10:16:46

      Ponchito com ciumes😍😍😍 e a Nan é uma megera

  • ginja2011 Postado em 17/10/2017 - 02:53:17

    Espero que a Any aprenda a se defender do playboy do Derrick!

    • annyherrera Postado em 17/10/2017 - 18:46:02

      Calma.. nao odeie o Derick aimda.. ele nao será mal!

  • ginja2011 Postado em 17/10/2017 - 02:51:37

    Percebe-se que o Poncho tem um profundo pesar sobre as atitudes da mãe e que se estende ao padrasto e desforra em todo mundo, fala que o pai da Any é um aproveitador e a mãe dele é o quê? e ele faz o quê da vida além de farrear e gastar dinheiro?

    • annyherrera Postado em 17/10/2017 - 18:39:19

      É bem por ai.. ele de certa forma sente uma culpa pelo sofrimento que a anny passou ao mesmo tempo que tem medo de se aproximar dela.. tem um grande segredo do passado deles que ainda vai ser revelado.. continue lendo que vc vai entender😊

  • carlosaugustof Postado em 16/10/2017 - 23:34:49

    Oi, estou amando a fic <3

    • annyherrera Postado em 17/10/2017 - 18:35:50

      Ai que bom.. essa história é linda! Fico feliz por estar gostando..

  • bedlens Postado em 16/10/2017 - 16:27:22

    Hey! Estou amando a fanfic <3 Continue...

    • annyherrera Postado em 16/10/2017 - 23:32:15

      Que bom que está gostando linda! Eu amo essa história e estou muito feliz por saber que vc está gostando... Vc é minha primeira leitora :D


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