Fanfics Brasil - CAPITULO 3 - PARTE 1 Paixão sem Limites

Fanfic: Paixão sem Limites | Tema: AyA - Romance Hot


Capítulo: CAPITULO 3 - PARTE 1

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Mesmo sem janelas no quarto para me dizer se o sol já nascera, eu sabia que tinha dormido até tarde. Fui me deitar exausta, mas a longa viagem de oito horas e os passos na escada durante horas depois de eu ir para a cama me impediram de dormir. Eu me espreguicei, me sentei e estendi a mão para o interruptor na parede. A pequena lâmpada iluminou o quarto e estiquei o braço até debaixo da cama para pegar a minha mala. Precisava de um banho. Se todo mundo ainda estivesse dormindo, eu poderia usar um dos banheiros sem ninguém perceber; mas Christian não tinha me mostrado onde ficava. Só me ofereceram o quarto, mas eu esperava que uma ducha rápida estivesse incluída no pacote. Peguei uma calcinha limpa, um short preto e uma camiseta branca sem manga. Com sorte, conseguiria entrar e sair do chuveiro e começar a faxina antes de Alfonso descer.


 


Abri a porta que dava para a despensa, passei por entre as prateleiras que continham mais comida do que qualquer pessoa jamais poderia precisar. Girei a maçaneta da porta devagar e a abri. A luz da cozinha estava apagada e a única claridade vinha do sol forte que entrava pelas amplas janelas que davam para o mar. Se não estivesse tão apertada, eu teria parado um instante para admirar a vista. Mas a situação era urgente e eu precisava ir ao banheiro. A casa estava silenciosa. Copos vazios estavam espalhados pelos cômodos, junto com restos de comida e peças de roupa. Eu poderia limpar aquilo. Se me mostrasse útil, talvez me deixassem ficar ali até eu arrumar um emprego e receber um ou dois salários. Abri lentamente a primeira porta que encontrei, com medo de ser um quarto. Era um closet. Fechei a porta e desci o corredor em direção à escada. Se os únicos banheiros fossem os das suítes, eu estava ferrada. A não ser que... talvez houvesse um banheiro para as pessoas usarem depois de passar o dia inteiro na praia. Afinal de contas, Henrietta também tinha que tomar banho e ir ao banheiro. Virei as costas e voltei para a cozinha e para as duas portas de vidro que eu vira abertas na noite anterior. Olhei em volta e reparei alguns degraus que desciam até debaixo da casa. Fui por ali.


 


Lá embaixo havia duas portas. Abri uma delas e vi paredes cobertas por coletes salva-vidas, pranchas de surfe e boias. Então abri a outra. Bingo. Era um banheiro com um pequeno boxe. Sobre um banquinho havia xampu, condicionador e sabonete, além de uma luva de banho e uma tolha limpa. Que prático. Uma vez limpa e vestida, pendurei a toalha e a luva no ferro da cortina do boxe. Aquele banheiro não era muito usado. Eu poderia usar a mesma toalha e a mesma luva a semana inteira e lavar no fim de semana. Se ficasse ali tanto tempo assim. Fechei a porta depois de sair e subi os degraus. A maresia tinha um cheiro maravilhoso. Quando cheguei lá em cima, fiquei parada junto ao guarda-corpo e olhei para o mar. Ondas quebravam na praia de areia branca. Era a coisa mais linda que eu já tinha visto.


 


Mamãe e eu cogitávamos, um dia, viajar para ver o mar. Ela havia ido quando era menina e as suas lembranças não eram lá grande coisa, mas ela passara a vida inteira me falando sobre isso. Todo inverno ficávamos sentadas dentro de casa em frente à lareira e planejávamos a nossa ida à praia. Nunca conseguimos fazer essa viagem. Primeiro mamãe não tinha dinheiro, depois não tinha saúde. Mesmo assim, continuávamos a planejá-la. Isso ajudava a manter o sonho vivo. E agora ali estava eu, olhando para as ondas com as quais apenas sonhara. Não eram nossas férias de conto de fadas, mas eu estava ali vendo o mar por nós duas.


 


– Essa vista nunca fica velha. – A voz grave e arrastada de Alfonso me espantou.


 


Virei-me e o vi encostado no batente da porta. Sem camisa. Ai, ai, ai. Não consegui articular palavras. O único peito nu de homem que eu já tinha visto fora o de Rodrigo. E isso foi antes de a minha mãe ficar doente, quando eu tinha tempo para namorar e me divertir. O peito de 16 anos de Rodrigo não exibia aqueles músculos largos e definidos, assim como ele também não tinha aquela barriga tanquinho que eu via diante de mim.


 


– Está gostando da vista?


 


Seu tom de quem estava achando graça não me escapou. Pisquei os olhos e tornei a erguê-los para o sorriso de ironia nos seus lábios. Droga. Ele tinha me pegado secando o seu corpo.


 


– Não quero interrompê-la. Eu mesmo estava gostando – continuou ele antes de dar um gole na xícara de café que segurava.


 


Senti o meu rosto ficar quente; sabia que devia estar vermelha feito um pimentão. Eu me virei de novo e tornei a olhar para o mar. Que vergonha. Eu estava tentando fazer com que aquele cara me deixasse permanecer ali por um tempo. Ficar babando por ele não era a melhor estratégia. Uma risada baixinha atrás de mim só fez piorar as coisas. Ele estava rindo de mim. Que ótimo.


 


– Ah, você está aí. Senti a sua falta na cama quando acordei.


 


A voz feminina dengosa vinha de detrás de mim. A curiosidade me venceu e eu me virei. Uma menina só de calcinha e sutiã se aconchegava a Alfonso e corria uma unha comprida e cor-de-rosa pelo seu peito. Não podia culpá-la por querer tocar aquilo. Eu própria estava bem tentada.


 


– Está na hora de você ir – retrucou ele, tirando a mão dela do próprio peito e se afastando.


Vi quando ele apontou para a porta da frente.


 


– Como é? – rebateu a menina.


Pelo ar de incompreensão no seu rosto, ela não esperava por isso.


 


– Você conseguiu o que queria vindo aqui, gata. Queria que eu te comesse. Conseguiu. Agora já deu para mim.


 


Sua voz fria, dura e neutra me espantou. Será que ele estava falando sério?


 


– Você só pode estar de sacanagem! – disparou a menina, batendo o pé.


 


Alfonso balançou a cabeça e tomou mais um gole do café.


 


– Você não pode fazer isso comigo. Ontem à noite foi incrível. Você sabe que foi. Ela estendeu a mão para o braço dele e ele rapidamente se esquivou.


 


– Eu avisei ontem à noite quando você chegou implorando e tirando a roupa... A única coisa que iria acontecer seria uma noite de sexo. Só isso. Prestei atenção na menina. Sua expressão era de pura raiva. Ela abriu a boca para protestar, mas tornou a fechá-la. Com mais uma batida do pé, voltou a passos firmes para dentro da casa. Eu não conseguia acreditar no que acabara de ver. Era assim que pessoas daquele tipo se comportavam? A minha única experiência de relacionamento tinha sido com Rodrigo. Embora nunca tivéssemos chegado a transar, ele sempre fora cuidadoso e gentil comigo. Aquilo era duro, cruel.


 


– Então, dormiu bem? – perguntou Alfonso como se nada tivesse acontecido.


 


Eu me obriguei a desviar os olhos da porta pela qual a menina havia saído e o examinei. O que passara pela cabeça dela para ir para a cama com alguém que tinha deixado bem claro que não haveria nada além de sexo? Tudo bem, ele tinha um corpo de causar inveja a modelos... e aqueles seus olhos eram capazes de levar uma garota a fazer loucuras. Mas ainda assim. Era muito cruel.


 


– Você faz isso sempre? – perguntei antes de conseguir me conter.


 


Alfonso levantou a sobrancelha.


 


– O quê? Perguntar às pessoas se elas dormiram bem?


 


Ele sabia o que eu estava perguntando. Estava desconversando. Não era da minha conta. Para ele me deixar ficar ali, eu precisava ficar na minha. Abrir a boca para repreendê-lo não era uma boa ideia.


 


– Transar com garotas e depois jogá-las fora feito lixo? – retruquei.


 


Fechei a boca, horrorizada com as palavras que acabara de ouvir ecoar na minha mente. O que eu estava fazendo? Tentando ser posta na rua? Alfonso pousou a xícara na mesa ao seu lado e se sentou. Recostou-se e esticou as pernas compridas. Então tornou a me encarar.


 



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Autor(a): annyherrera

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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– E você, sempre mete o nariz onde não é chamada? – rebateu.   Eu queria ficar brava com ele. Queria, mas não consegui. Ele tinha razão. Quem era eu para julgá-lo? Nem conhecia aquele cara.   – Não, em geral, não. Desculpe – falei e entrei depressa.   Não queria dar a e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 10



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  • bedlens Postado em 20/10/2017 - 15:40:05

    GAROTA, O QUE FOI ESSA REAÇÃO DO PONCHO?! Não estou sabendo lidar... Aí, aí, aí essa Nan não me passa confiança... To sentido que ela vai trazer dor de cabeça para Any.

    • annyherrera Postado em 22/10/2017 - 10:16:46

      Ponchito com ciumes😍😍😍 e a Nan é uma megera

  • ginja2011 Postado em 17/10/2017 - 02:53:17

    Espero que a Any aprenda a se defender do playboy do Derrick!

    • annyherrera Postado em 17/10/2017 - 18:46:02

      Calma.. nao odeie o Derick aimda.. ele nao será mal!

  • ginja2011 Postado em 17/10/2017 - 02:51:37

    Percebe-se que o Poncho tem um profundo pesar sobre as atitudes da mãe e que se estende ao padrasto e desforra em todo mundo, fala que o pai da Any é um aproveitador e a mãe dele é o quê? e ele faz o quê da vida além de farrear e gastar dinheiro?

    • annyherrera Postado em 17/10/2017 - 18:39:19

      É bem por ai.. ele de certa forma sente uma culpa pelo sofrimento que a anny passou ao mesmo tempo que tem medo de se aproximar dela.. tem um grande segredo do passado deles que ainda vai ser revelado.. continue lendo que vc vai entender😊

  • carlosaugustof Postado em 16/10/2017 - 23:34:49

    Oi, estou amando a fic <3

    • annyherrera Postado em 17/10/2017 - 18:35:50

      Ai que bom.. essa história é linda! Fico feliz por estar gostando..

  • bedlens Postado em 16/10/2017 - 16:27:22

    Hey! Estou amando a fanfic <3 Continue...

    • annyherrera Postado em 16/10/2017 - 23:32:15

      Que bom que está gostando linda! Eu amo essa história e estou muito feliz por saber que vc está gostando... Vc é minha primeira leitora :D


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