Fanfic: Mudei por você - Vondy | Tema: Vondy

Capitulo 11 - Bebada, eu?

Dulce narrando:

Acordei no dia seguinte sentindo uma dor de cabeça enorme. Me sentei na cama e tentei me lembrar de tudo o que tinha acontecido na noite anterior. A última coisa que eu lembrava, era de ter tomado copos e mais copos de ponche. Mas, espera ai. O Ucker disse que não tinha álcool, então por que eu não me lembro de quase nada?

Esfreguei os olhos com as mãos e então percebi mais uma coisa. Aquele não era o meu quarto.

Eu olhei ao redor e vi o Ucker deitado no sofá dormindo, e então me toquei de que estávamos no quarto dele. Procurei pra ver se tinha mais alguém no recinto, mas não havia mais ninguém.

Como eu havia parado aqui? O que tinha acontecido na noite anterior? Eu tinha ficado com ele? Ou pior. Eu tinha perdido minha virgindade?

Meu Deus, só de pensar em tudo aquilo, minha cabeça doía ainda mais. Eu não sabia o que fazer. Acordava ele e perguntava de uma vez o que tinha acontecido, ou fugia agora pro meu quarto aproveitando que ele está dormindo.

Percebi que seria muita covardia fazer a segunda opção. Então me levantei da cama e fui em direção a ele. Me dei conta também de que eu ainda estava vestindo o vestido de ontem à noite. Ao chegar perto dele, o sacudi para que ele acordasse. Foi meio difícil mas depois de um tempo ele abriu os olhos. Ao me ver ele abriu um sorriso, mas segundos depois pareceu ficar meio sem graça.

“Bom dia” ele disse como se fosse a coisa mais normal do mundo eu estar ali de manhã com ele.

“Bom dia... hã... Ucker, você pode me dizer o que eu estou fazendo aqui? É que eu meio que não lembro. E falando nisso, você sabe me explicar por que eu não lembro de quase nada sobre ontem?” perguntei tudo vez, pois estava curiosíssima.

Ele se sentou no sofá e fez menção para que eu me sentasse também ao seu lado, e assim o fiz. Ele mexeu no cabelo parecendo estar meio desconfortável, mas logo falou.

“O ponche. Desculpa Dulce, eu não sabia. Os meninos do terceiro ano colocaram vodca, por isso você não se lembra de nada. Você bebeu vários copos.” Ele disse.

Agora sim as coisas faziam mais sentido.

“Mas, por que ninguém percebeu que tinha vodca no ponche?” perguntei desconfiada.

“Bom, eu não bebi senão perceberia na hora. Quem bebeu deve ter percebido e não falou nada pois queriam beber algo com álcool” ele disse e fazia sentido pra mim.

Eu nunca identificaria. Nunca tinha bebido vodca antes. Claro que achei o gosto do ponche meio forte, mas tinha achado que era por conta do limão.

“Mas, por que eu vim parar aqui?” perguntei ficando vermelha no mesmo instante.

“Bom, depois que você ficou meio mal, eu meio que cuidei de você. A Maitê ao ver que você estava bem, acabou bebendo também, e o Chris ficou cuidando dela. Ele deve estar com ela no quarto de vocês agora. Então eu trouxe você pra cá mais cedo pra que você pudesse descansar um pouco, mas você acabou dormindo e eu não quis te acordar” ele disse.

Eu estava atordoada. Então não tínhamos ficado. Ele apenas foi fofo comigo e cuidou de mim enquanto eu estava bêbada. Eu tinha que ir para o meu quarto pensar sobre tudo aquilo.

“Obrigada Ucker. Muito obrigada mesmo. Eu nunca tinha ficado bêbada antes, então não sei o que poderia ter acontecido”

“Sem problemas.” Ele disse abrindo um largo sorriso que me fez estremecer.

“Bom agora eu vou no meu quarto, obrigada de novo.” Eu disse me levantando e corri até a porta, ao sair consegui ouvir um “Tchau Dulce” abafado.

Ao chegar no meu quarto, percebi que ele estava vazio. Tentei entrar no banheiro e vi que a porta estava trancada. Torci pra que fosse a Maitê que estivesse lá. Eu precisava conversar com ela urgentemente.

“Mai?” gritei

“Dulce, é você?” ouvi a voz dela do lado de dentro.

“Sou eu sim, vai demorar no banho?” perguntei ansiosa.

“Não, já estou saindo.” Ela respondeu.

Me sentei na cama e comecei a aguardar. Depois de aproximadamente cinco minutos ela saiu de toalha com os cabelos molhados.

“Dulce, sua louca, como que você fez aquilo ontem?” foi a primeira coisa que ela disse.

“Meu Deus. O que que eu fiz Maitê?” perguntei agora entrando em desespero.

“Você não lembra?” ela perguntou.

“Claro que não, senão não estaria perguntando” falei impacientemente.

“Então senta que lá vem história” ela disse aumentando o suspense.

Eu me sentei na cama novamente e respirei fundo.

Mal sabia eu o que estava por vir...