Fanfic: Mudei por você - Vondy | Tema: Vondy

Capitulo 5 - o concurso

Dulce narrando:

Logo que a aula acabou, o menino gentil que havia pegado meus materiais quando caíram veio em minha direção. Percebi que ficou meio tímido mas Mai logo falou em seu lugar.

“Dulce, esse é o Poncho. Um dos meus melhores amigos aqui do colégio.”

Ele sorriu e sorri de volta, e logo em seguida ele levantou a mão da mesma forma como eu tinha feita há alguns minutos com o Ucker.

“Muito prazer Dulce” e eu estendi a minha mão de volta.

Fomos os três para o refeitório e rapidamente me dei conta de que tínhamos algo em comum. Nós três éramos apaixonados por música. E não somente por ouvir, e sim por cantar. Maitê disse que já havia cantado até em alguns concursos de talento e havia ganhado, e o Poncho já havia participado de uma banda tocando guitarra e cantando. Claro que não disse que eu tocava 5 instrumentos e que eu adorava compor assim logo de cara, então apenar disse que cantava um pouco e arranhava no violão.

A conversa fluía muito bem, até que novamente, meus olhos foram atraídos para aquele par de olhos castanhos me encarando. Ele estava um pouco sério dessa vez, mas ao ver que eu tinha percebido que ele me estava observando, logo desviou o olhar.

Conversamos mais um pouco, e logo a Mai disse.

“Gente, o papo tá ótimo, mas acho que vou subir pra descansar um pouco no quarto pras aulas de à tarde. Você vem Dul?”

“Vou sim, até mais Poncho, gostei muito de te conhecer” eu disse sorrindo e ele riu mais ainda.

“Eu também Dulce, até mais pra vocês duas” e acenou.

Subimos até nosso quarto e ao chegarmos lá tivemos uma pequena surpresa. O som estava ligado, bem alto por sinal. E Anahí cantava ao ritmo da música lendo uma revista, e se quer saber, até bem. Não era nem um pouco desafinada. Aquilo me deixou contrariada. O dom da música devia ser dado somente a pessoas boas. Ri comigo mesma.

Maitê avançou no som e abaixou rapidamente o volume. Anahí a fuzilou com um olhar como se fosse matá-la. Temi por Mai naquele momento, pois não sabia do que aquela Anahí era capaz. Logo ela começou a gritar.

“Quem você pensa que é pra entrar aqui no meu quarto e ir abaixando o volume?” Anahí disse nervosa.

“Não sei se você esqueceu, Anahí, mas esse quarto é nosso. E ninguém merece ficar ouvindo música nessa altura. Ainda mais seus berros desafinados” Mentiu Mai.

“Berros desafinados? Pois saiba que na minha cidade, eu sou conhecida pela minha voz e pelo meu carisma no palco, tá querida?” Anahí disse convencida.

“Voz tudo bem, eles podem ter mau gosto, mas carisma? Eu duvido mas duvido mesmo.” Mai falou sorrindo levemente.

“Olha sua... Não vale a pena brigar com você...” e dizendo isso, saiu do quarto batendo a porta.

“Nossa, que garotinha irritante” falei me deitando na minha cama.

“E olha que você a conheceu apenas ontem” disse Mai, se deitando na dela.

Ficamos deitadas faltarem alguns minutos antes da primeira aula da tarde, escovamos os dentes, e então descemos em direção ao campus.

Fomos conversando todo o percurso e na sala, acabamos nos sentando no fundo mesmo, no mesmo lugar em que havíamos nos sentado antes.

Vi Poncho chegar e se sentar do nosso lado com um sorriso no rosto. Logo depois, Ucker chegou acompanhado de dois meninos que eu não sabia o nome e foi andando em direção ao fundo da sala. Ao me ver ensaiou um sorriso, mas ao ver Poncho ao meu lado, o sorriso sumiu. Será que eles eram brigados ou algo assim?

Bom eu teria tempo para isso depois pois o professor havia acabado de chegar, e a próxima aula seria de química. Matéria que eu não era excelente. No meio da aula, um homem de terno bateu na porta e entrou assim que o professor permitiu a entrada. Presumi que seria o diretor para estar assim tão bem vestido.

“Olá a todos. Para quem não me conhece, eu sou o diretor Josh, e tenho um comunicado que talvez vá interessar a alguns de vocês” ele disse e todos ficarem em silencio no mesmo momento.

“Como estamos na capital, uma importante gravadora, a Sony Music Brasil, está com um novo projeto para descobrir novos talentos jovens, que estudam do primeiro ao terceiro ano do ensino médio. A proposta é a seguinte, o concurso só será formado por bandas, ou seja, artistas solos não poderão participar pois não é do interesse atual da gravadora”

Ele falava e eu nem conseguia respirar direito de tanta ansiedade.

“O concurso se consistirá em três etapas. Primeiro cada colégio inscrito no concurso competirá entre si até que sobre apenas uma banda para representar cada colégio. Depois as de todos os colégios competirão entre si até que sobrem três, que irão até a final, e o grande vencedor, ganha um contrato para no mínimo três discos com a gravadora”

E ao dizer isso, foi um grande alvoroço na sala, todo mundo parecia empolgado demais e ao mesmo tempo nervoso. E logo o diretor pediu silencio.

“Se acalmem, pois não acabei minha explicação. A banda deverá ser constituída apenar por colegas de classe e deverá haver no mínimo seis integrantes e máximo oito. Colocarei no quadro de avisos todas as regras para o concurso, e assim que acabar a aula, os interessados em participar, podem dar uma olhada. Muito obrigada pela atenção” e dizendo isso saiu da sala.

Eu pela primeira vez na vida, não via a hora da aula acabar. É claro que eu não teria coragem de participar de um concurso desses, mas só a hipótese, me deixava ansiosa. E não custava nada sonhar...