Fanfic: Mudei por você - Vondy | Tema: Vondy

Capitulo 9 - O que está acontecendo comigo?

Ucker narrando:

Terceiro dia de aula. E finalmente o dia em que eu e Dulce iriamos tentar compor juntos alguma coisa. Combinamos que ela viria à tarde logo depois das aulas no meu quarto, já que não havia nenhuma regra contra garotas no quarto dos garotos.

Por incrível que pareça, eu estava ansioso. Não conseguia parar de pensar nela. Claro que não admitiria isso pra ninguém nunca.

Acordei um pouco mais atrasado que o habitual, e o Chris e o Poncho já tinham ido para a aula. Assim que eu ia saindo do quarto, me deparo com alguém.

“O que você quer, Anahí?” perguntei impaciente.

Ela entrou no meu quarto e fechou a porta atrás de si.

“Nada, só pensei que a gente pudesse se divertir um pouquinho antes da aula, o que acha?” ela disse sorrindo maliciosamente.

“A aula já deve ter começado. Se a gente ficar aqui, vamos perder o primeiro horário!” eu disse até entrando um pouquinho no clima.

“Então a gente perde” ela disse levando as mãos aos botões da minha camiseta e os desabotoando.

“Você não tem jeito mesmo, né Anahí?” falei rindo maliciosamente também.

“Como se você não tivesse gostando, vai negar?” e dizendo isso, se afastou e tirou a camiseta do colégio a jogando no chão. Ela estava com uma lingerie vermelha. Eu não conseguiria resistir.

A agarrei e a levei pra minha cama. Ela ia tirando minha camisa e minha calça com muito desejo e eu então, fiz o mesmo com as roupas dela. Os beijos foram ficando cada vez mais intensos... e bem, o resto vocês já sabem.

Depois de transarmos, mandei Anahí ir para o seu quarto se recompor, pois ambos estávamos acabados.

Por incrível que pareça, enquanto eu estava transando com a Anahí, a imagem de Dulce não saia da minha cabeça. Não consegui entender o porquê daquilo, mas resolvi deixar pra lá.

Dulce narrando:

Finalmente a tarde chegou, e já estava na hora de eu ir para o quarto do Ucker para conversarmos sobre a banda e tentar compor um pouco.

Me arrumei um pouco demais, passando rímel e um gloss rosinha que eu não costumava usar. Não costumava usar maquiagem. Não depois do que aconteceu com minha mãe. Rafaela notou que estava diferente pois me lançou um olhar repreendedor, mas não disse nada.

Cheguei em seu quarto e bati na porta. Nossa, eu estava completamente nervosa. Conseguia sentir um frio na barriga que a muito tempo não sentia.

A porta logo se abriu e vi ele. Ele estava lindo como sempre. O cabelo estava bagunçado como se tivesse acabado de acordar. De repente me peguei imaginando passando a mão sobre seus fios, mas logo voltei a realidade.

Ao me ver ele abriu um largo sorriso. Seus olhos castanhos me encantavam cada vez mais a cada instante.

“Oi Dulce. Pode entrar. Só não repara na bagunça tá? Os meninos e eu somos um pouquinho bagunceiros” ele disse me dando espaço pra passar.

“Oi Ucker. Sem problemas” eu disse sorrindo timidamente.

Ao entrar fiquei sem saber o que fazer exatamente. Então ele me guiou para o grande sofá que tinha no canto do quarto. Me sentei e ele pegou o violão que ali estava.

“Então, o que vamos fazer exatamente?” perguntei.

“Não sei. Acho que tentar criar uma melodia e depois pensamos na letra. O que acha? Acho que para a primeira etapa do concurso uma música mais agitada seria melhor” ele disse me olhando fixamente.

“Tem razão. Então, você tem alguma ideia?” perguntei.

E assim foram as duas horas seguintes. Além de criarmos uma melodia acabamos conversando um pouco e eu acabei descobrindo um pouco sobre ele. Seu pai era um grande político que não o apoiava quando o assunto era música. Sua mãe também tinha morrido e que ele tinha três cachorros. Acabamos dando boas risadas nesse meio tempo, com ele me contando histórias de sua infância e momentos constrangedores e logo fiquei à vontade com ele. Me soltei e contei muita coisa sobre minha antiga vida.

Estávamos rindo mais uma vez, quando a porta se abriu e demos de cara com Poncho. O que ele estaria fazendo ali?

“Poncho? O que faz aqui?” perguntei curiosa.

“Esse é meu quarto Dul. Sinto muito ter atrapalhado, não sabia que você estava aqui” ele disse visivelmente irritado.

“Bom eu já estava indo mesmo” eu disse olhando dessa vez pra Ucker.

“Mas já? Eu ainda nem terminei de te contar aquela historia” ele disse em meio a risadas. Ri junto, mas logo disse.

“Fica pra depois, agora tenho que estudar. Tchau garotos.” E dizendo isso, me levantei e sai do quarto.

O que tinha sido aquilo? Aquela conversa com Ucker. Eu não costumava conversar com as pessoas assim, muito menos pessoas que eu acabei de conhecer. O que aquele garoto me fazia sentir era fora do normal. Eu sentia uma mistura de paz quando estava com ele com medo. Medo de me envolver e medo dele me machucar. Meu coração não aguentaria outra desilusão. Mas com Ucker... eu não sabia o que poderia acontecer, mas sabia que estava gostando muito daquilo.