Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.

Sol de La Riva tinha amanhecido com o demônio no couro. Como dizem. Estava mal humorada, e buscava um modo de se reconciliar com a Dulce o mais rápido possível. Era insuportável ficar um segundo longe dela. Não achou que a outra iria se aborrecer com o seu comentário, também não imaginava que Dulce fosse sensível á esse modo... Uma parte em si, dizia que tinha errado. Mas o que podia fazer se realmente era a sua vontade de expor ao mundo que tinha fisgado a Dulce Maria?

Agora, não tinha simplesmente nada. Nem Dulce, nem o que contar. Iria ter que controlar a sua língua, e manter as coisas em off. Odiava isso, mas, daria um jeito. Primeiro, tinha que se acertar novamente com a Dulce, depois, faria que todo mundo soubesse que estavam juntas sem precisar de nenhuma palavra. Isso era fácil de ser resolvido. Bastava um pequeno flagra das pessoas mais fofoqueiras do colégio, e a notícia iria se espalhar como vento, e no final de tudo, ainda poderia bancar a inocente diante os olhos de Dulce.

Mas, iriamos ao primeiro tópico da lista: Reconciliação.

Infelizmente, Dulce estava se mostrando rancorosa. Ou talvez, a mágoa foi realmente profunda. Estava ignorando as mensagens de Sol, que já tinha providenciado um celular novo, mesmo sendo muito cedo. O privilégio de ser rica. Bombardeou a Dulce de mensagens, mas sem sucesso. Então, ligou várias vezes, todas ignoradas.

Sol estava querendo morrer! Isso a deixou mais azeda que o natural. Maltratou os seus empregados, juntamente com a Lola e Jane que surgiram em sua casa para irem ao colégio juntas. Ela não explicou a causa as meninas, que também não insistiram em saber, conhecia muito bem a Sol. Para completar a sua irritação, o seu pai a abordou antes de sair...

“Soledade”. A voz grave de Klaus a impediu que desse um passo á mais. Sol ainda escutou Lola e Jane suspirarem, impressionadas.

Sugar Daddy. Esse termo cairia muito bem para o seu pai... O homem era muito bonito, e também atraente. Um deleite aos olhos de qualquer mulher, e também adolescente.  Jane e Lola não se controlavam quando o via, parecia tentador demais nos seus olhos, embora que, Klaus nunca tivesse direcionado a sua atenção para as garotas. De um metro e noventa de altura acompanhado com um corpo atlético de dá inveja á qualquer modelo. O corpo era coberto de tatuagens, e os cabelos grisalhos juntamente com a barba, dava-lhe um quê de sensualidade, quase irresistível. Por isto, que Serena matava-se com cirurgias plásticas e procedimentos estéticos para ficar na altura do marido... Para ele nunca olhar para outra ao não ser ela... Sol não tinha puxado em nada ao pai. Era a cópia idêntica da mãe.

“Papai”. Sol respondeu de pronto, virando-se para ele.

“Onde está a comprovação da sua inscrição de universidade?”. Klaus perguntou sério.

“Ah...”. Sol lançou um olhar para Jane e Lola para que elas se retirassem do recinto, e elas obedeceram, como sempre.

“Vou espera-la no carro”. Lola disse de pronto.

“Eu também”. Jane se adiantou em correr para o hall.

Sol sentiu-se satisfeita por dominar as meninas. A sensação era boa demais, quase que melhorou um pouco o seu humor, mas quando voltou a olhar o seu pai, sabia que iria levar um esporro. Geralmente, Klaus fazia o que a filha queria, sem pestanejar, mas a verdade é que saber que a mesma não seria aceita em Harvard, a universidade que era tradição em sua família, o deixava desgostoso.

“Não deu tempo... Ontem”. Sol explicou com um meio sorriso. “Enrolei-me com algumas coisas, mas assim que chegar do colégio, farei”.

“Enrolou-se com o que? Porque com os estudos que não foi...”. Klaus disse com a voz irritada, e cruzou os braços. “Recebi um e-mail muito interessante do seu colégio hoje com o seu boletim. Francamente, Soledade, me sinto envergonhado até em lembrá-las”.

Sol amuou-se, tinha esquecido completamente que o Constatine informava os pais o boletim por via e-mail. Não queria decepcionar o seu pai, mas também não tinha nenhuma paciência para estudar.

“Eu tive um péssimo semestre, eu sei, papai, mas é que me enrolei. Muita coisa na minha cabeça”. Tentou se justificar com uma cara manhosa.

“A única coisa que ocupa a sua cabeça é vento, Soledade. Você não se importa com os estudos, as suas únicas preocupações são as futilidades que não a levará em lugar algum”. Klaus ralhou. “Mas vou lhe dizer uma coisa mocinha, se essas notas não melhorarem a partir de hoje, esqueça o pensamento de dividir apartamento com amiguinha ou até mesmo de ir para Columbia. Farei questão de manda-la para a universidade comunitária, está me ouvindo?”.

Sol arregalou os olhos, espantada e horrorizada. Universidade comunitária? Isso seria o fim para si. Uma destruição social.

“Papai, o senhor não pode fazer isso!”. Exclamou irritada com lágrimas nos olhos.

“Assista eu não poder fazer isso, Soledade. Está avisada e não estou de brincadeira”. Olhou a hora no relógio de ouro. “Se demorar mais um segundo, chegará atrasada”. Foram às últimas palavras de Klaus antes de se retirar da sala.

Isso deixou a Sol com mais ódio de tudo e de todos. Ela foi para o colégio com o sangue nos olhos! Ficou mais insuportável do que antes, e com uma imensa vontade de brigar. A coisa mais certa na vida era: O p/au sempre se arrebentava no lado mais fraco. Por isto, quando viu a Anahí não pensou duas vezes em descarregar a sua raiva nela. Sem se importar que a esquisita se machucasse, a empurrou com força. Foi com um grande prazer que a viu caindo... Os alunos que estavam na frente do colégio se aproximaram para assistirem a cena de mais perto... Lola e Jane estavam de olhos arregalados, rindo, divertidas, enquanto, segurava a bolsa e o fichário de Sol.

Como de esperado, Anahí não a respondeu, e muito menos levantou a cabeça... Viu quando ela esfregou as palmas das mãos e depois as olhou, arranham com a queda e filetas de sangue manchavam as mesmas. Isso deu mais prazer em Sol.

“Olha pra mim, esquisita”. Sol ordenou, dando um chute com o bico fino do seu sapato, que acertou em cheio na ferida de Anahí que choramingou de dor. Como não sabia da ferida, Sol achou que tinha sido um exagero, mas gostou do som reproduzido e fez de novo até a Anahí a olhar. Os olhos azuis estavam molhados e lágrimas caiam em abundância. Isso divertia muito a Sol. “Está me enxergando bem?”. Perguntou, de cima. Anahí tinha que erguer a cabeça para olhá-la. “Grave muito bem as nossas posições, e lembre-se que ralé como você sempre estará aos meus pés. Você entendeu bichinho?”.

Os lábios de Anahí tremeram para responder, e ela não conseguiu, o seu choro aumentou, apesar de silencioso era copioso. Isso animava mais os telespectadores, antes que Sol a machucasse mais, Anahí balançou a cabeça em positivo. Sol sorriu vitoriosa. Iria continuar com a humilhação quando o Poncho apareceu, e ajudou a Anahí se levantar que se segurou nele, machucada.

“Qual é a sua, Sol?”. Poncho perguntou irritado.

“Não se meta, Herrera. E deixe esse bichinho no chão que eu ainda não terminei com ela”. Sol ordenou com menosprezo na voz.

“Você não vai fazer nada com a Anahí! Não enquanto eu estiver aqui”. Poncho afirmou com mais raiva ainda por ver que sua amiga tinha de fato se machucado. Ela agarrava-se nele com se fosse de fato um bichinho acuado.

“O que você vai fazer Herrera? Me bater?”. Sol provocou com as mãos na cintura, e um sorriso debochado por saber que Poncho não batia em mulheres.

Poncho calou-se porque mesmo com vontade de amassar a cara de Sol no degrau, não era de sua índole fazer nada contra mulher. Jamais iria tocar no fio de cabelo de uma, mesmo que a raiva lhe consumisse, preferia se retirar á fazer algo.

“Ele não vai fazer nada... Mas eu vou!”. A voz veio atrás de Sol, que se virou para receber um murro no olho que a fez tombar para trás. Um “ahhhhh” de surpresa soou nos presentes.

“Amiga!”. Lola e Jane gritaram e foram socorrer a Sol que estava com a mão no olho, chocada.

Porém, isso não foi empecilho para a Maite que estava furiosa pela audácia de Sol. Ela nem ouviu o pedido de Anahí para não bater na Sol, simplesmente avançou em cima da Sol e agarrou-lhe os cabelos, recebendo gritos e arranhadas de Sol, mas Maite não a soltou. Com uma mão enlaçou os cabelos dourados, e com a outra, livre, esbofeteou a Sol com toda a sua raiva. Na sua tentativa de fugir do Poncho, tinha deixado a Anahí para trás, mas em nenhum momento imaginou que isso aconteceria com a sua amiga... E o fato de ver a Anahí machucava por conta da Sol, a deixava mais que furiosa.

“Eu já disse á você que não mexesse com a Anahí!”. Maite gritou, esbofeteando mais uma vez a Sol que gritou e tentou lhe arranhar, mas a morena se esquivou. “Agora você aprende, tamborete!”.

“Maite! Não!”. Anahí pediu angustiada.

“Maite... Você vai se expulsa!”. Poncho gritou, em vão.

Jane e Lola faziam de tudo para que Maite soltasse e se afastasse de Maite, mas não conseguiam. Sol tentava revidar com arranhadas e até mesmo segurar nos cabelos de Maite, as duas se agarraram, e por pouco não caíram das escadas. O borbulho em frente ao colégio chamou atenção dos professores que rapidamente chamaram a inspetora que surgiu no meio da briga ensurdecendo á todos com o seu apito, e obrigando ás meninas se soltarem, ofegantes, amassadas e machucadas.

“Senhorita De La Riva e senhorita Perroni, para a minha sala, imediatamente!”. A inspetora berrou furiosa com a decadência da cena que presenciou.

Sol e Maite se entreolharam com ódio, e com a certeza que estavam ferradas. Mas que essa briga não ficaria assim... Haveria vingança. O olhar de Sol desviou para Anahí numa promessa que a destruiria. Maite ficou possessa com aquele olhar e avançou em cima de Sol, mas antes que se aproximasse, a inspetora pegou ambas pelos braços e arrastou até a sua sala...

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