Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.
Por Autora...
Camila estava em silêncio, reclusa na cadeira desconfortável, enquanto, olhos negros a olhava sem nenhuma expressão.
– Você sabe que tem direito a um advogado, não? – O delegado informou, seguindo o protocolo.
Ela se encolheu mais ao ouvi-lo.
– Eu não quero um advogado.
E não queria mesmo. Ela queria pagar pelo o seu crime. Mesmo falando com a Anahí, e a mesma a desculpando, Camila sentia-se péssima. Não era uma sensação que passara, a sua consciência exigia que ela fizesse o certo, mesmo que isso implicasse anular uns anos de sua vida. Ela precisava sentir bem consigo mesma. Precisava deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente sem a culpa lhe remoendo nem roubando o seu sono.
Ela precisava fazer o certo. Apenas uma vez na sua vida.
– Você tem direito a fiança...
– Não quero fiança. – Ela interrompeu o delegado, o olhando fixamente.
O delegado a olhou com curiosidade. Durante os seus anos de carreira, tinha lidado com vários tipos de pessoas, mas nenhuma a tinha lhe surpreendido como aquela mulher à sua frente. Via nos olhos da mulher que ela buscava de alivio para a sua própria consciência.
– Você sabe que se for a julgamento poderá ficar de um a cinco anos em reclusão?
– Isso não me importa. Eu só quero pagar a minha dívida com a sociedade.
– E o que a lhe move a fazer isso? Está sendo obrigada por alguém?
– Não. Eu só quero ter paz e equilibro de mim mesma. – Camila disse firmemente. – Então, quando vai emitir o meu mandado de prisão?
O delegado deu uma última olhada em Camila antes de abaixar os olhos para o computador. A confissão de Camila que falsificou os documentos para favorecer a Sol de La Riva era um grande problema até porque envolvia a socialite mais conhecida de Seattle. Porém, a Sol já estava em maus lençóis, principalmente com a entrega das provas de Condessa Anahí que mostrava claramente como a Sol planejou a sangue frio a morte do próprio pai, o Dr. Klaus de La Riva.
Ele estava terminando o mandado contra a Sol de La Riva quando a Camila adentrou a sua sala como se estivesse em uma sacristia, pronta para confessar. De primeira, o delegado achou que Camila estava querendo apenas um pouco de atenção, mas ela tinha provas que fraudou um documento para Anahí e ainda agiu de má feia.
Sol de La Riva estava metida em uma grande encrenca. Felizmente, as leis nos Estados Unidos eram rígidas, e não adiantava ser milionário, não iria burlar o sistema.
– Ela está no shopping. – Um policial avisou a abrir a porta da sua sala bruscamente, o olhando firmemente.
O delegado se levantou, sob olhar confuso de Camila.
– Fique aqui, senhorita. E não tente fugir, será vigiada pelos meus oficiais.
– Como se eu tivesse pretensão de fazer isso... – Foi a resposta de Camila antes do delegado sair ás pressas.
Sol estava saindo do shopping com alguns carregadores atrás de si, carregando as suas sacolas. Ela sempre os usava como burros de carga, até porque além de gastar uma fortuna nas lojas iria ser obrigada a carregar o que comprara? Jamais!
Pisava firmemente com os seus saltos quando percebeu algo que lhe deixou em alerta. Três viaturas no estacionamento aberto do shopping. Ter policiais naquela área não era estranho, até porque eles zelavam pelas vidas dos ricaços, o estranho é que os três pares de policiais estavam olhando diretamente para ela. Ninguém mais. Apenas para ela.
Sol soube que havia uma coisa muita errada, principalmente quando o delegado começara a andar em sua direção. Ela aumentou os passos até o seu carro, retirando ás pressas a chave do automóvel de sua pequena bolsa de mão.
– Sol de La Riva, pare em nome da lei! – O delegado ordenou com a voz próxima a ela.
O coração de Sol disparou ao ouvir as palavras do delegado. Esquecendo-se de suas compras, de tudo, correu até o seu carro, vendo pela visão periférica os policiais se movendo para a encurralarem. Se os oficiais estavam atrás dela existiam duas opções: Ou Camila dera com a língua nos dentes ou descobriram sobre o assassinato do seu pai.
Ela não ficaria lá para saber qual das opções seria.
Sol destravou o carro, abriu a porta e deslizou no mesmo numa velocidade impressionante para alguém tão pequeno. Fechou a porta e a travou quando o delegado ofegante esmurrou o vidro da janela do seu carro, fazendo-a gritar de susto.
Acionou o carro, e agradeceu alguma divindade por carros eletrônicos terem sidos produzidos. Deu ré no carro sem se preocupar em olhar pelo retrovisor, só escutou uns gritos. Ela tinha atingido dois dos carregadores. Não se preocupou em olhar o estrago, estava tão empenhada em sua fuga que não se importaria se tivesse que atropelar mais pessoas.
Pisou fundo no acelerador e manobrou o carro para fora do estacionamento, cantando pneus. Deixando um rastro de fumaça para trás.
O suor brotava em seu corpo. Sentia as gotas deslizando pela sua testa e suas costas, a agoniando. Dirigiu desesperadamente pelas ruas de Seattle, programando uma rota de fuga. Iria para fora do País! Era a única solução. Estava pensando nos detalhes quando escutou as sirenes. Olhou pelo retrovisor e estava lá... Várias viaturas atrás do seu carro.
Sol pisou mais no acelerador, uma carga de adrenalina projetou em seu corpo, enquanto, a velocidade iria além do aceitável. Ela sentia todo o seu corpo formigando, os seus pensamentos eram tão rápidos que não conseguia se concentrar em nenhum. Ela só precisava fugir...
Não iria para cadeia! Preferia morrer do que ficar atrás das grades.
Costurou os carros que ficavam em seu caminho, buzinando loucamente e escutando o estrago que deixava para trás. Cada vez mais as sirenes pareciam próximas dela, até mesmo o barulho da hélice de helicóptero estava ouvindo, quando olhou para cima, viu que um acompanhava o seu carro numa altura considerável.
Viaturas surgiram do nada, das ruas laterais, aumentando o pânico e o desespero de Sol que estava chorando sem ao menos perceber. Ela só sentia a frieza de suas lágrimas.
Ela estava ficando se opções!
Mais à frente, uma barricada foi posta para impedi-la de ultrapassar. Sol girou o volante fazendo o carro rodopiar umas duas vezes antes de finalmente parar na direção de uma rua a direita, sem pensar duas vezes, voltou a pisar no acelerador. Sorte que estava de cinto e os pinotes do seu corpo impedia que o mesmo projetasse para o retrovisor. Mudou a rota, desviou de um carro a sua frente, mas pegou o motorista no susto que direcionou o carro na direção errada e bateu com uma viatura, bloqueando a estrada.
Sol arriscou olhar no retrovisor e deu uma gargalhada quando viu as viaturas pararem impossibilitada de passarem. Estava com muita sorte! Ninguém iria pegar a Sol de La Riva, o helicóptero ainda a perseguia, mas ela daria um jeito de despistá-lo.
O carro continuou em alto velocidade até chegar em uma estrada íngreme, sinuosa e estreita. Além de ser estreita, tinha um barranco que dava acesso ao mar. Teria que ter muito cuidado ao passar ali, e na velocidade que a Sol estava era perigoso.
Porém, ela não diminuiu a velocidade, tinha que despistar o helicóptero, mas naquela estrada era impossível. Mas tinha a certeza que quando terminasse aquele trecho, iria ser mais fácil. Porém, algo inusitado aconteceu. Ela viu a imagem do Klaus de La Riva no meio da pista, parado, a olhando fixamente, bem no fundo dos seus olhos como se tivesse de frente a ela.
O susto foi instantâneo, Sol pisou no freio, mas como o carro estava em alta velocidade, o que conseguiu foi fazê-lo rodopiar diversas vezes na pequena estrada. Ela gritou tentando segurar o volante mais o carro estava desgovernado. Um frio percorria a sua espinha enquanto o mundo rodopiava diante dos seus olhos até que o carro parou bem na ponta do barranco.
E Sol riu, na realidade, ela gargalhou debilmente, banhada de suor. Não era dessa vez que iria morrer.
– Eu sou imbatível! – Grito dentro do carro. – Ninguém vai me derrubar, nem mesmo você Deus! – Caçoou ainda rindo.
Foi aí que a tragédia realmente aconteceu...
Um caminhoneiro que dirigia tranquilamente não viu o conversível atravessado na estrada, e quando deu-se conta do carro, foi tarde demais, não teve como diminuir a velocidade. A frente do caminhão bateu na porta do motorista, arrastando por uns metros até que o mesmo capotou diversas vezes e caiu no barranco, diretamente para o mar.
Sol tinha desmaiado quando o caminhão bateu em seu carro, mas despertou quando sentiu a água fria em seu corpo, recobrando os sentidos. Uma agonia mórbida a envolveu quando percebeu que não conseguia se mexer, a frente do seu carro estava amassada, suas pernas estavam presas nas ferragens. A porta do motorista estava destruída e travada, ela tentou abrir em desespero, a água fria e salgada entrava pela a sua boca e nariz, a sufocando.
Iria morrer!
Desesperou e debateu-se, engolindo mais água que ia diretamente para os seus pulmões, queimando como brasas. O seu carro ia cada vez mais para o fundo do mar, ela tateou com a mão até o cinto de segurança, mas não conseguiu retirá-lo. Ela gritou, mas o máximo que conseguiu foi que algumas bolhas saísse de sua boca.
A sua consciência estava desfalecendo já que o seu corpo não obedecia mais o comando do seu cérebro. Mesmo assim, ela sentia dor... Muita dor... Chorou, não que isso fosse fazer alguma diferença, mas a sensação de sufocamento e afogado era extremamente esmagadora, os seus pulmões estavam explodindo!
O oxigênio não ia mais para o seu cérebro, a inércia a envolveu e ela não teve mais força para lutar. Antes de fechar os olhos definitivamente, ainda viu novamente a imagem do seu pai no oceano. Era tarde demais para ela. Era tarde demais para um perdão.
E Sol fechou os olhos para sempre...
Estamos entrando nos últimos capítulos...
Kiki: Camila é uma idiota. Uma sonsa. Nem sabe fazer nada, roubou pra Sol, mas não tirou nada para ela. Anahí não podia continuar com a vingança, a sua alma já estava sendo corrompida e ela precisava de rendição, se continuasse com a vingança só iria ficar mais cega e se perder mais ainda. Dulce mudou.
Autor(a): ThamyPortinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 349
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luh_perronita Postado em 09/03/2018 - 19:56:03
Mais uma estória sua maravilhosa, amei tudo. Esse final foi muito perfeito aaa mais uma vez você conseguiu me emocionar com seu talento, a estória ficou ótima e que bom q mais uma vez o amor venceu o ódio sz estou muito feliz com a continuação de TL, amo mt ela, so perde pro meu xodozinho CTA aa
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Kah Postado em 05/03/2018 - 16:06:50
O que dizer dessa história? MDS. Todo esse trajeto de amor e vingança, e que bom que o amor venceu. Adorei a forma como você retrata os personagens e consegue fazê-los distintos uns dos outros e mostra a evolução deles na história, maior prova foi a Dulce, que encontrou seu lugar ao sol que mais que todos ali, aprendeu a viver e viver bem e Anahi que depois de ir ao fundo do poço, se reergueu, eu amo essa macumba que vc faz pra eu ficar vidrada nas histórias haha E no fim, elas precisavam se reencontrar sozinhas para então poder ter uma vida juntas. ESDLV foi foda e angustiante desde o início, meu pai que sofrimento kkkkk Mas ainda sim uma bela história. Minha Rainhaaaaaaa ♥
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candy_mai Postado em 02/03/2018 - 00:44:27
O que está predestinado a ser, será. Final digno de uma estória maravilhosa, como sempre digo não esperava menos de vc bebe... não querendo nada, quem sabe não tenha uma terceira temporada El Sabor... essa gravidez da Dulce da um gostinho de continuação, quem sabe num futuro não tão distante
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KIKI Postado em 01/03/2018 - 23:59:27
AAAA,fico uns dias sem ler,e é o final.Sol morreu,gostei.Camila se redimiu e devia ter pego algum dinheiro pra ela na falsificação dos documentos.Rubi e Megan,nunca pensei,mas é uma boa junção.Serena terminou seus dias em um manicômio.Fernando e Blanca que fofos.Maite e Poncho com seus Dan e Eloize:-) E o que dizer de portiñon?O amor supera tudo,e Dulce ainda fica grávida?É maravilhoso.Enfim,mas uma fanfic sua maravilhosa!
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..Peekena.. Postado em 01/03/2018 - 23:00:35
Que lindo amei o final parabéns..
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luh_perronita Postado em 01/03/2018 - 16:44:32
Grito com o novo casal. Amei essa evolução delas, o afastamentos realmente foi essencial. Tomara que elas se acertem logo aaaa, ja imagino elas passeando no parquinho com o niko onwwwt tomara q eu explora a. Continua, a fic ta mt lindinha a
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candy_mai Postado em 01/03/2018 - 00:29:04
EU TÔ NO CHÃO, na verdade não esperava menos de uma estória escrita por vc, o meu vô me falou uma vez q só o amor não sustenta um relacionamento, esse tempo que elas tiveram foi essencial pras duas...
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..Peekena.. Postado em 01/03/2018 - 00:12:54
Continua ansiosa para o próximo Capítulo tô amando fanfic.. Se você for postar outra Fanfic me avisa, eu com certeza eu vou ler.
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luh_perronita Postado em 28/02/2018 - 14:49:02
To amando essas capítulos finais, a mudança da Dulce é perceptível pq mesmo amando a Anie ela resolveu deixa-la por saber q são tóxicas uma para outra, amei muito essa atitude dela, a mudança para o bairro antigo me surpreendeu muito, que bom q ela finalmente se encontrou. Anahí por fim resolveu procurar uma terapia, ela tava precisando mesmo. Esse final da Sol me deixou em shook, morreu sem o perdão do pai, e Anahí acho q pode ate perdoar ela. To torcendo pra rubi encontrar alguém aaa. Tá acabando e estou sofrendo por isso aa. Eu espero que portinon fiquem juntas :((
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KIKI Postado em 27/02/2018 - 10:12:24
Camila trabalhando para a Sol,espero que ela roube-a.Eu queria que a Anahí terminasse sua vingança.Rubi voltou pra Dulce,que bom.Dulce está mesmo mudada,voltou para o seu antigo bairro.