Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.

“Tudo é culpa dessa esquisita”. Escutei a Lola dizer, baixinho para outra garota. “Ela sabe que a Sol não suporta ela, e mesmo assim, fica no caminho da Sol... Ainda foi pouco o que Sol fez com ela”.

“Essa pobretona é uma ridícula”. A garota cuspiu com nojo. “Deveria sumir daqui, nos contamina com sua pobreza”.

“Aposto que ela tem pulga e carrapatos”. Jane conspirou em tom malvado, e as três riram.

Da mesma forma que eu estava escutando, tenho certeza que Anahí também. O seu corpo estava retraído e parecia que ficava um pouco mais ao ouvir as vozes das meninas que continuaram a destilar veneno, e lançando olhares enviesados para Anahí que parecia respirar com dificuldade. Todos, com exceção de mim e Poncho estão recriminando-a.

Eu estava na biblioteca quando a confusão aconteceu... Só soube quando os ânimos estavam acalmados. Desde então, o que mais se ouvia eram as fofocas maldosas direcionadas a Anahí. Que como sempre, ficava calada.

“Olha a roupa dela... Aposto que encontrou no exército da salvação”. Lola continuou com menosprezo.

“Ou no lixão”. Jane riu.

“O lixo tem mais gosto do que ela”. A garota destilou, e elas voltaram a rir.

Estamos na aula de anatomia humana, e a professora ignorava as risadas. Ela sempre deixou bem claro que não iria impedir de nenhum aluno conversar na aula dela, mas, que nenhum aluno reclamasse de suas provas e muito menos viessem choramingando com o resultado final em busca de meio ponto que ela não era mamãe noel e não se daria o trabalho de fazê-lo.

“Shhhhhh”. Pedi de cara fechada, fazendo as trás olharem para mim e se aquietarem.

Em nenhum momento a Anahí ergueu a cabeça... E eu passei maior parte do tempo a olhando. Observando-a, o seu rosto ainda tinha rastro de lágrimas. Parecia muito indefensa, uma boneca de vidro que a qualquer momento iria quebrar. Ela mantinha a cabeça abaixada, segurando o lápis, rabiscando alguma coisa, mas achava muito difícil de ela estar prestando atenção na aula. Os pés estavam cruzados e balançava com insistência o pé direito, como se tivesse nervosa.

Senti-me chateada pela situação. Mesmo sem ter nada a ver com isso, mas uma onda de piedade me invadia sempre que olhava para ela, e outra onda de raiva me acometia ao pensar em Sol. O que aquela garotinha mimada tinha na cabeça?

O silencioso durou por uns minutos, até que alguém recebeu uma mensagem informando que Maite e Sol foram suspensas por hoje. O barulho recomeçou, juntamente com as críticas e os comentários maldosos. Elas tiveram sorte em ser apenas um dia, provavelmente, os pais de ambas se encarregaram em oferecer uma doação generosa para o colégio, ou até mesmo uma biblioteca ou uma laboratório tecnológico novo. É assim que os pais resolvem os problemas dos filhos aqui no Constatine School.

O intervalo não tardou, e eu vou com o Rubi para o ginásio. Nesse horário, não se tinha absolutamente ninguém, e dava para fumar tranquilamente. O meu celular vibra no meu bolso, mas não faço questão de olhá-lo, sei que se trata de Sol.

“Então. Como foi ontem?”. Rubi quis saber, tragando o seu cigarro.

“Melhor do que encomenda”. Sorrir de lado, brincando com o filtro do meu cigarro. “Atropelei a Anahí... Já tenho um álibi para me aproximar dela sem ser suspeito”.

“Atropelou?”. Rubi soltou uma risada escandalosa. “Aposto que ela faltou beijou os teus pés por isso”.

“Faltou sim”. Traguei o meu cigarro com vontade, e soltei a fumaça pelo nariz. “Toda abobalhada. Fui até boazinha, ofereci carona até em casa, fiz o curativo... E ela toda derretida. Já está no papo”.

“E quando você vai atacar?”. Rubi me olhou. “Por que eu não a vi falando com ela em nenhum momento”.

“Quando sair do colégio. Não quero me juntar. Será o meu fim se alguém descobrir que estou falando com a esquisita. E outra coisa, ainda tem a Sol... Transamos ontem”. Disse sem importância.

O queixo de Rubi quase caiu.

“Mentira!”. Lancei um olhar cobiçador para ela, que riu animada. “Conte-me tudo, não me esconda absolutamente nada!”. Pediu ansiosa.

E eu contei quase tudo. Ocultei o sonho esquisito, por que não estava dando a devida importância á ele. O nosso subconsciente adorava pregar algumas peças que não entendemos, e na realidade, não queria saber. Depois do intervalo, voltamos para a sala... E lá estava ela, Anahí... Na mesma posição de antes. Passei por ela sem nem a olhá-la... Embora que algo dentro de mim, latejava, esse incomodo em vê-la triste. Muito estranho, e chato também, não quero senti-lo. Fiquei na minha.

As últimas aulas passaram voando... Como não tinha a Sol para me encher, não me demorei. Subi em minha moto, e partir até algumas quadras e estacionei próxima a padaria em que tinha acontecido o acidente no dia anterior. Esperei. Como de esperado, lá vem ela, andando meio distraída, a roupa surrada não parecia muito bem vista aos olhos. A blusa branca estava suja, e a calça com uma mancha de sangue no lugar da ferida do acidente de ontem.

Retirei o meu capacete, e esperei... A tonta estava tão alheia ao mundo que iria passar por mim sem nem me perceber.

“Anahí”. Chamei, e ela se assustou.

Sua expressão entristecida se transformou em surpresa, e então, uma felicidade tão genuína que coraram as suas bochechas.

“Dulce... Oi!”. Exclamou com um sorriso tímido e se aproximou. “O que faz aí?”.

“Esperando você”. Fui direta, vendo-a mais surpresa ainda.

“Esperando-me? Por quê?”. Perguntou um pouco confusa.

“Estava pensando em levá-la para casa, ou na melhor da hipótese, e se você aceitar, levá-la para um almoço ao ar livre, um piquenique pra ficar mais bonitinho”. Sorrir de lado, meio sedutora.

Os olhos de Anahí se arregalaram com o meu convite repentino. Depois ficou um pouco pensativa, e fez uma carinha engraçada e um biquinho gracioso se formou em seus lábios em formato de coração. Os meus olhos se prenderam no biquinho e senti vontade de senti-los. Cruzes! Fiz uma careta com o meu pensamento absurdo, mas logo desfiz para ela não perceber.

“Você não falou comigo no colégio, e agora quer me levar pra almoçar?”. Questionou, e eu não esperava por isso.

“Bem...”. Entortei a boca em contragosto. “É complicado, Anahí. Como sabe, no colégio tenho uma reputação á zelar, não que eu tenha vergonha de ti...”. Apressei em dizer ao vê-la amuando-se um pouco. “Longe disso, mas você tem que convir que os grupos não se misturam. Cada um fica na sua tribo. Existe uma hierarquia que não pode ser quebrada”.

“Mas, a Maite e o Poncho são os meus amigos e quebram a hierarquia”. Rebateu com a voz suave.

Respirei fundo.

“Eles não fazem parte de nenhuma hierarquia, digamos que eles são como hippies, totalmente independentes”. Tentei explicar e fazê-la esquecer disso. Ela soltou uma gargalhada divertida com a minha explicação. Não resistir e rir também. Era contagiante, e arrancava o riso involuntariamente. “Entendeu, então?”.

“Sim... Você quer ser a minha amiga sem que as pessoas do colégio saibam, porque tem receio de que se volte contra você”. Anahí disse terminando de rir, então, suspirou. “Tudo bem, não a culpo. Uma princesa nunca que ser uma plebeia, não é?”.

“Tecnicamente. Então... O que me diz?”. Perguntei de repente ansiosa.

“Gostaria. Mas não posso, tenho que trabalhar e estou quase atrasada”. Ela disse com ar triste. Então, abriu a sua mochila e tirou um embrulho que me entregou. “Aqui”.

“O que isso?”.

“O seu lenço de seda. Está bem limpinho, e quase novinho”. Anahí sorriu com os olhos brilhando. “Um pequeno gesto por ter cuidado de mim, ontem. Obrigada, Dulce”.

Antes que eu respondesse, Anahí me surpreendeu com um beijo em minha bochecha, então, sorriu e saiu em passos apressados, deixando-me parada. Olhei o embrulho em minha mão e o abri. O meu lenço estava impecável e cheiroso. Realmente, parecia novo. O guardei em meu bolso, e uma inquietação me envolveu... A mesma inquietação que me abateu quando acordei do sonho.

Sem capacete, segui-a, movida pela curiosidade para saber onde Anahí trabalhava. Era incomum para o meu cotidiano, ver uma garota de sua idade trabalhando. Depois de uma quadra, ela entrou em uma lavandaria. Vi pelas portas de vidro, quando a mesma guardou a sua mochila e vestiu uma bata.

A minha curiosidade aumentou mais ainda... O porquê de Anahí trabalhar? Sei que ela é pobre, assim como eu, mas... E a sua mãe? Por que ela própria não trabalhava e deixava apenas a Anahí estudar?

Meu celular vibrou, arrancando-me dos pensamentos.

Sol de La Riva... De novo.

Ignorei, e desliguei o celular. Quero que ela fique se remoendo um pouco. Era bom. Ela pensaria duas vezes antes de abrir a boquinha para falar alguma coisa sobre nós.

Voltei a prestar atenção em Anahí. Esse lance da mesma trabalhar estava atrapalhando os meus planos. Como eu iria me aproximar mais dela desse jeito? Até que vi um entregador com a logomarca da lavanderia. Então, o chamei...

“Sim?”. Ele perguntou educado.

“Essa mocinha... A Anahí. Ela larga de que horas?”.

“De cinco horas”.

“Obrigada”.

Já sabia que o que iria fazer... Os meus planos não seriam interrompidos nem se Jesus voltasse á terra. Perdoe-me a blasfêmia, mas quando eu quero alguma coisa, nada me impede. E hoje, faria com que Anahí dormisse comigo em seus pensamentos, oh, se eu faria...  

**

Três capítulos porque promessa é divida!

A Sol é uma condenada, não é? Tadinha de Anahí...

E o que será que Dulce está tramando?

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Mariposa: É sim...! Eu tenho asas, e sou um anjo. Hahaha. Eu espero viu? Ainda estou em reticências com ela. Hoje é sexta, e eu queria muito está no mundo, bebendo e fazendo loucuras, mas estou aqui, postando os três capítulos! Hahaha. Te amo mais. PS: Imagem do inferno. Hahaha. Ainda bem que eu nem detalhei.

Luh_perronita: Parece que aos pouquinhos, o gelo já está derretendo. Não como eu gostaria, mas... Está cedo, vai acontecer a partir do próximo capítulo. O sonho foi um aviso, ein! Hahaha. Aaaaah, que bom, amor! E obrigada, estou melhorando sim.

Gabiih: Olha... Eu vou acreditar ein? Na quarta-feira, estava para lá de Bagdá, ontem também. Hoje que estou um pouco melhor, mas tenho que evitar alguns alimentos, a partir de domingo, vou entrar em uma dieta severa, porque meu estômago não está aguentando a pressão. Enfim. Isso é ótimo, não é? É bom um diferencial. Amo apresentar algo novo em minhas fanfics. Obrigada, meu bem! Se o sonho se torna realidade, alguém vai ficar em maus lençóis, e não sou eu! Hahaha. Que esse fascínio e vício se mantenha, ein? Os três capítulos estão aqui...

Emily Fernandes: Promessas movem o mundo! Hahaha. Sim, tem... Mas confesso que estou com um ódio dela e com uma pena de Anahí, tadinha! Doeu a minha alma escrever essa cena. Mulher, muito difícil de escrever a Anahí sonsa e indefesa desse jeito, parte o meu coração! Dulce é a rainha da manipulação, será que aprendeu com Anahí em outra vida, em Secret? Hahaha. Diria que seria uma premonição. Oh... Anahí só tem a carinha de boazinha... Ainda... Hahaha. Mas sempre achei que aquela mulher é destruidora. Não vou responder! Hahaha. PS: Sexta chegou bem rápido, então... Os capítulos estão aí! Hahaha. Que bom, viu? Sinto-me aliviada.

KIKI: Dulce é uma graça! E Sol é uma tonta. Acha que está arrasando, mas está sendo arrasada mesmo. Hahaha. Sim, Anahí vai mesmo arrasar na segunda fase, e eu vou amar vê-la destruindo a Soledade. Então...Estou sim, o meu estômago que está meio ruim, estou tentando resolver isso. Obrigada, meu bem! Mais 100 anos? Ai mulher, e eu aguento? Hahaha.

Maninha_Sah: Uau. Que coração é esse? Hahaha. Minha mente é bem normal, sabe? Não sei de onde tirou que é vingativa. Hahaha. Cada ação uma reação, é impossível não sofrer também, mas, algumas pessoas não param diante das consequências. Se você ler a minha mente ficaria chocada! Hahaha. Brincadeira. Olha que safada! Malhada na preguiça... Posso uma coisa dessas? Hahaha. Que menina mais perversa, até fiquei com medo agora, ô!