Fanfics Brasil - Capítulo dez. — Dulce inocencia. El sabor de la venganza... Portiñón, AyD.

Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.


Capítulo: Capítulo dez. — Dulce inocencia.

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Por Anahí...


 



Namorando á Dulce Maria... Namorando á Dulce Maria... Namorando á Dulce Maria...



Minha mente não parava de ecoar essas palavras mágicas!



Como isso tudo aconteceu? Não sei... Os acontecimentos estavam fluindo na força de um trem bala e era ainda preciso assimilar algumas coisas, mas de pronto, a minha mente parecia estar perdida entre a fantasia e a realidade. Como se eu tivesse presa em um sonho tão real que não dava para distinguir se eu realmente estava acordada ou dormindo. Porém, os meus olhos seguem bem abertos...



Dulce é simplesmente incrível. Ainda estou tremendo diante de tudo... O meu primeiro beijo foi melhor do que qualquer conto de fadas. A nossa química, a maneira em que os meus lábios se encaixaram aos dela, era como se tivéssemos feito isso por toda uma vida. Não minto que mesmo querendo um beijo de princesa, em minha mente, tinha um quê de medo de que quando eu beijasse pela primeira vez não soubesse o que fazer com os lábios e a língua, achei que ficaria perdida, mas, então... Dulce me beija e é tão natural, tão simples que é como se... A magia do amor fluísse entre nós e nos envolvem intensamente.



O amor está no ar... Ela disse que estava apaixonada por mim.



Dá pra acreditar? Dulce Maria Espinosa apaixonada por mim, Anahí Portilla? Realmente... Parece inacreditável, mas quando algo está predestinado a ser teu, e estar presente em tua vida não importa nada: Nem classe social, raça, religião... Simplesmente acontece.



Dulce me deixou em casa com um leve beijo. O mesmo que apesar dos minutos passados ainda aquecem os meus lábios. Entro em casa, apressada, querendo contar a mamãe sobre o meu passeio maravilhoso e o meu namoro. Sei que Dulce pediu para que mantivesse segredo, mas apenas para o colégio e para os meus amigos. Isso não me agrada, principalmente o fato de não contar a Maite, mas o que me consola é que no baile de formatura poderemos assumir o nosso relacionamento e partir, sem olhar para trás. Vou fazer de tudo para não contar nada a Maite, mas é difícil manter segredo pra minha melhor amiga...



“Mamãe?”. Chamei assim que entrei no quarto, e não a encontrei. Uma onda de pânico me envolveu. “Mamãe?”. Chamei mais alto.



Foi, então, que eu escutei... A porta da suíte estava aberta e pelo som reproduzido, mamãe estava vomitando. Soltei a minha mochila no chão e corri até o banheiro. Ela estava sentada com os braços envolto no vaso e o rosto direcionado a ele. Mamãe levantou a cabeça para me olhar, o seu rosto estava mais pálido que de costume, ela me lançou um sorriso de desculpa, mas voltou a vomitar.



Apressei-me em pegar uma toalha e molhei com a água morna do chuveiro. Ajoelhei-me ao seu lado e fiquei acariciando as suas costas, enquanto, ela terminava de vomitar, se afastou do vaso com nojo e encostou-se à parede fria. Mamãe manteve os olhos fechados, sabia que ela estava lutando contra a vontade de vomitar mais.



Limpei o seu rosto suavemente com a toalha, e depois os cantos dos seus lábios. Voltei em direção ao vaso para dá descarga, e meu coração latejou dentro do peito em uma dor aguda ao ver o conteúdo. Fiquei encarando aquilo por uns segundos até que por fim, dei a descarga. Olhei para a toalha em minhas mãos que antes era branca, mas agora tinha fios avermelhados.



Engoli á seco, várias vezes, e amassei a toalha em minhas mãos. O meu dia tão feliz, se transformou em uma noite triste e fria.



“Mamãe...”. Comecei, mas não tive tempo de completar, porque ela voltou para o vaso em um pulo. Levanto-me e aviso: “Vou preparar um antiemético”.



Saio do banheiro até o quarto, e busco na primeira gaveta do criado-mudo ampolas de água destilada, de bromoprida e uma seringa de 20ml. Preparo rapidamente o medicamento. Quando mamãe começa a esses acessos de vômitos, comprimidos são dispensados, já que de qualquer maneira, ela vai coloca-los para fora. O médico mantém um venóclise em sua mão esquerda para os medicamentos injetáveis que são de rápida ação. Eles tinham me ensinado sobre eles, me treinaram no hospital para isto. Volto rapidamente para o banheiro com a seringa sem agulha, preparada, e um algodão embebecido de álcool.



“Aqui, mãezinha...”. Digo suavemente, e pego a sua mão fria, repouso em meu colo. Faço a assepsia e injeto a medicação lentamente para não ter efeito, e também não estourar a veia. “Pronto”. Digo assim que termino.



“Obrigada”. Ela murmura cansada, com os olhos semicerrados e ainda abraçada no vaso.



Descarto a seringa e o algodão. Parti-me o coração ao vê-la assim. Sento-me ao seu lado e espero com as pernas dobradas, e abraçada a elas. O remédio não demoraria muito a fazer efeito. Ficamos em silêncio, apenas ouvindo as nossas respirações. Olho pro nada, e tento não chorar... Não quero que ela se sinta pior. Minha cabeça começa a latejar profundamente, e eu sinto como se o meu crânio fosse se partir de dor, fecho os meus olhos.



Vomitando sangue...



Ela está vomitando sangue. O médico alertou que isso aconteceria, é o presságio do fim. Sinto uma sensação sufocante em meu peito e aperto mais as minhas pernas contra o meu corpo, esquecendo-me que as minhas mãos estão machucadas. Elas doem, mas nenhuma dor se compara da minha alma...



Estou perdendo a minha mãezinha...



Minha vontade é de gritar, e chorar. Mas, engulo as minhas lágrimas e minhas angustias. Tento me manter tranquila por saber que o meu desespero a destruiria. Tremo, meu queixo bate, mas não é de frio, e sim de medo, um medo que age em meus ossos e os corrói.



“Filha?”. A voz de mamãe soou baixinho.



Levantei a cabeça, e a olhei. Estava tentando se levantar. Ergo-me rapidamente, e a ajudo. Ela pede para ir à pia; escova os dentes, e molha o rosto. Depois, o enxuga, e vamos para o quarto, lentamente, porque ela está um pouco tonta. Deito-a na cama, e a cubro com o edredom. Ela me olha com carinho e sorrir em agradecimento.



“Se eu soubesse que a senhora estaria assim, não tinha saído depois do trabalho, mamãe”. Comento com o cenho franzido.



“Eu estava bem”. Ela respondeu um pouco sonolenta. Os seus lábios estavam tão brancos que parecia que não tinha nenhuma gota de sangue nela. “E fiquei muito bem por um bom tempo. Depois que me veio à vontade de vomitar...”.



“Se eu tivesse em casa, poderia lhe auxiliar melhor”. Digo me sentindo culpada por ter saído pra me divertir, e ter deixado mamãe muito tempo sozinha.



“E você me auxiliou perfeitamente bem. Se você tivesse em casa, não iria mudar o fato de que eu teria que ir ao banheiro vomitar, minha filha. São os efeitos colaterais, não pode se controlados por ninguém”. Mamãe disse me olhando, então segurou a minha mão suavemente. “Você não pode parar a sua vida por eu estar doente, me sentiria péssima se fizesse isso”.



Seguro a sua mão e dou um leve beijo no dorso.



“A questão, é que me sinto displicente...”.



“Não é pra sentir. Quando descobrir que tinha câncer, qual foi a nossa conversa?”.



“Que as coisas seriam como sempre foi sem nenhuma mudança por causa da doença. Que o câncer tinha que se adaptar á nós, e não nós a ele”. Falei com um suspiro.



“E continua assim”. Mamãe sorriu. Então, virou a minha mão, fazendo uma careta. “Querida, o que aconteceu com a sua mão?”.



“Cai”. Cocei o meu olho para evitar que o tique nervoso me acometesse.



“Cruzes filha, desde ontem que acontece coisas com você. É bom tomar um banho de sal grosso pra afastar o mau olhado”. Mamãe murmura e solta a minha mão. “Conte-me... Como foi passeio com a sua amiga... Qual é o nome dela, mesmo?”.



“Dulce”. Respondo com um meio sorriso.



“Dulce... Foi a mesma que a atropelou ontem, não?”.



“Sim!”. Eu rir, e mamãe também. “Ela me buscou no trabalho e formos para a praia. Foi divertido, comemos sanduíches, e assistimos o por do sol”. Solto um suspiro sonhador ao me recordar do encontro.



“Hum...”. Mamãe estava bem sonolenta, efeito do remédio. “Você está feliz, hum?”.



“Sim, muito”. Confessei sem parar de sorrir.



“Eu também me sinto feliz por ti, meu amor... Vejo que essa amizade está lhe fazendo muito bem. Está até mais coradinhaa”. Mamãe comentou, inocentemente.



Fiquei em silêncio por uns minutos, apenas a observando, sua expressão estava suave, beirando a tranquilidade. Era um sinal de que não estava sentindo nenhuma dor.



“Mamãe... O papai foi o seu primeiro namorado? Primeiro tudo?”. Pergunto. Sei da história deles, como se conheceram e se apaixonaram, mas e antes? Será que tiveram algo com outras pessoas?



“Não”. Mamãe se aninhou mais na cama, e abraçou o travesseiro. “No colegial, namorei um rapaz, muito bonito e com um porte elegante. Ele era a sensação do momento. Todas o queria, mas ele me escolheu para namorar. Ele foi o meu primeiro amor”.



“Sério?”. Perguntei com os olhos arregalados em surpresa. “E por que não ficaram juntos?”.



“A família era contra. Eles eram ricos. Podre de ricos. E eu, uma simples garota do interior. Sem dinheiro para nada, nem pra cair dura”. Riu da sua piada. “E tinha uma menina que vivia correndo atrás dele, sabe? Causando intrigas, infernizando de verdade. Até aí, levávamos. Estávamos apaixonados, e sabíamos que queríamos. Porém, a menina se aliou com a família dele. Foi demais para nós. Uma coisa desencadeou outra... Brigamos sério, e terminamos o namoro. Ele ficou com ela, mas depois se arrependeu e tentou reatar, ainda ensaiamos uma volta, mas ela anunciou aos quatros ventos que estava grávida”. Mamãe bocejou. “Foi o nosso fim definitivo”.



“Poxa... Que história!”. Falo impressionada. “Nunca que imaginaria que a senhora tivesse passado por uma situação dessas. Deve ter sido muito difícil para ti, mamãe”.



Mamãe balançou a cabeça em positivo, então, sorriu.



“Foi... Mas tudo se passa nessa vida, minha filha. E a melhor coisa me aconteceu: Conheci o seu pai, e tive a filha mais linda de todas. Talvez, se eu tivesse com o meu primeiro namorado, eu não tivesse sido abençoada com uma família tão linda. Deus escreve certo em linhas tortas, não posso deixar de me sentir mais abençoada”. Disse com carinho.



Inclinei-me para abraçá-la e beijar a sua testa. Quando me afasto, mamãe estava a dormir com um leve sorriso nos lábios. Desço com cuidado da cama para não acordá-la. Recolho a minha mochila e vou para o meu quarto... Dou uma rápida organizada no mesmo, e depois rumo para o banheiro. Debaixo do chuveiro que deixo que tudo que assombra o meu coração saia... A água do chuveiro arrasta de mim a tristeza juntamente com as minhas lágrimas.



Não quero pensar, não quero me martirizar com a situação crítica de saúde de mamãe porque sei que ficarei com esse caroço preso em minha garganta que me sufocará á cada segundo, mas é tão difícil... Sei que prometi que não ficaria assim á ela. Mas ela é minha mãe, meu amor maior! Tudo o que tenho em minha vida, sem ela ficarei completamente sozinha...



Você não está sozinha... Tem a Maite, e o Poncho, mas, acima de tudo, você tem a Dulce...



Meu cérebro me informou. Porém, nenhuma pessoa, não importa o valor que nos tenha na vida, nunca será tão importante como a nossa mãe. Jamais. É insubstituível. Não sei quanto tempo fiquei debaixo do chuveiro, mas quando a minha pele começou a arroxear, sair... Vesti o meu pijama de camurça, e penteei os cabelos, eles soltos dava para ver como o desastre da franja foi grande.



Olhei a mamãe que dormia tranquilamente e desci, arrumei a sala, e depois a cozinha. Preparei uma xícara de chá e fui para a varanda, sentei-me e fiquei olhando a escuridão. Lembrei-me da história de mamãe com o seu primeiro namorado, era impossível não lembrar também de Dulce... No contexto de que ela é rica, e eu pobre, e que tem a Sol de La Riva... Muito estranho tudo isso.



Pensar em minha namorada me fez sorrir... Queria que ela estivesse aqui nesse momento, à presença dela iria me reconfortar muito. Mas, como infelizmente é possível. Fiquei a tomar o meu chá, e deixei que o devaneio tomasse conta de mim...



 



**



 



Tadinha de Tisha... Algo me diz, que os seus dias estão contados.



E essa estória que ela contou sobre o namorado, coincide com que a Serena contou para a Sol, não?



Isso será importante para a estória, meninas!



O capitulo de hoje, não tem nada de grandioso, mas esse processo da Tisha merece um pouquinho de atenção.



Bom final de semana para vocês e segunda-feira, eu respondo á vocês! Prometo... Obrigada por comentarem e por continuar aqui. <3



 



**




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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 349



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  • luh_perronita Postado em 09/03/2018 - 19:56:03

    Mais uma estória sua maravilhosa, amei tudo. Esse final foi muito perfeito aaa mais uma vez você conseguiu me emocionar com seu talento, a estória ficou ótima e que bom q mais uma vez o amor venceu o ódio sz estou muito feliz com a continuação de TL, amo mt ela, so perde pro meu xodozinho CTA aa

  • Kah Postado em 05/03/2018 - 16:06:50

    O que dizer dessa história? MDS. Todo esse trajeto de amor e vingança, e que bom que o amor venceu. Adorei a forma como você retrata os personagens e consegue fazê-los distintos uns dos outros e mostra a evolução deles na história, maior prova foi a Dulce, que encontrou seu lugar ao sol que mais que todos ali, aprendeu a viver e viver bem e Anahi que depois de ir ao fundo do poço, se reergueu, eu amo essa macumba que vc faz pra eu ficar vidrada nas histórias haha E no fim, elas precisavam se reencontrar sozinhas para então poder ter uma vida juntas. ESDLV foi foda e angustiante desde o início, meu pai que sofrimento kkkkk Mas ainda sim uma bela história. Minha Rainhaaaaaaa &#9829;

  • candy_mai Postado em 02/03/2018 - 00:44:27

    O que está predestinado a ser, será. Final digno de uma estória maravilhosa, como sempre digo não esperava menos de vc bebe... não querendo nada, quem sabe não tenha uma terceira temporada El Sabor... essa gravidez da Dulce da um gostinho de continuação, quem sabe num futuro não tão distante

  • KIKI Postado em 01/03/2018 - 23:59:27

    AAAA,fico uns dias sem ler,e é o final.Sol morreu,gostei.Camila se redimiu e devia ter pego algum dinheiro pra ela na falsificação dos documentos.Rubi e Megan,nunca pensei,mas é uma boa junção.Serena terminou seus dias em um manicômio.Fernando e Blanca que fofos.Maite e Poncho com seus Dan e Eloize:-) E o que dizer de portiñon?O amor supera tudo,e Dulce ainda fica grávida?É maravilhoso.Enfim,mas uma fanfic sua maravilhosa!

  • ..Peekena.. Postado em 01/03/2018 - 23:00:35

    Que lindo amei o final parabéns..

  • luh_perronita Postado em 01/03/2018 - 16:44:32

    Grito com o novo casal. Amei essa evolução delas, o afastamentos realmente foi essencial. Tomara que elas se acertem logo aaaa, ja imagino elas passeando no parquinho com o niko onwwwt tomara q eu explora a. Continua, a fic ta mt lindinha a

  • candy_mai Postado em 01/03/2018 - 00:29:04

    EU TÔ NO CHÃO, na verdade não esperava menos de uma estória escrita por vc, o meu vô me falou uma vez q só o amor não sustenta um relacionamento, esse tempo que elas tiveram foi essencial pras duas...

  • ..Peekena.. Postado em 01/03/2018 - 00:12:54

    Continua ansiosa para o próximo Capítulo tô amando fanfic.. Se você for postar outra Fanfic me avisa, eu com certeza eu vou ler.

  • luh_perronita Postado em 28/02/2018 - 14:49:02

    To amando essas capítulos finais, a mudança da Dulce é perceptível pq mesmo amando a Anie ela resolveu deixa-la por saber q são tóxicas uma para outra, amei muito essa atitude dela, a mudança para o bairro antigo me surpreendeu muito, que bom q ela finalmente se encontrou. Anahí por fim resolveu procurar uma terapia, ela tava precisando mesmo. Esse final da Sol me deixou em shook, morreu sem o perdão do pai, e Anahí acho q pode ate perdoar ela. To torcendo pra rubi encontrar alguém aaa. Tá acabando e estou sofrendo por isso aa. Eu espero que portinon fiquem juntas :((

  • KIKI Postado em 27/02/2018 - 10:12:24

    Camila trabalhando para a Sol,espero que ela roube-a.Eu queria que a Anahí terminasse sua vingança.Rubi voltou pra Dulce,que bom.Dulce está mesmo mudada,voltou para o seu antigo bairro.


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