Fanfics Brasil - Capítulo doze. — Dulce inocencia. El sabor de la venganza... Portiñón, AyD.

Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.


Capítulo: Capítulo doze. — Dulce inocencia.

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Por autora...


 



“Meu Deus!”. Um grito ecoou contra as paredes. Alertando os moradores da casa que correram para saber o que estava acontecendo. Era Blanca Espinosa que estava de joelhos, com as mãos na cabeça e chorando muito. “Roubaram, Fernando, roubaram!”. Ela gritava em plenos pulmões, desesperada.



Fernando precisou de um segundo para entender o significado dos gritos da esposa. O choque o invadiu quando se deu conta o que tinha acontecido... A porta aberta, e os vasos caídos.



“Deus! Por que meu Deus?”. Blanca voltou a gritar em desespero, puxando os seus cabelos numa crise histérica, sendo amparada pelo marido que a levantou e a abraçou apertadamente. Ela se desmanchou e se despedaçou nos braços dele. Ele também estava a chorar, tanto pelo dinheiro perdido como pelo estado da esposa.



Eles choravam por saber o dano que aquele roubo causaria em suas vidas. Sem o dinheiro estavam sob o risco de serem despejados... O banco não iria anular a dívida e muito menos dá mais prazo por empatia. O dinheiro perdido não tinha como se reposto. Eles não tinham mais nada para vender, e dando-se conta as suas dívidas, nenhum outro banco oferecia empréstimo, estavam com os nomes sujos.



“Eu...Eu não entendo”. Fernando disse atônito. “Em vinte anos que moramos aqui, isso nunca não nos aconteceu, nunca formos assaltados... Nunca...”.



“Mas levaram, Fernando”. Blanca soluçou trêmula. Afastou-se um pouco do marido e olhou para o vaso em que guardou o dinheiro com o coração partido. “Levaram tudo... Simplesmente tudo...”. Resfolegou em um soluço.



“Levaram o quê, ein?”. Dulce perguntou, despreocupada e alheia ao drama dos pais, encostada no batente da porta com os braços cruzados.



Eles viraram-se para olhá-la. Como ela poderia ficar tão calma vendo os seus pais nervosos daquela forma? Parecia que não tinha coração!  Nenhum um risco de preocupação marcava o rosto já bem maquiado.



“Nos roubaram, filha. Levaram o nosso dinheiro... O dinheiro de pagar a hipoteca e as dívidas do banco”. Fernando explicou, derrotado.



“E tínhamos dinheiro para tudo isso?”. Dulce questionou com a sobrancelha erguida. “Por que quando eu quero ao menos um centavo, vocês fazem uma tempestade num copo d’água. Agora me dizem que tinham dinheiro?”.



“O seu pai vendeu o fusca, ontem.”. Blanca se pronunciou, limpando as lágrimas que caiam em abundância dos olhos. “Guardei dentro do vaso, e hoje de manhã estava assim... A porta aberta e os vasos derrubados”.



Dulce descruzou os braços, sem se abalar com o acontecimento.



“A porta dormiu aberta?”. Ela questionou aos pais.



“Fernando?”. Blanca virou-se para o marido.



“Sim, como todas as noites”. Fernando respondeu com o cenho franzido.



“É por isso que as coisas acontecem”. Dulce disse sem piedade na voz. “A senhora foi burra o suficiente para guardar o dinheiro em um vaso na sala... E você, papai, outro burro por deixar a porta aberta ainda mais nessa vizinhança. Nem é pedi para ser roubado, é implorar!”. Revirou os olhos.



“A comunidade nunca mexeu conosco, Dulce. Eles são como uma família para nós. Conhecemos cada vizinho e temos uma grande amizade com cada um deles, eles não seriam capazes”. Fernando disse em defensiva.



“Família? Só se for para vocês dois”. Dulce desescorou da parede. “Para mim, são um bando de passa fome. Eu vou me arrumar para o colégio, vocês que descasquem esse abacaxi, isso não é problema meu”. E se afastou.



Blanca ficou apenas observando a filha, sentindo o seu coração latejar mais um pouco dolorido. O que tinha feito na criação de Dulce para ela ser assim tão impessoal? A amou tanto, a deu tudo, como pobre sempre teve tudo á mais que os outros, e Dulce era assim...



“Vou chamar a polícia...”. Fernando avisou.



Em uma hora, a casa estava lotada de vizinhos e amigos que se compadeceram com a situação dos Espinosa. Eles eram excelentes pessoas, com exceção de Dulce que sempre mantinha o nariz empinado e ignorava á todos. A polícia os dispenseram por telefone mesmo, dizendo que não poderia fazer absolutamente nada e que da próxima vez, fechassem á porta ao dormir, trinco existia para isso. Eles ficaram bem piores.



“Comadre... E a Dulce?”. Eliane perguntou pescoceando para o corredor.



“Se arrumando para o colégio. Por quê?”. Blanca perguntou sentindo-se deprimida.



“Ela... Sabia do dinheiro?”. Eliane quis questionar com delicadeza, mas nada que envolvesse esse assunto poderia ser delicado.



“Claro que não.”. Blanca olhou significante para a comadre. “Você quer insinuar alguma coisa?”.



“Não. Longe de mim”. Eliane ergueu as mãos para se inocentar. “Só acho estranho que o ladrão tenha ido diretamente aos vasos. Não mexeram em mais nada da sala, apenas no vaso. Coincidência?”.



“Dulce estava no banheiro o tempo todo em que eu e Fernando conversamos sobre o dinheiro. O chuveiro estava ligado, eu sei que a minha filha é gananciosa... Mas ela é minha filha... E nenhum filho roubaria dos seus pais, então, sim, foi uma triste coincidência”. Blanca defendeu a Dulce, achando hediondo o questionamento de sua comadre.



“Você coloca a mão no fogo, então?”. Eliane quis saber.



“Sim. Dulce nunca faria isso comigo e muito menos com o seu pai”. Blanca disse, sentindo uma dor de cabeça absurda. “Não quero mais esse tipo de duvida em relação á ela. Bom, vou ligar para o trabalho e avisar que só poderei ir à tarde. Vou tentar negociar com o banco, com licença”.



Eliane viu a Blanca se arrastando até o telefone. Sua comadre e seu compadre poderiam até santificar a Dulce, mas Eliane não duvidava nem um pouco que a afilhada tivesse feito isso. E sua desconfiança aumentou quando a Dulce surgiu na sala com a sua postura esnobe de todo o sempre, nem a cumprimentou... Dulce não aceitava a Eliane como madrinha, na realidade, não aceitava ninguém da comunidade.



Garotinha petulante! Pensou Eliane, querendo dá umas boas palmadas na afilhada.



“Papai”. Dulce chamou, e Fernando se virou para ela, assim como todos que estavam presentes na sala. “Quero dinheiro para a gasolina”. Pediu com a maior cara cínica.



Todos que estavam na sala se entreolharam, abismado. Os pais acabaram de ser roubados e a filha ainda queria dinheiro? Onde estava o escrúpulo dessa garota?



“Eu...”. Fernando parecia desorientado.



“Oh, folgada!”. Eliane gritou, sem se controlar com o abuso. Dulce a olhou com desprezo. “Os seus pais foram roubados, e você ainda quer dinheiro? Vai á pé ou de ônibus pra o colégio!”.



“Eu estou falando com o meu pai, Eliane, se eu quisesse falar contigo, falaria diretamente com você”. Dulce respondeu com desprezo, então, olhou para o seu pai. “Cadê?”.



“Eu sou a sua madrinha e você me deve respeito!”. Eliane gritou, irritada.



“Quando você se dá o respeito, talvez, eu penso se merece o meu”. Dulce revirou os olhos.



“Ah sua garotinha abusada, eu vou te ensinar o que é respeito, agora!”. Eliane fez menção de avançar em cima de Dulce, mas foi segurada, recebendo um sorriso de deboche de Dulce. “Me soltem! Soltem-me!”. Ordenou, mas foi arrastada pra fora da casa.



Dulce virou-se para o pai:



“Olha o tipo de pessoa que você tem na sua casa, papai. Bem, o dinheiro!”. Estendeu a mão.



Fernando sentiu a sua cabeça rodar, mas ainda colocou a mão no bolso e retirou a sua carteira, a única cédula que tinha eram vinte dólares que foi tomado pela Dulce. Ela nem se deu o trabalho de se despedir, simplesmente saiu, deixando o seu pai mais raso que o chão. Ele fechou a carteira e guardou a mesma com um suspiro desanimado, quando levantou os olhos, encarou a sua esposa que observava de longe... Os olhos conversaram, e a única pergunta que tinham era...



... O que podemos fazer?



 



**



 



No outro lado da cidade, deitada confortavelmente em seu leito, mas causando o terror de todas as enfermeiras, estava Sol de La Riva, amarga pela própria natureza, o seu humor estava mais aguado do que suco sem açúcar. Estremecia de ódio sempre que passava a língua sobre a sua gengiva gosmenta e sem nenhum dente. Tinha situação péssima de sua aparência. Preferia ter morrido do que ter ficado sem nenhum dente! Ainda bem que os inferiores ainda ficaram salvos. Mas isso não a deixava feliz, ao contrário, ela estava furiosa por estar imperfeita...



Sol de La Riva jamais, nunca, deveria ser imperfeita. Tudo devia estar em seu devido lugar, era ofensa da vida querer mostrá-la ao contrário.



Constrangida e com medo do seu acidente ter sido descoberto, obrigou a sua mãe ir ao colégio dizer que ela tinha ido passar uns dias em Aspen para meditação espiritual e renovação de humor. Como Serena era muito ligada à estética, não pensou duas vezes em correr para falar com a diretora. Estética era tudo!



O difícil era explicar a Lola e Jane, suas fiéis escudeiras o porquê de ter ido embora sem se despedi. Sol estava evitando o máximo a falar, a sua voz estava estranha e ela estava irritada com a sua boca murcha.



Sol tinha terminado de jogar a sua papa de aveia numa enfermeira quando o seu celular tocou. Dispensou a enfermeira com a mão, a pobre saiu em prantos. Ela não pretendia atender ninguém, mas Lola tinha sido explicita em dizer que tinha novidades sobre a sua pesquisa direcionada a Anahí.



“Fala”. Ordenou assim que atendeu.



“Sol, você está bem?”. Lola questionou preocupada. “Sua voz está bem estranha”.



“Por que não estaria? Estou em Aspen, aproveitando a vida boa. O frio que me deixou meio assim, enfim... O que tem para mim?”. Perguntou sem rodeios.



E Lola contou tudo, desde a Tisha até a fraqueza física de Anahí... Sol não podia deixar de se sentir realizada. Iria acabar com Anahí! Quando terminasse com ela, restaria apenas o pó. Desligou o celular sem nem mesmo agradecer... Lola era uma simples serva que deveria servi-la quando bem entendesse!



Daria esses dias para Anahí que ela respirasse os bons ventos que o Constatine School poderia oferecer, por que depois, iria fazê-la inalar os ventos ruins e poluentes.



Vamos ver se a esquisita iria aguentar a pressão...



 



**




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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 349



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  • luh_perronita Postado em 09/03/2018 - 19:56:03

    Mais uma estória sua maravilhosa, amei tudo. Esse final foi muito perfeito aaa mais uma vez você conseguiu me emocionar com seu talento, a estória ficou ótima e que bom q mais uma vez o amor venceu o ódio sz estou muito feliz com a continuação de TL, amo mt ela, so perde pro meu xodozinho CTA aa

  • Kah Postado em 05/03/2018 - 16:06:50

    O que dizer dessa história? MDS. Todo esse trajeto de amor e vingança, e que bom que o amor venceu. Adorei a forma como você retrata os personagens e consegue fazê-los distintos uns dos outros e mostra a evolução deles na história, maior prova foi a Dulce, que encontrou seu lugar ao sol que mais que todos ali, aprendeu a viver e viver bem e Anahi que depois de ir ao fundo do poço, se reergueu, eu amo essa macumba que vc faz pra eu ficar vidrada nas histórias haha E no fim, elas precisavam se reencontrar sozinhas para então poder ter uma vida juntas. ESDLV foi foda e angustiante desde o início, meu pai que sofrimento kkkkk Mas ainda sim uma bela história. Minha Rainhaaaaaaa ♥

  • candy_mai Postado em 02/03/2018 - 00:44:27

    O que está predestinado a ser, será. Final digno de uma estória maravilhosa, como sempre digo não esperava menos de vc bebe... não querendo nada, quem sabe não tenha uma terceira temporada El Sabor... essa gravidez da Dulce da um gostinho de continuação, quem sabe num futuro não tão distante

  • KIKI Postado em 01/03/2018 - 23:59:27

    AAAA,fico uns dias sem ler,e é o final.Sol morreu,gostei.Camila se redimiu e devia ter pego algum dinheiro pra ela na falsificação dos documentos.Rubi e Megan,nunca pensei,mas é uma boa junção.Serena terminou seus dias em um manicômio.Fernando e Blanca que fofos.Maite e Poncho com seus Dan e Eloize:-) E o que dizer de portiñon?O amor supera tudo,e Dulce ainda fica grávida?É maravilhoso.Enfim,mas uma fanfic sua maravilhosa!

  • ..Peekena.. Postado em 01/03/2018 - 23:00:35

    Que lindo amei o final parabéns..

  • luh_perronita Postado em 01/03/2018 - 16:44:32

    Grito com o novo casal. Amei essa evolução delas, o afastamentos realmente foi essencial. Tomara que elas se acertem logo aaaa, ja imagino elas passeando no parquinho com o niko onwwwt tomara q eu explora a. Continua, a fic ta mt lindinha a

  • candy_mai Postado em 01/03/2018 - 00:29:04

    EU TÔ NO CHÃO, na verdade não esperava menos de uma estória escrita por vc, o meu vô me falou uma vez q só o amor não sustenta um relacionamento, esse tempo que elas tiveram foi essencial pras duas...

  • ..Peekena.. Postado em 01/03/2018 - 00:12:54

    Continua ansiosa para o próximo Capítulo tô amando fanfic.. Se você for postar outra Fanfic me avisa, eu com certeza eu vou ler.

  • luh_perronita Postado em 28/02/2018 - 14:49:02

    To amando essas capítulos finais, a mudança da Dulce é perceptível pq mesmo amando a Anie ela resolveu deixa-la por saber q são tóxicas uma para outra, amei muito essa atitude dela, a mudança para o bairro antigo me surpreendeu muito, que bom q ela finalmente se encontrou. Anahí por fim resolveu procurar uma terapia, ela tava precisando mesmo. Esse final da Sol me deixou em shook, morreu sem o perdão do pai, e Anahí acho q pode ate perdoar ela. To torcendo pra rubi encontrar alguém aaa. Tá acabando e estou sofrendo por isso aa. Eu espero que portinon fiquem juntas :((

  • KIKI Postado em 27/02/2018 - 10:12:24

    Camila trabalhando para a Sol,espero que ela roube-a.Eu queria que a Anahí terminasse sua vingança.Rubi voltou pra Dulce,que bom.Dulce está mesmo mudada,voltou para o seu antigo bairro.


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