Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.

O ódio corrompia cada centímetro do meu corpo, se alastrava em minhas veias como veneno que ia me sufocando á cada segundo que se passava diante da cena patética que fui submetida pelos meus pais. Em nenhum momento, minha mãe citou o nome da “santa” que lhe deu o dinheiro para saldar suas dívidas. Por um breve momento, achei que se tratava de um devaneio, ou a velha estivesse tão louca para se livrar das dívidas que estava alucinando...

Até porque é totalmente surreal... Encontrar alguém no banco, totalmente desconhecido que abre mão de vinte mil dólares como se fossem vinte centavos. Não estamos em um filme, e em muito menos em um livro em que tudo acontece maravilhosamente bem.

Ou a pessoa poderia ser uma traficante... Uma gangster. Ou se tratava de lavagem de dinheiro e Blanca tinha sido a escolhida para ser a laranja. Pela cara de sonsa, não me estranharia se fosse um alvo fácil. Mas, para a minha desagradável surpresa... Não foi nenhuma das minhas suposições, e sim, a Anahí.

Que por/ra é essa?

Tive que incorporar a minha personagem fria, mesmo que por dentro o sinal vermelho de alerta me informava que tudo estava perdido. Que o meu jogo tinha caído por terra. A sensação foi de impotência, de fracasso, e de muita raiva... De Anahí por ter emprestado o dinheiro. Dinheiro cujo era meu, apesar de que ela não soubesse ainda. E de minha mãe por me submeter a esta situação.

Minha mente trabalhou rapidamente e com uma força quase enlouquecedora. Sempre tive um raciocínio lógico e rápido. Um dom, o poder da manipulação sempre esteve ao meu lado e sei reverter uma situação ruim para a boa. E foi isso que fiz depois que conversei com a Anahí. O que contou ao meu favor era o fato de Anahí ser bobinha, e acreditar em tudo que era dito.

Sei que ela vai manter tudo em segredo, assim como o nosso suposto namoro. O que eu não estou suportando olhar é para a cara de Blanca e o Fernando. Dois babacas exalando felicidade por receber esmolas. Eles acham que ficariam assim, que go/zem da ilusão sim, porque ninguém, absolutamente ninguém ficará com o que é meu. Eu terei os vinte mil dólares em minhas mãos antes mesmo de partir desse inferno de casa!

Tomei a iniciativa de trazer a Anahí para o meu quarto apenas por uma questão: Quero minimizar o máximo o contato da mesma com os meus pais. Apesar de que, toda essa situação quase trágica clareou a minha mente... Sei como retirar o resto doe dinheiro da Anahí, e ela nem vai pestanejar! Felizmente, Anahí é uma garota muito fraternal, voltada a família, ligada a toda essa besteira que não me importo nem um pouquinho.

Retirar a Anahí da sala e levá-la até o meu quarto fez com que eu sentisse o seu doce perfume de morangos. Esse cheiro parece que me embriaga e aflora os meus instintos, não pensei duas vezes em imprensa-la contra a parede. Pouco me importando se gerasse a desconfiança dos meus pais... Eles não sabem da minha orientação sexual; E eu não faço nenhuma questão de informá-los sobre qualquer coisa da minha vida.

Anahí não estava o exemplo da beleza. Isso ela nunca foi, mas estava arrumadinha. Brega, mas arrumada. Parecia que tinha pegado a roupa emprestada da mãe. Para uma garota muito nova, o seu estilo era de uma velha. Os cabelos não estavam irregulares como anteriormente, mas a franja se mantinha muito curta. Apesar de todos os contras, eu me sinto atraída...

Muito atraída... Os seus lábios pareciam brilhar em meus olhos. Tão apetitosos. O cheiro de morango estava mais acentuado neles. Os grandes olhos de Anahí me encararam com uma expectativa inocente. Gosto da forma em que as bochechas dela se ruborizam... Tornava o seu rosto cativante, de uma maneira estranha... Mais tão cativante que eu não consigo parar de olhá-la.

“Dulce...”. Anahí murmurou bem baixinho, os nossos olhos se encontraram. Parecia incendiar.

Essa química arrebatadora que nos envolvia é inexplicável. Antes mesmo que ela completasse o que tinha para dizer. Beija-a com volúpia. Com vontade, uma vontade que florescia dentro de mim e me fazia clamar por ela. O mesmo descontrole do nosso primeiro beijo. Algo que eu não tenho poder, e que me aquece de uma maneira tão intensa que parece que um líquido fervente está sendo lançado em minhas estranhas.

Anahí resfolegou, e estremeceu em meus braços quando me abraçou. Os seus lábios se encaixaram perfeitamente nos meus, como numa dança de valsa com os movimentos sincronizados. Os seus lábios eram doces, uma néctar que eu ansiava cada vez mais. Aperte-a em meus braços e a enlacei em mim, o meu corpo pressionava o dela com insistência, e eu sinto cada curva de Anahí escondida por suas roupas feias... Ela geme, e estremece mais um pouco quando rodopio com ela pelo quarto sem parar de beijá-la.

O meu sangue inflama, e meu coração bate tão acelerado que parece que vai rasgar o meu peito, deixando-me tonta, mas eu não paro de beijá-la... Busco a sua língua com exigência e estremeço de prazer quando sou correspondida na mesma intensidade. Apesar de serem inocentes, os beijos de Anahí são capazes de me fazer derreter... E novamente estou completamente excitada pela esquisita.

Novamente estou sentindo coisas que nunca em minha vida senti por nenhuma garota, e muito menos por Sol de La Riva. É algo novo... E completamente viciante. A timidez de Anahí aumenta ainda mais o meu combustível, a minha vontade de tomá-la para mim.

Impulsiono os nossos corpos e eles caem em cima da minha cama. Um pouco desajeitados, mas, uma das minhas pernas fica entre as pernas de Anahí, e ainda a beijando e provando a sua língua, roço o meu corpo no dela... E sinto quando as mãos de Anahí puxam a minha blusa pelas costas e geme na minha boca. Não suporto mais, o meu corpo exige mais, o centro da minha feminilidade pulsa quente e dolorida exigindo atenção... Depois de sugar a língua de Anahí, deslizo os meus lábios pelo seu queixo até o seu pescoço, sua pele macia e eriçada me recebe, o cheiro delicioso sempre presente... Mordisco a pele sedosa, e Anahí se mexe embaixo de mim, aumentando a fricção dos nossos corpos e fazendo com que o meu autocontrole quase vá ao espaço.

Com uma mão, prendo a sua cintura, e com a outra mão, deslizo um pouco o cardigã para baixo, revelando o ombro alvo e alguns pequenos sinais, graciosos. Roço suavemente na pele exposta, e quente...

“Dulce...”. Anahí me chamou sem fôlego. Continuei a beijar a sua pele, sentindo cada vez mais quente. Ela se agitou mais embaixo de mim, tocando em um ponto extremamente sensível que me fez gemer. O corpo de Anahí antes receptivo, agora, parecia mais... Tenso. Ergo a cabeça com os olhos embebidos de paixão e encontro o olhar assustado dela.

Um banho de água fria. Percebo a situação que nos encontramos... Anahí está tão vermelha que á qualquer momento ficaria roxeada. Saio de cima dela, com uma grande onda de frustração. Passo as mãos em meus cabelos e busco a minha carteira de cigarros. Abro a janela para o ar circular e acendo um... O silêncio se mantém no quarto, mesmo quando Anahí se senta e ajeita o seu maldito cardigã e esconde a sua pele.

Não sei quanto tempo que ficamos em silêncio, mas o que sei é que fumei cinco cigarros, e o nervosismo ainda me corrói. Escuto um pequeno soluço e olho na direção de Anahí, ela estava de cabeça baixa, chorando baixinho. Dói, algo dentro de mim dói. Descarto o cigarro pela janela e vou até ela, me agacho á sua frente e seguro em seu queixo. Ela me olha com os olhos mergulhados de tristeza e lágrimas.

Isso me quebra.

“Ei... O que foi?”. Pergunto tão suave que nem sabia que poderia ser assim.

“Estraguei tudo... Você não vai mais querer saber de mim”. Anahí choramingou e abaixou o olhar. “Desculpe-me”.

“Do que você está falando?”. Perguntei confusa. Pela primeira vez, sem saber o que estava se passando na cabecinha de Anahí e me incomodando o seu sofrimento.

“Aqui na cama... Minutos atrás”. Ela confessou e soluçou alto.

Ah. Então, eu entendi a situação. Sentei-me do lado dela, e limpei as suas lágrimas. Penso um pouco como vou abordar o assunto, já que é algo extremamente delicado.

“Anahí, meu amor, você não estragou nada. Estávamos apenas nos beijando, como qualquer outro casal se faz... Você não precisa ficar se martirizando dessa forma”. Informei a ela com um beijo na testa.

“Eu sei que sou inocente, mas não sou tão boba assim... Assisto filmes, e sei que quando um casal fica desse jeito na cama é por que... Porque coisas devem acontecer”. Ela disse envergonhadamente, então, me olhou. “Você tem as suas necessidades, e eu... Eu não passo de uma virgem inexperiente”.

Autocontrole, Dulce... Só um pouquinho de autocontrole.

Engoli á seco. É claro que sei que Anahí é virgem, mas a afirmação me deixava um tanto... Tarada. E uma obsessão cresceu dentro de mim. Eu quero ser a primeira dela... E a última. Ignorei essa última parte do meu subconsciente.

“Abelhinha... Como você pode achar que eu vou querer que a nossa primeira vez fosse assim? Na minha cama com os meus pais á metros de distância?”. Fiz uma careta. “Não!”. Apertei suavemente o nariz dela. “Quero que seja especial, para mim, e especialmente para você.”. Ela sorriu. Bom sinal. “Ás vezes, as coisas se esquentam entre os casais, e não são obrigados a transar. Não fique com isso na cabeça, certo?”.

“Eu tento Dulce. Mas ainda tenho medo porque não me sinto preparada, e se você se cansar de mim?”. Perguntou com os olhos tristonhos.

Sorrir abertamente, e coloquei uma mecha do cabelo de Anahí atrás da orelha. Então, beijei carinhosamente a sua bochecha. “Eu nunca vou me cansar de ti, meu amor... E vou espera-la o tempo que for”.

“Oh Dulce... Eu te amo!”. Anahí declarou e me abraçou emocionada e feliz.

Eu te amo ecoou dentro de mim como se fosse tóxico. Soltei-me rapidamente dela, e a chamei para jantar, com a palavra em minha mente. Felizmente, Anahí não percebeu nada e manteve o seu jeitinho bobo de sempre. Anahí junto com os meus pais se tornava até insuportável. Essa alegria genuína de ver a vida de pobre em bons olhos. Fico introspectiva durante o jantar, soltando algumas respostas mal humoradas que passam despercebidas pelos três.

Quando a tortura encerrou, e antes que minha mãe tivesse a brilhante ideia de oferecer a Anahí que levasse as sobras da janta para casa, arrastei a Anahí para a casa. De moto, fica bem próximo. Deixei-a em sua casa com um sorriso no rosto, depois de alguns beijos trocados. Esperei que entrasse, e ela entrou... Como se tivesse levitando.

Senti vontade de chamá-la de volta... Essa sensação esquisita que me acomete sempre que ela se afasta de mim. Não sei identificar bem. É como se fosse perda, ou saudade. Estou ficando louca... Como amanhã é sábado, vou poupar o meu tempo, e mandei uma mensagem para a Rubi, chamando-a para beber.

Cigarros, bebidas e algumas garotas aleatórias. Era isso que a minha noite está precisando para esses assuntos esquisitos saírem de vez de minha mente...   

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Ui... As coisas esquentaram. E alguém não quer assumir que está apaixonada.

Creioendeuspais que essa semana, eu consiga postar tudo direitinho. Nos dias combinados.

Um capitulo enorme pra vocês!

No próximo capítulo vem uma pegadinha aí da autora. Hahaha.

Obrigada pelos comentários, meninas! Hoje, vou ficar devendo uma resposta, mas na próxima, respondo a cada uma.,, Como sempre faço.