Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.

Um copo-de-leite! Que linda. Paro e acaricio a sua pétala grande, sentindo a maciez em meus dedos, a mesma maciez que me lembra tanto a pele de Dulce... Ah Dulce... Minha Dulce... 

Abaixei-me e beijei a flor, lembrando-me do calor da pele de Dulce em meus lábios. Arrepio-me dos pés á cabeça, sentindo o meu corpo vibrar e o meu centro reagir com pequenas contraídas. Jesus Cristo! Tive a minha primeira experiência sexual e só penso nisso. Que maníaca que você é, Anahí!

Não me controlo e solto uma gargalhada alta e feliz. Sinto que estou pisando em pequenas nuvens de algodões e que o mundo está mais rosado que o natural. Parece que minha perspectiva de vida mudou completamente desde as horas com a Dulce na clareira, sinto-me pela primeira vez desejável... Sinto-me mulher.

Sinto-me cada vez mais de Dulce... Só dela. Ela marcou a minha alma com brasa, o nome dela sempre estará escrito em mim. E eu a amo tanto por isso. O meu coração foi muito felizardo em escolher a Dulce para amar... Nossa ligação está mais forte e indestrutível que nunca.

E eu a quero de novo, de novo e de novo. Quero-a sempre. Ficaremos juntas por toda eternidade...

“Você é muito linda. Perfeita. A junção da maravilha de Deus. Nunca permita que diga o contrário, está bem?”. Digo risonha ainda acariciando a flor.

“Ótimo. Ficou doida de vez”. Uma vez declara e me assusta.

Sobressalto e levo a mão no peito, meu coração está disparado.

“Que susto Maite! Não chega assim de mansinho não, quase me matou do coração”. Reclamo, soltando a flor.

Maite se aproximou de mim, séria, colocou a mão na minha testa, então, faz uma expressão desconfiada quando afastei sua mão de mim. Ela cruzou os braços e me encarou.

“Diga-me que você não colocou nenhum cogumelo na boca. Eles são lindos, e são o que mais tem por aqui, se procurar direitinho, mas são altamente alucinógenos”. Ela soltou ainda me olhando.

“O quê?”. Pergunto confusa.

“Ei!”. Estralou os dedos na frente do meu rosto. “Você está drogada?”.

“Não que eu saiba”. Digo indignada. “Você sabe que eu não faço uso de nenhuma substância ilícita ou licita. Qual é o seu problema?”.

“Eu que pergunto qual é o seu problema. Estou á dez minutos te olhando e você está aqui, como se tivesse flutuando, até aí tudo bem, mas falar com a flor?”. Questionou.

“Temos que conversar com as flores. Elas fazem parte dos seres vivos, você não estudou biologia?”. Pergunto revirando os olhos.

“Você está estranha”. Sentenciou me encarando.

“Eu só tô feliz, qual é o problema com isso?”. Pergunto a olhando.

“Nenhum. Tudo que eu mais quero é sua felicidade, mas você está escondendo algo de mim. Se não está comendo cogumelo é porque tem outra coisa agindo pra você ficar assim. Conte-me”. Pediu com um sorriso paciente.

Olho nos olhos de Maite... Claro que eu não vou contar nada, tinha prometido a Dulce que o nosso relacionamento seria mantido em segredo, e embora que a Rubi saiba do nosso namoro... Isso abre a brecha pra Maite também saber? Estou presa no pensamento de conto ou não conto quando...

“Estou namorando a Dulce á quase três semanas e fizemos amor na clareira. Eu queria ter contado você desde o primeiro momento em que o nosso amor floresceu, mas, a Dulce pediu para manter singelo por essa hierarquia boba que acontecesse no colégio, e como ela sabe que a Sol pega no meu pé e é a fim dela, não teríamos paz, mas me veio o pensamento agora que se a Rubi sabe do meu relacionamento com a Dulce, você como a minha melhor amiga também deve saber e peço, por favor, que nunca conte a ninguém o que eu te disse, muito menos ao Poncho, sei que vocês são de confiança, mas não quero que Dulce se irrite por eu ter contado, estamos esperando até nos formamos, alguns meses para que enfim, contarmos sobre o nosso amor ao mundo. Vamos até pra Harvard juntas!”. Terminei num fôlego com os olhos brilhando. “O meu sonho de amor está acontecendo, isso não é incrível?!”.

Maite estava perplexa. Os seus olhos estavam arregalados e sua boca entreaberta, ela me olhava pálida como se tivesse vendo um fantasma. O choque era algo bem perceptível e isso me deu insegurança.

“Por favor, May... Estou ficando nervosa, você acha isso uma loucura, não é? Você está me julgando. Ai meu Deus! Sinto o julgamento nos seus olhos”. Lastimei-me agoniada.

“Não estou a julgando. Pelo amor de Deus, não”. Maite fez uma careta, mas a palidez ainda continuava. “Eu só fui pega de surpresa, jamais imaginaria algo assim. Namorando, é? Tipo sério?”.

“Sim! Estamos apaixonadas e muito felizes”. Segurei nas mãos de minha amiga, sem parar de sorrir. “Ela me trata tão bem, como se eu fosse à última criatura da face da terra e eu me sinto tão especial ao lado dela. Sabe o que você tem com o Poncho? Com nós é do mesmo jeito, apesar do pouco tempo que nos descobrimos apaixonadas. Estou tão feliz, May!”.

“Eu... Eu não duvido que esteja. Eu estou vendo isso. Cristo. Que espécie de amiga sou se não percebo que a minha melhor amiga está namorando?”. Maite pergunta com o cenho franzido. “Dulce é?”.

“Você é a melhor amiga de todas!”. A abraço, então, a solto. “Sim, a Dulce, não é inacreditável? Nunca achei na vida que ela fosse me escolher. Mas você tem que prometer que não vai comentar nada, nem com a Dulce, será o nosso segredo”.

“Anahí, eu não me agrado muito com essa história de namoro em segredo. Mas dado as circunstâncias... Sol pega no seu pé gratuitamente e como ela se acha a dona de Dulce, iria infernizar mais a tua vida, então, o que posso dizer? Seja feliz e ame muito já que o sentimento é reciproco, só cuidado para não se doar demais e acabar magoada”. Disse sincera.

“Ai não, amiga. Tudo que sinto por Dulce é recíproco e eu confio plenamente nela. O segredo vai se manter até a formatura, depois assumiremos quando as garras de Sol estiver bem longe de nós”. Expliquei sorrindo.

“Ok”. Maite deu um sorriso trêmulo. “Eu estou aqui para apoiá-la em que necessitar. Você promete que vai ter cuidado?”.

“Claro que sim. Eu estou feliz, amiga. Isso não é suficiente?”. Pergunto a encarando.

“Mais do que suficiente”. Maite responde, ainda com o semblante preocupado.

“Para com isso. Não me faça se arrepender de ter contado sobre isso”. Digo sincera.

Maite respira fundo e ergue as mãos em rendição.

“Não farei mais isso, prometo. Mas se alguma coisa estiver anormal, me conte. Só quero o seu bem”.

Concordo com a cabeça, então, um sinal alto nos assustam. Era anunciando que o almoço estava servido...Formos até a central com a Maite fazendo perguntas indiscretas sobre mim e Dulce. Felizmente, ela tinha voltado ao normal. Enfrentamos uma fila, como no colégio, aqui também tinha a hierarquia, e na mesa principal, estava Dulce, Sol, Lola, Jane e outros. Porém, Dulce não parecia nem um pouco feliz de estar ali. Nos entreolharmos e sinto a energia fluir entre nós. Sorrio e abaixo os olhos, quando volto a olhar, acabo encarando a Sol que me olhava com ódio palpável. Desvio o olhar. Mas fico perturbada.

Depois de me servir, juntamente com Maite, sentamos em uma mesa que o Poncho estava e ele contou por alto o que tinha acontecido com o Manuel, não deixo de me preocupar. Soube através do Poncho que ele tinha ido embora, que os próprios pais vieram o buscar. Parecia que ele tinha quebrado o nariz com a queda, coitado! Eu nem estava presente para dá um suporte. Sinto-me mal por isso.

Vez ou outra, ou constantemente, o meu olhar procura o de Dulce e sinto-me radiante por ela estar ali, me olhando de volta, mesmo que seja algo rápido. Minha vontade é que ela tivesse sentada ao meu lado. Infelizmente, não dava para acontecer...

Depois do almoço, tivemos uma hora para descansar antes que as inspetoras agitassem todo mundo numa espécie de “caça ao tesouro”. Quem encontrasse os itens escondidos ganhariam A na matéria que fosse escolhida pelo próprio aluno. Foi um alvoroço. Elas dividiram os alunos em duplas para não a ver nenhum favoritismo. Por ordem alfabética, fiquei com o Alfonso. Para infelicidade de Maite que queria ficar com o namorado. Bem. Eu também queria ficar com a minha namorada. Enfim. A dupla de Maite seria o Manuel, mas como ele não estava presente ficou com uma guria chamada Nara. Desconhecida para ambos.

Dulce ficou com um garoto chamado Eurico. Pela cara dela também não estava nem um pouco feliz. Sol fez um escândalo porque não ficou com a Dulce e sim a Rubi. Garota infantil, não deve conhecer o alfabeto.

E o caça começou. Poncho teve a ideia para nos separarmos, assim teríamos mais chances. Ele foi para o sul e eu para o norte. Cada um tinha um mapa para não se perder, juntamente com um apito caso se perdesse para ser resgatado. Ando tranquilamente seguindo as coordenadas do mapa, distraio-me ao me lembrar de ter seguido uma trilha com a Dulce para descobrir algo maravilhoso como a clareira, queria encontrar algo tão bonita para mostrar a ela.

Continuo andando, mas sem sucesso de encontrar algum tesouro até que algo me empurra, me desequilibro e caio por cima de uma pedra batendo a lateral da minha cabeça. Puxo o ar com força e fico tonta com o impacto que rapidamente dói a minha cabeça, minha audição é afetada e escuto uns apitos dentro de minha cabeça. Escuto risadas distantes, mas não consigo me levantar, então, me viro, encostando-me na pedra, sinto algo quente e gosmento escorrendo pela meu rosto, enquanto, minha visão está um pouco embaçada. Levo a mão até o local machucado que lateja.

“Olha quem encontramos dando bobeira na floresta: a porca. Não conhece a história do lobo mal?”. Sol pergunta se aproximando de mim com um sorriso esnobe, então, faz um sinal e meu apito é tirado do meu pescoço e jogado á um metro de mim. Era a Lola que fazia isso.

Jane se mantinha quieta, apenas a olhando e tinha um garoto que me lembro vagamente dele, chama Draco, um loiro tão esnobe como a Sol segurava uma caixa de madeira. (Nota da autora: Pra quem gosta de Harry Potter, uma breve referência. Hahaha).

“O que está acontecendo?”. Pergunto com a voz mais rouca que o natural, e sentindo a dor irradiando pela minha cabeça.

“Olha só, não é que a porca sabe falar?”. Sol graceja apesar de que o seu rosto está duro, Lola e Draco rir da piadinha sem graça. Então, ela se aproxima de mim com os olhos malvados e fala bem baixo para que eu possa escutar: “Estava sendo bem tolerável com você, não basta o seu gene nojento ficar percorrendo pelo colégio, você ainda quis tomar o que é meu? Dulce é minha. Eu disse que seria o início do seu inferno, mas você não acreditou em mim, não é? Vou destruir tudo que é seu. E você vai se arrepender amargamente por ter cruzado o meu caminho e ter cobiçado a minha mulher!”. Disse louca, possessiva.

“Eu... Eu...”. Tento articular uma frase, mas minha cabeça dói demais.

“Faça!”. Sol ordena ao Draco e se afasta com os braços cruzados, me olhando com despreza.

“Tem certeza?”. Draco pergunta um pouco indeciso.

Sol o olhou com profundo desgasto: “Se eu não quisesse fazer, não teria o chamado aqui”.

“Faça Draco!”. Lola instigou.

“Isso não dará problema? Não quero ser expulso do colégio”. Draco diz nervoso.

“Pelo amor de Deus! Nem arranjar um garoto que preste você é capaz de fazer, Lola?”. Sol pergunta com irritação, fazendo a Lola abaixar a cabeça. Então, olha pra o Draco. “Você é ´um imprestável. Qualquer promessa de fazer parte do nosso grupo, sinta-se desconvidado. Você não merece ser da elite”. Então, tomou a caixa de madeira da mão do garoto, a abriu e jogou algo em mim.

De primeiro me sinto perdida com o que está acontecendo, então, sinto pernas peludas se arrastando pela minha pele, fazendo-me estremecer e meu coração disparar, sinto todo o meu sangue esfriar e o ar me faltar, principalmente quando vejo uma tarântula andando pela minha coxa, paraliso, não consigo me mexer, apenas a sentir andando, se arrastando, me causando pavor de estar em cima de mim, meu cérebro dizia para me mover, porém, estou completamente dura, sinto as lágrimas escorrerem juntamente com o sangue do meu ferimento, então, começo a me debater violentamente num choro desesperado, sentia o peso de minhas tapas contra mim mesma, mas eu queria tirar a aranha de mim e a cada segundo sinto-a deslizar pela minha perna, causando-me calafrios de terror. Grito várias vezes, alto e desesperadamente, tentando me livrar da sensação angustiante, sinto a pedra arranhando as minhas costas e me machucando, mas nada se compara a prisão psicológica que estou presa... Talvez, a aranha nem esteja mais em mim, mas eu ainda a sinto, forte e intensamente.

“Tire de mim”. Imploro em um grito enlouquecedor. “Tire de mim”.

Tento me inclinar para pegar o apito, mas em minha percepção estava muito longe, ainda me arrasto por uns centímetros, mas tudo parecia perdido. Soluço agonizante.

“Sol o que é isso?”. Escuto a voz que reconheço sendo da Rubi. “Você vai ata-la!”.

“Fique na sua e deixa que ela morra!”. Sol gritou furiosa.

O mundo parecia que estava caindo em meus ombros, sinto a pressão mais forte em minha cabeça, minha visão ia ficando mais turva, meu corpo ia desfalecendo, mas a minha mente se mantinha em alerta, prendendo-me mais na minha fobia... Aracnofobia. Tenho pavor de qualquer aranha, mesmo que seja a mais inofensiva, e meu cérebro repercutia a imagem da tarântula em minha coxa até que a falta de ar me faz perder os sentidos...

**

Sol é realmente um ser nojento, viu! Espírito de porco.

Tadinha de Anahí...

Gabiih: Escrever hot é uma das coisas mais difíceis para mim, apesar de que gosto de escrever sobre sexo. Realmente, não ficou vulgar, porque quis deixar a inocência florescendo por conta da Anahí. Mas na segunda fase, vai ter sexo vulgar sim. Hahaha. Logo avisando para não ser pega de surpresa futuramente. Gosto de escrever as cenas quando estou ouvindo música, porque os sentimentos que sinto ao ouvi-las, é o mesmo que transpasso para a fanfic, deve ser por isso que fica algo bem palpável. Pronto... Sinta a emoção que Sol trouxe para a estória, sente-se satisfeita? Hahahahaha. Então, amor... Já me falaram sobre eu escrever um livro, mas não me sinto capacitada para isso... Escrever fanfic é fácil para mim, escrever livro o contexto muda completamente, e eu não me arrisco. Mas quem sabe um dia? A vida é feita de desafios, hum? E sobre sexo hetero, bora ver se rola. Até que em Secret, o sexo de Anahí e Mark ficou gostoso. Hahaha.

Luh_perronita: Você que nem gosta de hot, né? Hahaha. Dulce é do tipo de pessoa que vai ter que sentir na pele para aprender e perder para valorizar. Infelizmente. Agora fica difícil de Maite encontrar um quarto com essa pequena confusão com Anahí. Hahaha. Calma, Tisha não vai pra cidade dos pés juntos agora.