Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.

Por autora...

 Sol olhou para a porta do banheiro fechada com um suspiro.

Quanto mais a Dulce a maltratava, mais ela a queria ao seu lado. Porque era obcecada por Dulce. Isso não era nenhuma novidade. Achou que com os anos, a sua obsessão iria se apaziguar, porém, isso não aconteceu. Amava tanto a Dulce que só com a menção de perdê-la fazia quase perder o controle. Usaria a sua conta privada para sustentar os caprichos de Dulce, faria tudo, só não podia perdê-la.

Achou que, depois da morte de Anahí, as coisas mudariam com a Dulce... Teve a ilusão de que as lembranças de Anahí sumiria da mente de Dulce quando a Guarda Costeira anunciara o encerramento das buscas e confirmando o óbito de Anahí. Achou que Dulce esqueceria a esquisita, mas pelo o contrário, Dulce cultivou a Anahí dentro do peito, no coração, mesmo passando todos esses anos, o fantasma de Anahí estava lá, sugado os pensamentos e a energia de Dulce.

E Sol desejou que a defunta estivesse viva só para matá-la mais uma vez, e mais uma vez, quantas vezes fosse preciso para que tirasse Anahí do coração e da mente de Dulce.

Sol não podia competir com uma defunta. Acha que nunca poderá. Subestimou demais a Anahí, não tinha calculado que um ser tão insignificante como aquele poderia se cravar daquela forma em Dulce. E isso enlouquecia o ego de Sol, sentia-se tão incapaz, de baixa-estima. Sentia-se um nada e as atitudes de Dulce para com ela só aumentava o seu pensamento.

Sabia que a Dulce a odiava, percebia isso na maneira que a outra a olhava, era sempre daquele jeito contido, com os olhos meio avermelhados embriagados de asco.

Dulce não a tocava mais. Mesmo que a Sol a procurasse, era preciso que Sol passasse na cara que Dulce era comprada pra conseguir ter sexo. O sexo era mecânico, sem sentimento, sem prazer... O sexo só proporcionava dor... A dor psicológica por Dulce não a querer.

Ela fazia de tudo para que ninguém percebesse a hostilidade de Dulce para com ela. Vivia de aparência e buscava sempre desempenhar o seu papel de mulher feliz, realizada e apaixonada. Esse mês saíra na Vogue, no especial de dia das noivas. Na reportagem, dizia o quão ela e Dulce estavam ansiosas para se casar, o quão estavam apaixonadas e felizes. Queria que o mundo visse que era feliz e que as mulheres sentissem inveja de uma vida que Sol suspostamente vendia...

Foi essa revista que fez uma pessoa decidir que era a hora de voltar. De colocar o plano em ações. Claro que a Sol não sabia que o decaimento que estava acontecendo em sua vida era obra desses planos, mas a loira iria descobrir futuramente e iria odiar...

Sol saiu do seu quarto em direção da sala. Passara quase onze anos vivendo com a Dulce em Nova York quando decidira voltar para Seattle. Dulce não reclamou da mudança até porque quando ela quisesse estar em qualquer outro lugar, bastaria usar o jatinho da família. Sol tinha decidido voltar para a sua cidade natal apenas por um motivo: Os seus pais.

Fazia exatamente um ano que o casamento dos seus pais se tornara inexistente. Apesar de Serena ser como a Sol e fazer de tudo para não deixar que os problemas pessoais fosse de conhecimento da sociedade. Porém, a verdade era que tudo estava indo de mal a pior. O Klaus tinha mudado completamente, não era mais aquele pai amoroso e empenhado, muito menos um marido atencioso. Vivia viajando e nos poucos momentos que estava em casa era frio, impessoal. Ele não fazia questão de esconder o menosprezo que sentia por Serena.

Era algo perturbador. Tanto para a mãe, como para a filha que não entendia o comportamento do Klaus.

Sol desceu as escadas para o sala de jantar e olhou significante para a sua mãe que estava muito elegante num conjunto azul marinho e com os cabelos presos em um coque, apesar dos procedimentos estéticos, o rosto de Serena denunciava a idade. Talvez, fosse o estresse de um marido distante.

Se existia uma coisa que Sol e Serena combinavam era a obsessão por seus companheiros. Essa noite deveria ser especial. Já que depois de alguns meses sempre ausente, o Klaus decidira ficar para jantar... Algo que poderia ser considerado banal, mas diante o comportamento hostil do seu pai, era uma dádiva.

Porém, Klaus parecia que estava em outro mundo, digitando descontroladamente no seu celular, um vinco se formou entre a sua testa. Parecia ansioso e preocupado com a pessoa que falava do outro lado da tela. Serena o olhava com curiosidade disfarçada, mas Sol percebia a agonia de sua mãe para saber com quem o seu pai estava falando e dando tanta atenção...

– Pensei que iriamos jantar, papai. Mas você não larga esse celular. – Sol soltou ao se sentar e abrir o guardanapo de pano no colo.

Serena olhou para a filha, agradecida. Ultimamente estava sem coragem de confrontar o Klaus, não queria que ele se irritasse mais com ela, mais do que de costume.

– O seu encosto ainda não está presente. – Klaus respondeu, referindo-se a Dulce e deixando o seu desagrado na voz. Ele não suportava a ideia de Dulce e Sol ficarem em casa como uma parasita, já tinha a Serena que fazia isso muito bem.

– Não fale assim da minha noiva. – Sol irritou-se. – Dulce não é nenhum encosto.

Os empregados serviram as bebidas: Vinho branco para Sol e Serena, espumante para o Klaus,

– Noiva. – Klaus riu. – Você fala “noiva” com tanta propriedade como se isso fosse a melhor coisa do mundo. – Ele finalmente largou o celular com o visor virado para baixo e pegou a sua taça de espumante. – Quando no final das conta, é um peso á mais para a minha conta bancária, assim como você e sua mãe.

– Klaus! – Serena exclamou espantada.

O rosto de Sol ficou extremamente avermelhado, também não esperava um comentário dessa origem do seu pai. Foi um baque e a magoou bastante.

– Eu sou a sua filha! Você tem mais do que obrigação em me sustentar, eu, a minha mãe e também a minha noiva. Eu não aceito esse tipo de comentário maldoso. – Sol respondeu ao pai com os olhos queimando.

Klaus olhou bem para a sua filha. Uma mimada. Isso que Sol era. Educou-a muito mal. Não deveria ter feito tudo que Sol quis. Nem Sol e muito menos a Serena. Percebeu com lástima que a sua família não era um sonho americano, não era simplesmente nada. Não tinha base. A única coisa que tinha eram as manipulações das três mulheres que compartilhava a sua mansão: Sol, Serena e Dulce María. Não queria mais isso para a sua vida.

O seu desapontamento aumentou quando a Dulce adentrou a sala de jantar, arrumada como sempre, e com odor de álcool. Ele não tinha nenhuma obrigação para com a sua nora, porém, tinha com a sua filha e Sol movia o mundo para dar tudo que Dulce queria... De longe dava para sentir o cheiro desse relacionamento a base de interesse. Por muitos anos, fez vista grossa, porém, estava num estágio da vida que o que importava era o amor e felicidade, e ele estava encontrando isso em outro lugar e nos braços de outra mulher...

Não teve nenhum assunto durante o jantar até que o celular do Klaus vibrou novamente, ele leu sem acreditar. A sua expressão mudou completamente para uma felicidade palpável, quase contagiante, que atraiu a atenção das três.

Ele se levanta, de repente, assustando até mesmo a Serena que estava ao seu lado na cabeceira da mesa. Sol apertou os olhos para o pai, esperando que ele saísse correndo da mesa, e Dulce ficou introspectiva, sem nenhum interesse, estava mais interessada em beber o seu vinho.

Uma realidade sobre a Dulce... Ela bebia e fumava em excesso. Um excesso que se ficasse um dia sem, todo o seu corpo sofria o efeito colateral da abstinência.

– Serena... – Klaus guarda o celular no bolso da calça esportiva e olha diretamente para a esposa. Ela o olha com atenção, esperando que ele continuasse. – Eu quero o divórcio! – Pede com propriedade.

O que acontecera no minuto seguinte fora uma taça espatifada no chão da parte de Sol, espanto e pranto da parte de Serena e surpresa de Dulce...

 **

As coisas estavam insuportáveis na mansão De La Riva. Uma guerra se travou entre Klaus e Sol, porque a Serena não tinha capacidade de se defender, apenas chorava e dizia que não queria se separar do Klaus. Até ameaçou em se matar tomando uma cartela de dipirona... Fora uma confusão. Mas foi um ato apenas para chamar atenção...

Porém, Klaus não tinha desistido da opção de divórcio. Ele estava obstinado para conseguir, apesar de Serena sempre dizendo que não e Sol reforçar a decisão de sua mãe.

Elas não podiam suportar a humilhação social, principalmente a Serena. Ela não que ser uma mulher divorciada, sabia que perderia os privilégios se não fosse mais casada com o Klaus. O sobrenome De La Riva era a mesma coisa que ouro, valia muito.

Dulce ficou por fora da confusão, não era da conta dela. A sua única preocupação era o modo que essa separação poderia influenciar no seu estilo de vida. Porém, dizia a si mesmo que nada aconteceria, já que o Klaus estava se divorciando da esposa, não da filha.

Nesse meio período de confusão, o Klaus estava castigando a Sol por ser contra ele, não estava mais lhe dando a mesada mensal, e muito menos pagando as suas contas, que obrigava a Sol usar sua conta pessoal. Ela fazia isso, mas não muito feliz, mas dizia a Dulce e também ao seu pai que ele iria custear cada dólares que ela estava gastando.

Apesar de toda a confusão, o Klaus se mantinha radiante. Não se sabia o que acontecia com ele, mas parece apaixonado e pleno. Não se abalava com as manipulações de Sol e de Serena, parecia até mesmo leve... Não se importava com os dramas das duas... Porém, o Klaus era um gênio. Não era atoa que construiu um império hospitalar e triplicou a fortuna de sua família.

Depois de semanas intensas, ele chegara com um ultimato para a Serena que fez questão de dizer na frente de Sol e Dulce.

– Serena, a questão é o seguinte... Eu quero o divórcio e você não. Percebe isso? – Ele gesticulou no ar. – Sente esse cheiro? E esse clima? É pesado e tóxico. Não quero mais sofrer os efeitos colaterais disto em minha própria casa!

– Então, desistia do divórcio. – Sol grita, infantilizada com os braços cruzados.

Klaus a olha com escárnio.

– Estou falando com a sua mãe, Sol. No momento que eu quiser que você seja requisitada, lhe dou a palavra. – Klaus cortou com estupidez que surpreendeu a todos. Ele nunca falava assim com a Sol, bem, não falava antes, hoje em dia, esse Klaus é totalmente diferenciado.

Sol ficou estupefata e Dulce tenta não rir, dando goles em seu conhaque.

– Eu quero ficar em paz com você e na nossa casa, Klaus. – Serena admite chorosa.

– Ótimo. É o seguinte: Você vai assinar o divórcio.

– Não! – Serena chora. – Eu não quero me separar de você. – Ela se levanta e tenta abraçar ele, mas Klaus se afasta e Serena cai de joelhos, porém, se arrasta até a perna do Klaus e a segura. O olhando com angustia. – Por favor, Klaus. Não me deixe, eu te amo tanto...

Sol fez menção de se levantar, mas Dulce segura o braço da loira e balança a cabeça em negativo. A realidade é que Dulce estava amando o circo.

– Mas eu não te amo! – Klaus disse impaciente, balançando a perna como se afastasse um cachorro. – Nunca te amei, e Deus sabe que nesses vinte e nove anos de casamento o meu único pensamento de todos os dias era me livrar de você! – Cuspiu as palavras, impiedoso.

Serena caiu sentada, sem nenhuma elegância, chorando em plenos pulmões.

– Papai. Como pode dizer uma coisa dessas? – Sol pergunta indignada e corre para levantar a mãe que não se erguia.

– Estou dizendo a verdade. – Klaus soltou com a voz mais alta. – O único motivo para eu ter me casado com a Serena foi por ela ter engravidado de você. O único motivo que mantive anos casado fora por conta da família, mas isso aqui não é uma família. É um ninho de cobras e eu mereço coisa melhor. Mereço ser feliz longe desse joguinho manipulador!

Uau. Foi o pensamento de geral. Dulce fez sinal para a empregada que assistia tudo em silêncio e espanto. Ela foi até a Dulce e encheu o copo dela. O choro de Serena parecia que tinha aumentado, o som era bastante irritante.

– Você é um monstro, papai! – Sol gritou tremendo. – Olha o que está fazendo com a mamãe e comigo! Com a Dulce que entrou nessa família tão feliz. – Aponta para a Dulce que mantém a cara de passagem. – Você está destruindo tudo.

Klaus se aproximou de Sol com os olhos acusatórios.

– Tem certeza que eu sou o monstro da história, Soledade? – Perguntou frio. Depois olhou para a Dulce e por último Serena. – Se existem monstros nessa história, com certeza, não sou eu. – As palavras de Klaus causaram um arrepio bem desconfortável em Dulce. Mas ela se manteve sentada. – Por tanto, Serena, vou lhe dá uma única opção que é pegar ou largar: Você assina o divórcio ou vou entrar no pedido de divórcio litigioso, será mais demorado, isso é fato, mas todo mundo vai saber o que está acontecendo... A sociedade que você tanto ama e idolatra vai saber que estou largando você. O que será?

– Isso é um absurdo! – Sol grita, mas a Serena faz a calar.

– Eu assino... mas com uma condição. – Serena diz, fugando.

– Estou todo ouvido.

– Mamãe, você não pode fazer isso! Não ver que isso que ele quer? Se livrar de você? – Sol fala indignada.

– Cale-se, Sol. – Serena diz e se levanta, limpando as lágrimas. – Quero continuar morando aqui, na mansão, não quero que ninguém saiba do nosso divórcio. Você pode fazer isso?

Klaus fica um pouco pensativo.

– A mansão sim. Mas não vou mentir que ainda estou casado. Quem perguntar sobre você, direi que não estaremos mais juntos.

 – Mas não vai sair explanando por aí, não é? – Serena perguntou esperançosa.

– Não. – Klaus respondeu curto.

– Eu assino, mas lembre-se de sua promessa: Eu posso continuar morando na mansão.

 – Claro que você pode continuar morando na mansão, ela é sua, como metade dos bens do papai! – Sol afirma, recebendo um olhar partido da Serena.

 A realidade é que anos atrás quando a Serena se casou com o Klaus a sua família estava completamente falida, o casamento com Klaus manteria o nome da família de Serena no topo, por algum tempo. Para provar que estava casando por amor pelo Klaus – apesar de estar grávida. – Serena assinara um acordo pré-nupcial em que abria mão de todos os bens, inclusive o que o Klaus conquistasse casado com ela, e se no futuro tivesse um divórcio, Serena ficaria ao critério do Klaus se ele quisesse ou não lhe dá uma pensão, ou alguma propriedade. Uma grande burrada, mas Serena achava que nunca iria se separar do Klaus.

Sol ficou furiosa, claro. Não aceitava isso. Mas os papéis estavam assinados, e o Klaus negou-se em pagar uma pensão para a Serena, o que revoltou as duas. Ser mesquinho não fazia parte da personalidade do Klaus. Serena se tornou uma responsabilidade de Sol, já que a Serena não iria mover um dedo para trabalhar. Isso irritou a Dulce, porque poderia ser menos para ela. Mas, a Sol garantiu que nada mudaria e Dulce poderia viver a vida como estava fazendo anteriormente.

– É outra mulher, não é? – Sol questionou o pai, com ódio.

Klaus estava pronta para mais um de suas viagens. Em menos de um mês, ele tinha feito cinco viagens. Uma logo após o divórcio, e outras nas semanas depois. Ele não tinha tirado a aliança do anelar, porém, não parecia ser a mesma aliança que usara toda a vida com a Serena.

Ele olhou para a Sol por longos minutos, antes de responder:

– Sim. É outra mulher. A única mulher que está me fazendo se sentir vivo depois de tantos anos. Por tanto, não é outra mulher, é A mulher. – Klaus responde com sinceridade, olhando para a filha.

– Eu espero que você morra e que nunca possam ficar juntos! – Sol cuspiu as palavras em fúria.

Klaus olhou a filha profundamente, mas nada disse. Apenas meneou a cabeça. Sol descobriria umas horas atrás que palavra tinha poder...

**

Quem será essa mulher que está desastibilizando tanto a vida dos De La Riva? Palpites? Haha.

 Paciência, meninas... Anahí vai aparecer no momento certo.

Não vai demorar muito.

**

 Candy_mai: Culpa minha? Diga para mim, quando nessa vida ou em minhas fanfics que eu matei você de coração! Hahaha. Calma, passarinho, uma hora a Anahí vai surgir...

 Gabiih: Vai saber, nos capítulos futuros... Oba! Hahaha. Que bom que está amando!

 KIKI: Voltei amore! Sou pontual. Sempre volto quando digo - quase sempre. Hahaha. Coitada? Coitado é do rato que nasce pelado, Dulce ainda não teve nada! Hahaha. Herroni ainda não vai rolar, mas tenho planos bons para eles. Por hora. Sol é uma frustrada da vida. Logo, logo, saberemos que aconteceu com Anahí.

 Luh_Perronita: Todo sofrimento para as três são lucro, não é?

 Mariposa: Calma, gatinha... Que um copo de água com açúcar? Haha. Sabe que eu não corro de serviço! Love u too.