Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.
Por Dulce...
Ás aguas estão revoltadas. Lembrando muito bem o dia em que tudo aconteceu. As ondas impiedosas batendo contra as rochas e se quebrando furiosamente, parecia crescer cada vez mais. O vento forte alvoraça os meus cabelos e esfria mais a minha pele, principalmente da minha face molhada de lágrimas. Hoje, faz doze anos de sua morte, e eu me sinto mais miserável do que nunca.
Todos os anos, venho ao mesmo lugar em que Anahí encerrou a sua vida e jogo uma rosa branca em sua homenagem, um jeito de cultuá-la e pedir o seu perdão. Um perdão que sei que nunca terei.
Meu coração sangra como se inúmeras adagas estivessem vincadas nele.
Oh Anahí... Como eu sinto tanto, meu amor... Que a sua alma esteja em paz aonde quer que você esteja, que a minha maldade não a tenha corrompido. Perdão... Eu sempre vou amá-la. Mentalizo e jogo a rosa branca e solitária que cai nas águas revoltadas e se perde no meio do mar... Assim como Anahí.
Com o coração pesado, e com a dor sempre constante. Retiro-me do penhasco, passo pela casa abandona que era de Anahí, se encontra do mesmo jeito, mas não tenho forças para adentrar... De cabeça baixa, sigo para o rumo de todas ás noites...
– Mocinha... Mais uma dose, por favor. – Peço a garçonete bem vestida que rapidamente me serve mais uma dose dupla de conhaque.
Ela sorrir para mim. É muito bonita, loira com os olhos azuis. O que me fazia olhar para ela não era a sua beleza e sim os seus olhos... Qualquer olhos azuis me prende. Apesar de nenhum ser igual ou parecido com o de Anahí... Porém, apenas isso que era parecia. O rosto quadrado com bochechas pequenas e bocão não lembrava mais nada a Anahí. Muito menos os cabelos negros curtos.
– Não vai jogar hoje? – Ela pergunta se debruçando no balcão, os seus pequenos seios pareciam limões na farda. Claramente ela está flertando comigo, deixo levar... Todas as noites, apenas por diversão.
Olho em volta... O cassino luxuoso com diversas opções de jogo parecia que estava me chamando para torrar o dinheiro deliberadamente. Porém, fico indecisa. Talvez, seja o clima hostil na mansão De La Riva que me contagiou.
– Não sei... O mar parece que não está pra peixe. – Respondo com meio sorriso, virando a dose dupla e fazendo uma caretinha. Bato o copo no balcão. – Outra dose.
– Você é dura na queda. – Ela sorrir de lado e despeja sensualmente a bebida acobreada no copo, lançando-me um olhar sedutor. – O mar não pode estar pra peixe, mas pra tubarão tenho certeza que sim. – Ela enche o copo mais do que duas doses.
E eu agradeço. Olho o líquido a minha frente, o mesmo que não sei viver sem. Já faz parte da minha corrente sanguínea, apenas o álcool pra me manter um pouco sã. Irônico, não? Mas se eu não beber, as lembranças me sufocam e me matam. O álcool neutraliza. Faz com que tudo se torne mais suportável.
Como seria a minha vida se eu não escolhido a Sol? Provavelmente, não estaria viciada em cassinos e em bebidas alcoólicas. Provavelmente, eu não seria uma mulher digna de pena. Se eu tivesse escolhido a Anahí, meu Deus...
Eu seria feliz.
Seria.
Passado.
Eu deveria ter morrido no lugar dela. Quem devia ter pulado daquela colina era eu! A Anahí devia estar viva e concretizando os seus sonhos... Roubei o futuro dela para acabar em um cassino, me embriagando. A conta não está certa.
Afundo-me no álcool para tentar esquecer o que só me faz lembrar: O seu jeito, o seu cheiro, o seu sorriso, os seus olhos...
– O seu celular está tocando. – A garçonete me diz, carinhosa.
Olho para ele. Em cima do balcão, vibrava e se locomovia um pouco. Sol. Ignoro a chamada. Provavelmente, ela quer que eu volte pra mansão. Não vou participar do drama. Ela com a sua mãe e o seu pai que resolva o abacaxi. Entrei na família pra desfrutar as partes boas, as ruins, eles que se virassem. Desligo o celular.
Viro a minha dose.
– Outra! – Digo com voz embolada.
– Pelo jeito, a ligação não a animou. – A garçonete brinca, enchendo o meu corpo. – Namorada? – Pergunta e tem o meu silêncio. – Noiva? – Arrisca novamente. Silêncio. – Esposa?
Encarei a garçonete que me acompanha por causa um ano e não sabe nada de mim. Ela tem ansiedade nos olhos. O modo que o seu corpo se joga em minha direção demonstra o quão está atraída.
– O que a faz crer que eu sou lésbica? – Pergunto com um meio sorriso.
– O seu jeito... Você entra e parece que domina o ambiente. Todas as mulheres, inclusive as heteros se viram para olhá-la. E eu percebo o seu sorrisinho quando é cobiçada por uma mulher. – Ela responde e fica muito vermelha quando eu sorrio. – Também tem as suas roupas.
– O que tem elas? – Pergunto com curiosidade.
– São sempre pretas. Ás vezes, tem uma blusa, uma saia, ou uma calça branca, mas o preto constituem o teu look, como se tivesse sempre em luto. – Ela fala, demonstrando que me observa a muito tempo.
Inconscientemente abaixo o olhar para a minha roupa: Uma blusa de seda preta com uma jaqueta de couro fechada, uma calça jeans também preta e uma bota spiker de cadarço de salto grosso. A garçonete tem razão, as minhas roupas são sempre pretas. O meu closet é repleta de roupas pretas. Antes não tinha percebido, mas agora... A minha alma e meu coração vive em luto que reflete nas roupas.
De repente, me sinto invadida pela observação da garçonete.
– Sou noiva. – Respondo ríspida.
– Oh... – A garçonete se surpreende com o meu tom. – Desculpe-me, não queria invadir a sua privacidade. Nem ser abelhuda, mas é que você realmente tem toda essa magnitude voltada em si que me deixou curiosa pra algo mais... – Ela solta com uma tonalidade rosada brilhante nas bochechas. – E como sempre está aqui sozinha e não usa aliança...
Olho por uns segundos para o meu conhaque, o balanço dentro do copo e então, ergo a cabeça para encarar a garçonete. O meu relacionamento com a Sol não é baseado na fidelidade e muito menos na lealdade, ao menos, da minha parte. Tenho um quarto presidencial no hotel Staybridge. Pago uma mini fortuna por ele, mas é essencial para levar os meus casinhos. Estou quase convidando a garçonete para ir comigo “conhecer” o quarto, quando uma mão macia e quente pousa em meu ombro.
– Está sozinha é muito diferente de não estar acompanhada. – A recém-chegada diz. – Se fosse você, deixava de meter o bedelho na vida alheia, acredito que o seu salário de cem dólares semanal é essencial para pagar a sua casinha no subúrbio, seria muito trágico se perdesse, não é? – Faz uma leve pausa. – Então, aconselho que atenda os outros clientes e pare de cobiçar a mulher alheia. – Ela apontou para outros bêbados na ponta do balcão.
A garçonete arregalou os olhos, empalideceu e se afastou.
– Você não devia fazer isso, Megan. – Reclamo.
Em resposta, Megan Fox segura o meu rosto com as duas mãos. Os seus olhos extremamente azuis me encaram e então, os seus lábios reclamam os meus em um beijo.
Megan é quente e deliciosa, mas nem ela consegue me satisfazer. Estamos juntas á nove anos. Ela nunca reclamou da sua posição de amante, parece até gostar, até porque ela tem a sua liberdade para aproveitar com quem quiser. Mas, ás vezes, Megan é possessiva, como nos casos de agora.
Enquanto a beijo, o meu único pensamento é que nenhuma boca me proporcionará tanto prazer e descontrole como a boca de Anahí... Os fantasmas das lembranças continuam aqui... Firmes e fortes. Tão fortes que quando me afasto da Megan, vejo uma mulher que me lembra muito Anahí, o meu coração sofre um baque e minha cabeça um giro de 180º graus. Os olhos... Azul-esverdeados, da mesma forma que era de Anahí... Eles me olhavam, me devoravam e me acusavam. A minha consciência e meu corpo reage, como se um orgasmo psíquico me acometesse, seguro-me na borda do balcão, absolvida por aquele olhar que me cava por dentro e traz as margens aquilo que eu tentei tanto esquecer... Ela me olha... E sorrir... O sorriso malicioso que faz as minhas pernas tremerem quando meu sexo se contrai em um orgasmo que me faz soltar um gemido desesperado....
Ela tem tanto controle e propriedade em si que me mantém presa e refém do seu olhar.
A mulher é linda, o corpo parece que foi desenhado por deuses, o rosto maravilhosamente lindo... Os cabelos longos, acobreados e com cachos grossos. Ela me olha por um segundo, arrancando imensas sensações, então, me dá as costas e caminha para longe, como se tivesse caminhando em uma passarela, com a sua bun*da empinada e os cabelos chicoteando no ar.
A imagem de Anahí mais velha.
Estou louca! Penso. Com a calcinha completamente goza*da e o corpo agitado.
– Se eu soubesse que reagiria assim com o meu beijo, faria sempre. – Megan rir. Achando que meu comportamento era por conta dela.
Megan é bonita. Com os seus cabelos escuros lisos e olhos azuis. O seu corpo com algumas tatuagens também é apetitosos. Suas roupas sempre valorizam o seu corpo. Porém, nem os seus beijos e o sexo me despertam como o olhar daquela desconhecida.
Decido que foi uma miragem. A minha vontade de rever a Anahí é tanto que minha mente cria peças. A Anahí que eu conheço é dócil e simplória, jamais se transformaria naquela mulher dominadora se tivesse tido a oportunidade de chegar a maturidade.
Anahí está morta! Digo a mim mesmo.
– Você é maravilhosa, Megan. – Digo automaticamente. – Mas não precisava exortar a coitada da garçonete.
Megan revira os olhos. Senta-se no banco acolchoada e chama a garçonete para lhe servir de champanhe. A coitada da garçonete faz de cabeça baixa.
– Não precisava? Até parece que eu não te conheço, iria chamá-la para o Staybridge. – Megan dá um gole no seu champanhe. – Já divido você com a Sol, não sou obrigada a dividir com suburbanas. Por falar em nossa querida Sol, soube dos acontecimentos... Ela está bem ou mimando sem tirar a chupeta da boca? – Pergunta com maldade.
– Acontecimentos? – Pergunto com o cenho franzido.
– Oh, por favor, Dulce. – Megan revira os olhos. – O Klaus encontrou o meu pai no clube, jogaram golfe juntos. E eles conversaram por bastante tempo. Klaus contou a papai que divorciou-se de Serena e que está com um novo amor. – Deu mais um gole de bebida. – De início, papai não acreditou, até porque o Klaus parecia que só tinha vida para a família, mas aí... Que a dita cuja chegou e segundo papai, a mulher não é de parar o trânsito e sim, o universo, e tanto Klaus como ela pareciam extremamente apaixonados e excitados.
Procuro o meu cigarro em minha bolsa e o encontro, com auxílio da Megan, o acendo, dando um longo trago.
– Sério? – Pergunto por curiosidade. – E como ela é? Nova? Coroa?
– Nova. Na faixa etária de Sol. E muito mais bonita, parece recém-saída da capa da Vogue, e segundo o meu pai muito fluente e inteligente. É uma médica muito conceituada, parece até que ganhou um prêmio. Usando as palavras do meu pai: Um escândalo de mulher.
– Uau. – Digo sem saber o que pensar. – E o nome dela?
– É... – Megan pensa um pouco, e franze o cenho, então, balança a mão dispensando. – Um nome diferente, parece de índia, flor, árvore... Ah, não sei. Também não importa. Vamos ficar aqui paradas ou iremos jogar?
Penso por um segundo sobre essa história, mas logo foge da minha cabeça. Megan também é viciada em jogo. Viro a minha dose e me levanto, sentindo-me extremamente bêbada, mas não tombo.
– Vamos ao jogo! – Digo numa animação que não tenho.
Aquela desconhecido ocupa a minha mente. Nem a informação de Megan sobre o Klaus e o seu novo me preocupa, mas aquela desconhecia que o meu cérebro projetou como uma suposta Anahí, me faz tremer na base....
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Autor(a): ThamyPortinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 349
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luh_perronita Postado em 09/03/2018 - 19:56:03
Mais uma estória sua maravilhosa, amei tudo. Esse final foi muito perfeito aaa mais uma vez você conseguiu me emocionar com seu talento, a estória ficou ótima e que bom q mais uma vez o amor venceu o ódio sz estou muito feliz com a continuação de TL, amo mt ela, so perde pro meu xodozinho CTA aa
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Kah Postado em 05/03/2018 - 16:06:50
O que dizer dessa história? MDS. Todo esse trajeto de amor e vingança, e que bom que o amor venceu. Adorei a forma como você retrata os personagens e consegue fazê-los distintos uns dos outros e mostra a evolução deles na história, maior prova foi a Dulce, que encontrou seu lugar ao sol que mais que todos ali, aprendeu a viver e viver bem e Anahi que depois de ir ao fundo do poço, se reergueu, eu amo essa macumba que vc faz pra eu ficar vidrada nas histórias haha E no fim, elas precisavam se reencontrar sozinhas para então poder ter uma vida juntas. ESDLV foi foda e angustiante desde o início, meu pai que sofrimento kkkkk Mas ainda sim uma bela história. Minha Rainhaaaaaaa ♥
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candy_mai Postado em 02/03/2018 - 00:44:27
O que está predestinado a ser, será. Final digno de uma estória maravilhosa, como sempre digo não esperava menos de vc bebe... não querendo nada, quem sabe não tenha uma terceira temporada El Sabor... essa gravidez da Dulce da um gostinho de continuação, quem sabe num futuro não tão distante
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KIKI Postado em 01/03/2018 - 23:59:27
AAAA,fico uns dias sem ler,e é o final.Sol morreu,gostei.Camila se redimiu e devia ter pego algum dinheiro pra ela na falsificação dos documentos.Rubi e Megan,nunca pensei,mas é uma boa junção.Serena terminou seus dias em um manicômio.Fernando e Blanca que fofos.Maite e Poncho com seus Dan e Eloize:-) E o que dizer de portiñon?O amor supera tudo,e Dulce ainda fica grávida?É maravilhoso.Enfim,mas uma fanfic sua maravilhosa!
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..Peekena.. Postado em 01/03/2018 - 23:00:35
Que lindo amei o final parabéns..
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luh_perronita Postado em 01/03/2018 - 16:44:32
Grito com o novo casal. Amei essa evolução delas, o afastamentos realmente foi essencial. Tomara que elas se acertem logo aaaa, ja imagino elas passeando no parquinho com o niko onwwwt tomara q eu explora a. Continua, a fic ta mt lindinha a
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candy_mai Postado em 01/03/2018 - 00:29:04
EU TÔ NO CHÃO, na verdade não esperava menos de uma estória escrita por vc, o meu vô me falou uma vez q só o amor não sustenta um relacionamento, esse tempo que elas tiveram foi essencial pras duas...
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..Peekena.. Postado em 01/03/2018 - 00:12:54
Continua ansiosa para o próximo Capítulo tô amando fanfic.. Se você for postar outra Fanfic me avisa, eu com certeza eu vou ler.
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luh_perronita Postado em 28/02/2018 - 14:49:02
To amando essas capítulos finais, a mudança da Dulce é perceptível pq mesmo amando a Anie ela resolveu deixa-la por saber q são tóxicas uma para outra, amei muito essa atitude dela, a mudança para o bairro antigo me surpreendeu muito, que bom q ela finalmente se encontrou. Anahí por fim resolveu procurar uma terapia, ela tava precisando mesmo. Esse final da Sol me deixou em shook, morreu sem o perdão do pai, e Anahí acho q pode ate perdoar ela. To torcendo pra rubi encontrar alguém aaa. Tá acabando e estou sofrendo por isso aa. Eu espero que portinon fiquem juntas :((
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KIKI Postado em 27/02/2018 - 10:12:24
Camila trabalhando para a Sol,espero que ela roube-a.Eu queria que a Anahí terminasse sua vingança.Rubi voltou pra Dulce,que bom.Dulce está mesmo mudada,voltou para o seu antigo bairro.