Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.

Por autora...

Maite Perroni viu claramente quando Sol de La Riva descera dramaticamente do carro, sendo seguida por Dulce; Sol a olhou, a fulminando com os olhos em seguida. Porém, a mesma não se abalou, continuou a sorrir e fez posse para os fotógrafos que teciam elogios com a sua aparência. No início de sua carreira, a exposição tinha sido algo incômodo, mas com o tempo foi se acostumando, se escolheu essa profissão, sabia muito bem que era impossível ter uma vida totalmente privada.

Ela não deveria estar no velório de Klaus, muito menos se exibindo em um momento tão triste para a família, além do mais estava rompendo um contrato com uma marca famosa de cosmético para estar presente hoje. Já que deveria estar em Paris gravando o comercial... Tentara mudar a data do comercial, porém, a marca estava irredutível com a mudança, sem opções, Maite optou pelo velório do Klaus, mesmo que isso a rendesse uma pequena fortuna de multa por quebra de contato.

Mas, por ela fazia tudo. O que era uma pequena fortuna comparada com o sentimento verdadeiro de uma grande amizade?

Absolutamente nada.

Apesar de estar no auge e mais rica do que antes, Maite continuava humilde, com os pés no chão. Pessoas soberbas continuavam no topo de sua lista de repugnância, ao lado do nome de Sol de La Riva.

O fato de ter que olhar para Sol e estar no mesmo espaço que Dulce María, deixava a Maite enojada, mesmo estando para entrar na casa de Deus. Apesar de ter se passado doze anos, nunca iria superar a sensação da notícia da morte de Anahí. Fora um choque que a deixou sem forças. Ficara muito abalada e protelou a ida para Universidade, ajudara na busca e quando a equipe de regaste anunciara a morte de Anahí, foi como os órgãos de Maite tivesse sido arrancados por uma pinça.

Ela sofreu demais com a morte da amiga e as únicas pessoas que culpara tinha sido Dulce e Sol.

Cultuou dentro de si muito tempo o ódio e a revolta de que Dulce e Sol estivesse vivendo as suas vidas em Nova York como se nada tivesse acontecido, enquanto, a Anahí jazia em algum lugar do fim do Oceano. A sua revolta durou por vários meses, a impedindo de se concentrar completamente na Universidade, até que recebera um e-mail.

Bem, aquele e-mail mudara tudo...

E Maite pode voltar a viver novamente.

Esses dozes anos fora muitos bons para ela. Além do reconhecimento profissional, tinha vivido grandes aventuras amorosas. O seu romance com o Poncho não sobrevivera á Universidade, eram muitos conflitos, muitas pessoas se intrometendo, mas eles, sempre que bebiam um pouco á mais, acabavam na cama se amando... Sim, o Poncho fora o primeiro de Maite, o primeiro na cama e o único em seu coração.

Ela tivera várias paixonites ao longo da vida, mas nada que passasse de alguns meses. Namorara com vários artistas, apenas dois que se tornaram sérios. O resto não passara de affair, o que poderia fazer? Era namoradeira e gostava muito de sexo. A imprensa que adorava mais ainda esse jeito de Maite pois sempre tinham alguma fofoca nova sobre ela.

O Poncho também não ficara atrás em relacionamentos, era preferido das mulheres hollywoodianas. Para irritação de Maite que parara de ler as fofocas sobre o Poncho. Morria de ciúmes dele e raiva também por ele não consegui guardar o pa*u dentro das calças.

A última vez que vira o Poncho fora á dois anos atrás quando o expulsou do seu apartamento depois de uma briga por ciúmes. De ambas as partes. Depois disso, afundou-se no trabalho e em outros corpos. Tudo estava indo bem, até saber de uma notícia que finalizou de vez o romance com o Poncho. Bom. Era o que eles achavam.

Maite colocou as mãos na cintura, deixando as dobras dos seus dedos em evidência, no anelar direito encontrava-se um anel com um pequeno solitário, sabia que isso teria repercussão no dia seguinte. E era isso o que ela queria.

Estava vestida com elegância num vestido negro na altura dos joelhos com um decote discreto em V e suas sandálias de saltos altos azuis. Sim, era um velório, mas um sapato de cor não pegaria tão mal assim...  Como era muito bonita sem maquiagem, Maite buscava preservar a sua beleza natural e usava o mínimo de maquiagem. Apenas rímel e batom cor nude. Os seus cabelos estavam voltados para trás, presos na parte superior e a inferior solto em cachos grossos. Usava pequenos brincos de ouro para completar o visual.

Sol subiu as escadas, estava quase aproximando de Maite...

– Com licença, queridos. – Maite pediu com amabilidade e virou-se para adentrar a igreja.  

A Catedral estava lotada, muitas pessoas importantes, mas deparou-se com Rubi Perez... Elas não estavam de frente uma para a outra, mas próximas o suficiente para se encararem.

Maite arqueou a sobrancelha esquerda em questionamento para o olhar da outra. Fazia exatamente doze anos que tinha visto a Rubi pela a última vez e a lembrança que tinha dela era da mesma drogada exibindo um vídeo do Poncho. Não tinha mais raiva de Rubi e admitia que ela estava muito bonita, sempre foi na realidade.

Uma coisa que Maite descobriu nesse meio tempo que era bissexual. A Universidade fora ótima para lhe ensinar a descobrir o seu próprio corpo e suas vontades. Rubi continuava muito atraente, mais do que antes, e Maite não iria por nenhum obstáculo caso a Rubi desse em cima de si. Por uma noite até que Rubi poderia ser aproveitada.

Porém, a sua atenção foi totalmente desviada de Rubi quando viu a Dulce passar bem próxima de si. Maite sentiu o corpo tencionar, sua vontade era de bater em Dulce até que a mesma sentisse um pouco da dor que causou a Anahí.

– Maite Perroni! – Uma mão grande a segura pelo braço, a assustando um pouco com a abordagem. – Há quanto tempo, se lembra de mim? Manuel Velasco.

Maite olhou para o Velasco sem acreditar. O que ele estava fazendo ali? Não acreditava que ela também tinha o convidado. Logo ele? O político corrupto? Por Deus. Era um velório, e não uma festa!

– Claro, Manuel Velasco. Como eu poderia esquecer quando o seu nome está estampando sempre nos escândalos de corrupção? – Maite pergunta afiada, se tinha uma coisa que detestava era político e a cima de tudo, corrupto.

Manuel sorriu sem graça. Não imaginava essa recepção vindo da Maite, achava que estavam no mesmo grupo, mas pelo jeito, estava se equivocando.

– Apenas especulações. Mentira da mídia para derrubar um bom governo. – Ele se defende e busca um lugar para se sentar, queria ficar no meio dos altos políticos.

– Você está vendo algum palanque armado aqui? – Pergunta ácida, olhando de um lado para o outro, por fim, parar o olhar nele. – Não né? Então, não precisa me explicar o inexplicável. Estou aqui por um motivo e com certeza não diz respeito a tua carreira política.

– Muito amável, Maite. – Manuel sorrir de lado.

Quem faltava mais aparecer? O Poncho? Se o Poncho aparecesse na sua frente, iria matá-lo e não importava se tivesse muitas testemunhas.

– Saiam agora do velório do meu pai, vocês não foram convidados e não são bem vindos! – Sol aparece, soltando veneno pela boca, apesar de falar baixo.

– Formos convidados. – Manuel e Maite falam ao mesmo tempo.

– Não foram! – Sol diz irritada. – Jamais que eu permitiria que viessem a uma cerimônia tão intima e particular da minha família!

– Então, houve um equívoco, minha querida. – Maite responde calmamente. – Primeiro: Isso aqui é um velório e não uma festa que precisa ter o nome na lista para se entrar. Segundo: Se estamos aqui, não é por diversão, estamos como apoio e tenha certeza que não é pra você e muito menos a sua mãezinha ou noiva. Terceiro: Se você não tem um pouco de respeito pela memória do teu pai, eu tenho... Por tanto, não vou ficar discutindo com você. Com licença.

Maite saiu deixando a Sol espumando pela boca. A morena procurou um lugar para se sentar e ficou com os olhos fixos no caixão que estava fechado, com a bandeira dos Estados Unidos em cima e uma foto na moldura de ouro do Klaus em cima da tapa. O acidente fora tão trágico que o caixão tinha que ser fechado.

A loira olhou para o Manuel que ficou parado, sem nenhuma intenção de se mover. Ele continuava esquisito, parecia o Ken, esposo da Barbie.

– É... Eu vou me sentar. – Manuel disse sem graça. – Meus pêsames!

Sol virou-se abruptamente com o rosto vermelho de tanta irritação. Buscou se recompor, estava no velório do seu pai. Mas o seu humor estava péssimo, principalmente por odor de álcool que sentia vindo de Dulce. O fato de sua noiva ter passado com a Megan a noite, e a briga no hotel, só a deixou mais furiosa.

Desde quando tinha perdido o controle por Dulce?

Se é que um dia teve.

Caminhou até a primeira fileira, e sentou ao lado de sua mãe. Serena chorava descontroladamente, recebendo as condolências das pessoas. Se portava como uma verdadeira viúva, ninguém questionaria sobre isso. Porém, por debaixo dos panos, os amigos próximos de Klaus sabiam que a Serena não passava de uma impostora que a dona do coração do Klaus e a primeira-dama era outra.

A revista People estava escancarada nas bancas para todos que quisessem ver. Mas ao que parece, a família De La Riva não tinha conhecimento ainda dos fatos. Os presentes também não dizia nada e deixava que Serena bancasse a viúva, mas se ela, bem, se elas soubessem...

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