Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.

Por Dulce...

Se antes o meu estômago não estava nada bem. Ficou muito pior com o choque da informação de Anahí, sentia a dor se radiando do meu estômago para o fígado, causando-me uma sensação tão horrível que a minha pele estava rançosa e o suor escorria frio pela minha testa e também pelo o meu corpo. Sinto que a qualquer momento vou me desintegrar.

Depois de ter acordado com uma ressaca monstruosa e ter aturado os gritos e neuroses de Sol. A única coisa que apaziguava o meu estado de ânimo era a leitura do testamento. Ter sofrido o impacto da presença de Anahí não me fizera nada bem. Ela me deixava tonta com a sua força natural, com o seu cheiro e sua altivez.

Minha ficha ainda não tinha caído que ela estava viva. Tanto que durante a noite em que mais agonizei sobre o álcool do que dormir, sonhei com a mesma, no mesmo contexto de noites anteriores: Morta-viva e me sentenciando.

Demorarei mais do que um dia para me acostumar com o baque no coração sempre em que ela aparecer em minha vida, exibindo vitalidade, beleza e as curvas sinuosas e provocativas do seu corpo.

Hoje, ela está espetacular... Não consigo tirar os meus olhos dela. É uma imã para mim, sinto a força da física agindo entre nós e me sugando para o seu mundo tão paralelo ao meu. Mesmo diante da confusão, de Sol e Serena gritando horrorizadas pela revelação, mesmo com o meu próprio choque e ciúme por ela ter se entregado e casado com Klaus de La Riva, com o pensamento de “Como ela pode?”. Não consigo parar de olhá-la e contemplá-la...

Anahí realmente tinha se transformado como a piegas estória do Patinho Feio. Não era mais aquela garota esquisita e franzina... Bem, nem tanto franzina, lembro-me muito bem do seu corpo no biquíni no acampamento... Em que ela mostrou que o seu corpo tinha sim, curvas. O seu corpo nu esparramado em minha cama... Mas hoje... Nada se compara. Ela cresceu, e nos lugares certos e pecaminosos. O meu corpo reage, mesmo adoecido, sinto a pressão do desejo fazendo os meus batimentos cardíacos se alterarem violentamente. As pessoas ao meu lado se desfoca e apenas Anahí é o foco do meu olhar. Apesar de me sentir traída e ferida por seus atos, ainda assim, não consigo não olhá-la...

Apesar de toda afronta de Sol, e os impropérios soltados por Serena, Anahí continuava com a sua expressão debochada e com um sorriso no canto dos lábios, como se tivesse se divertindo muito com tudo isso... Anahí passou a mão pelos os cabelos, fazendo com que os cachos emoldurados se rebelassem um pouco e deixasse o seu rosto mais sexy, quase selvagem... Os cachos castanhos iluminados caiam como cascatas pelos seus ombros e costas, atingindo a altura da cintura.

Observo-a com atenção... Usa uma blusa colada de mangas compridas com decote profundo que revela as curvas dos seus seios fartos e também um pouco da sua cintura que se escondia por dentro da calça de alfaiataria negra de cintura alta. Diferente da blusa, a calça é bem soltinha, lhe dando um ar elegante. Está de pernas cruzadas e dá para ver claramente os seus sapatos de salto agulha de 10 cm. Um lindo Jimmy Choo. Todo em preto e branco com detalhes em ouro.

Os meus olhos percorre-a dos pés a cabeça... O seu rosto está bem maquiado e impecável, perco-me um pouco em seus lábios, recordando-me dos seus beijos cálidos, será que beija da mesma forma? Será que o toque dos seus lábios seria capaz de me fazer ir ao céu como antes? Quanta pergunta desnecessária quando estou aqui, morrendo de amor, de ciúme e de vontade. De tocá-la, de ter um minuto á sós com ela. O meu olhar desce um pouco mais, então, arregalo os olhos involuntariamente ao ver algo que desde então, não tinha percebido. Mas como não?! Está bem nítido, mas tinha me passado despercebido por ficar presa em seu rosto...

Ela tem uma tatuagem! No vale dos seios... Uma adaga cravada em uma... Vejo... O que vejo? Olho com mais atenção e descaradamente, imaginando o quão sexy deve ser a tatuagem exposta sem nenhum empecilho. Empenho-me em descobrir o que a adaga está cravada quando...

– Fogo. – Anahí fala de repente, olhando fixamente para mim.

– O quê? – Sol questiona perdida. Até a Serena que falava parou.

As três, inclusive o advogado olharam para mim. Anahí está com uma piteira de ouro entre os lábios e o cigarro apagado se encaixava bem na piteira. Rapidamente, dou-me conta do que se trata e me levanto, trêmula. Aproximo-me dela, retiro o meu isqueiro do bolso e com a mão desiquilibrada, sofro um pouco para acender o seu cigarro. Por*ra! Ela traga sensualmente a fumaça, invés de soltar a fumaça pelo nariz, faz pela boca, olhando-me profundamente e deixando-me revirada pelo avesso. A força do seu olhar é algo que nunca irei me acostumar, o azul-esverdeado parecia que iria me tragar a qualquer momento para dentro de si, e eu quero muito isso.

– É uma rosa. – Anahí diz do nada, demonstrando que mesmo que não tivesse me olhando, sabia o que eu estava fazendo. Sua mão direita desliza do seu pescoço até o vale dos seus seios, seus dedos acariciavam a sua pele macia e eu nunca me sentir tão ouriçada em toda minha vida e com inveja de uma mão.

Umedeço os lábios, meu olhar acompanha os seus dedos que brincam com a costura da blusa, em seguida, ergo o olhar e encontro os seus... Mais um choque, como se uma bomba tivesse explodindo dentro de mim e me sinto molhada e ao mesmo tempo seca. Como se eu tivesse em um deserto a muitos dias sem água e só a Anahí poderia saciar a minha sede.

Anahí rir, mostrando os seus dentes brancos e perfeitos. Não era um dos seus sorriso inocentes e sinceros de anos atrás, mas um sorriso sarcástico.

– Vocês estão de brincadeira comigo? – Sol grita, enfurecida e me empurra para trás. – Além de roubar o meu pai da minha mãe, você quer roubar a minha noiva, é isso mesmo?

Anahí solta uma gargalhada que estremece o seu corpo e o meu, por maneira distintas. A sua cabeça vai um pouco para trás, revelando o seu pescoço alvo e pronto para ser beijado.

Sua gargalhada se torna ofensiva para mim, e para a Sol.

Quando ela volta a nos olhar, não poderia estar mais divertida que antes.

– Eu não quero a sua preciosa Dulce María. Pode ficar com ela. Fruto estragado não me alimenta. – Anahí solta, gesticulando.

Sinto-me enfurecida com a sua resposta. Minha expressão se endurece, sinto vontade de dizer milhares de coisas, porém, não seria inteligente fazer isso, não na frente de Sol que provavelmente faria um escândalo. De repente, sinto novamente as sensações doentias do meu corpo e mesmo assim, anseio por uma dose de bebida. Minha tremedeira aumenta juntamente com a sudorese.

– Eu não sou um fruto estragado! Houve um tempo que eu estive bem madura para você. – Retruco sem controlar a minha língua.

Anahí revira os olhos, sem dá importância.

– Dulce! – Sol exclama, me olhando enciumada. – Por que pede o tempo com essa mulher?

– Porque você não me deixa respirar e ter alguma atitude sem ter que ser controlada por você? – Respondo com outra resposta, irritada.

– Por favor, senhoritas. – o advogado intervém pela primeira vez. – Estamos aqui para a leitura do testamento, peço que guardem os seus problemas amorosos para serem discutidos entre quatro paredes.

Sol se vira para ele com tanta rapidez que quase se desequilibrou.

– Não vai ter nenhuma leitura, enquanto, essa biscate... – Apontou para Anahí. – Estiver aqui! Só porque está com uma aliança e um solitário não significa nada!

– Concordo com a Sol. – Digo irritada e mais para irritar a Anahí que me olha com a sobrancelha esquerda arqueada. – Qualquer uma pode ir numa joalheria e comprar tais anéis.

Sol me olha com surpresa e satisfação. Não estou intervindo á favor dela, apesar de que se ela ganhar, eu também ganho. Mas estou falando por despeita sobre esse casamento e pelo o que Anahí disse anteriormente.

– Isso! Concordo com minha nora e minha filha. – Serena reforça.

Anahí olha pra a o advogado.

– Dr. Tavares, por favor... – Ela pede com calma.

O advogado abre a sua pasta e retira algumas folhas em que distribui para mim, Sol e Serena. Sinto uma gastura em meu estômago ao constatar que de fato, Anahí é casada com Klaus de La Riva.

– Ele casou com você também na igreja? Perante aos olhos de Deus? – Serena pergunta chorosa.

– Oh sim, em uma pequena e belíssima capela na Itália. Uma cerimônia memorável e romântica, se você quiser, mostro tanto o vídeo como o álbum do casamento. – Anahí confidenciou para a Serena como se fossem grande amigas.

Meu estômago deu outro baque e eu me sento, toda sem jeito na cadeira, enquanto, Sol parecia que teria um ataque cardíaco.

– Eu não aceito isso! – Sol diz entre os dentes.

– Você não precisa aceitar nada, Soledade. – Anahí comenta com tédio. – Está no seu direito, mas você não pode ir contra a realidade, e a realidade é que eu sou a sua madrasta e tenho todo o direito de estar aqui, ao contrário de outras pessoas. – Olhou significativamente para mim e Serena.

– O quê? – Serena explode. – Eu fui casada á mais de vinte anos com o Klaus! Tenho mais direito de estar presente que você e não ouse me expulsar! Eu não aceito e não admito!

– E eu sou noiva da Sol, futuramente iremos nos casar e dividi uma vida, posso não ter nenhum direito de estar aqui, mas estou como apoio de Sol! – Digo rapidamente.

– É isso mesmo! – Sol completa. – Se Dulce e nem minha mãe estiverem presentes, veto a leitura desse testamento!

O advogada olha para Anahí em busca de resposta.

– Quanto drama. – Anahí rir, e acena com a mão. – Podem ficar todas. Eu não faço a mínima questão. Até será divertido.

– Posso começar, então? – Dr. Tavares pergunta.

– Á vontade. – Anahí responde.

– Você pode até ter recebido algo do meu pai. – Sol resmungou para Anahí. – Ou metade de tudo, mas lembre-se, eu sou a única filha dele e você não vai ficar com tudo sozinha, continuarei rica e você terá que buscar outro milionário para dá um golpe.

Anahí pondera, despreocupadamente. É claro que a Sol está desinformada e não sabe que Anahí é extremamente rica e sem ajuda do Klaus. Antes da leitura do testamente, a empregada adentra o escritório trazendo café para quase todos, menos para mim que peço para mudar por uma dose de uísque ou conhaque, quando a bebida chega e eu viro de vez, sinto a bomba em meu estomago, mas ao mesmo tempo o prazer que isso me proporciona. Prazer que rapidamente passa ao sentir o olhar julgador de Anahí sobre mim, e nesse momento, me sinto apenas uma alcoólatra...

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