Fanfics Brasil - Sangre en los ojos ─ Capítulo dezenove. El sabor de la venganza... Portiñón, AyD.

Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.


Capítulo: Sangre en los ojos ─ Capítulo dezenove.

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Por autora...


 


 


Um gosto amargo estava presente na boca de Megan. Tudo porque viu os olhos famintos daquela mulher para a sua Dulce... Ela nunca se importou com a Sol, na verdade, achava que se pudesse assumir a Dulce, com certeza, Dulce largaria a Sol para ficar com ela. A questão era que, com o seu pai sendo um judeu rígido não aceitava homossexualidade. Infelizmente, o seu pai era extremamente preconceituoso e homofóbico... Ele tinha um futuro preparado para a Megan que ela protelava o máximo o possível para cumprir.


A única coisa que impedia da Megan roubar a Dulce de vez da Sol era isso... Sabia que se desobedecesse as ordens do pai, seria deserdada, e ela não suportaria viver na pobreza, nasceu em berço de ouro, cresceu na riqueza. Um vida que recebesse menos que isso era torturante demais, apenas de pensar. Por isso, tinha noção do que Sol e Serena poderiam estar sentido. Não era fácil. Mas também, isso não aumentava a sua empatia relacionada a Sol.


Enfim, não achava que a Sol pudesse ser considerada um perigo para o seu relacionamento com a Dulce, apesar da outra ser a oficial. Durante todos esses anos que teve um caso com a Dulce, nenhuma mulher abalou a sua paz ou despertou o seu ciúme. E olha que Dulce tinha uma longa lista de amantes passageiras. Porém, aquela mulher... Existe algo nela que a fazia ficar em alerta. Sentia o cheiro de perigo que emanava daquela mulher, era algo tão palpável que fazia os seus pelos se arrepiarem.


Também, o modo que Dulce María olhava para aquela intrusa, deixava o estômago de Megan embrulhado e o ciúme a atingiu em cheio. Durante todos os anos, nunca tinha recebido aquele olhar vindo de Dulce... Era recheado de paixão, e amor?


A mulher exibia confiança e sensualidade em cada passo que dava. O vestido branco era elegante, sexy e justo, de mangas compridas e com uma fenda que se abria graciosamente enquanto ela caminhava, exibindo as pernas torneadas e bronzeadas. O decote profundo também chamava atenção, principalmente pela tatuagem exposta. Dava pra saber que aquele vestido era caríssimo e de seda importada. As sandálias prateadas com pequenos diamantes cravados nas tiras também era algo espetacular.


Percebeu o transtorno no rosto de Dulce quando o homem beijou a mulher. Parecia que tinha sido atingida por um soco de tão pálida que ficou, palidez que foi substituída por uma vermelhidão. Nunca tinha visto a Dulce dessa forma, era algo inesperado e desagradável.


– Quem é essa mulher? – Megan pergunta para a Rubi que estava ao seu lado, assistindo a cena.


– Anahí Portilla de Lippucci. – Rubi falou em tom divertido. – A viúva de Klaus. A Condessa da Itália. Todos esses títulos que nunca teremos.


Então, Megan Fox reconheceu a Anahí... É claro! Tinha visto as fotos dela na revista People, porém, pessoalmente a mulher era mais linda ainda. Como era possível alguém ser tão belo desse jeito? A inveja envenenou o sangue de Megan que odiou a Anahí de pronto.


– E por que a Dulce está tão vidrada nela? – Perguntou com irritação.


Rubi abriu a boca para responder, mas estão se calou e sorriu de lado. Por um momento, quase contou a Megan o porquê. Mas era uma coisa que Dulce tinha que fazer, e não ela.


– Isso você tem que perguntar a própria Dulce. Eu vou pegar um drinque e tentar a sorte em alguma caça-níquel. Acho melhor você segurar a Dulce, ela está preste a fazer besteira. – Rubi avisou com cordialidade e se retirou sorrateiramente.


Megan voltou o seu olhar para Dulce. Ela estava tremendo e tinha os punhos cerrados. Os seus olhos pareciam bilhar em labaredas de ódio. A hostilidade atingiu em cheio a Megan, principalmente quando tocou no braço de Dulce e Dulce a encarou com fúria.


– O que você quer? – Dulce rosnou, á um passo do descontrole.


Faltou um triz para Megan hesitar, nunca tinha visto a Dulce daquela forma e não conhecia essa mulher a sua frente. Sabia do gênio de Dulce, tinha convivido por muitos anos com ele, porém, nunca presenciou esse comportamento. Era algo novo e perturbador, principalmente a se dá conta do ciúme que pipocava dos olhos e dos pores de Dulce.


– Quem é essa mulher? O que ela representa pra você e por que está tão furiosa dessa forma? – Megan soltou, magoada. Dulce tentou puxar o braço, mas a Megan segurou mais forte. Impedindo-a de se movimentar. Isso a deixou mais furiosa ainda. Segurou o punho de Megan e apertou, causando dor e desconforto na outra. – Eu não aceito isso, ouviu Dulce? Seja lá o que você estiver sentindo, eu não aceito! Não serei humilhada publicamente por ti. Eu não sou a Sol para aguentar o seu desrespeito!


– Tem razão. Você não é a Sol, não é ninguém. É apenas a minha amante! – Dulce soltou ríspida.


Uma bofetada teria doído menos, Megan soltou o braço de Dulce e deu um passo para trás. As palavras a atingindo em cheio, deixando-lhe mais magoada e com o orgulho ferido. Dulce nunca tinha falado assim com ela antes, ter recebido essa resposta fez um rebuliço desagradável dentro de Megan.


– Quer saber de uma coisa? Vou beber! – Dulce anunciou, sem se importar com os sentimentos da outra. – Essa festa se tornou insuportável.


Megan deixou a Dulce ir, observando-a partir em silêncio e a sensação de prepotência atingiu a morena. Sentiu que tinha perdido a Dulce e nem tivera tempo de lutar...


**


 


Alfonso estava animado! Olhava ao redor, indeciso, tinha tantas opções de jogo que não sabia por onde começar. Tentou compartilhar a felicidade com a sua esposa, porém, Diana estava com o semblante fechado, agindo como se tivesse em um velório.


Quando a viu de cara feia uns minutos atrás, decidiu que iria ignorar para não se estressar, só que o mau humor de Diana estava á ponto de lhe contagiar e ele não queria isso. Queria terminar a noite em paz e compartilhar de um bom momento com a esposa, mas parecia que isso não iria acontecer.


Com um longo suspirou, virou-se para a esposa.


– O que aconteceu dessa vez? – Perguntou por fim. Não queria um DR, só queria saber o que estava incomodando a Diana para tentar seguir com a noite sem maiores dramas.


– “Ponchito mi amor”. – Diana imitou muito mal a voz de Anahí, fazendo o marido arquear as sobrancelhas. – Quanta intimidade. Quanto tempo faz que você conhece essa mulher?


Ele quis puxar os seus cabelos ao ouvir e perceber o ciúme descabido da esposa. Como ela tinha essa proeza de transformar o nada em tudo?


– Essa mulher se chama Anahí, não a trate como se fosse uma qualquer. É uma grande amiga do tempo do colegial. A conheço á muito anos e a cima de tudo, muito primeiro que você. – Poncho respondeu, tentando não ser grosso, mas ás vezes, era impossível.


Diana retrucou, ficando mais carrancuda do que o habitual. Para ela, não importava se fizesse mil anos que a Anahí conhecesse o Poncho, aliás, nenhuma das amigas. Ela não gostava que nenhuma tivesse intimidade com o seu marido, e muito menos que o tocasse.


– Ela tocou em você. – Cuspiu enciumada. – Na minha frente! Não teve respeito por mim e pelo o nosso matrimonio.


Poncho fez uma retrospectiva em sua mente. Perguntando-se em que momento a Anahí tinha o tocado, além do abraço, mas não era disso que a Diana estava se referindo, logo se lembrou que antes de sair, Anahí tocou em seu braço, algo rápido num gesto amigável sem nenhuma conotação sexual.


– Você está assim por que a Anahí tocou em meu braço? Sério mesmo, Diana? Sério que você quer estragar a por/ra da noite por um tocar no braço? – Poncho perguntou impaciente.


– Eu não gosto de suas amiguinhas! Principalmente as “dadas” que se aproveitam da situação. – Diana resmungou. – Ela está se sentindo uma rainha e não gostei da postura altiva dela.


– Anahí não é minha amiguinha, é uma grande amiga que passou por maus bocados para estar aqui. Você não a conhece, então, não a julgue. Ela não tem culpa de suas neuras e muito menos por ser autoconfiante como pessoa. – Poncho soltou, irritado. – Anahí é uma excelente pessoa, tão melhor do que eu e você juntos, e quero que a respeite!


– Ainda defende ela? – Diana pergunta com raiva.


– Defendo-a. – Poncho faltou alto, chamando atenção de algumas pessoas. Então, passou as mãos nos cabelos, os bagunçando. – Você acabou de estragar a minha noite!


– Eu quero ir embora! – Diana exigiu. – Agora!


– Quer ir? Então, chamarei o táxi para levar você para a casa dos meus pais. Eu ficarei aqui, vim para me divertir e tentarei resgatar a noite perdida pelos seus dramas. – Poncho disse simples.


– Eu não vou pra casa dos seus pais sozinha! – Diana disse com ultraje. – Se você vai ficar, eu também ficarei.


– Pois trate de mudar essa cara, porque eu não vou ficar do seu lado assim.


Diana respirou fundo, e controlou a vontade de gritar. Odiava quando o Poncho não fazia as suas vontades. Ele sempre a acostumou muito mal em sempre atender as suas exigências. Vê-lo se declinar e nega-se dessa forma era algo que ela não sabia similar muito bem. Tentou mudar o seu semblante e acompanhou o seu marido para uma mesa de baralho.


Algumas pessoas cumprimentaram o Poncho, e ele as apresentou a esposa. Diana tentou ser simpática, mas a realidade, era que estava extremamente cansada e queria apenas voltar para a casa dos seus sogros e dormir. Não gostava muito de festas, principalmente as agitadas. Também não curtia jogos de azar, não tinha reclamado ainda por que sabia que tudo era por conta da casa, como a Anahí tinha dito.


Essa mulher deve ser muito rica, pra permitir que as pessoas jogassem e ganhassem dinheiro ás suas custas, pensou Diana. Mas, logo percebeu que essa regalia era apenas para o Poncho. Já que os outros convidados depositavam os seus dinheiros. Novamente o ciúme imperou. Muita bondade para uma simples amiga, não é?


Decidida não irritar mais o Poncho que tinha voltado a se animar e bebia uísque, Diana olhou ao redor, as pessoas estavam bem vestidas e produzidas. Sentiu-me muito mal vestida perto daquelas pessoas. Não era uma mulher dada á vaidade. O seu marido gostava dela daquela forma, simples e natural. Julgava aquelas mulheres arrumadas demais, vulgares e fúteis.


– Essa foi por pouco. – Poncho uivou, chamando atenção da esposa. Quase tinha ganhado o jogo e era uma rodada de duzentos mil dólares. – Quase ganhei. – Explicou a esposa.


– Ainda bem que não perderemos nada com esses jogos. Não imagino duzentos mil dólares saindo da nossa conta por futilidades. – Diana disse, recebendo um olhar de lado do Poncho. Ela também controlava a conta bancária e fazia o orçamento de um dólar que saísse de lá. – Poncho, eu... Ai! – Diana gritou. – Sua louca! – Alguém tinha derramado bebida no vestido de Diana, e isso quase a enlouqueceu. – O meu vestido, você manchou!


– Desculpa... Eu não tinha visto você. – A pessoa respondeu com a voz divertida e bêbada. Ela olhava para trás, apontando para o carpete. – Tropecei naquele danado ali, e... – Olhou para Diana e a sua voz morreu. – Poncho... – A voz saiu com um assombro.


– Maite! – Poncho respondeu, num assombro igual ou até maior do que a própria Maite.


Diana que antes estava preocupada com o seu vestido. Agora observava a reação do dois, com mais raiva ainda. Essa Maite parecia muito pior do que a tal da Anahí. Ela não aguentava mais esses encontros do “passado”.


– Deixe-me adivinhar, outra amiguinha? – Diana perguntou com sarcasmo.


 


**


 


O impacto tinha sido forte.


Maite não esperava encontrar o Poncho. Nem hoje, nem amanhã ou talvez, nunca. Cogitou a hipótese de isto acontecer em algum dia, mas não esperava sentir o bolo de emoções que a atingiu em cheio. Deixando-a sem palavras. Queria fugir, encarar os olhos esverdeados inflamava as suas feridas e despertava algo forte e destruidor em seu peito. Algo que jurou a si mesmo que não sentiria mais, ao menos, não por ele.


Os sentimentos ficaram à flor da pele. Tanto nela, como no Alfonso que sentia a mesma turbilhão de emoções. Era muito difícil ficar na frente um do outro e não sentir a imensa vontade de se tocar, de se beijar... Tiveram uma história forte, que era muito difícil de apagá-la das memórias. E se verem, restaurava as lembranças que estavam presos no fundo de suas mentes. Era difícil, e muito complicado.


E ele estava miseravelmente lindo. Será que ele tinha noção de como era sexy com aquela barba e os cabelos desgrenhados? Achava que não. Ele usava uma camisa de camurça preta, uma calça social também preta e tênis. Ela quis saber se ele estava usando uma de suas meias esquisitas, que no passado implicara tanto, mas que hoje em dia, sentia muita falta.


As lágrimas quiseram vir as bordas. E ela tentou não demonstrar o quanto estava abalada com aquele reencontro. O efeito do álcool tinha evaporado do seu corpo, deixando apenas uma dor de cabeça latejante. Iria matar a Anahí por não ter a avisado que Poncho estava no Cassino. De duas, uma: Ou teria ido embora ou teria se preparado. Odiava ser pega de surpresa! O seu olhar se manteve fixo no olhar do Poncho tempo o suficiente para sentir um estralo dentro de si, era o seu coração se quebrando em mil pedaços. Novamente.


O tom de voz de Diana a despertou do transe. Olhou para a mulher na sua frente, pequena e insignificante, mas que despertou muita raiva em Maite. Aliás, era aquela mulher que estava com o Poncho. E não ela.


– Amiguinha? – Maite perguntou, ativando a atriz que existia dentro de si.


– É que encontramos com a Anahí mais cedo. – Poncho se apressou em dizer.


– Ela é a dona do Cassino. É claro que encontraria. – Maite respondeu seca.


– Então. Diana... Essa é a Maite, minha amiga de longos anos. E Maite, essa é... – Poncho sentiu um bolo na garganta, principalmente com o olhar que Maite o passou. – Diana, minha esposa.


– Ah sim. – Maite respondeu com um sorriso falso.


Diana entrelaçou o seu braço no do seu marido. Tinha odiado a Maite também, porém, a sua intolerância era maior com essa do que com Anahí. A hostilidade foi mútua.


– Querido, você não me disse que tinha muitas amigas do passado. – Diana comentou com falso humor na voz. – Se esqueceu delas ou não me contou por não serem importantes? – O olhar de Diana saiu do Poncho para Maite.


Petulante! Maite pensou. Sua vontade era de tirar aquele sorrisinho com murros.


– Ou, talvez, ele tenha achado que você não fosse importante o suficiente para compartilhar algo tão... Íntimo. – Maite rebateu com a voz doce, então, olhou para o Poncho. – Não é mesmo, querido?


O desconforto do Poncho foi algo bem palpável. O clima ficou pesado. Diana fuzilou a Maite com o olhar, sem acreditar na ousadia da outra. Maite continuou com a sua postura e um sorriso debochado se formou em seus lábios pintados de vermelho.


– Onde está o seu noivo, Maite? – Poncho perguntou de repente sem se controlar ao ver o solitário no dedo direito dela. – Aliás, parabéns pelo noivado, um grande passo com um grande homem. – Disse com ironia. – Não esperava menos de você.


Diana se perdeu na conversa. Principalmente com a risada de Maite que não poderia ser menos venenosa. A morena parecia que a qualquer momento iria atacar.


– Engraçado que o que esperamos um do outro supera as expectativas. – Maite disse com deboche e o seu olhar caiu em Diana. – Ou não. – A ofensa não passou despercebido por Diana que ficou avermelhada, enquanto, o Poncho se mantinha sério. Queria tanto calar aquela boca ácida de Maite. Mas sabia que se aproximasse dela, poderiam ser expulsos por ato obsceno. – Mas, respondendo a sua pergunta, o Marcos está em uma reunião de trabalho, como deve saber, ele é um empresário muito importante. Talvez, ele apareça aqui...


Mentiu. Ela não sabia onde estava o Marcos. Provavelmente, estava a traindo em qualquer festa da vida. Mas isso não a incomodava, não tinha nenhum sentimento pelo o seu noivo.


– Claro. Como eu disse antes, um grande homem. – Poncho sorriu mostrando os dentes. Um ato até assustador. – Feito, ideal para você.


– Ás vezes, temos o que merecemos. Ou agarramos á qualquer lixo por desespero, não é, Poncho? – Maite perguntou serena.


Poncho apertou os olhos. As indiretas sendo lançadas como flechas de veneno. Isso, a Maite sabia fazer muito bem.


– Amor, o que você acha de irmos jogar dados? – Diana perguntou ao marido, querendo o mais rápido sair dali. O ambiente era tóxico. – A sua amiga Maite não importa de ficar sozinha, não é?


– Ah, mas eu não estou sozinha... – Maite olhou para o lado e viu que Rubi se aproximava com o celular na mão. Não sabia que Rubi também estava na festa, e estava muito bonita por sinal. Usaria o útil com o agradável. Puxou a Rubi pelo braço. – Eu estou com ela!


Rubi de primeiro se assustou com a abordagem, mas ao perceber que era a Maite que tinha lhe puxado, a sua expressão foi de puro prazer, principalmente ao perceber que o Poncho estava á sua frente, e olhava para as duas com ódio. Aproveitou para abraçar a Maite de lado... Talvez, a sua fantasia de ficar com a Maite seria mais rápido do que ela imaginava!


– É! Ela está comigo! – Rubi disse com alegria.


Poncho bufou. Os anos tinha se passado e Maite continuava a mesma, pelo jeito. Ou até pior. Decepcionado, e irritado, ele se retirou com a Diana sem dizer nada, mas olhou para trás, encontrando os olhos nebulosos de Maite. Isso não ficaria assim...


 


**


 


Manuel Velasco sentia-se sortudo.


Não por beijar a Anahí. Mas por saber que o seu amigo – que tinha entrado com ele no Cassino ficara empenhado de capturar com o celular uma foto desse momento entre ele e Anahí.


Venderia anonimamente a foto para algum site de fofoca. Queria que ficasse estampado em todos os lugares um possível envolvimento entre ele e Anahí Portilla de Lippucci, a Condessa.


Era de suma importância que a notícia se propagasse como o vento. Ele estava precisando de popularidade. O seu mandato estava por um fio, o partido estava considerando outro candidato para lançar como presidente.


E ser presidente era a maior gana de Manuel.


Infelizmente, os porcentuais pré-eleitorais não estava o ajudando. Menos de 14% da população de Chiapas simpatizava com o seu governo. O seu cabo eleitoral estava se ruindo. Precisava da imagem de Anahí para se erguer. Talvez, os pensamentos dos leitores mudariam quando vissem que ele estava em um “relacionamento” com a renomada médica e Condessa Anahí Portilla de Lippucci. Só o sobrenome italiano de Anahí iria trazer uma grande carga, juntando com as beneficências e o desejo profundo de sempre ajudar o próximo, iria alavancar as pesquisas á favor de Manuel, é claro.


Só esperava que Anahí não negasse algo. Aliás, ela devia a ele. Ao menos por fazê-lo de palhaço e não retornar as suas ligações nesses dias. Ele esteve presente do Klaus com o intuito de apoiá-la. Ela poderia fazer o mesmo se mostrando complacente.


O beijo foi interrompido abruptamente. A expressão de Anahí não estava as melhores, os olhos azuis estavam gelados, quase um iceberg. Não parecia nada contente com o súbito beijo. Porém, Manuel faria novamente se por ventura, o amigo não tivesse batido a foto. Sorrateiramente, olhou na direção do amigo que sorria abertamente e fazia um sinal positivo com o polegar.


– Annie, eu... – Manuel começou, mas foi interrompido por ela.


– O que estava pensando ao me beijar? – Anahí perguntou irritada. – Nunca tivemos esse tipo de intimidade antes.


– Desculpe-me. Eu a vi tão linda e exalando sensualidade que não me segurei, tive que beijá-la. E como você é solteira...


– Viúva. Sou viúva, e o meu marido morreu menos de setenta e duas horas. – Anahí silabou. – Acho muito imprudente você me abordar dessa forma pode ocasionar questionamento errôneos das pessoas.


Não que Anahí se importasse com o falatório das pessoas. Até porque tinha ido de vermelho ao velório do marido, não tinha comparecido ao enterro e ainda por cima, estava dando uma festa. Tudo isso renderia comentários por si só. A questão “x” era que Anahí não queria o seu nome vinculado ao de Manuel. Seria vergonhoso com o histórico de corrupção dele. Arrependia-se por ter colocado o Manuel em seus jogos. Ele parecia um carrapato que grudava na pele e só saia depois de sugar sangue o suficiente.


– Mais uma vez: Desculpa. Não pretendo fazer isso novamente. – Manuel disse, fingindo um arrependimento que não tinha. – Você não retornou as minhas ligações...


– Estive muito ocupada. A minha vida está uma correria.


– Eu sei, mas eu queria muito conversar com você. Assuntos de negócios. Espero que adentrar neste assunto aqui não a aborreça. – Manuel falou, a olhando atentamente.


Ela já estava aborrecida. E precisava fumar. Estava tentando deixar o vício. Lembrava muito bem como implicava com a Dulce María por ela fumar, só que Anahí tinha adquirido o hábito. Fumar era terapêutico, de maneira errada, mas era. Assim como o álcool. Olhou em volta até que encontrou um funcionário que estava prestando atenção nela, fez sinal com os dedos, sinalizando que queria um cigarro... Ele meneou a cabeça e foi a procura dos cigarros importados de Anahí.


– Estamos em uma festa, Manuel. Não quero tratar de negócios. – Anahí respirou fundo, vendo a expressão de decepção do Manuel. Por um momento, lembrou-se do menino franzino que sofria bullying no colégio e se compadeceu. – Mas se me disser diante mão do que se trata, talvez, amanhã possamos conversar sobre.


Manuel pigarrou, interpretando o político interessado no bem estar do povo.


– A questão é que Chiapas passa por uma grande crise econômica. Como você deve saber, é um estado muito pobre e o excelentíssimo Presidente não olha pelo meu estado. – Fez uma cara triste. – O rendimento financeiro do estado não é lucrativo e infelizmente, quem sofre com tudo isso é a população. Tenho ganas de construir dois hospitais de referências, um para a mulher e outro para as pobres crianças, mas falta renda... Queria tanto a sua ajuda... Se o seu coração se compadecesse pelos paupérrimos cidadãos de Chiapas, você como ninguém, sabe o que é precisar de atendimento e não ter um hospital especializado...


O rosto de Anahí ficou tenso com as últimas palavras de Manuel e ele quase pulou de alegria por saber que tinha atingido de alguma forma a Anahí. Queria muito que ela soltasse dinheiro, lucraria bastante se ela resolvesse construir em Chiapas. Desviaria milhões de dólares para a sua conta pessoal.


Anahí engoliu a seco, lembrando-se do drama que viveu com a sua mãe por ficar à mingua em um hospital público que não tinha verba o suficiente para o tratamento adequado. Sentiu-se meio deprimida, bem na hora que o seu funcionário chegou com a sua carteira de cigarro e sua piteira. Ele mesmo colocou o cigarro na piteira, e o acendeu quando a Anahí estava com a piteira entre os lábios. Ela deu o primeiro trago e sentiu-se melhor. Depois olhou para o Manuel. Queria muito ajudar eles...


– Ligue para a Camila e marque um horário. Essa semana terei dias muito corrido entre consultas e cirurgias... – A população de Seattle ao saber que Anahí Portilla, a renomada neurocirurgia iria atender no Riva XX, marcaram horários, a agenda estava super lotada. – Mas o encaixarei. Quero um projeto elaborada sobre os dois hospitais. – Manuel já estava sorrindo a esta altura. – Claro que se eu ajudar, os meus funcionários de confiança irão supervisionar e ter o controle dos gastos. Deus me livre que alguém desviasse o dinheiro para uso próprio, não é mesmo? – Anahí o alfinetou.


O sorriso de Manuel morreu. Ele não esperava por essa. Achou que ficaria livre, mas não iria se preocupar agora. Tinha que fazer uma maquete, tinha que planejar tudo, percebeu que apenas com dialogo não iria convencer a Anahí.


– Claro. – Respondeu seco.


Anahí apenas meneou a cabeça e se retirou. Deixando o Manuel parado, a olhando fixamente. Ela não sabia, mas tinha ganhando o ódio dele...


 




 Capítulo enoooooorme! Haha.


Muito veneno, muito ciúme e inveja rolando...


Acho que Diana e Megan vão morrer do coração e os jogos nem começaram. Haha




KIKI: O que se espera de uma mulher como a Sol? Absolutamente tudo. Tudo no seu tempo, como a própria Anahí disse. Pois é, Dulce tem que mudar de atitude, apesar que futuramente, vai ter dedo da Anahí nessas loucuras. Fernando e Blanca estão bem, na medida do possível, seguem doentes, mas tem o conforto de um bom lar. Diana é um porre! Só o Poncho que aguenta. Niko é mesmo, um anjo de criança, apaixonante. O sexo vem... Hahaha.


Biah_Herrera: Diana não sabe se vestir. Hahaha. A prova disso é os eventos que ela vai com o Poncho, é cada roupa que só Deus na causa e na glória, com tanto dinheiro, não procurou ainda um consultor de modas. Herroni soltando fogos e Portinon no empasse, próximo capítulo tem! Hahaha. Um cheiro.


Luh_perronita: Argh, para! Hahaha. Eu fico toda sem graça com os elogios, mas obrigada de montão. Você é uma das minhas leitoras antigas que está comigo desde o inicio, é muito bom saber que eu cativei a confiança e a leitura de vocês. Vou me lembrar desse elogio e do pedido quando eu estiver cabisbaixa e me achando incapaz de escrever uma linha da fanfic. Obrigada mesmo! NÓS ABOMINAMOS. O que me lembra que tenho block dele nas redes sociais. Adoro! Hahaha.



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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 349



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  • luh_perronita Postado em 09/03/2018 - 19:56:03

    Mais uma estória sua maravilhosa, amei tudo. Esse final foi muito perfeito aaa mais uma vez você conseguiu me emocionar com seu talento, a estória ficou ótima e que bom q mais uma vez o amor venceu o ódio sz estou muito feliz com a continuação de TL, amo mt ela, so perde pro meu xodozinho CTA aa

  • Kah Postado em 05/03/2018 - 16:06:50

    O que dizer dessa história? MDS. Todo esse trajeto de amor e vingança, e que bom que o amor venceu. Adorei a forma como você retrata os personagens e consegue fazê-los distintos uns dos outros e mostra a evolução deles na história, maior prova foi a Dulce, que encontrou seu lugar ao sol que mais que todos ali, aprendeu a viver e viver bem e Anahi que depois de ir ao fundo do poço, se reergueu, eu amo essa macumba que vc faz pra eu ficar vidrada nas histórias haha E no fim, elas precisavam se reencontrar sozinhas para então poder ter uma vida juntas. ESDLV foi foda e angustiante desde o início, meu pai que sofrimento kkkkk Mas ainda sim uma bela história. Minha Rainhaaaaaaa ♥

  • candy_mai Postado em 02/03/2018 - 00:44:27

    O que está predestinado a ser, será. Final digno de uma estória maravilhosa, como sempre digo não esperava menos de vc bebe... não querendo nada, quem sabe não tenha uma terceira temporada El Sabor... essa gravidez da Dulce da um gostinho de continuação, quem sabe num futuro não tão distante

  • KIKI Postado em 01/03/2018 - 23:59:27

    AAAA,fico uns dias sem ler,e é o final.Sol morreu,gostei.Camila se redimiu e devia ter pego algum dinheiro pra ela na falsificação dos documentos.Rubi e Megan,nunca pensei,mas é uma boa junção.Serena terminou seus dias em um manicômio.Fernando e Blanca que fofos.Maite e Poncho com seus Dan e Eloize:-) E o que dizer de portiñon?O amor supera tudo,e Dulce ainda fica grávida?É maravilhoso.Enfim,mas uma fanfic sua maravilhosa!

  • ..Peekena.. Postado em 01/03/2018 - 23:00:35

    Que lindo amei o final parabéns..

  • luh_perronita Postado em 01/03/2018 - 16:44:32

    Grito com o novo casal. Amei essa evolução delas, o afastamentos realmente foi essencial. Tomara que elas se acertem logo aaaa, ja imagino elas passeando no parquinho com o niko onwwwt tomara q eu explora a. Continua, a fic ta mt lindinha a

  • candy_mai Postado em 01/03/2018 - 00:29:04

    EU TÔ NO CHÃO, na verdade não esperava menos de uma estória escrita por vc, o meu vô me falou uma vez q só o amor não sustenta um relacionamento, esse tempo que elas tiveram foi essencial pras duas...

  • ..Peekena.. Postado em 01/03/2018 - 00:12:54

    Continua ansiosa para o próximo Capítulo tô amando fanfic.. Se você for postar outra Fanfic me avisa, eu com certeza eu vou ler.

  • luh_perronita Postado em 28/02/2018 - 14:49:02

    To amando essas capítulos finais, a mudança da Dulce é perceptível pq mesmo amando a Anie ela resolveu deixa-la por saber q são tóxicas uma para outra, amei muito essa atitude dela, a mudança para o bairro antigo me surpreendeu muito, que bom q ela finalmente se encontrou. Anahí por fim resolveu procurar uma terapia, ela tava precisando mesmo. Esse final da Sol me deixou em shook, morreu sem o perdão do pai, e Anahí acho q pode ate perdoar ela. To torcendo pra rubi encontrar alguém aaa. Tá acabando e estou sofrendo por isso aa. Eu espero que portinon fiquem juntas :((

  • KIKI Postado em 27/02/2018 - 10:12:24

    Camila trabalhando para a Sol,espero que ela roube-a.Eu queria que a Anahí terminasse sua vingança.Rubi voltou pra Dulce,que bom.Dulce está mesmo mudada,voltou para o seu antigo bairro.


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