Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.

Por Anahí...

– Mamãe! Mamãe! Acorda! Está nevando, mamãe!

Escuto a voz do meu filho um pouco distante, enquanto, estou entorpecida pelo sono. O meu colchão balançava insistentemente, fazendo o meu corpo balançar por igual, logo descubro que o que me fazia balançar com tanta insistência não era de fato o colchão, mas as mãos pequenas do meu filho que chocalhava os meus ombros no intuito de me despertar.

Abro os meus olhos de pronto. A decoração do quarto me surpreende por uns segundos e pergunto-me onde estou, até que me lembro que estou na mansão dos Riva. As memórias voltam para a minha mente. Mas é claro. Suspiro pela primeira vez ao recordar de tudo, e sinto a necessidade de um cigarro, mas ao olhar para os olhos negros e brilhantes do meu filho, a necessidade passa rapidamente.

– O que foi, filho? – Pergunto com a voz rouca, ainda sonolenta.

O meu corpo está quebrado e sinto dor em cada pecadinho e músculo. Passei dezoito horas em pé, numa cirurgia de remoção de tumor extremamente complicada, mas que no final, obtive sucesso. Ao menos, o tumor e as terminações nervosas do paciente estavam salvas. Outra necessidade me veio à mente: Um relaxante muscular.

– Está nevando! – Niko disse empolgando, me puxando pelo braço. – Vem ver! Está nevando, mamãe!

Levantei-me com a agitação do meu filho, sentindo-me mais exausta que nunca. Olho rapidamente para o relógio em cima do criado-mudo. Sete da manhã. O que significa que dormir apenas duas horas. Ah. O cansaço está incrivelmente justificado. Poderia dispensar o Niko e voltar a dormir, mas eu jamais iria frustrar o meu filho dessa forma. Deixo-me ser puxada até que paramos de frente a janela panorâmica do quarto.

Os meus olhos se arregalam ao ver que tudo está coberto de neve! Até por que nevar em Seattle é uma raridade, principalmente em dezembro! Parecia até mágico...

– Oh... – Solto ainda surpresa.

Niko soltou a minha mão e subiu no batente acolchoada da janela. Olhando fixamente para a neve, fascinado, suas pequenas mãos se apoiaram na janela como se tivesse presenciando um sonho. Ele tem paixão por neve, sempre esboçava admiração quando a via. Não pude deixar de sorrir em ver o meu filho tão feliz.

– É véspera de Natal, mamãe! – Niko diz, olhando para mim. – E está nevando. É mágico!

O meu sorriso se alarga mais... Ele usa o pijama com vários desenhos de pinheiro. Se existia uma festa que o Niko gosta mais é o Natal. Ele sempre diz que é um sonho lindo. Lembrando-me do primeiro Natal dele comigo... Foi simplesmente emocionante e inesquecível com toda a pureza e sinceridade exalada do Niko.

– Sim, meu bem. É Natal... – Falo ao me aproximar da janela. – A neve veio para nos avisar.

– O que me lembra que temos que comprar a árvore de Natal e decorar a casa! – Niko informou. – Você disse que faríamos isso em uma semana e nada. Já é véspera, mamãe! – Ele me olhou com um bico. – Passaremos o Natal sem nada?

– Claro que não. – Fiz uma caretinha, e beijei o alto da cabeça dele. – Iremos comprar a árvore, os presentes e também decoraremos a casa. Por que você não vai se arrumar? Peça ajuda a sua babá, em meia hora o encontro para tomar café da manhã e iremos as compras, o que acha?

– Maravilhoso! – Niko grita e sai do meu quarto, correndo.

Eu nunca protelo tanto a decoração de Natal e sinto-me mal por ter feito isso. Mas a semana foi tão corrida que eu nem me dei conta que o Natal já estava batendo á porta. Pego o meu celular e mando uma mensagem, então, vou para o banheiro em busca de fazer minha higiene pessoal e também tomar um banho...

Como prometido, em meia-hora estava pronta, e tomava café da manhã com o Niko que comia rapidamente para irmos ás compras. Camila comia conosco. Nunca fui contra de ela se alimentar conosco, até porque não tinha nada demais. Oficialmente, ela estava dispensada para viajar á Holanda para passar as festas com a sua família. Não tenho nada em minha agenda por uma semana. Sempre tiro o Natal e a semana do Ano Novo para ficar com o meu filho.

Estávamos para sair depois do café da manhã quando uma visita mais do que esperada por mim, adentrou.

– Madrinha! – Niko gritou e correu até ela.

– Amor da minha vida! – Maite gritou, abrindo os braços para o Niko.

Não posso deixar de sorrir com a cena. Niko tem adoração por Maite, e ela por ele. Os dois se abraçaram e Maite o rodou no ar, como se fizesse anos que eles não se viam. Apenas ilusão, já que Maite estava aqui todos os dias e fazia questão de levar o Niko para passear, compensando a minha ausência. Esse amor incondicional que ela tem pelo o meu filho é algo que jamais poderei pagar... Entre tantas dívidas que tenho com a Maite, essa é a mais adorável de ter.

– Pronto para as compras de Natal? – Maite perguntou com o seu sorriso de covinhas.

– Você vai conosco? – Niko perguntou espantado e feliz.

– Claro que sim. – Maite beliscou suavemente o nariz dele. –A sua mãe me chamou, e você sabe que não resisto á umas compras!

– Oba! – Niko pulou.

Maite riu alto, e me olhou, dando-me uma piscadela. Sorrir em resposta, e recebo um olhar fulminante de Camila que por alguma razão que eu não entendo muito bem sempre ficava azedume quando a Maite estava por perto.

– Camila. Nos vermos na primeira semana de Janeiro, sim?

– Tem certeza que não quer que eu a acompanhe nas compras? Posso adiar a minha passagem para a noite.

– É claro que não. – Arrumo a alça da bolsa em meu ombro. – É véspera de Natal, jamais a prenderia aqui por algumas compras. Enfim. Feliz Natal e Ano Novo para você e sua família, Camila. – Desejo estendendo a mão.

Para a minha surpresa, Camila segura a minha mão e me puxa para um abraço forte. Vendo a cena, Maite arrasta o Niko para fora com um pretexto qualquer. Vendo que estávamos sozinhas no recinto, Camila me beija... Um beijo que refletia tanta paixão que eu não tive como não corresponder.

Não acho aceitável esse tipo de comportamento. Porém, estamos no Natal... Uma véspera em que o amor deveria ser semeado mais do que os outros dias. Um beijo de Natal não iria corromper o nosso relacionamento de trabalho. Era apenas um beijo. E depois de uma semana trabalhando como uma condenada, sem nenhum momento de prazer, receber um beijo desse tipo era recompensador...

– Feliz Natal, Anahí. E um bom Ano Novo, pra você e o pequeno Niko. – Camila disse sem fôlego, acariciando o meu rosto emocionalmente. – Eu... Os amo.

A palavra “amor” me deixou estranha. De uma maneira absolutamente esquisita a vontade de chorar me intercedeu, fazendo-me corar pela emoção sentida. Não é o amor de Camila que me comove, mas algo á mais, que não consigo explicar, talvez, seja essa esfera do Natal que torna tudo mais sensível, mais quebrável.

Sorrio complacente para Camila, e me retiro, antes pego o meu sobretudo no porta-casacos. Ao sair da mansão quente, percebo como Seattle está congelante, principalmente com a neve que insistia em cair. Niko está chutando a neve e Maite fazendo uma bola para jogar nele, quando pararam ao me ver.

Maite me passa um olhar malicioso, e eu dou apenas de ombro. Esfrego as minhas mãos cobertas com as luvas, mas ainda o frio era um tanto incomodo. Não sei como a Maite conseguiu fazer a bolinha, mesmo usando luvas também. Até o Niko estava devidamente protegido para o frio denso de Seattle, mas eu parecia ser a única com frio.

O motorista nos esperava no carro.

Entramos e formos as compras... O shopping estava infernal! O Niko queria comprar tudo o que via pela frente. Algumas coisas eu dizia não, mas a Maite passava em cima da minha ordem, colocando no carrinho tudo aquilo que eu tinha descartado, fazendo a vontade do Niko... Ás vezes, me esquecia como as madrinhas pareciam que estragavam consideravelmente os nossos filhos.

Fiz vista grossa para isso. Já que o Niko estava feliz e a felicidade dele era a combustão para a minha própria felicidade.

A parte mais difícil de todas as compras foram os pinheiros. Niko queria o maior, sendo que era impossível. Dando-se conta que era maior do que a arquitetura da casa. Ele insistiu em levar para ser colocada no lado de fora da mansão. Ele queria muita luz, muita vida, muitos enfeites. Depois de muito dialogar, aceito o plano do meu filho.

Depois de todas as compras realizadas, despachadas pelo pronta-entrega das lojas, e deixar o Niko brincando no Playground do shopping com uma responsável, sentei-me em um restaurante com Maite e uma garrafa de vinho tinto para esquentar a nossa tarde.

– Então? – Pergunto a Maite que me olha surpresa.

– O quê? – Ela pergunta, dando um gole no seu vinho.

– Vi que você comprou dois presentes que certamente não foram para os seus pais, nem para mim e Niko, e muito menos para o seu querido e amado noivo. – Solto as últimas palavras com sarcasmo. – Para quem foi?

– Por que você não cuida de sua vida, Portilla? – Maite retrucou, ficando vermelha.

Solto uma risada, enchendo a minha taça.

– Eu estou cuidando, Srta. Perroni, não esqueça disso. – Falo jocosa, cheirando o vinho.

– Jesus Cristo, se minha vida dependesse dos seus cuidados, eu estaria muito ferrada! – Maite brinca, me fazendo rir, então, solta. – Comprei uma pulseira com pingentes de trem para o Dan, e a mesma pulseira adulta para o Poncho. Pode até ser infantilizado para um homem adulto, mas gostei da ideia de tanto o pai como o filho usar o mesmo adereço.

Sorrio com a resposta da minha amiga.

– Surpreendente, parece que o espirito natalino não corrompe apenas a mim. Acredita que ainda não conheci o Dan? Estou louca para conhecer, pelas fotos parece um menino adorável.

– Provavelmente deve ser, principalmente se for como o pai. – Maite disse sonhadora. – Eu também não conheci ainda, mas conhecerei na ceia de meia-noite. A propósito, sinta-se convidada para se juntar a mim, minha família e a família do Poncho. Será uma noite estranha, mas terá comida e bebidas que supriram o estranhíssimo.

– Obrigada pelo convite, mas eu tenho outros planos. Apesar de que eu iria amar a estranheza desse jantar.

– O que você fará? Irá correr atrás de Dulce? Aliás, eu não a vi comprar nenhum presente para ela. – Maite provocou.

Dulce María... Fazia uma semana em que não parava um segundo para odiá-la. Estava ciente de sua presença próxima a mim, ciente de sua vida e dos seus passos, até mesmo da partida de Rubi, porém, as informações eram como uma chamada de noticiário em que você escuta, é registrada em sua mente, mas você acaba se esquecendo diante dos fatos que circulam em sua vida.

– Só se fosse uma passagem para o inferno e você sabe muito bem que o capeta devolveria a Dulce no minuto seguinte. – Fiz uma careta e Maite gargalhou. – Mas respondendo a sua pergunta, passarei o Natal com a Blanca e o Fernando. No Ano Novo podemos combinar algo, o que acha?

– Certinho. Deixarei que passe o Natal com os seus sogros, mas o Ano Novo tem que ser todo meu!

Ignoro a palavra “sogros”. Até porque eles não são os meus sogros, são pessoas em que me afeiçoei grandemente e os tenho amor, apenas isso, sem nenhuma rotulação. Depois de bebermos a garrafa de vinho, buscamos o Niko no Playground e formos embora...

Ao chegar á mansão, tudo estava uma bagunça de tanta coisa. Os empregados tiveram que nos ajudar em organizar tudo. Era extremamente cansativo, mas o Niko não cabia em si de tanta felicidade e satisfação, não podia roubar isso do meu filho. Maite ficou para ajudar, porque ela preferia o trabalho árduo do que ir para a sua casa e enfrentar os seus fantasmas.

Depois de muito trabalho árdua, a mansão estava iluminada com os enfeites de Natal, no telhado tinha três hienas, e um Papai Noel no carrinho, piscando mais que tudo nessa vida. A frente estava iluminada com os pisca-pisca, o pinheiro que ficou no lado de fora não tinha a decoração do que o pinheiro da sala de estar tinha. Mas estava lindo por igual. A neve fez um trabalho espetacular em cobrir os galhos do pinheiro, tornando a luz mais mágica.

Os vizinhos passavam e ficavam abismado com tanta luzes na mansão. Um típico Natal dos Estados Unidos. Os olhos do Niko brilhavam mais do que as luzes. Isso deixou o meu coração repleto de amor...

Depois dos minutos de contemplação, formos nos arrumar para ir até a casa de Blanca e Fernando. Maite se despediu de nós, avisando que os nossos presentes estavam debaixo da nossa árvore de Natal na sala de estar. Eu tinha enviado os presentes dela diretamente para casa dela, como também enviei os presentes de Blanca, Fernando para casa deles, e também do Niko. Esse ano fiz questão de encher meu filho de presente.

Nos arrumamos e formos para a casa deles que ficaram muito felizes em nos ver. A casa estava decorada, bastante. Eles também gostavam de tudo que o Natal reproduzia. A Eliana ficou responsável pela ceia, que em cima da mesa estava magnifica. O Niko insistiu um pouco em abrir os presentes, mas eu disse que só poderia amanhã, já que o Papai Noel ficaria muito triste se fosse aberto hoje.

Ele entendeu prontamente.

A noite foi tranquila. De meia-noite ceiamos, agradecendo ao Menino Jesus por sempre nos olhar e nos proteger. As músicas natalinas, juntamente com a união fazia o meu peito pesar, sem eu entender o motivo, os meus olhos lacrimejaram facilmente e tudo parecia no limite para mim...

Depois da Ceia, em que todos foram dormir e o Niko estava desmaiado de sono no sofá. Com a minha taça de vinho, fui até o jardim que estava todo branco de neve. O tempo parecia mais frio, mas por conta da maresia. Sento-me na escada e olho para o céu nublado, lembrando-me de minha mãe em que não tive coragem de retornar a casa em que vivíamos e muito menos no cemitério em que foi enterrada.

As lágrimas escorreram da minha face fria, parecendo congelantes. E por um momento de fraqueza, idealizo um Natal mais que perfeito, com a presença de minha mãe, de Blanca e Fernando, do Niko, e Dulce... Um Natal em que não existiria dor, apenas união e amor... Um Natal só de amor...

Os meus soluços aumentaram...

Voltei!

Ia postar ontem, mas estava ferrada de sono, acabei dormindo. O engraçado é que estou da mesma forma. Postando dois capítulos enormes hoje, os outros dois posto no sábado, e o clico de natal se fecha. Uma pequena pausa para toda o ar de vingança, aliás, festa de final de ano sempre sensibiliza a gente, não é mesmo? Não seria diferente com as personagens. Mas não se preocupem, peoples! Depois do Ano Novo, o pesado começa.Eu não ia mesmo relatar o final de ano na fanfic, mas achei legal esse momento de trégua, até porque vai acontecer uma coisa bem satisfatória com portinon no réveillon. Enfim...

Rubi é carta fora do baralho.

Anahí sensibilizada pela magia do Natal...

E como será que Dulce reagiu ao Natal?

Saberemos no próximo capítulo.

Obs: Não sabia que o beijo de Anahí e Maite seria bem recepcionado! Hahahaha.

KIKI: Estava na cara que Rubi sofreria essa desilusão. Maite pode ser safada, mas o coração dela pertence ao Poncho. Será bom, né? Mas não chegou para tanto. Hahaha. Mas quem sabe futuramente as duas se enrolem nas bofetadas? Quase que a autora levou para uma transa, confesso que não faltou vontade, mas... Hahaha. Velasco não é de minha importância na estória, agora... Diana vai ser um pouco difícil de despachar.

Gabiih: Olha quem voltou! Não posso deixar de ficar feliz pelo seu retorno, espero que os seus problemas tenham sido resolvidos. Muita coisa acontecendo né? Sei que é muita informação e ás vezes, parece difícil de acompanhar. Mas... O jogo virou sim! Hahaha. Anahí indo com tudo, vai ficar melhor quando tudo ficar em prática e Sol, Serena e Dulce comer o pão que o diabo amassou nas mãos de Anahí. Obrigada meu anjo!

Emily_Fernandes: Se acha mesmo, mas eu até me acharia se tivesse umas gostosonas disputando a minha atenção. Eu acho que se a Anahí oferecesse amor, esse coração de Dulce ficaria bem doce. Hahaha. Megan perto de Anahí não é nada. Quem sabe futuramente não role um portirroni pra essa vontade se passada? Hahaha.

Kah: Adoro deixar você impactada! Hahaha. O bom de todas os acontecimentos na festa, fez com que duas pessoas fossem embora. Apesar de Megan voltar depois das festas, mas quando voltar, o estrago estará feito. Hahaha. São muitas inimigas para Anahí, eu não aguentaria a pressão não. Não vou mentir. AMIZADE ASSIM É MINHA RELIGIÃO. Hahaha. E aí, bora fechar? Ainda estou levando em conta o seu pedido, mas to bem tentada. Haha. Gosto da Rubi também, mas aqui tem personagens que se destacaram mais que ela... Infelizmente, ela não teve a sorte de Paola Bracho em TL. Obrigada, meu amor!!!! Pra você também, né? O réveillon vem aí!

Biah_Herrera: Obrigada, lindona. 2018 vem quente e fervendo! Hahaha. O beijo portirroni fez sucesso mesmo!