Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.

Por Dulce...

Minhas pernas fraquejaram ao vê-las juntas... O meu coração se apertou tanto contra o meu peito que tenho a sensação de que ele se reduziu ao pó. Esfrego a minha mão contra o meu peito para que os meus pulmões lembrassem de funcionar e a sensação de sufocamento que faz uma pressão terrível em minha garganta como se mãos imaginárias esmagavam a minha glote.

 Os meus olhos ardem enquanto as lágrimas escorrem pelo meu rosto. Não posso suportar e muito menos me controlar. Existiam muitas coisas ruins nessa vida, e uma delas é ver o grande amor de sua vida na cama com outra... Entregando-se e amando.

 Elas não me viram quando subiram correndo excitadas para o quarto. Não me viram assistindo ao sexo, estive o tempo todo presente, espiando na porta em que elas não fizeram nenhuma questão de fechar. A maneira que Anahí se entregou para a Maite e deixou-a fazer o que bem entendesse com o seu corpo, arrasou-me.

 Simplesmente não conseguir me afastar, de parar de olhar, era como se tudo tivesse parado e os movimentos delas passavam em meus olhos em câmera lenta, como um filme. Um filme que a medida que a cena vai avançando, o seu coração vai se despedaçando e a sensação de desgraça vai lhe consumindo á um ponto que você acha que não suportará mais um segundo daquilo.

 Afasto-me rapidamente do batente e deixo o meu corpo ser sustentado contra a parede, fico um tempo assim, olhando para o nada, encostada na parede até que um soluço profundo sai de dentro de mim. Olho para o nada, minha visão desfocada pelas minhas lágrimas.

 Sinto-me fraca e desprotegida. Sempre fui uma mulher forte, de personalidade firme. Esperta e com destreza para me sobressair com as adversidades da vida. Lutei e driblei muitas pessoas, manipulei e fiz os meus bonequinhos, mas... Ao se tratar de Anahí, sinto-me nua e atingível.

 Eu não me importo com as suas humilhações. Aquilo que ela tinha feito comigo, Sol e Serena não me abalou, apenas me entristeceu. Não fiquei irritada quando alguém postou o vídeo e que rapidamente está se tornando viral, se fosse em outro momento, eu estaria furiosa por detonar a minha vida social, mas agora... Eu só sinto decepção e mágoa. Sinto algo dentro de mim se quebrando e uma dor intensa em meu estômago me faz gritar baixinho, curvo-me e levo a mão á boca, tentando abafar outro grito que escapam dos meus lábios. Era a dor da alma refletindo-se em meu corpo.

 Anahí não sabe, mas me desestabilizou e me lançou ao inferno ao se deitar com a Maite. No dia do Cassino em que as duas trocaram beijos, e sumiram, cogitei de que estavam juntas, mas me lembrei de que eram grandes amigas e que a Maite era loucamente apaixonada por Poncho, apesar do ciúme, descartei a hipótese. Era mais fácil uma teoria do que uma confirmação. Vê-la nos braços de Maite era destruidor.

 Posso aguentar tudo.

Mas não posso aguentar a hipótese de perder a Anahí.

Minha boca amargura com mágoa. Soluço diversas vezes em um choro compulsivo. Deveria estar servindo as pessoas, mas não conseguia me movimentar. Alguma parte da minha consciência gritava para que eu fizesse alguma coisa, que tomasse a minha mulher dos braços de outra, mas meu corpo está travado, sinto-me tão impotente, tão inútil.

Fungo pelo nariz que está entupido pelas minhas lágrimas. Fecho os meus olhos e balanço a cabeça em negativo, assoprando o ar pelos os meus lábios até que a dor vai suavizando, mas ainda a sinto levemente latente. Ergo o meu corpo e encosto a cabeça contra a parede, não posso deixar de me culpar pelo acontecimento e me amaldiçoar mais uma vez pelas minhas escolhas.

 Burra Dulce. Tão burra.

 Tiro um guardanapo do bolso do meu uniforme e limpo o meu rosto, depois soo meu nariz. Apesar que as lágrimas insistam em cair, minha vontade é de me deitar em posição fetal e simplesmente morrer. Ou de ter um apagão de memória e esquecer todo o meu sofrimento, esquecer o meu amor por Anahí.

 Mas não posso. Não se esquece o amor de sua vida. Meu coração vai aumentando os batimentos gradativamente ao me lembrar da força do meu amor por Anahí, um amor perdido já que ela não me ama mais... Ondas de inveja vão me invadindo, como tenho inveja de Maite... Ela sim, é uma mulher que Anahí sempre desejou ter. E teria pelo jeito.

 Eu quero lutar por Anahí, mas sinto-me tão perdida. É tão difícil. Tão complicado. Passei toda a minha vida, sendo mesquinha, mercenária e estúpida. Desvalorizando tudo que era importante. Cresci e vivi a minha vida assim. Agora não sei como fazer para mudar, mas sinto a necessidade de mudar, de me mostrar digna. Mas como se faz isso quando as suas bases e convicções foram todas errôneas?

 Não quero mudar apenas por Anahí, mas por mim também. Preciso fazer isso antes que minha alma seja condenada de vez a uma eternidade de amargura e dor.

 Eu preciso!

 E vou fazer isso, por mim, e por tudo que mais amo. Os meus pais não estão mais vivos para ver a minha mudança, mas tenho certeza de onde eles estão ficaram orgulhosos vendo-me crescer – finalmente – como ser humano, espiritualmente.

 – O que está fazendo aí parada e não está lá embaixo servindo as pessoas? – Anahí pergunta-me ao sair do quarto e olhar-me com cara de poucos amigos.

 Ela tinha tomado banho e trocado de roupa. Os seus cabelos estavam penteados para trás, usava um maiô cavado preto e uma saída de banho também preta aberta na frente, nos pés, sandálias de salto.

 Os meus olhos se prendem nos seus por milésimos segundos... Suas íris estavam mais escuras, puxando para um esverdeado. Ela sustentou o meu olhar sem dizer uma palavra até que franziu as sobrancelhas em confusão até me ver se aproximar dela.

 – Dulce? – Questionou-me quando a agarrei pela cintura e os meus lábios colaram com os dela.

 Anahí debateu-se contra os meus braços, mas eu a segurei mais firmemente, enquanto, os meus lábios se movimentavam nos seus. Sinto as suas mãos baterem em meus ombros, mas as batidas vão perdendo a força quando a minha língua força a barreira dos seus lábios. Ela suspira alto, e estremece quando as nossas línguas se encontram suavemente... Seguro-a mais em meus braços, abraçando-a firmemente, enquanto, nossas línguas se enroscam, aumentando a intensidade do beijo. Sinto as suas mãos escorrerem pelas minhas costas, ora massageando ora apertando, unindo mais os nossos corpos...

 O seu hálito e sua língua estava com gosto de menta... O que me fez sugar a sua língua e Anahí suspirou contra a minha boca. Nossos lábios se movimentaram, e minha cabeça pendeu um pouco para o lado, aumentando o nosso encaixe e também o nosso beijo. Era possível escutar os estalos de nossos lábios. Os meus ouvidos zunem, focando-se apenas nas batidas do meu coração. Nossos corpos estremecem, e sinto que posso explodir á qualquer momento, Anahí não parecia imune á mim... Estava do mesmo jeito, trêmula, sinto o seu coração batendo contra o meu peito, como se fossemos apenas um.

 O mundo parecia que nos apetecia mais... Era apenas, eu e ela. Qualquer mágoa, qualquer sentimento contrário foi se esvaziando dentro de mim, restando apenas o amor que sinto por essa mulher. O seu cheiro me enlouquece, a sua presença me ilumina. Ela é meu tudo. Ela é a minha força e a minha fraqueza, e não tenho a menor vergonha de assumir isso.

 Seguro o rosto de Anahí com as duas mãos, e diminuo a velocidade do beijo, apenas para sentir a maciez dos seus lábios envolvendo os meus. Nosso beijo transmite tantas coisas que as nossas palavras e nossa falta de atitude não demonstra... Eu a sentia aqui, e sentia que era apenas minha, o seu corpo poderia se desbandar, mas o seu coração era apenas meu. Assim como meu coração era apenas dela.

 Quando duas pessoas estavam predestinadas a estarem juntas, não importam os erros, chegaria um momento que tudo seria resolvido e o destino se incubaria em uni-las novamente.

 O ar nos faltou, e nos afastamos, ofegantes, mas nossos lábios permaneceram juntos. Nossas testas estavam coladas, e nossas respirações se mesclam.

 – O quê... – Anahí começou a perguntar, mas os seus lábios foram calados pelos meus em um selinho.

 Minha vontade é de sempre beijá-la, mas sei que Anahí em algum momento iria se rebelar por não aceitar tamanho contato. Afasto-me dela, e sorrio com a cena que vejo: Os seus olhos estão semicerrados, os seus lábios inchados e vermelhados. Parecia tão perdida, e tão minha.

 – Você pode dormir com a Maite ou com qualquer outra pessoa... Pode até mesmo se iludir que pode muito bem viver sem mim. Mas a verdade está diante dos seus olhos, Anahí... Ela/elas não sou eu. Sabe isso que está sentindo? Essa sensação de transbordamento dentro do peito? Apenas eu posso lhe proporcionar isso.

 O rosto de Anahí é envolvido por uma máscara e os seus olhos ficam extremamente azuis.

 – Você está brincando comigo? – Ela riu sem humor. – Você está se achando e delirando demais, Dulce. Só porque trocamos um beijo não significa que estou caindo de amor por ti e...

 Levei um dedo contra os lábios dela e a fiz calar.

 – Não gaste as palavras quando sabemos que o seu coração diz outra coisa. Não precisa provar a mim que não sente nada, mas tente provar a si mesmo e enganar o seu coração de que não sente absolutamente nada por mim. – Falo a olhando nos olhos. – Você sente tanta a minha falta que se afoga em outro corpo para suprir a falta que lhe faço.

 Anahí afastou a minha mão, furiosa.

 – O que sinto por você é ódio e indiferença, não banque a engraçadinha comigo usando a sua psicologia barata. Eu não preciso dela, assim como não preciso de você! – Ela faz menção de descer as escadas e voltam. – Beije-me novamente ou tente me tocar que vou fazê-la se arrepender!

 Solto um sorriso de lado ao vê-la descer as escadas rapidamente, sentindo não apenas o meu coração, mas o meu corpo reagindo a sua explosão. Sim, ela sente algo por mim ainda, e vou fazê-la enxergar isso, mesmo que eu tenha que engolir todo o meu orgulho.

 Desço para a cozinha que está na maior agitação e uma bandeja com vários drinques é colada em minha mão. O cheiro do álcool me incita e faz a minha boca salivar. Eu deveria levar esse drinque para as pessoas que pediram, mas sinto a necessidade de virar apenas uma dose, para aliviar o estresse que ainda sinto ao recordar Anahí e Maite juntas na cama... A mágoa volta rapidamente. Afasto-me na cozinha e vou para a sala, viro a dose de vodca, fazendo uma careta, a ardência do álcool vai sendo substituída por um prazer intenso.

 Escuto passos e me escondo para ninguém me ver, e vejo o Poncho conversando alguma coisa com a Anahí. Ela aponta pra o andar de cima, ele diz alguma coisa a Anahí que a faz rir, e escuto um “depois, depois”. Então, o Poncho sobe as escadas e Anahí se joga no sofá, mas vejo claramente quando ela acaricia os seus lábios e um sorriso de lado surge nos mesmos...

Quem diria que a atitude de Dulce seria essa não, é? Se ela seguir nesse caminho, quiser realmente a mudança, acho que consegue. Só que esse vício do álcool... Ai, ai!

Segunda temos herroni!

Não revisei, qualquer erro, me avisem.

Luh_perronita: Ainda tem mais, não é? Ainda é muito pouco para a Sol. Sério que Dulce está ganhando o seu respeito? Confesso que o meu também! Hahaha. Apesar de ela não ter nenhuma moral. Portirroni foi legal, foi gostoso, mas agora seguimos com a programação normal. Hahaha. Essas duas debaixo do mesmo teto não parece que vai ser muito bom não, ou vai ser bom demais? Hahaha.

 Emily: É muito fogo, ein gatinha? Hahaha. Arrasou mesmo, Maite sabe como fazer gostoso, está brincando com aquela carinha de anjinho? É uma diabinha na cama. Hahaha. Vamos seguir o baile. Tu quer a Dulce cheia de verminose? Hahaha. Soledade vai passar por algumas coisinhas ainda, e Serena também! Caaaaalma.

Kiki: Hot, muy hot! Hahaha. Agora sabemos como é o sexo das duas! Ah, sim, sobre a cinta... Eu não senti a necessidade de usar aqui, sabe? Acho que vou deixar essa fic longe da cinta. Hahaha. Mas True Love vai retornar, e a cinta vai comer no couro.

 Candy_mai: Aguenta sim. Hahaha. A Dulce viu e sofreu, mas ao invés de baixar o nível, ela foi muito fina. Por que se fosse outra, teria quebrado o barraco. Onwwwwwwww, quem se importa com o egoísmo nessas horas, hum? Hahaha. Lava, é? Do tipo lava de vulcão bem quente? Ui. Hahaha.

 Kah: Nhá. Eu queria que as duas também ficassem juntas, mas você sabe que eu seria assassinada se isso acontecesse, não é? As meninas iriam tirar o meu couro viva! Hahaha. Dulce viu sim... E sobre as palavras de Dulce foi bem pesado, Anahí já está se entregando antes mesmo de continuar os jogos. A perdição dela vai ser a Dulce não tem pra onde correr. Dulce vai começar a mostrar que está mudando, só esse vício de álcool dela que é difícil pra caramba de reverter. Depois da festa, a Serena vai ser praticamente endgame, fica faltando só Sol e Dulce. (Embora que sabemos que Dulce vai ser a parte mais difícil para Anahí)