Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.

Por Sol

– Não gostei do suco, está meio aguado. – Niko diz ao fazer uma careta e colocar o copo em cima da mesa.

– Você o ouviu, Soledade. Leve essa porcaria de suco para a cozinha e traga um descente. – Anahí ordena seriamente.

Olho para o garoto á minha frente e não o enxergo. Cerro os meus punhos com fúria. Quem diria que eu, um dia estaria sendo empregada e servindo um negrinho. O menino se encolhe com o olhar que o lanço e escuto a Anahí pigarrear, me fuzilando com o olhar.

O infeliz tinha o sangue tão ruim que nem tinha feito o favor de morrer de caxumba. Praticamente já estava curado.

Pego o copo com força extrema e levo para a cozinha. O menino gosta de suco de morangos com mel. Muito luxo para um passa forme como ele que vivia no Haiti sem nenhuma chance de sobrevivência. Ele deveria era levantar as mãos para o céu ao menos por ter um suco aguado para tomar.

Jogo o suco com violência dentro da pia, e me proponho a fazer um novo suco. O meu corpo está exausto, juntamente com a minha mente. O trabalho árduo está me matando. Os meus cabelos estão horríveis, os meus olhos com olheiras, e minhas unhas destruídas. Os produtos baratos que Anahí disponibiliza parece que agredi a minha pele de seda.

Respiro fundo, só queria dormir. Ter uma boa noite de sono, desde o dia que a minha mãe fantasiou que tinha visto a Tisha Portilla que ela desperta no meio da noite gritando, aterrorizada, os remédios não estão mais fazendo efeitos e aproxima consulta que Anahí estava disponibilizando pagar era só no mês que vem.

Termino o suco do desgraçado, coloco uma boa quantidade de mel, e... Olho de um lado para o outro, não vendo ninguém, tiro um frasco com um liquido transparente e derramo dentro do suco, guardo o frasco e mexo o suco com uma colher.

– O que está fazendo?

Sobressalto com a voz e viro-me para a Dulce que me encara desconfiada. A aparência dela está muito melhor que a minha. Claro... Ela é quase a putinha de luxo de Anahí.

– Estou mexendo o suco do pretinho, não está vendo? – Respondo com ignorância.

Dulce me passa um olhar repreendedor.

– O nome dele é Niko, Sol. Niko! Não é pretinho, e nenhum apelido racista que você o chama, é Niko. Será que o seu cérebro é estúpido o suficiente para compreender isso?

Aperto os meus olhos para a Dulce. Ela tinha se afeiçoado a esse menino. Não sei porque. Talvez, seja as origens baixas de ambos.

– O suco está pronto? – Ela olha para o copo.

– Sim.

– Ótimo. Me dê, eu mesma entrego a ele, assim evitamos de olhar para a sua cara.

Dulce praticamente toma o copo de suco da minha mão e leva para o menino. Sorrio de lado, se ela imaginasse o que eu coloquei dentro daquele copo, jogaria o liquido para longe.

Vamos ver até quando esse neguinho vai suportar...  

Por Diana

Poncho dorme tranquilamente. A sua cabeça está repousada no travesseiro e ele ressonava baixinho. A imagem foi tentadora para mim que avancei suavemente nele e soltei vários beijos por todo seu rosto. Ele resmungou baixinho, mas eu continuo a beijá-lo até que o meu marido abre os olhos.

– Diana! – Ele exclama e senta-se num pulo, afastando-se de mim e magoando ainda mais os meus sentimentos. – O que é isso?

Retiro a minha camisola e me arrasto para junto dele, com os olhos febris de paixão. Ele nem se dá o trabalho de olhar para o meu corpo nu, seu olhar se mantem firme no meu rosto.

– Faz tempo que você não me toca, e eu estou com saudade... – Digo, tentando sentar em seu colo.

Gentilmente, Poncho me retira do seu colo e se levanta. Olho para o seu corpo, principalmente na altura de suas calças em busca de alguma saliência, mas não encontro nada. Isso me enfurece! Ele não me deseja mais, isso é mais que nítido. Levanto-me furiosa e visto o meu robe, sinto-me humilhada pela sua rejeição.

– Você está trepando com aquela vadia, não é? – Cuspo as palavras, aos gritos. – Por isso não quer mais me tocar porque ela está fodendo contigo!

– Fale baixo, Diana! – Poncho pediu com a voz ponderada, o seu rosto estava torcido de irritação.

– Por que falar baixo? Pra os seus pais não escutarem que você está trepando com a ninfetinha da Maite Perroni? – Grito a pleno pulmões. – Você está comendo a Maite Perroni, é por isso que não me come!

Poncho avança furioso para cima de mim, me assustando, mas em um resquício de racionalidade, ele pára, ofegante.  Os meus sogros invadem o quarto, assustados.

– O que isso? – Ruth pergunta, olhando para nós dois. – Lá debaixo estamos escutando a gritaria.

– Conte, Poncho. Conte aos seus pais o que você anda fazendo nas minhas costas! – Falo alto, avermelhada.

– Poncho? – O meu sogro questiona.

– Mãe, pai, esse é um assunto entre mim e Diana...

– Ele está me traindo com a Maite Perroni, a queridinha de vocês! Está trepando com ela debaixo do meu nariz! – Grito abrindo os braços e soltando uma risadinha sem humor.

– Diana! – Poncho grita.

Os meus sogros ficam desconfortáveis, mas não aparentam surpresa.

– Que ótimo. Até vocês são coniventes com a safadeza do filho de vocês. Que saber, tudo farinha do mesmo saco! – Acuso furiosa.

– Diana, chega! Eu não aguento mais! – Poncho fala enfurecido. – Não admito que ofenda os meus pais, eles não tem nada a ver com a nossa história, e também não aceito que ofenda a Maite!

– Defendendo a putinha da sua amante. – Bato palmas histérica. – Parabéns, Alfonso Herrera! Seu hipócrita de merda. – Aponto para cada um. – Vocês, todos vocês são hipócritas desgraçados!

– Diana, eu mandei parar! – Poncho diz nervoso. Olhando-me furiosamente. – Eu não aguento mais você! E aproveitando que você está surtando, direi de uma vez algo que eu tinha que ter dito desde quando tomei a decisão: Eu quero o divórcio! Eu não te amo, e não sou feliz com você. Não aguento passar mais um dia debaixo do mesmo teto contigo, você me causa repugnância. – Ele explode, soltando tudo de uma vez.

Ando para trás algumas vezes, assustada, sem esperar aquela reação dele. Os meus sogros parecem surpresos, e constrangidos, retiram-se em silêncio do quarto. Deixando apenas eu e Poncho.

– Não. – Murmuro. – Você não vai me deixar...

– Vou. Não sou obrigado a viver com você, Diana. Durante dois anos suportei toda a sua chatice e sua mania de controle, mas estou saturado. Não somos felizes! E tenho certeza que você também não me ama, só estamos juntos pelo comodismo, não quero mais isso para mim.

Balanço a cabeça em negativo, sentindo o gosto de fel na boca, percebo que mordi a língua com muita força. Solto uma risadinha sem humor, todo o meu corpo fica tenso.

– Se você acha que vai me deixar, não... Não vai. – Balanço o indicador. – Não vou permitir que me abandone para ficar com aquela mulherzinha. Não, Alfonso, você não vai se ver livre de mim tão facilmente.

Poncho respira fundo.

– Não queria ter que brigar com você na justiça, Diana. Seja coerente...

– Coerente? Vou dizer á você como serei coerente. – Falo debochada. – Se você pedi o divórcio, vou me certificar para que só vejo o Daniel de ano em ano.

O rosto do Poncho fica desfigurado de raiva e ele retorna a avançar pra cima de mim, o seu rosto fica milímetros de distância do meu e ele me encara em fúria.

– Você não vai usar o meu filho para me chantagear ficar com você, Diana! – Ele fala baixinho, ameaçador. – Nem que eu tenha que gastar cada dólar da minha fortuna no tribunal, você não irá me afastar dele!

Ele sai do quarto e bate à porta com força. Desespero-me. E agora? O que vou fazer?

O que será que Sol está colocando na bebida do Niko?

Sol é um tipo de ser humano que nunca vai mudar. Está sofrendo, está recebendo uma lição, mas nada é aprendido. Continua com a sede de ódio, com preconceito, racismo e ainda fazendo mal aos inocentes. Ela não tem salvação. 

E eu não vou dá-la...

Candy: Já estava com saudade de vê-la por aqui, baby. Você quer o sangue da Sol mesmo, hum? Melhor cena pra mim a do plano de Anahí contra Sol. Haha.