Fanfic: El sabor de la venganza... Portiñón, AyD. | Tema: Anahí e Dulce.
Embrulhei com imenso carinho o lenço de seda de Dulce Maria.
Mamãe realizou um perfeito milagre com o tecido que parecia novo. O segredo era água oxigenada. Uma maravilha para tirar manchas de sangue. Depois o lavei com muito cuidado, e deixei um pouquinho no amaciante para ficar um cheiro bom, depois de seco, passei o ferro morno para não danificar o tecido. O resultado foi incrível.
Só de imaginar a carinha de Dulce, o meu coração se enche de ansiedade...
Guardei o embrulho na minha mochila e fui me arrumar. Eu sou uma das primeiras a chegar ao colégio, como moro um pouco distante, e vou á pé, tenho medo de me atrasar, por isso, que sempre saio com antecedência. Tomo um banho frio para despertar do leve sono, e lavo os meus cabelos. Depois do banho tomado, me olho no espelho... Chego à conclusão que o meu cabelo está com o franjão muito grande. O corto. Depois que o seco com o secador percebo que ficou uma porcaria, se tornou uma franja irregular, as pontas pareciam em uma tabela com gráficos: Umas comprimidas e outras curtas. Suspiro, e prendo a franja com várias presilhas, e o cabelo com o meu habitual rabo de cavalo.
Visto-me habitualmente. Uma camisa polo verde, uma calça jeans comprida e sapatilhas. Passo um pouquinho de perfume com cheiro de talco. É um pouco infantil, mas gosto do frescor que me proporciona. Desço com a minha mochila nas costas, encontro mamãe sentada na sala com uma xícara de chá na mão e algumas bolachas no prato á sua frente repousada no centro de sala, juntamente com um bule e outra xícara limpa.
“Mamãe... Eu iria preparar o seu café”. Digo assim que a vejo. Vou até ela e cumprimento com um beijo na testa. Solto a mochila nos meus pés e me sento ao seu lado.
Mamãe sorrir.
“Eu sei que sim, mas perdi o sono durante a madrugada e me levantei. Tem chá quente no bule, minha querida”. Respondeu com um leve sorriso. “Como está a sua perna?”.
Servi-me um pouco de chá. Camomila. Um dos meus preferidos. Pesquei uma bolacha de água, e levei a boca.
“Está bem, mamãe. Lavei com água e sabão no banho e depois o enxuguei direitinho. Está seco e limpo, sem nenhuma anormalidade”. Comento com a boca cheia, e bebo um pouco de chá, quase queimo a língua, está de fato, quente. “Sente-se bem?”.
“Uhum”. Mamãe passa a mão pela a sua testa e depois arrasta para a sua careca, acariciando levemente. Um gesto automático, se sentia falta dos cabelos longos, ela nunca me disse nada. “Está na época das inscrições das universidades. Você já fez a sua?”. Olhou-me.
“Ainda não”. Respondi depois de mais um gole de chá, mamãe franziu o cenho. “Mas eu vou fazer, como aqui não tem internet... Vou fazer hoje no trabalho”.
“Harvard, certo?”.
“Harvard”. Balancei a cabeça em positivo, embora que alguns questionamentos me vinham à cabeça. Mamãe percebeu a minha dúvida. Iria dizer alguma coisa quando uma buzina nos atraiu a atenção. Ergui-me e olhei pela janela, era a Maite, que sinalizava para que eu fosse até ela. Isso significava apenas uma coisa: Iria me dá carona até o colégio. Coloquei a xícara no centro e peguei a minha mochila. “Quando eu chegar do trabalho, limpo tudo, não se incomode com nada, mamãe. Tem almoço de ontem na geladeira, se sentir alguma coisa, ligue para emergência, por favor,”.
Mamãe suspirou. Esse era o mesmo discurso que eu fazia á meses, mas nunca cansava de fazê-lo. Não tenho celular, e me incomoda muito, como também me preocupa deixar ela sozinha.
“Não se preocupe... Não sentirei nada”. Mamãe disse, e com o meu olhar, ergueu uma mão. “Prometo que se eu sentir algo, ligo pra emergência... Agora vá para não se atrasar...Eu te amo”.
Dei-me por satisfeita, depositei mais um beijo em sua testa e murmurei que a amava antes de me retirar. O sol estava preguiçoso, e o vento parecia mais frio aqui no alto do penhasco. Maite estava com o rosto direcionado para o horizonte, parecia perdida em pensamentos. O vento fazia com que os seus cabelos chicoteassem no ar, mas ela não importava em ajeitá-los.
Entrei em seu conversível vermelho sem capota. Amo o seu carro, com exceção de tempo chuvoso, mas fora isso, adoro a sensação do vento batendo em meu rosto, era como se eu sentisse a vida mais vibrante e intensa. Olhei para Maite que permanecia na mesma posição, os seus olhos estavam escondidos por óculos escuros. O rádio do carro soava a música de Sin Bandera: Kilometros.
Conheço a música, e sei espanhol por que ao invés de escolher literatura inglesa, como quase todo mundo, optei por espanhola. Não me arrependo, sou fascinada por tudo que é latino, tenho a sensação de que em outra vida fui uma mexicana.
“May. O que você...”. Antes mesmo de completar a minha fala, fui interrompida por ela.
“Cortando novamente o cabelo, Any?”. Ela pergunta com um suspiro e liga o carro. “Você sabe que não precisa se aventurar nisso sozinha, não é? Eu cortaria de bom grado pra você”. Deu partida, ainda olhando para frente.
Dei de ombros.
“Não queria incomodar”.
“Não sei por que a sua preocupação em incomodar quando você nunca incomoda”. Maite afirmou, fazendo a curva com cuidado. “Depois temos que dá um jeito nisso aí”.
“Ok...”. Olhei para a estrada quase vazia. Ainda era muito cedo, e poucas pessoas trafegavam. A melodia e a letra da música pareciam que estava reproduzindo uma espécie de alento que transmitia de mim para a Maite... Percebi também que ela estava estranhamente calada, não tinha a animação de sempre. Olhei-a de relance, e Maite apertava tanto o volante que parecia que os nós dos seus dedos iriam explodir. “Você está bem?”.
“O quê?”. Finalmente me olhou, mas por um breve momento.
“Você me parece estranha, como se tivesse acontecido alguma coisa”. Franzi o cenho. “Aconteceu, né?”.
“Porque tinha que acontecer alguma coisa? Não aconteceu nada de relevante”. Maite explodiu num grasnido que me assustou. “Você também está estranha, com um brilho nos olhos que parece que descobriu o mundo pela primeira vez e eu não estou a questionando, estou?”. Soltou aborrecida.
Encolhi-me no banco, confusa, não esperava essa reação ela... Geralmente, Maite era um doce comigo. Percebendo o meu jeito, esmurrou o volante do carro que buzinou sem querer. Ela respirou fundo.
“Desculpe-me, Anahí... Eu não queria ser grossa com você”. Tocou o meu braço suavemente. “Por favor, desculpe-me de verdade. É que... O Poncho me beijou”. Confessou num sussurro de voz.
Arregalei os olhos e sorrir, sem acreditar!
“Jura?”. Perguntei com euforia. Ela balançou a cabeça em confirmação. “Isso é ótimo, May! Já era pra acontecer. Foi bom? Você sentiu mil borboletas no estômago? Sentiu o mundo parar?”. Falei descontroladamente, lembrando-me a sensação de ter os lábios de Dulce em minha bochecha. “O seu pé se levantou como num doce conto de fadas?”.
Maite sorriu com as minhas perguntas bobas. A realidade é que eu nunca tinha beijado na boca, mas sempre imaginei que quando acontecesse, seria a sensação mais sublime de toda a minha vida.
“Ah, Any... Só você para me fazer sorrir”. Maite falou com um sorriso de lado.
“Mas você não me respondeu”. Disse animada, a olhando. “Sentiu tudo isso?”.
“Sim”. Ela confessou com as bochechas rosadas, e eu soltei um gritinho animado. “Senti tudo isso e um pouco mais... Foi inexplicável”. Suspirou, então, seu semblante decaiu um pouco.
“O que foi amiga?”. Perguntei com o cenho franzido.
“Eu tenho medo...”. Disse baixinho, nessa altura, tínhamos chegado ao estacionado do colégio, e ela parava na sua vaga habitual. Desligou o carro e virou-se para mim. “O Poncho é bonito...”. Então, soltou uma risadinha. “Bonito é apelido. Ele é lindo, tão lindo que sempre tem garotas correndo atrás dele, e é isso que me dá medo, sabe?”.
“Medo da beleza dele?”. Pergunto um pouco confusa.
“Em partes”. Suspirou e ajeitou os seus cabelos negros e lisos. “Ele é muito atraente aos olhos de quase todas... Em algum momento, pode chegar alguma garota e ele simplesmente vai perceber que o que suspostamente sente por mim é uma simples atração que pode ser substituída á qualquer momento”.
“Eu não acho que seja tão simples assim”. Comento com sinceridade. Então, escuto um barulho de moto e vejo ao longe que é a Dulce Maria... Meu coração simplesmente explode dentro do meu peito e bate descompassadamente. “Sei que sou inexperiente em quase tudo, principalmente em relacionamento, mas acredito que quando amamos de verdade, com todo o nosso coração, pode surgir milhares de pessoas em nossas vidas, mas o nosso sentido ainda continuará naquela pessoa...”. Suspiro ao vê-la retirar o capacete e seus cabelos caírem pelos ombros. “É algo irrevogável, sem previsão e data para acabar...”.
Maite ficou pensativa com as minhas palavras. Ela saiu do carro, e eu também. Senti vontade de me aproximar de Dulce, mas, acovardei-me. E se por ventura, ela me enxotasse? Pelo a sua expressão, também não me parecia com bom humor. Fiquei no meu lugar, apenas a olhando... Dulce mexia no celular quando passou por nós sem nem erguer a cabeça, mas deixando o rastro do seu perfume. Percebi que a minha boca ficou seca e minhas mãos úmidas de suor de um nervosismo que parecia que ia me sufocar. Abaixei a cabeça entristecida por ela não ter falado comigo.
Devia nem se lembrar mais de mim...
“Vamos entrar...”. Maite tocou suavemente o meu pulso para segui-la.
Ia comentar que ainda era cedo. Geralmente, ficávamos na frente do colégio, conversando e deixando o tempo passar, mas logo vir quem ela queria evitar: Poncho. Ele mal tinha acabado de estacionar o carro, quando Maite seguiu em disparada para a entrada do colégio. Vi a cara exasperada do Poncho ao sair do carro, coitado. Chego à conclusão de que o amor não é complicado, e sim, as pessoas.
“Opa!”. Escutei uma voz que me arrancou do meu breve devaneio juntamente com uma mão no meu colo que me empurrou para trás. Como eu estava subindo as escadas, meu corpo desequilibrou, e o estouro foi inevitável. Fico desnorteada com a queda que machuca o meu fêmur, e infelizmente, sinto o impacto no meu corte ponteado, escuto também várias risadinhas, olho para frente em busca de quem fez isso, e meu olhar encontra com os olhos esverdeados e malvados de Sol de La Riva. “Não sabe lê?”. Perguntou e apontou para uma placa. “Proibida à entrada de animais”.
Gargalhadas estouraram por todos os lados, e os meus olhos encheram de lágrimas com uma imensa vontade de chorar...
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Autor(a): ThamyPortinon
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Por autora... Sol de La Riva tinha amanhecido com o demônio no couro. Como dizem. Estava mal humorada, e buscava um modo de se reconciliar com a Dulce o mais rápido possível. Era insuportável ficar um segundo longe dela. Não achou que a outra iria se aborrecer com o seu comentário, também não imaginava que D ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 349
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luh_perronita Postado em 09/03/2018 - 19:56:03
Mais uma estória sua maravilhosa, amei tudo. Esse final foi muito perfeito aaa mais uma vez você conseguiu me emocionar com seu talento, a estória ficou ótima e que bom q mais uma vez o amor venceu o ódio sz estou muito feliz com a continuação de TL, amo mt ela, so perde pro meu xodozinho CTA aa
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Kah Postado em 05/03/2018 - 16:06:50
O que dizer dessa história? MDS. Todo esse trajeto de amor e vingança, e que bom que o amor venceu. Adorei a forma como você retrata os personagens e consegue fazê-los distintos uns dos outros e mostra a evolução deles na história, maior prova foi a Dulce, que encontrou seu lugar ao sol que mais que todos ali, aprendeu a viver e viver bem e Anahi que depois de ir ao fundo do poço, se reergueu, eu amo essa macumba que vc faz pra eu ficar vidrada nas histórias haha E no fim, elas precisavam se reencontrar sozinhas para então poder ter uma vida juntas. ESDLV foi foda e angustiante desde o início, meu pai que sofrimento kkkkk Mas ainda sim uma bela história. Minha Rainhaaaaaaa ♥
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candy_mai Postado em 02/03/2018 - 00:44:27
O que está predestinado a ser, será. Final digno de uma estória maravilhosa, como sempre digo não esperava menos de vc bebe... não querendo nada, quem sabe não tenha uma terceira temporada El Sabor... essa gravidez da Dulce da um gostinho de continuação, quem sabe num futuro não tão distante
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KIKI Postado em 01/03/2018 - 23:59:27
AAAA,fico uns dias sem ler,e é o final.Sol morreu,gostei.Camila se redimiu e devia ter pego algum dinheiro pra ela na falsificação dos documentos.Rubi e Megan,nunca pensei,mas é uma boa junção.Serena terminou seus dias em um manicômio.Fernando e Blanca que fofos.Maite e Poncho com seus Dan e Eloize:-) E o que dizer de portiñon?O amor supera tudo,e Dulce ainda fica grávida?É maravilhoso.Enfim,mas uma fanfic sua maravilhosa!
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..Peekena.. Postado em 01/03/2018 - 23:00:35
Que lindo amei o final parabéns..
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luh_perronita Postado em 01/03/2018 - 16:44:32
Grito com o novo casal. Amei essa evolução delas, o afastamentos realmente foi essencial. Tomara que elas se acertem logo aaaa, ja imagino elas passeando no parquinho com o niko onwwwt tomara q eu explora a. Continua, a fic ta mt lindinha a
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candy_mai Postado em 01/03/2018 - 00:29:04
EU TÔ NO CHÃO, na verdade não esperava menos de uma estória escrita por vc, o meu vô me falou uma vez q só o amor não sustenta um relacionamento, esse tempo que elas tiveram foi essencial pras duas...
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..Peekena.. Postado em 01/03/2018 - 00:12:54
Continua ansiosa para o próximo Capítulo tô amando fanfic.. Se você for postar outra Fanfic me avisa, eu com certeza eu vou ler.
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luh_perronita Postado em 28/02/2018 - 14:49:02
To amando essas capítulos finais, a mudança da Dulce é perceptível pq mesmo amando a Anie ela resolveu deixa-la por saber q são tóxicas uma para outra, amei muito essa atitude dela, a mudança para o bairro antigo me surpreendeu muito, que bom q ela finalmente se encontrou. Anahí por fim resolveu procurar uma terapia, ela tava precisando mesmo. Esse final da Sol me deixou em shook, morreu sem o perdão do pai, e Anahí acho q pode ate perdoar ela. To torcendo pra rubi encontrar alguém aaa. Tá acabando e estou sofrendo por isso aa. Eu espero que portinon fiquem juntas :((
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KIKI Postado em 27/02/2018 - 10:12:24
Camila trabalhando para a Sol,espero que ela roube-a.Eu queria que a Anahí terminasse sua vingança.Rubi voltou pra Dulce,que bom.Dulce está mesmo mudada,voltou para o seu antigo bairro.