Fanfics Brasil - Capítulo 1 Esquisitices( Vondy)

Fanfic: Esquisitices( Vondy) | Tema: Vondy criaturas sobrenaturais


Capítulo: Capítulo 1

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Ucker estava encostado em um poste. Havia saído tarde do trabalho e já era noite, sua mãe deveria estar preocupada. O rosto já não doía, por causa do soco que levará mais cedo de seu pai.


- Você deveria ter devolvido o soco – resmungou Anahí ao seu lado.


Ucker sorriu gentilmente.


- Isso só teria trazido mais problemas, gosto de evitar isso e você sabe.


- Mesmo assim – ela continuou – Seu pai te bate, sua mãe te evita como se você não existisse. Eles desmontaram todo seu quarto e a única coisa sua mesmo e um colchão que você dorme no corredor!


De fato, aquilo tudo era verdade. Ucker não tinha mais um quarto seu, ele fora desmontado e sua mãe o fizera de ateliê, seu pai, quando não o evitava batia nele, se ele não comprasse nada para comer, ficaria sem e passaria fome, suas roupas ficavam em caixas alinhadas cuidadosamente no corredor, assim como os sapatos.


- Você já tem 26 anos, pode morar sozinho ou se quiser…. Pode ficar um tempo comigo! – Terminou Anahí o fitando.


- Agradeço, mas não. – Ucker adiantou-se assim que o sinal ficou verde – Não quero lhe incomodar, assim como não gosto quando incomodo meus pais.


- Pessoas como aquelas não merecem ser chamadas de pais...


Ucker suspirou. Ele e Anahí trabalhavam juntos no escritório do centro da cidade, ambos se conheciam desde pequenos, uma época que ele queria que voltasse.


- Nos vemos amanhã? – Perguntou ela.


- Claro, eu pago o almoço! – Respondeu rindo.


Ela o beijou no rosto e seguiu seu próprio caminho. Ucker suspirou, sabia que a amiga se preocupava com ele, mas era inútil. Claro que ele poderia ir embora há qualquer momento, mas sua mãe ficaria triste, ela gostava dele, ela o amava, apenas não podia demonstrar isso na presença do pai ou de ninguém, porem quando ambos estavam sozinhos ela o fazia. Tivera as melhores notas, nunca reclamava, não chorava, não brigava, conseguira um bom emprego. Mais cedo quando seu pai lhe dera o soco ele não reagira, apenas sorriu e disse:


- É melhor tomarmos cuidado quando o senhor tiver esses acessos de fúria pai, não queremos machucar a mamãe, não é?


Seu pai apenas sacudiu a cabeça e afastou-se, enquanto sua mãe o olhava com medo. Já suportara coisas piores, ossos quebrados, queimaduras de cigarro...  Ao ver de Sérgio, o filho era perfeito de mais e isso o irritava, afinal era como se ele jogasse em sua cara todos os seus defeitos.


Ucker parou. Apesar de deserta, aquela parte do bairro era bem iluminada e ele pode ver o corpo de um gato no meio da rua, nenhum carro à vista.


- Coitado... – Ucker foi em direção ao animal e pegou seu corpo.


Era um gato diferente, pouco maior do que os demais, totalmente branco e não tinha uma calda. Na verdade, era como se ele nunca tivesse tido, não havia sinas de que ela havia sido tirada.


Ucker foi até o parque ali perto e começou a cavar com as mãos a areia, em baixo de uma arvore.


- Acho que aqui será um bom lugar para você – disse ele colocando o corpo do gato cuidadosamente na cova improvisada – Será que eu deveria fazer uma oração? Bem, pelo menos você vai descansar, não é mesmo?


Levantou-se assim que terminou de enterra-lo.


- Dizem que se você tiver dó enquanto os enterram, eles voltam para te assombrar.


- Filho da P... - Ucker virou-se rapidamente em direção da voz.


Uma garota vestida de preto e sentada no muro o observava.


- O.… o que você disse? – Perguntou ele


- Se você tiver dó enquanto os enterram, eles voltam para te assombrar. – Ela repetiu, com um sorriso zombeteiro.


- Como se isso fosse possível – resmungou ele


- Há muitos mistérios nesta vida, acredito que você poderia viver séculos e não solucionaria todos. – Ela riu.


Ucker sentiu-se um pouco desconfortável com aquela garota. Ela era muito bonita, mas algo nela não estava certo. Seria a palidez?


- Então fantasmas existem?


- Esquisitices, melhor dizendo. – Ela deu alguns passos em direção a ele – A noite de hoje está linda não?


Ele concordou com um aceno de cabeça.


- Como é seu nome? – Ucker não fazia ideia o motivo de perguntar aquilo.


- Dulce e o seu?


- Christopher, mas meus amigos me chamam de Ucker.


Ambos ficaram ali parados se encarando por alguns segundos.


- Já viu um fantasma? – Perguntou ele.


Ela riu.


- Eu já vi algo muito pior do que um fantasma...


Ela sorriu e Ucker sentiu algo estranho, era impressão dele ou os caninos eram maiores que o normal? Os olhos dela, eles também pareciam ser diferentes.


- Nos vemos por aí.... Miau!


Ela deu as costas e saiu, assim que se afastou o suficiente Ucker sentiu o corpo relaxar.


- Eu realmente espero que não! –  disse para si mesmo.


 


 


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Autor(a): lenadark

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