Fanfics Brasil - Aproximando-se Ensina-me a Viver - Adaptada

Fanfic: Ensina-me a Viver - Adaptada | Tema: Vondy


Capítulo: Aproximando-se

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 Ao longo daqueles cinco dias que se arrastaram lentos como uma tartaruga, Christopher não conseguia permanecer acordado por três minutos contínuos. Parte disso se devia aos incontáveis calmantes e analgésicos que Dulce enfiava-lhe garganta abaixo, e outra parte a dor excessiva que o acometia. Os ferimentos incomodavam e os tampões que continuavam em cima de sua pele o impediam de descansar.



 Toda vez que acordava e não via a moça no quarto, ele se pegava fitando o teto e pensando no por que dela tê-lo abrigado. Em meio a grunhidos de dor, o soldado ponderava as possibilidades, mas sempre pegava-se frustrado ao não achar explicação plausível pelo ato de solidariedade. Ela não o conhecia, não sabia de suas intenções, e, pior, sabia que ele era de nacionalidade inimiga de seu país. Claro que isso poderia ter sido ‘compaixão’, mas o simples pensamento provocava uma estranha vontade de rir no soldado. Essa palavra não existia no dicionário do assassino. Depois de anos vendo torturas e mortes, o vocabulário de Christopher resumia-se em ‘violência’, e qualquer outro tipo de sentimento que andasse no caminho contrário a esse provocava estranhamento nele. Não conseguia enfiar na sua cabeça dura que alguém poderia abrigá-lo apenas por querer ajudá-lo.



 Sabia que não existia alguém bom a esse ponto.



 O pior de tudo era ver a preocupação que estranha tinha com ele. Todo noite, ela trazia leite e remédios pra ele, sorrindo docemente ao vê-lo tomar tudo num gole só. Toda vez ela se inclinava e o cobria com uma manta grossa, deixando-o o mais confortável possível.



 Christopher, de qualquer forma, poderia classificá-la somente com uma palavra: inocente.



 Abrira a porta de sua casa para um soldado ferido, sem querer saber de onde viera, ou ainda sem se preocupar com o que era e com o que havia feito no passado. Cedera seu quarto, cobertas, comida e ainda arrumara um médico para que ele pudesse se recuperar mais rápido. A moça podia, facilmente, ser vítima de um inimigo sem nem perceber.



 Isso tudo era um grande desastre. Porque ele sabia quais eram as consequências para quem traía o país.



 Principalmente lá, onde todos levavam a guerra tão a sério.



 O pior de tudo era pensar que todo o risco que a alemã corria era gratuito.



 Sim, porque Christopher nunca quis ser salvo. Aos poucos, as lembranças da hora do acidente ficavam mais nítidas, e ele conseguia recordar-se de tudo sem ter que se contentar com imagens foscas e difundidas.



 Lembrava-se da briga que tivera com o coronel, por conta de sua ‘pequena demonstração de poder’ na tenda de armamentos, e de ter saído cuspindo fogo, direto para a tal missão de bombardeio em Nagold. Recordava-se com clareza de ter brigado mais uma vez com Derrick James e de quase ter descarregado sua arma na testa de seu único amigo.



 Amaldiçoara milhares de vezes sua porcaria de vida e sua maldita condição de subordinado daqueles inúteis. Entrara no avião com a cara fechada e sem a mínima vontade de fazer aquela desgraça de missão dar certo. Foi exatamente por isso que não obedeceu a ordem de James, e não jogou a bomba na hora certa, com a conclusão de fazer o avião perder altitude, raspando na grama e se espatifando assustadoramente na mesma. Mas, claro, com a funesta sorte que o rondava, todo o impacto da queda foi no lado do Derrick, matando-o.



 Céus! Nem a morte o queria!



 -



 -



 - Mas não seria o caso de mandá-lo a um hospital? – Dulce perguntou, mordendo os lábios de nervoso.



 Dr. Becker negou.



 - Repouso. É somente isso que recomendo à ele, senhorita Maria. – Dr. Becker disse, assinando uma nova receita de medicamentos que seriam comprados para o soldado. – Dê bastante líquido quente a ele... A perna vai continuar doendo até que eu venha aqui novamente tirar a tala e colocar o gesso... O que vai ser difícil já que ele parece ser um teimoso assumido. – O médico de cabelos brancos, olhos azuis e traços tipicamente alemães riu, e lembrou-se do sacrifício que fora colocar os curativos e a tala naquele homem enorme.



 Dulce assentiu, sorrindo também e pegando os papéis da mão do médico.



 - Ele é um militar, afinal – Dulce pegou-se dizendo de repente. Como crescera ouvindo as histórias deslumbradas de seu pai quanto a guerra e seus protagonistas podia, facilmente, descrever alguns adjetivos de um bom soldado. E, claro, teimosia estava entre eles.



 Mas, para a surpresa de Dulce, o médico de paciência inabalável não sorriu para seu comentário. Ele abaixou a cabeça e suspirou pesadamente, parecendo incomodado.



 - Ele é um militar inglês – Dr. Becker lembrou, num sussurro.



 Dulce sentiu o peito congelar, doendo ao comportar seu coração batendo erraticamente.



 - Eu sei disso. – Dulce garantiu.



 - Isso vai lhe trazer problemas – o médico falou, fitando os orbes marrons da menina e tentando, com isso, transmitir algum juízo para ela.



 - Eu sei disso – Dulce repetiu, agora num murmúrio quase envergonhado.



 O silêncio reinou. Dulce desviou o olhar, não querendo ver os inúmeros avisos contidos no olhar quase mortífero do médico. Não era burra, caramba! Tinha plena consciência de que esse seu ato de bondade iria trazer sérios problemas. Mas ela apenas não queria... Deixá-lo lá. Será que era muito difícil entender que, quando viu o homem debilitado e sem condições pra nada, seu lado humano e afável gritou? Céus, era tão difícil aceitar que ela apenas queria ajudá-lo?



- E você sabe que há uma sede do Partido Nazista há apenas duas quadras daqui, certo? –Dulce apenas assentiu, sentindo um estranho tremor percorrendo lhe pelo corpo. – Sabe, também, que há uma Base Militar bem perto daqui, não é?



 Dulce juntou as sobrancelhas, incomodada com a petulância do médico há tanto tempo conhecido da família.



 - Doutor, eu vou mandá-lo embora assim que ter a perna completamente recuperada, falo sério. – Dulce prometeu.



 - E como vai comunicar isso à ele? Vocês nem ao menos falam a mesma língua! – Dr. Becker exasperou-se.



 Conhecia a pequena Maria desde que a mesma completara seus temidos dois anos de idade. Cuidara da gravidez complicada da mãe dela, e fora testemunha viva do assombroso bombardeio que matou a própria, há dois anos, em Berlim. Ainda recordava-se da guerra que Dulce travava consigo mesma todos os dias, para conseguir cuidar da depressão profunda que seu pai desenvolvera depois da morte da esposa em condições tão agressivas. Ajudara a garota a superar a morte do único que sobrara de sua família, meses depois da morte de sua mãe. Sabia que a menina de cabelos chocolates era muito doce, devido aos ensinamentos que recebera dos pais. Não gostava de violência e era irritamente altruísta.



 Mas seu ato de altruísmo, naquele caso, não seria nada beneficiador.



 - Dr. Becker... Eu só... Não sei, vou dar um jeito!



 - Você nem sabe o nome dele! – o médico insistiu.



 -Christopher Uckermann. – Dulce murmurou.



 - Como?



 - O nome dele Christopher Uckermann. – Explicou ela. – Estava escrito no que sobrou de sua farda.



 O médico crispou os olhos, desconfiado.



 - Como sabe que o nome dele? Não conhece nada da língua inglesa, e isso pode ser o nome da Base Militar, ou, quem sabe, até mesmo um código!



 Dulce revirou os olhos para a paranoia do Doutor.



 - É o nome – garantiu. – Estava bordado no peito esquerdo, um pouco abaixo do coração, assim como meu pai sempre contou que deveria ser na farda de qualquer militar.



 - Dulce, eu só... Não quero vê-la metida em encrencas.



 Dulce suspirou.



 - Eu não vou.



 Foi a vez de um suspiro ser solto pelo doutor.



- Por favor, não deixe que ele saia da cama, em hipótese alguma. Não é só pelo estado dele, sabe.



 Dulce assentiu pela última vez, guiando o médico para fora de sua humilde casa, recebendo um olhar repreensivo antes de vê-lo caminhar na direção do final da rua.



 Apertou mais seu grosso casaco em volta de si mesma e saiu para seu jardim, tremendo ao avistar um soldado, conversando com uma criança, com uma arma em punho como se aquele moleque inocente tivesse alguma informação importante.



 Estremeceu.



 A sua única sorte naquilo tudo era que os soldados que costumavam fazer patrulha na sua rua não eram os mesmos da Base Militar perto de sua floricultura e, consequentemente, aqueles que frequentavam sua rua não sabiam do avião caído, e, mesmo se soubessem, certamente não sabiam dos detalhes.



 O plano era simples para Dulce: ela cuidaria do estrangeiro até que ele estivesse bom o bastante para seguir seu caminho e, depois, se livraria dele e dos sérios problemas que o mesmo acarretava.



 -



 -



 Christopher acordou pela milésima vez naquela noite, gemendo angustiado ao perceber que ainda estava escuro. Elevou suas mãos feridas até sua cabeça, apertando os olhos com a dor que continuava a sentir.



 Ouviu vagamente o ranger da porta e viu uma luz forte quebrar a escuridão do quarto para revelar à alemã entrando no aposento. Christopher apenas continuou estático, fitando a moça caminhar até a beira de sua cama e inclinar-se na sua direção, ajeitando o travesseiro já macio.



 Com estranhamento, deliciou-se com os sentimentos que o dominaram ao mirar a moça umedecer os lábios com a língua e inclinar-se a ponto de permitir Christopher vislumbrar o belo decote que ela usava. Entreabriu os lábios levemente ao ter a perfeita visão dos seios arredondados e pálidos que caberiam perfeitamente em suas mãos. Esquecera-se até mesmo das dores ao imaginar vê-los completamente... Sentiu até um alívio ao notar que ainda era capaz de se excitar.



 A moça arregalou os olhos, corando ao notar que o homem estava acordado. Recuou um pouco, passando as mãos pelos cabelos, e mordendo os lábios avermelhados. Christopher juntou as sobrancelhas, confuso com a atitude dela.



 Ela saiu do quarto, consternada com tudo e Christopher sentiu vontade de se estapear. Engoliu em seco e, meio hesitante, chamou:



- Dulce... – Sua voz estava rouca e fraca demais e ele se esforçou para reconhecê-la.



 A moça estacou. O coração começou a bater forte no peito e a respiração saía aos arquejos.



 Céus, o soldado estava lembrando-se do seu nome!



 Dulce permitiu que um sorriso se espalhasse por seu rosto. Gostou de ouvir seu nome saindo dos lábios bonitos do militar. Ele não sabia pronunciá-lo com perfeição e arrastava o ‘L’ com exagero, mas, mesmo assim, aquilo trouxe um prazer desconhecido.



 Girou seu corpo e continuou com seu sorriso bobo enquanto fitava o homem. Conseguiu distinguir, nos mares esverdeados que ele denominava como seus olhos, um misto de sentimentos, que giravam em torno da confusão.



 O silêncio não estava sendo incômodo, pelo contrário, estava sendo confortável. Não precisavam encher o ambiente com palavras, porque, até mesmo com um olhar, eles já se entediam.



 Dulce sentou-se novamente na beira da cama, e gesticulou para sua própria barriga, perguntando ao homem se ele estava com fome. Christopher sentiu vontade de gargalhar com aquilo, afinal estava sendo tratado como uma criança. Estava sendo dependente e isso – principalmente pra ele – não ia ser nada bom.



 Dulce, então, saiu apressada do aposento, voltando, minutos depois, com um prato repleto de biscoitos e mais um copo de leite. Christopher sentiu a boca salivar. Quanto tempo fazia que não colocava um daqueles na boca?



 Dulce pegou um dos biscoitos e colocou-o na boca gulosa do soldado, voltando a sorrir com o deslumbramento que ele estava sentindo apenas por degustar aquele alimento tão simples e corriqueiro pra ela.



 Toda vez que ela chegava lá com algum tipo de comida, era assim. Dulce observava, com admiração, os olhos do homem brilharem em êxtase enquanto o alimento descia por sua garganta e ele redescobria as sensações.



 A moça não entendia como coisas tão simples poderiam ser tão maravilhosas para ele. Não tinha ideia de que Christopher havia se privado até dos mais simples prazeres humanos quando entrara para o Exército.



 Dulce estava sentindo que cuidava de um filho. Uma criança inexperiente, que estava desbravando o mundo e seus segredos há pouco. Mas quando mirava o corpo esbelto dele, esses pensamentos tornavam-se ridículos. O peito marcante, os traços fortes e angulares, as coxas torneadas e os braços musculosos gritavam para quem quisesse ouvir que aquilo era um homem. E que homem.



 Corou com os pensamentos pecaminosos e logo riu, imaginando como o povo daquela rua iria ficar escandalizado caso soubessem como era o homem que abrigava. Certamente, as mulheres ficariam mais preocupadas em conquistá-lo do que contar algo ao Partido Nazista.



 Alarmou-se de imediato, ao sentir que o soldado deslizava os dedos ásperos por sua bochecha corada, com os olhos fixos na mesma coloração. Ficou estática, deleitando-se com aquilo e reprimindo a vontade de inclinar sua face na direção da mão do homem, apoiando-se na mesma.



 Por fim, elevou sua mão feminina e retirou a masculina de seu rosto, tentando lançar um olhar de repreensão no homem, mas a intensidade com a qual os olhos esmeralda a olhava era tamanha que ela somente soltou um suspiro.



 Enfiou os últimos biscoitos na boca dele, mandando o leite logo em seguida. Christopher engasgou levemente, devido a rapidez com que teve que ingerir os alimentos, nem tendo tempo de saboreá-los direito.



 Esqueci-me de colocar o bebê pra arrotar, pensou Dulce com sarcasmo, revirando os olhos.



Antes de recolher o prato e o copo, colocou mais cobertas em cima do corpo dele, tomando o cuidado de não colocar muito peso em cima da perna enfaixada, seguindo as instruções do Doutor Becker.



Deu um último sorriso para o soldado, saindo do quarto e deixando-o ainda enlevado com suas atitudes cuidadosas.



 -



 -



 Algumas semanas depois.



 Dulce terminou de mexer a sopa e desligou o fogo, retirando a panela e colocando o alimento num prato azul. Observou os legumes descerem da panela e pousarem graciosamente no recipiente. Christopher havia feito cara feia para a sopa de ervilha um dia desses, fazendo com que Dulce renovasse mais no cardápio, descartando, então, a receita de sopa de ervilhas, repassada na família há gerações.



 Os dois continuavam comunicando-se apenas com gestos, mas Christopher arriscava uma ou duas palavras em alemão. Saukerl era o que mais saía de sua boca, até porque era o que ele mais ouvia naquela casa.



 Dulce dormia no quarto ao lado de Christopher, mas, quando os gemidos de dor ficavam altos demais, ela arrumava a poltrona ao lado da cama dele e dormia ali mesmo, sempre pronta para colocar a coberta de volta ao corpo do homem quando ele a jogava longe.



 Dulce não voltara a floricultura desde que abrigara o soldado. Anahí já estava mais do que desconfiada, porém não fazia muito alarde. Estava decidida a voltar a trabalhar só quando o homem já estivesse completamente restaurado recuperado e, de preferência, longe da sua casa. Não ia aguentar os olhares especulativos que a amiga Anahí certamente lhe lançaria.



 - Talvez eu devesse ensinar um pouco de alemão pra ele... – Dulce refletia, enquanto remexia na sopa. – Ele vai ter que arrumar algum dinheiro pra conseguir ir embora... E não da pra fazer isso sem ter dinheiro... E, bem, não da pra arrumar dinheiro sem emprego. – Continuava falando sozinha com a voz ecoando pela cozinha pequena. – Mas, Céus, aonde eu vou arrumar um emprego pra ele?



 Dulce abruptamente seu monólogo, fitando o prato cheio de comida, com o cenho franzido. Por que mesmo ela estava se preocupando com ele?



 Ah, maldição, isso não é da sua conta, Dulce, ralhava consigo mesma, não vai arrumar um emprego pra ele também. Você já o abrigou, deu-lhe comida e sua cama, e ainda vai atrás de trabalho para aquele desconhecido?



 Sacolejou a cabeça, tentando impedir o sorriso idiota que já ameaçava surgir. Pegou o prato de sopa e mais um pano, virando-se pronta para rumar até o quarto e alimentar seu ‘paciente’.



 Entretanto, a alemã estacou no lugar ao constatar que não precisaria subir as escadas, já que o soldado esta ao pé da mesma, bem ali na sua frente. Apoiava-se com dificuldade no corrimão, aguentando todo seu peso só na perna que não estava imobilizada.



 Como foi que ele desceu as escadas com essa perna?, Dulce se questionava em pensamento, incrédula.



 O que a alemã não desconfiava era que o homem já estava mais do que acostumado com lesões. E aquela perna quebrada não estava sendo nada pra ele. Já perdera a conta das vezes que fora obrigado a executar missões com algum tipo de machucado.



 Dulce balançou a cabeça novamente e, passado o choque, andou até ele, colocando o braço em volta dos ombros largos e guiando-o pelos últimos degraus que faltava.



 Corou horrivelmente ao notar que ele ainda trajava apenas uma camisa branca – que ela achara no fundo do armário, depois que a mesma fora esquecida desde a morte do pai –, que cobria só até o começo das pernas contornadas, não escondendo realmente o que deveria.



 Enquanto abaixava a cabeça, envergonhada, não teve tempo de vislumbrar o sorriso matreiro que tomava conta da face de Christopher . Ele sabia o efeito que causava nas mulheres, de qualquer modo.



 Dulce imaginou se ele não estava com frio, enganando-se novamente. Christopher tivera que aprender na marra que não deveria sentir frio.



 Ainda com os braços ao redor dos ombros dele, Dulce sentou-se no sofá.



 Christopher ao em todos os cantos da pequena com certo... Assombro. Sim, aquela deveria ser a palavra certa.



 Afinal, onde estavam a violência, o sangue a... morte? Não via nada daquilo ali. Porque, de uma forma estranha, a casa exalava Felicidade. Vida. Era tão... Impossível.



 Seus olhos verdes e embasbacados percorriam toda a extensão que lhe era permitido ver, com deslumbramento.



 No meio da sala de estar modesta, jazia um tapete preto e felpudo. E essa mesma sala tinha uma porta de acesso que levava novamente à cozinha. Somente esses dois lindos e simples cômodos compunham o andar de baixo da casa.



 Christopher avaliava tudo, ainda deslumbrado, ao mesmo tempo em que sentia a mão pequena da alemã em cima da sua. Olhou novamente para o rosto dela, notando aquele maldito sorriso doce que tanto o afetava.



 Era incrível o sentimento de culpa que o assolava naquele momento. Elevou as mãos até bochecha corada da moça, tentando ignorar tal sentimento. Covarde, sua mete gritava. Para começo de conversa, ele nem deveria estar ali.



 Porque, sim, Christopher não era nada mais do que um intruso. Não merecia o cuidado com o qual ela o tratava, não merecia a preocupação, tampouco todo o esforço que a moça estava fazendo.



 Ele era um assassino, afinal.



 Nunca seria um humano digno.



 Naquele dia, Christopher finalmente não passara todo o dia na cama.



 Depois de Dulce pegar mais um calça encontrada em qualquer lugar, esperar que o soldado a vestisse – rindo sonoramente ao notar como ficara curta – e emprestar-lhe um casaco grosso, os dois ficaram sentados na porta da casa de Dulce, observando as crianças livres correrem pela rua.



 Christopher tentava não tocar na mulher, contentando-se apenas com a troca olhares, mas estava sendo difícil. Principalmente quando ela, inconscientemente, remexia os seios, fazendo-os ressaltarem pelo casaco grosso.



 Ele sentiria sua falta quando tivesse que partir.





Eaí? Gostaram? Eu até achei bonitinho dessa vez, rs.



Comente, por favor.



Beijo, . E até o próximo 



 




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Autor(a): CáVondy

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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 Enquanto Christopher, estranhamente, se via entretido com um desenho qualquer na manta que o cobria, pegava seus pensamentos vagueando pelo passado.  Seus pensamentos, inconscientemente, foram direto e sem permissão para o interior da Inglaterra, mais precisamente na casinha dependurada na grama verde e molhada de orvalho, aonde, há quase quatro a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 25



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  • candyle Postado em 04/03/2018 - 09:59:01

    Volta logo pfr :'(

  • Gabiih Postado em 15/07/2017 - 22:14:30

    Repetiu o texto mais de uma no capitulo né rs, ou to ficando doida? rs tudo bem mas eu amei e o beijo foi tão fofinho, acho tão lindo como ela cuida dele, como ele se porta diante dela, eles são uns amorzinhos, estou encantada por essa história posta mais!!!

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 15/07/2017 - 20:13:59

    Safada querendo dar banho nele kkkkkk. Que bom que a Annie arrumou um emprego pro Christopher, não vejo a hora deles falarem a mesma lingua *-* Me encanta essas 'conversas' sem som <3 Oq seria das nossas vidas sem o google tradutor kkkkk. Um selinho *-* Continua!!

  • candyle Postado em 12/07/2017 - 22:30:19

    To amando de mais essa historia <33 Posta maiiis *-*

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 12/07/2017 - 20:51:25

    Vou amar essa fase ternurinha *-* Amo historias românticas!! Continua!!

  • Gabiih Postado em 12/07/2017 - 20:20:58

    Nossa eu estou encantada com a história,acho a Dulce tão fofa,e o Christopher então ai como amo esses dois,louca para essa fase ternurinha dos dois,sera que eles vão conseguir se entender com palavras algum dia? rsrs, e os dois na banheira ai to amando posta mais!!!

  • srt.myyh Postado em 10/07/2017 - 22:03:25

    Continuaaaaaa

  • candyle Postado em 10/07/2017 - 14:50:00

    Ai que fofos esses dois, to amando essa relação de &quot;doutora&quot; e &quot;paciente&quot; <3 Continuaaa *-*

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 09/07/2017 - 16:22:54

    Que fofos 'conversando' por olhares, mas logo quero toques tbm kkkk. Dulce ta sendo muito atenciosa *-* Espero que ele ñ vá embora tão cedo! Continua!!

  • Gabiih Postado em 09/07/2017 - 12:47:19

    Hoje ameei que lindinhos, que boom que vc atualizou com novo capitulo, posta Mais! !!! Olha eu escrevo uma vondy tbm, se chama 20 anos mais novo! !


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