Fanfics Brasil - Quero fazer direito Oceanos nada pacíficos

Fanfic: Oceanos nada pacíficos | Tema: Romance


Capítulo: Quero fazer direito

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— Isso aqui. - Ele falou e logo em seguida me puxou pela cintura.


 


Não posso negar que ele beijava MUITO bem, mas também não posso negar que fiquei comparando com o Caíque. Nem posso dizer que nossas bocas se encaixavam tão bem como a minha e do Caíque. De repente tive a sensação de estar sendo observada, mas ignorei até o Miguel me soltar, nessa hora olhei para o corredor e vi o Caíque indo em direção ao apartamento dele, mas sem tirar os olhos de mim.


 


— Agora sim, tudo está perfeito. - O Miguel disse e sorriu.


— Concordo.


 


Mal consegui me concentrar no que o Miguel falava pelo fato de o Caíque estar ainda na porta fingindo procurar a chave. O Miguel se despediu e foi embora e eu praticamente corri para dentro do meu apartamento.


Acabei me sentindo super culpada depois, principalmente por ter passado, praticamente, todo o beijo comparando os dois. Ainda tentei assistir um filme, mas a todo segundo o Caíque me vinha na cabeça.


Por mais que eu odiasse admitir eu tinha me apegado a ele muito rápido, não só por nós termos ficado, mas porque ele era uma pessoa maravilhosa. Eu adorava abrir a porta e descobrir que era ele que estava tocando minha campainha, adorava as nossas conversas, por mais aleatórias que fossem, sempre que eu estava com ele parecia que o tempo voava porque ele me fazia um bem danado. E ao mesmo tempo em que eu sentia essa falta toda dele, me subia uma raiva por ele ter estragado tudo me beijando. Eu sei que eu pedi o beijo, mas quem ficou me cantando e me provocando a todo instante foi ele, então sim, a culpa do beijo era dele.


Eu ainda estava refletindo sobre isso quando alguém começou a socar a porta. E admito que uma pequena parte minha estava torcendo para ser o Caíque, a mesma pequena parte que fez meu coração dar pulinhos quando eu abri a porta e descobri que era ele mesmo.


 


— O que...


 


Ele não me deixou terminar a frase, simplesmente me prendeu na parede e me beijou. Não vou fazer a difícil e dizer que quis socar ele. Na verdade, a última coisa que eu queria era socar ele. Quando nos largamos, ele passou a mão pelo cabelo e me olhou.


 


— Pode me chamar de idiota, mentiroso, ou qualquer coisa do gênero, mas a promessa que eu te fiz eu simplesmente não consigo cumprir. Bárbara, os últimos dois dias foram os mais longos da minha vida. Toda hora me dava vontade de vir aqui, bater na tua porta nem que fosse só pra te ver por alguns segundos, mas eu me controlei. Por mais difícil que tenha sido, eu me controlei porque eu te fiz uma promessa. Mas depois de ver aquele cara te beijando eu não consegui mais. Se você quiser me expulsar daqui eu vou te entender, mas não adianta pedir para eu me afastar porque isso eu não consigo, nem que todo dia você me expulse daqui, mas eu não... – Nessa hora eu não deixei que ele falasse mais, só o puxei pela nuca e tasquei um beijo.


 


Só depois de perder o fôlego foi que nos largamos. Se eu me arrependeria disso depois? Muito provavelmente, mas fingir que eu não me importava com ele era algo que eu não seria capaz de fazer naquele momento.


 


— Isso foi um “Eu te perdoo”?


— Não, foi um “Não tem o que perdoar”.


— Como não?


— Não tem, Caíque. Você nunca fingiu ser uma pessoa que não era para mim. Desde aquele dia que eu te dei carona para a faculdade você deixou bem claro que não se apega a ninguém e eu tive uma reação exagerada demais naquele dia. Você não fez nada que um cara normal solteiro não tivesse feito.


— Talvez eu não queira ser um cara normal solteiro. – Ele sorriu de canto.


— Ah moleque, não promete o que você não pode cumprir.


— Quem disse que eu não posso?


 


Ainda ficamos conversando por mais um tempo e com conversando eu quero dizer conversando de vez em quando e se beijando de vez em sempre. O clima acabou esquentando tanto que quando eu vi já estava sem blusa no colo dele. Mas do nada, ele parou de me beijar e me empurrou para o lado.


 


— Não, Bárbara. Eu quero fazer isso direito. – Ele ainda passou os olhos por todo o meu corpo e, não sei se propositalmente ou não, mordeu os lábios. – Se a gente vai mesmo fazer isso eu quero que seja maravilhoso.


 


Ainda revirei os olhos, mas ele simplesmente me deu um selinho, se despediu e foi embora. Deixando-me totalmente frustrada no sofá. Fiquei deitada no sofá olhando para o teto e me lembrando da sensação das mãos dele passeando por todo o meu corpo e de como eu tinha adorado ele ter quebrado a promessa que me fez.


Fiquei jogada no sofá durante um tempo, mas depois fui dormir. Acordei cedinho no dia seguinte, li a manhã toda e resolvi ir ao cinema de tarde, aproveitei para fazer umas compras para a viagem para Florianópolis. Quando cheguei em casa já eram mais de 8 da noite, mas ainda fiquei vendo TV.


Acordei no dia seguinte com meu celular tocando. Era a Rebecca.


 


— Oi linda, vamos criar vergonha na cara e parar de acordar a amiguinha?


— Oi gata, vamos criar vergonha na cara sim, mas para acordar cedo né.


— Um motivo decente para eu fazer isso, você não me dá, não é?


— Falar com sua melhor amiga linda, euzinha.


— Cala a boca, Becca.


— Te amo também. Enfim, está melhor?


— Como explicar...


— Ai meu Deus, Babi, o que foi? – E lá fui eu explicar tudo que tinha acontecido desde a última vez que nós tínhamos nos falado.


— Mas que putaria é essa, vocês dois não decidem o que querem da vida. E porque eu nunca conheci esse primo gato da Sof?


— Te preserva viadinha, você está quase namorando.


— Então, sobre isso...


— Eita, o que foi?


— Eu aceitei.


 


Comecei a dar pulinhos e comemorar.


 


— Que amores. Muitas felicidades, amiga.


 


Ainda ficamos um tempão conversando sobre como o Caíque e eu éramos indecisos até que a campainha tocou e confesso que meu coração disparou na esperança que fosse ele.


 


— Primeiramente, fora Temer. – Ele disse assim que eu abri a porta e eu comecei a rir. – Segundo, bom dia. – Ele me deu um selinho.


— Becca, o Caíque chegou aqui, depois te ligo.


— Hmmmm. – Ela falou do outro lado da linha.


— Idiota. – Começamos a rir.


 


Despedimos-nos e eu virei para o Caíque com as mãos na cintura.


 


— Não cansa de vir aqui me atazanar, não?


— Até parece que você não fica toda felizinha quando a campainha toca. – Odiei-o por adivinhar isso.


— Até parece.


— Enfim, a gente vai ao jardim botânico mais tarde.


— Eu não sei de onde você tira essas ideias que eu gosto de sair contigo.


— Gosta? Você ama.


— Me diz onde você fez esse curso de convencido, porque olha... Muito bem feito.


— Cala a boca, Bárbara. Enfim, te pego às 14h00.


— Ok né. – Dei de ombros.


— E, além disso... A gente vai jantar na minha casa à noite.


— Uau. Posso saber para que tudo isso?


— Para mostrar quão príncipe eu sou.


— Cala a boca.


— Pois venha calar.


— Ora, só presta assim.


 


Antes que eu terminasse de falar ele me puxou e me beijou.


 


— Agora, eu vou para casa. – Ele me deu um selinho.


— Já?


— O que é bom a gente dá só amostra grátis para a consumidora querer mais. – Ele piscou.


— Idiota. – Não me aguentei e comecei a rir.


— Porém, delícia.


— Cala a boca, Caíque.


— Não esquece, 14h00.


— Pode deixar.


 


Liguei de volta para a Becca e ainda ficamos um tempão conversando. Fiz uma besteirinha para o almoço e fui me arrumar para sair com o Caíque. Vesti um short jeans, uma regata branca, uma jaqueta preta e calcei um Vans preto. Deixei o cabelo solto e não passei maquiagem.


Às 14h00 em ponto ele tocou a campainha, fomos no carro dele. Ele levava uma cesta com comida para nós dois.



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Autor(a): missdisaster

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Tenho que confessar uma coisa, mas que isso nunca chegue aos ouvidos do Caíque, porque ele já é convencido o suficiente só com as coisas que ele sabe. Ele realmente é um príncipe, ao menos se comporta como um de vez em quando, como no nosso piquenique. Passamos a tarde quase toda no parque só comendo, conversando e nos bei ...


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