Fanfics Brasil - Melhor contatinho Oceanos nada pacíficos

Fanfic: Oceanos nada pacíficos | Tema: Romance


Capítulo: Melhor contatinho

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Tenho que confessar uma coisa, mas que isso nunca chegue aos ouvidos do Caíque, porque ele já é convencido o suficiente só com as coisas que ele sabe. Ele realmente é um príncipe, ao menos se comporta como um de vez em quando, como no nosso piquenique. Passamos a tarde quase toda no parque só comendo, conversando e nos beijando. Quando voltamos para casa já passavam das 18h00.



Ele foi me deixar na porta do meu apartamento e claro que nós ainda enrolamos um pouco para entrar, o que só aconteceu porque ele ainda precisava preparar o jantar e na escala de prioridades, comida vem antes de beijos.



Ainda fiquei assistindo TV durante um tempo antes de ir tomar banho para começar a me arrumar. Pus uma saia branca colada e uma blusa azul lisa, calcei uma rasteirinha e fiz uma maquiagem leve. Peguei meu celular e minhas chaves e fui até o apartamento do Caíque.



Reuni toda a minha força de vontade para agir normalmente quando ele me atendeu de camisa social PRETA e bermuda branca. Claro que eu não ia perder a oportunidade de fazer uma piadinha.



 



— Qual o sentido de se arrumar para ficar em casa?



— O mesmo de se arrumar para dar 10 passos no corredor... Impressionar o contatinho.



— Ah é, que horas que esse teu contatinho chega? – Levantei a sobrancelha.



— Chegou já, melhor contatinho que eu já peguei.



— Idiota.



 



Não consegui não rir e ele me puxou pela cintura para me beijar. Como sempre ele puxou a cadeira para eu sentar. O jantar estava ótimo, mas dessa vez eu não bebi para não passar a vergonha que nem da outra vez. Quando terminamos de comer foi que eu comecei a prestar atenção aos detalhes, ele tinha colocado velas na mesa e tinha uma música suave tocando ao fundo, tipo aqueles jantares românticos bem bregas, porém confesso que sempre tive uma queda por coisas bregas.



Ficamos no sofá conversando e nos beijando até que as coisas foram esquentando e nós fomos parar no quarto, o que aconteceu lá vocês devem imaginar. E foi perfeito, tanto que nós repetimos a dose, acabei dormindo lá e acordei no dia seguinte com o sol batendo no meu rosto. Olhei para o lado, mas o Caíque não estava mais lá. Olhei no relógio da cabeceira e já passava das 8h30min.



Desesperei-me porque tinha ficado de ir buscar a Rebecca no aeroporto, que era longe horrores do meu apartamento, às 9h00. Catei minhas roupas no chão e me vesti apressada, quando saí do quarto encontrei o Caíque fazendo café na cozinha.



 



— Já levantou?



— Como já? A Rebecca vai me matar, fiquei de pegar ela no aeroporto às 9h00.



— Eita, quer que eu te leve?



— Não, vou só passar no meu apartamento rapidinho e vou.



— Certeza?



— Tenho. A gente se vê depois.



 



Despedi-me dele e fui ao meu apartamento trocar de roupa. Quase sofri uns quatro acidentes no caminho até o aeroporto, mas consegui chegar só 10 minutos atrasada, a Becca já estava me esperando.



 



— Desculpa o atraso amiga, acordei tarde.



— Percebi. – Ela me olhou com a sobrancelha levantada. – Espera aí... Você está atrasada e com uma maquiagem que, claramente, é de ontem. Nós duas sabemos que você tem TOC com a pele, o que poderia ter sido mais importante do que tirar a maquiagem ontem à noite e, ainda por cima, ter feito você se atrasar? Talvez ter dormido com o Caíque?



— Primeiro, vai se foder. Segundo, eu não tenho TOC com a minha pele.



— Tem certeza? Preciso mesmo citar que você comprou água mineral para lavar o rosto naquele dia que a gente ficou sem água?



— Cala a boca, Rebecca.



— Me mandar calara a boca não vai me fazer ser menos curiosa. – Ela riu. – Agora conta, vocês dois transaram, não foi?



— Talvez. – Eu sorri.



— EU SABIA. – Ela gritou no meio do aeroporto.



— Menos, Rebecca, bem menos. Agora vamos embora.



— Vamos, mas você vai me contar tudo no caminho.



— Ok. - Revirei os olhos e peguei uma das malas dela.



 



Contei tudo a ela no caminho para casa.



 



— Isso quer dizer que o primo gato da Sof não tem mais a menor chance?



— Não sei, amiga. Juro para você que não sei. A gente ainda está se falando, mas eu não quero ser filha da puta e dar esperanças para ele sabendo que não vai rolar nada. Não só por causa do Caíque, não rolou a química, sabe? Ele beija bem pra caramba, mas não consigo me ver com ele, sabe? Não como um casal.



— Juntando isso ao fato que você tem um Caíque aos seus pés...



— Não exagera, Rebecca. Nós já dormimos juntos, isso significa que ele não tem mais motivos para continuar sendo um amorzinho.



— Ai me poupe, Bárbara. Você também não dá um crédito para o garoto. Pode ser que ele não queira só transar contigo como você pensa.



— Me poupe digo eu, Rebecca. A gente não está em uma fic adolescente em que ele vai mudar magicamente e virar belo, recatado e do lar. Não estou reclamando não, são só fatos. Contanto que ele continue meu amigo, eu estou tranquila, porque por incrível que pareça ele é uma pessoa ótima.



— Primeiro de tudo, own, que princesos. – Revirei os olhos ao ouvir isso. – Segundo, você nem sequer dá uma chance para ele tentar mostrar que está mudando.



— 'Tá, Rebecca. Eu vou dar uma chance para ele mudar, não que eu acredite, mas vou tentar.



— Ótimo. – Ela sorriu.



 



Fomos conversando durante o resto do caminho. Quando chegamos a Becca foi direto para o quarto dormir e eu fui tomar um banho. Fiquei mexendo no celular até a hora do almoço quando a Bela adormecida acordou.



 



— Para outras coisas você não acorda, mas pra comer...



— Óbvio, se eu vou cansar minha beleza que seja com coisas importantes. – Ela jogou o cabelo para trás.



— Então, quando o boy magia chega?



— Provavelmente próxima semana. Ele já arranjou apartamento, vai vir mesmo só quando as aulas já estiverem perto de começar para ajeitar a transferência.



— Ai que horror, quero conhecer logo para saber se eu aprovo.



— Vai aprovar com certeza, amiga. Ele é um amor.



— Own, tão apaixonada. Eu vivi para ver isso, Brasil.



— Cala a boca. – Nós rimos.



 



Ficamos mais um tempão conversando até eu ter que sair para fazer compras para casa. Quando eu voltei encontrei o Caíque conversando com a Rebecca na cozinha, no momento que eles me viram pararam de falar.



 



— Aposto que estavam falando mal de mim. – Falei enquanto colocava as compras em cima da mesa.



— Claro, eu não ia sair do meu apartamento para falar bem de você, não é mesmo? – Ele riu.



— Ridículo. – Beijei-o.



— Vocês são lindos, mas não nasci para castiçal. Aqui o desinfetante, Caíque.



 



Ela entregou uma garrafa de desinfetante para ele, que por um instante pareceu confuso, mas só por um instante. Ele se despediu de nós e foi embora.



À tarde a Sof apareceu lá em casa, fizemos maratona de filmes e aproveitamos para falar sobre os boys. E a Sof deu a entender que o Miguel estava cheio de esperanças. Se eu me senti culpada? Não, além. Fiz uma anotação mental de marcar de sair com o Miguel para resolver essa situação.



 



— Então, quando o Caio volta?



— No domingo, eu acho, ou seja, a gente viaja na segunda. Inclusive, temos que comprar logo as passagens. O Rodrigo decidiu se vai com a gente, Sof?



— Vai não. Parece que ele vai ter que voltar mais cedo para o negócio lá da bolsa da faculdade.



— Ah. Então, só nós quatro?



— Isso. Melhor comprar as passagens logo, se não acaba.



— Verdade.



 



Aproveitamos para comprar logo as passagens pela internet, a Sof ficou lá até quase 21h00. Depois que ela foi embora eu ainda fiquei lendo e a Becca vendo série. Acordei cedo no dia seguinte e aproveitei para mandar mensagem para o Miguel e nós combinamos de nos encontrar no shopping. Fiquei vendo TV até que a campainha tocou, era o Caíque.



 



— Trouxe filmes.



— Para agora?



— É, tem coisa melhor para fazer?



— Na verdade, eu tenho um compromisso no shopping.



— Ah, a gente pode ir junto então, aproveitamos e vamos ao cinema.



— É que, eu vou encontrar com o Miguel lá. – Não me perguntem o porquê, mas eu fiquei preocupada com a reação dele.



— Ah. – Ele fez uma cara de quem queria matar alguém.



— Mas a gente pode sair amanhã.



— É, amanhã eu vou à praia com a galera.



— Então eu estou me convidando.



 



Sorri e ele tentou sorrir de volta, mas era perceptível que ele não tinha gostado de saber que eu ia me encontrar com o Miguel, pior que isso, que eu tinha trocado ele. Não que eu devesse alguma satisfação a ele.




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Autor(a): missdisaster

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Tentei tirar esses pensamentos da cabeça e fui me arrumar. Quando cheguei ao shopping o Miguel já estava me esperando.   — Oi. – Ele sorriu. — Oi... – Fiz uma pausa tentando pensar em um bom jeito de começar a falar o que eu queria. – A gente tem que conversar. — Ah não... Nada bom sai de um ...


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