Fanfics Brasil - Completamente certa ou totalmente errada Oceanos nada pacíficos

Fanfic: Oceanos nada pacíficos | Tema: Romance


Capítulo: Completamente certa ou totalmente errada

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Terminamos de almoçar e ficamos conversando no hall, a Becca e o Caio desceram pouco depois. E se alguém me perguntar como eles conseguem dormir tanto eu realmente não vou saber responder. Eu e a Sof voltamos para os nossos quartos e eu fiquei lendo até umas 15h00, o horário que eu havia combinado com ela para irmos visitar uma cachoeira próxima. E como os hibernadores estavam sem energia, fomos junto com um grupo de turistas que estavam hospedados no mesmo hotel que nós.Tenho que admitir que valeu a pena REAL, a paisagem era simplesmente maravilhosa e nós nos divertimos bastante e até fizemos amizade com os outros turistas.



Quando voltamos ao hotel já estava escurecendo e eu só consegui comer alguma besteira antes de desmaiar de cansaço. Talvez se eu houvesse conferido meu celular antes de desabar, pudesse ter evitado o drama que encontrei no dia seguinte. E com drama eu quero dizer DEZ mensagens do Caíque reclamando que eu o havia esquecido.



 



Putz, que drama hein.



Ah, se lembrou da minha existência?



Cala a boca, Caíque.



Tecnicamente, eu estou calado, só estou digitando.



Haha, que engraçado.



Sim, sou mesmo.



ATA.



Mas, enfim, já chorou quantos litros com saudades de mim?



Nossa, que bipolar. Primeiro, diz que eu te esqueci, agora diz que eu chorei litros com saudade. Decida-se, amor.



UAU. É isso mesmo que eu estou lendo? Bárbara Sampaio me chamando de amor?



Se liga. Foi irônico, que nem quando você chama as inimigas de "fofa".



Se isso te faz sentir melhor, eu vou fingir que acredito, Babi.



Vai se foder, Caíque.



Eu até iria, mas a pessoa com quem eu queria fazer isso não está aqui.



 



Eu o imaginei dando aquele sorrisinho malicioso dele igual ao emoji que acompanhava a mensagem.



 



Ah é, por quê? Perdeu todos os contatinhos?



Perdi não, é que a única que eu quero agora, viajou e não está nem aí para mim.



Ah, sei.



Deve até ter pegado vários caras.



Vários eu acho que não, mas um pelo menos deve ter pegado.



 



Arrependi-me quando ele visualizou a mensagem e demorou uns dois minutos para responder.



 



Bom para ti, então.



Acho que sim.



Acha?



É, acho, não tenho certeza.



Hm. Vou ter que resolver uns negócios por aqui. Se você não estiver ocupada beijando outras bocas mais tarde, a gente se fala.



Ok.



 



Ótimo. Estraguei tudo de novo. Eu tinha que abrir minha boca grande e falar do Gui para ele. Óbvio. Que nem naquela música. "Se não desse errado, não seria eu".



Apesar de ter tirado um peso das costas por ter contado e evitado que alguém soltasse a informação acidentalmente, eu me sentia mal porque ele pareceu ter ficado chateado. E era meio óbvio que ele ficaria. Eu não tinha tido um breve ataque de ciúmes alguns dias antes com a simples menção de que ele ia a uma festa?



Ah como eu odeio essa fase "E agora? Posso beijar outras bocas tranquilamente ou serei uma bruxa desalmada já que nós estamos ficando sério?" dos relacionamentos. E por mais que eu não acreditasse na existência de alguma coisa séria na nossa relação, um pedacinho minúsculo de mim, torcia para que estivéssemos ficando sério e que ele realmente estivesse querendo mudar. Lembrei, então, da conversa com a Sof e como fazia sentido tudo que ela havia dito. Talvez eu estivesse mesmo tentando me sabotar e magoar ele antes que ele me magoasse. Não que eu me sentisse bem com aquilo, mas lá no fundo eu sabia que tinha um fundo de verdade.



Ainda fiquei encarando o teto e me torturando com aquele conflito interno por um tempo, pelo menos até minha barriga começar a roncar. Tomei um banho rápido e desci atrás de comida. Passei no quarto das meninas e do Caio para chamá-los. Tomamos café da manhã e fomos para a praia, acabamos almoçando por lá e voltando para o hotel pouco depois.



O resto da nossa viagem não teve nada muito relevante, exceto as paisagens maravilhosas e as festas, mas não acho que isso vá interessar muito vocês. O mais importante a se dizer é que eu ainda saí com o Gui outra vez e nós ficamos de novo. Saímos bem cedo do hotel e antes das 9 da manhã, já estávamos de volta ao Rio. E para a minha surpresa, o Caíque estava nos esperando e quase pulou em mim quando nos viu. Obviamente, não tenho do que reclamar. Quase me derreti quando ele passou os braços pela minha cintura e me beijou, mas se perguntarem, vocês não souberam isso por mim, claro.



Ele deixou o Caio e a Sof em casa e só então, fomos para casa. Chegamos ao meu apartamento e ao invés de entrar como meu corpo implorava que eu fizesse eu fiquei encostada na porta conversando com o Caíque. Apesar de nos termos nos beijado muito eu senti que ele estava agindo estranho e claro que isso me fez ficar remoendo a besteira que eu tinha feito.



Ainda ficamos um bom tempo lá antes de eu entrar. Levei minhas malas para o quarto e fui ver TV com a Becca. Claro que ela foi investigar se eu estava arrependida.



 



— Já posso dizer “Eu te avisei”?



— Talvez.



— Sério? – Ela virou para mim.



— Acho que sim. AHHH. Ele ficou estranho depois que eu falei sobre ter ficado com o Gui.



— Você contou?



— Contei, ué. – Dei de ombros.



— Ai meu Deus, Bárbara.



— O que foi? Melhor ele saber por mim.



— Não. Melhor seria ele não saber de nada.



— Ah não, Becca. Não gosto disso não. Contei, pronto. Não dá para desfazer. E se ele quiser ficar com raiva, problema dele.



— Às vezes eu tenho vontade de te bater, sabia?



— Eu também sinto vontade de te bater, às vezes, também. Mas a gente releva né. – Ela revirou os olhos, mas não conseguiu conter o riso.



— Enfim, não dá para desfazer a merda, mas dá para evitar que piore. Fala com ele. Pergunta se ele está bem com isso.



— Claro que não está. Ele quase deu um ataque com o negócio do Miguel.



— Eu sei que não está, bocozona. Mas perguntar isso mostra que você se importa com ele.



— Faz sentido.



— Sem contar que perguntando fica mais fácil analisar quão puto ele ficou.



— Verdade. O que seria de mim sem você, Becca?



— Nada. – Ela suspirou e nós rimos.



 



Ainda fiquei vendo TV um pouco e depois fui desfazer minhas malas. Fui terminar quase na hora do almoço e como eu e a Becca somos duas preguiçosas pedimos almoço pronto. À tarde decidi que era hora de resolver o problema Caíque. E para não chegar lá de mãos abandando, peguei uns filmes para assistirmos.



Toquei a campainha e ele me atendeu todo arrumado.



 



— Vai sair?



— Não, Babi. Eu me arrumo para ficar em casa olhando para o teto.



— Eu faço isso às vezes, ué. – Ele riu. – Enfim, eu trouxe filmes.



— Sério? – Ele fez uma carinha de desapontado. – Eu realmente tenho que sair.



— Ah. Para onde?



— Para a casa de uma amiga. – Ele hesitou antes de falar.



— Hm. Entendi. Deixa para outro dia, então. – Já estava me virando para ir embora quando ele me chamou.



— Ei.



— O quê? – Talvez eu não tenha sido a mais simpática quando falei isso.



— Você não ficou chateada, não é?



— Não. – E talvez eu tenha soado como alguém na defensiva.



— ‘Tá.



 



Não esperei ele se despedir antes que eu entrasse em casa. Ok. Vocês devem estar me julgando agora, me chamando de hipócrita e coisas do tipo. Mas eu simplesmente não podia evitar. Ele me fazia ser irracional em tantos níveis que me dava vontade de gritar. Mas eu me controlei e só fiquei enlouquecendo em silêncio e fingindo que estava realmente assistindo filme.



Ao mesmo tempo em que eu me culpava por como ele estava agindo eu o xingava mentalmente por achar que ele estava usando o meu ‘fica’ como desculpa para se afastar de mim depois de termos transado. Eu podia estar completamente certa ou totalmente errada, mas claro que a segunda opção nem me passou pela cabeça na hora da raiva.




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Autor(a): missdisaster

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Passei boa parte da tarde daquele dia tentando não pensar em toda essa confusão. Adivinhem se funcionou. Mais tarde, a Becca saiu sem dizer para onde ia e eu fiquei deitada, olhando para o teto, ouvindo música e pensando em tudo e em nada ao mesmo tempo. Fiquei um bom tempo assim até a campainha tocar. Óbvio que era o Caíque, ...


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