Fanfics Brasil - Homem de palavra Oceanos nada pacíficos

Fanfic: Oceanos nada pacíficos | Tema: Romance


Capítulo: Homem de palavra

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Na hora do jantar eu conferi no olho mágico mais uma vez e não o vi mais e achei que ele havia ido embora. Mas só achei mesmo porque quando eu abri a porta do apartamento ele estava encostado lá e despencou para trás. Obviamente eu comecei a rir dele, mas me recuperei logo e comecei a ir em direção ao elevador. Infelizmente, ele me acompanhou.


 


— Babi, me escuta, por favor.


— Caíque, para. Você não me deve satisfação nenhuma. Eu que fui idiota de pensar que porque a gente se beijou, você ia virar um santo.


— Você não entende, eu fiz aquela porcaria de festa justamente porque a todo momento eu só conseguia pensar no nosso beijo, em ti, em como eu me sinto bem quando a gente está junto. E quando eu vi aquela mina me dando mole a única coisa que eu pensei foi “Eu preciso esquecer a Barbara”


— Ah é, que história bonitinha. Aí depois vem o quê? Esse teu papo pode funcionar com as meninas que você pega, mas eu não vou cair nessa de que você não gostou de beijar aquela menina. – Desisti de esperar pelo elevador e fui pela escada, mas claro que isso não impediu o Caíque de me seguir.


— Mas é isso que eu estou tentando dizer, caramba. Eu gostei, muito.


— Uau, parabéns. – A vontade de socar ele só aumentava.


— Escuta, o que eu estou querendo dizer é que eu gostei de beijar ela, mas a cada segundo que eu ficava ali a única coisa que eu fazia era comparar vocês duas. Eu passei o tempo todo pensando o quão melhor era te beijar, ou como ela provavelmente não seria capaz de conversar sobre qualquer coisa a qualquer hora como eu faço contigo, ou como ela não ficava bem com qualquer roupa como você faz tão bem.


— Para, velho. Eu sei o quão teu ego deve ser inchado, mas não é assim que o mundo gira. Não dá para você simplesmente fazer tudo isso e depois vir me pedir desculpa e achar que as coisas vão voltar ao normal, como se nada tivesse acontecido, porque não vão.


— Babi, por favor... – Eu o interrompi


— Lembra quando você me chamou para jantar?


— O quê? – Ele me olhou confuso.


— Eu perguntei se você lembra de quando me chamou para jantar na sua casa.


— Lembro...


— Então você deve lembrar do que falou naquele dia. Que se eu jantasse com você naquela noite e depois simplesmente pedisse para você se afastar de mim, você se afastaria.


— Eu lembro disso, mas o que... – Interrompi-o mais uma vez.


— Bom, eu estou pedindo pra você se afastar agora.


— Mas Bárbara...


— Por favor, Caíque. Eu não estou pronta para passar por tudo isso, provavelmente nunca vou estar. A única coisa que eu estou te pedindo é para cumprir sua palavra e se afastar de mim.


— Eu não sou de desonrar minha palavra, mas tem certeza que é isso que você quer? – Ele me olhou desapontado.


— Tenho. – Encarei-o séria.


— Tudo bem.


 


Ele colocou as mãos no bolso e saiu de cabeça baixa para o seu apartamento. Eu simplesmente entrei no meu apartamento, sentei no chão e comecei a chorar. Não pelo fato de ter mandado ele embora, na verdade, aquela foi uma das poucas coisas sensatas que eu fiz em relação a ele. Chorei por ter me deixado envolver por alguém tão idiota e por ficar mal pelas babaquices dele. O pior de tudo é que eu realmente não podia culpa-lo, ele nunca falou que era um santo, pelo contrário, sempre deixou bem claro que era do tipo “Lembro dos seus peitos, mas não do seu nome”, eu que tinha sido idiota a ponto de achar que isso era só fachada.


Pouco depois meu celular tocou, não atendi nessa nem nas outras duas vezes, a Rebecca provavelmente iria querer me matar no dia seguinte, mas eu não ia conseguir lidar com o interrogatório dela naquele momento. Tomei um banho e fiquei deitada na cama tentando entender quando que tudo começou a dar tão errado, acabei pegando no sono enquanto pensava nisso.


Acordei cedo no dia seguinte e fiquei vendo TV até dar a hora de me arrumar para o aniversário da mãe da Sof.


Saí do banho e pus um vestido branco soltinho, nada muito chique, calcei uma rasteirinha, deixei meus cabelos soltos e fiz uma maquiagem leve. Saí atrasada, mas cheguei rápido lá, a Sof veio logo me receber quando eu cheguei. A festa era no quintal da casa dela, que era enorme, as mesas estavam espalhadas pelo quintal e cobertas com uma toalha lilás. Cumprimentei a aniversariante, entreguei o presente e fui sentar com a Sof.


Ficamos conversando e pouco depois chegou um cara lindo na nossa mesa.


 


— Sof, me ajuda, a tia Sarah não para de falar da nova dieta, deixa eu sentar com vocês. – Os dois riram.


— Senta. Deixa eu apresentar vocês. Miguel, essa é a Bárbara. Bárbara, esse é o Miguel.


— Pode me chamar de Babi, prazer. – Sorri


— O prazer é todo meu.


 


Começamos a conversar, mas pouco depois o Rodrigo chegou e a Sof e eles entraram no casulo de casal deles. Acabei entrando em uma conversa bem animada com o Miguel, descobri que nossos gostos eram super parecidos, até dançamos juntos. Lá pelas cinco da tarde, resolvi ir embora.


 


— Vou me despedir da Sof.


— Mas já? – O Miguel fez uma carinha de cachorro que caiu da mudança e eu quase desisti de ir embora.


— Já, tenho que arrumar a casa. – Fiz cara de quem queria estar morta.


— Nesse caso, eu te acompanho até o carro.


— Obrigada. – Fiz uma mesura e nós rimos.


 


Fomos em silêncio até o carro e quando eu fechei a porta ele se encostou na janela.


 


— A gente tem que marcar de sair depois.


— SIM.


— Só você me passar seu número e nós marcamos.


 


Passei meu número para ele, nos despedimos e eu fui embora. Eu quase não ia para aquela festa, mas ter ido foi uma das melhores decisões que eu tomei já que aquela conversa toda com o Miguel tinha me animado muito. Mas o que mais me animou foi a mensagem dele que já estava no meu celular quando eu cheguei.


Além disso, também tinha mensagem da Rebecca xingando todos os meus futuros descendentes por não ter atendido ela no dia anterior. Depois de limpar a casa fiquei conversando com os dois até tarde e até marquei de sair com o Miguel na segunda-feira.


Acordei cedinho no domingo, apesar de não ter absolutamente nada para fazer. Domingo é aquele dia que todo mundo tem preguiça, mas ninguém tem sono para dormir. Até o relógio parece que não anda. Assisti uns episódios de Suits, Downton Abbey e That 70’s show, li um pouco, vi filme, mas parecia que o dia não acabava.


Graças a Deus, a segunda chegou e com ela meu encontro com o Miguel, nós marcamos de nos encontrar em uma lanchonete perto do meu apartamento. Fizemos nosso pedido e ficamos conversando. Mesmo depois de comer ainda ficamos sentados lá um tempão e ele me lançava uns olhares que me deixavam morrendo de vergonha.


Pedimos sorvete e fomos andando até a minha casa, paramos em frente ao meu prédio e ele estava contando alguma piada idiota que me fiz rir feito uma louca e, desastrada que sou, derrubar sorvete na blusa dele.


 


— Ai meu Deus, Miguel, desculpa. Olha isso, manchei tua blusa toda, que mongol.


— Relaxa, Babi. Não foi nada.


— Como não foi nada, Miguel. Derramei sorvete de chocolate na sua blusa branca. Vem, vamos no meu apartamento limpar isso.


— Não Babi, não quero incomodar.


— Que incomodar o que, garoto?! Eu que te sujei, não faço mais que a minha obrigação, vem. - Puxei-o pelo braço.


 


Dizer que eu babei quando ele tirou a blusa para limpar seria eufemismo, mas como sou bela, recatada e do lar só ajudei ele a limpar. Claro que não saiu completamente, mas melhorou bastante.


Depois de limpar, eu levei ele até a porta e ainda ficamos conversando um pouco na porta.


 


— Eu adorei a noite, Babi.


— Eu também, estava precisando mesmo sair e me distrair. – Sorri.


— Só faltou uma coisa. – Ele sorriu de canto.


— Ah é, o quê?



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Autor(a): missdisaster

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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— Isso aqui. - Ele falou e logo em seguida me puxou pela cintura.   Não posso negar que ele beijava MUITO bem, mas também não posso negar que fiquei comparando com o Caíque. Nem posso dizer que nossas bocas se encaixavam tão bem como a minha e do Caíque. De repente tive a sensação de estar sendo observada ...


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