Fanfic: Nascidos no Crime - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy/Romance/Hot

   Christopher fez o possivel para esquecer o que tinha feito quando chegou na casa de seu pai.

   Não importava que o pai de Christopher, Victor, fosse o lider dentro da organização Bratva. Não adiantava nada para um filho que não lutava pelos ideais como todos os outros. Christopher andava como sempre fazia como se tivesse um chip no ombro do tamanho de Moscou. Era a única maneira de sobreviver em seu mundo. Qualquer sinal de fraqueza garantiria o julgamento dos outros membros da Bratva.

  Christopher viu um dos  brigadeiros de seu pai descansando na sala de bilhar. Josef era um dos líderes mais velhos e confiáveis de seu pai. Josef tinha quase vinte homens trabalhando em sua unidade, era também um dos espiões mais confiáveis de seu pai. Não havia dúvidas, na cabeça de Christopher, de que Josef já sabia que o subalterno dos Saviñón estava morto pelas mãos de Christopher. Não faria o homem mais velho feliz. Ele não tinha escondido sua intenção de um dia deixar alguém tomar o lugar de Victor como lider.

   No corredor, pela sala de estar,  subindo as escadas para o escritório de seu pai, Christopher manteve sua mente centrada no prêmio. Dessa forma, ele não poderia consumar o fato de que a mulher mais perfeita do mundo era a filha de seu inimigo morto. A mulher que ele tinha fo/dido essa noite era uma Saviñón! Esse fato tirou sua capacidade de descrevê-la. Não haveria nada entre eles. Não poderia haver. Além disso, uma vez que ela descobrisse quem ele era, ela iria odiá-lo de qualquer maneira.

     -Ah! Aí está você. -Victor levantou-se quando Christopher entrou em seu escritório. -Ouvi falar do que fez, meu filho. Ouvi  como você esperou seu inimigo e cortou sua garganta com sua própria faca!

  Parecia bárbaro se deleitar com esse tipo de violência, e ainda assim era como viviam. Christopher entrou no escritório de seu pai e sentou em uma cadeira.

     -Ele está morto. Consegui meu status, embora não possamos prever isso, os Saviñón estão quase derrotados.

     -Bom! -seu pai caminhou até um mapa da cidade pendurado na parede. -Esta área aqui é contestada. -seu pai indicou uma seção esboçada em vermelho. -De State Street ao porto, os Saviñón consideraram este seu território desde os dias da proibição!

     -Não mais. -murmurou Christopher. -Fernando Saviñón tem uma filha. Você sabia?

     -Os italianos nunca seguiriam uma mulher. -disse Victor com uma onda de desprezo. -Josef matou o irmão mais velho da menina há anos. Ela não tem idade suficiente para tomar as rédeas de seu avô, ou mesmo para emitir ordens em seu nome. O velho nunca nomeou outro Consigliere depois que seu neto foi assassinado. Agora ele vai tentar.

     -E se ele conseguir? -Christopher perguntou calmamente.

     -Pfft! -seu pai zombou. -Ele vai tentar, mas é tarde demais para deter o fluxo de sangue. Fernando foi o último homem com qualquer capacidade de liderança. Agora a família vai cair, e vamos varrer e pegar as peças.

   A maneira gananciosa com que Victor olhava para o território delineado em vermelho no mapa era o suficiente para dizer a Christopher que seu pai ordenaria alegremente o assassinato de qualquer um que estivesse em seu caminho.

    -Você já pensou em quem você vai nomear para o seu próprio grupo de capangas? -Victor esfregou as mãos. -A equipe de   um brigadeiro é a espinha dorsal da Bratva.

     -Estou ciente. -disse Christopher secamente. -Já tenho Poncho e Christian.

    -Sim. -Victor estreitou os olhos para seu filho. -Seus amigos.-Christopher levantou-se e preparou-se para deixar o escritório de seu pai.

     -Se me dá licença? Preciso falar com Poncho sobre nossos planos para amanhã.

     -Quais planos? -perguntou Victor.

  Christopher olhou fixamente para seu pai, perguntando-se se ele realmente desejava investigar os negócios dele. Era muito incomum e contrário ao que era esperado dentro do Bratva. Os brigadeiros não se intrometiam no trabalho diário ou nos negócios de outro brigadeiro. Um lider só questionava um brigadeiro se suspeitava da lealdade do homem. Neste caso, Christopher estava chegando a suspeitar que Josef estivesse sussurrando no ouvido de Victor sobre a possibilidade de Christopher querer assumir a posição de seu pai.

     -Estamos planejando uma invasão em um armazém dos Saviñón no porto. Há alguns bens lá  que me interessam. Isso é tudo.

     -Muito bem. -disse Victor com um aceno de cabeça. -Você pode ir.

  Christopher saiu do escritório de seu pai e retornou ao nível principal da casa. Ele se manteve nas sombras e aproximou-se da sala de bilhar da entrada secundária. Geralmente, apenas o pessoal da casa usava esse caminho para levar comida e bebida aos homens. Isso significava que era perfeito para que tivesse alguns minutos para espionar Josef.

    -O filhote conseguiu ganhar seu posto. -disse alguém em voz alta.

     -Quieto! -sibilou Josef. -As paredes têm ouvidos neste lugar.

    -Você não tem medo de Christopher? -alguém perguntou. Josef andou em volta da mesa de bilhar. Ele marcou seu taco antes de jogar. Quando ele finalmente conseguiu tomar o tiro, as bolas rolaram rápidas em torno da mesa. Nenhuma caiu nos buracos. Então ele olhou em volta até que seu olhar se acomodou no esconderijo sombrio de Christopher.

    -Tenho todo o respeito do mundo pelo filho de Victor. Ele é um Brigadeiro da Bratva agora. Como tal,  merece nosso respeito. -anunciou Josef.

  Houve um olhar compartilhado de confusão em torno da mesa de bilhar. Christopher não se incomodou em ouvir mais. Virou-se e voltou para o seu quarto. Ele não iria descobrir nada hoje.

Oiie!! Já vou avisando que Josef ñ é nenhum santo