CINCO ANOS DEPOIS…
-Eu troquei a última fralda! -Téo apontou para Poncho e depois fez um gesto vago para o bebê sentado no tapete persa grosso no escritório de Dulce. Poncho murmurou algo feio em russo.
-Você não trocou! Você descobriu um problema na cozinha que só você podia resolver e nunca mais voltou!
-Não, não. -Téo resmungou sombriamente. Dulce revirou os olhos e olhou para cima do livro que estava lendo
-Hey! -ela virou-se para os dois homens. -Olha, eu não me importo quem trocou a última fralda. Você me entendeu? Eu vou estar feliz em trocar essa eu mesma como fiz na última vez já que vocês dois são péssimas babás.
-Não! -Téo argumentou. -Eu já entendi. -ele pegou o bebê do chão com surpreendente delicadeza e colocou a criança em seu quadril. Então ele fez uma cara de pateta, e o bebê balbuciou e riu com prazer. Téo acariciou a criança de cabelo castanho claro. -Eu não posso deixar meu pequeno príncipe ficar com a bu/nda suja, não é mesmo?
Dulce observava com diversão quando o homem que ela tinha designado para ser seu sub chefe saiu de seu escritório com Pedro em seu quadril. Era realmente algo para se ver, e ainda assim, se Dulce realmente pensasse sobre isso, era exatamente como ela queria que as coisas terminassem.
As casas estava cheia de homens da Bratva e Saviñón's. Claro, negócios eram negócios, e ainda havia um negócio criminoso muito lucrativo acontecendo. Dulce olhou para aquilo como parte da vida. Poderia ser moralmente ambíguo, mas Dulce descobriu que as organizações dirigidas por ela e por Christopher ainda eram mais honestas do que os federais.
Poncho andou até a mesa.
-Como você está se sentindo?
-Quer parar de me perguntar isso? -Dulce esfregou sua barriga muito grávida. -Não é como se eu não estivesse acostumada com todo esse processo até agora, sabe? Esse é o bebê número três. -o sorriso de Poncho lhe disse que ele não se ofendera nenhum pouco com sua resposta.
-E eu estou certo que Christopher ia gostar de saber como está.
-Isso é porque vocês são um bando de mulheres velhas! -ela caiu para trás em sua cadeira confortável. -Quando Alicia nasceu, eu pensei que eles iam fechar o hospital para evitar que vocês tentassem entrar na sala de parto. -ele estava rindo com aparente satisfação.
-Eu vou admitir que exageramos um pouco no nascimento de Alicia, mas você tem que admitir que foi o primeiro. A maioria de nós ainda não havia se casado. A sua gravidez foi a primeira que vimos realmente.
-E eu fiz todos vocês participarem, claro. -Dulce concordou com um suspiro. -Ver dezenas de mafiosos fortões passarem por um *treinamento CPR foi inestimável.
-Sem mencionar as babás. -Poncho disse sombriamente.
-Sim, mas admita. Isso veio a calhar quando sua Annie começou a ter bebês.
-Você está certa. -Poncho parou por um momento, e então suspirou. -Você e Christopher fizeram algo que ninguém pensava ser possível, e todos nós agradecemos por isso.
Dulce tomou um fôlego para responder, mas foi cortada por um borrão de babados brancos e rosa.
-Mamãe!
-Olá, minha querida! -Dulce pegou sua pequena filha e abraçou com força. Christopher estava bem atrás de sua filha mais velha. O olhar que ele deu a Dulce fez ela estremecer por dentro. Ela jamais entenderia por que ele achava tão fisicamente irresistível quando estava grávida, mas ela sabia que era verdade. O homem estava praticamente ardente para ela. Era tentador dizer a Poncho para pegar Alicia e sair. O sexo era estranho nos dias de hoje, mas Dulce e Christopher davam um jeito.
-Mamãe, olha para mim. -Alicia agarrou o rosto de Dulce e pressionou as palmas das mãos nas bochechas de sua mãe. Em seguida, ela forçou Dulce a se concentrar nela completamente. -Papai fez a coisa mais maravilhosa.
-O que? -Dulce quase odiava perguntar. Christopher era péssimo quando se tratava em dizer não para Alicia.
-Temos um filhote de cachorro! -Alicia gritou. Ela começou a saltar batendo palmas.
-Calma ai, princesa. -Christopher disse rapidamente. Ele estendeu a mão e pegou sua filha do colo de sua mãe. -Você vai machucar a cabeça de seu irmão mais novo pulando na barriga da mamãe assim.
-Oops, eu esqueci. -Alicia olhou contrariada. -Eu fiquei tão animada com o cachorro, Mama! O nome dela é Flo, e ela é fofa e branquinha e tão bonita! -Christopher andou de um lado a outro, parecendo humilhado.
-Você sempre disse que queria um cachorro.
-Eu não tenho certeza que uma bola de pêlo branco fofa era o que eu tinha em mente quando disse que ia dar suas bolas para o cão, mas podemos lidar com isso mais tarde. -Dulce disse ironicamente. -Flo?
-Alicia escolheu. -Christopher disse rapidamente.
Dulce podia ver Poncho lutando para não morrer de rir no fundo. Na verdade, ele tinha suas mãos cobrindo a boca. Então Téo voltou com Pedro. O bebê estava gritando de alegria e agitando os braços. Christopher tirou seu filho do abraço de Téo e beijou a testa do bebê.
-Como está o meu pequeno príncipe? -Christopher murmurou carinhosamente.
Qualquer irritação que Dulce podia ter sentido sobre ter um cachorro no meio de tantas crianças e mafiosos evaporou enquanto observava seu marido feliz com seu filho. Ela nunca poderia ter previsto o quão bom Christopher seria com crianças. O homem tinha o dom. Nenhuma mulher jamais havia sido tão atraída por um marido amoroso e companheiro. Ela o amava demais, e sabia o quanto ele ainda era difícil de matar e sempre seria, ele também era indiscutivelmente dela.
-Mama? -Alicia lamentou. -Você está brava? Será que vamos ter que devolver Flo?
-Não, querida. Você pode ficar com o cachorro, mas você vai ter que fazer Téo ajudar a limpar depois. Mama tem coisas demais para limpar com os seus irmãos.
-Hey! -Téo disse indignado. -Por que eu que fico com a tarefa?
-Porque é isso que sub chefe significa. -Dulce disse docemente. -E você faz a parte ruim. -Téo bufou, mas também piscou para Alicia.
-Por que você não me mostra a Flo? Podemos encontrar um lugar para ela dormir onde ela vai ficar confortável.
-Dãh! -Alicia colocou as mãos nos seus pequenos quadris. -Na minha cama , tio Téo.
Christopher viu sua filha sair com o sub chefe de Dulce da sala enquanto tagarelava sobre o futuro do filhote de cachorro. Então ele voltou sua atenção para a esposa. Ela estava esfregando a barriga e parecendo desconfortável. Depois de duas gestações, ele sabia o que isso significava. Especialmente já que eles estavam tão perto do beber nascer.
-Poncho. -Christopher disse calmamente. -Traga o carro. -Poncho olhou de Christopher para Dulce.
-Quer que eu chame o médico?
-Sim.
-Christopher, você está exagerando. -Dulce insistiu.
-E você esta em trabalho de parto. -ele respondeu. Seu lábio inferior contraiu-se.
-Talvez.
-Então por que você não disse nada? Você sabe tão bem quanto eu que significa que você só tem algumas horas antes do trabalho de parto.
-Eu queria que fosse feito logo. Temos negócios para amanhã, e eu preciso que seja perfeito. -ela estava realmente fazendo beicinho. Era adorável.
-Eu sei que Téo pode cuidar disso. E eu sei que Poncho estará à disposição para ajudar.
Christopher mudou-se para o lado dela e com muito cuidado ergueu-a em seus braços. Seu gemido lhe disse que ela estava mais adiantada do que deixava transparecer.
-Quanto tempo? -perguntou ele, referindo-se as contrações.
-Cerca de uma hora.
-Quanto tempo entre cada contração?
-Talvez dez minutos.
-Mulher, você vai me deixar louco. -Christopher rosnou. Ela enrugou o nariz.
-Só se você realmente me irritar. -ele riu.
Christopher amava seu humor, e ele amava o quão duro ela era. Agora, ele beijou a testa dela e abraçou-a enquanto a levava pela casa e pelas escadas até o carro. Eles passaram por vários dos homens no caminho para fora. O lugar estava cheio até o teto com os homens Saviñón e da Bratva. Suas mulheres eram frequentemente empregadas como governantas, cozinheiras e até mesmo babás. As crianças corriam desordenadamente pelos cômodos, e mais de um homem segurava um bebê em seus braços. Isso foi exatamente o que Christopher tinha sempre sonhado. Em toda a cidade, a base da Bratva parecia exatamente da mesma maneira. Eles eram uma família e isso era um vínculo que podia suportar qualquer coisa.
-Indo para o hospital? -Téo apareceu com Alicia. Tinha uma bola de pelos brancos contorcendo-se nos braços dele.
-Sim. -Christopher assentiu. -Há uma planilha em seu computador para o negócio de amanhã. -Téo sorriu.
-Eu cuidarei disso. Eu me pergunto porque ela insistira em fingir que não estava em trabalho de parto. -Dulce olhou descontente.
-Eu não gosto quando você fala sobre mim como se eu não estivesse aqui! -então Téo abaixou-se e beijou sua bochecha.
-Bênçãos para você, Dulce. Todos nós estaremos esperando você nos trazer o próximo pestinha.
-Cuide de Alicia e Pedro. -ela disse a ele.
-Minha esposa está a caminho. Ela vai ficar aqui comigo essa noite e se certificar de que eles estão bem.
Christopher sentiu Dulce relaxar. Seus filhos tinham tantas tias e tios que às vezes ele se perguntava se Alicia e Pedro sequer notavam quando Christopher e Dulce tinham desaparecido durante a noite. Não era nada ruim. Seus filhos eram amados e bem tratados, que era o que mais importava.
Poncho estava com o carro à espera na parte inferior dos degraus da frente. Christopher subiu no banco de trás com Dulce, e eles partiram. O médico estava esperando na entrada da sala de emergência. No que pareceram minutos, eles foram abrigados em uma sala de parto confortável.
Christopher ficou ao lado de Dulce, sua mão segurando a dela enquanto ela lutava para trazer seu terceiro filho ao mundo. Ele assistia com admiração o suor escorrendo pelo rosto. Finalmente chegou a hora. O médico e uma enfermeira estavam perto, uma cortina cobrindo a parte inferior do corpo de Dulce quando ela empurrava com toda sua força. Christopher esperou, o coração batendo forte no peito. Não importava quantas vezes ele experimentasse medo ou excitação, esse momento sempre se destacaria em sua mente como o mais belo de todos. O choro de um bebê quebrou o ar. Christopher apertou a mão de Dulce e levou-a aos lábios. Ela caiu para trás contra os travesseiros e respirava com dificuldade quando finalmente relaxou. Então ela se virou para ele com lágrimas nos olhos.
-Bem? -ela sussurrou. O médico deu um largo sorriso por trás da máscara, os cantos dos olhos enrugando com alegria.
-É mais um menino saudável. Quase cinco quilos! Eu diria que esse vai dar a Pedro uma disputa por poder. Você já pensou em um nome? -Christopher olhou para sua linda esposa com seu cabelo escuro de suor úmido e olhos brilhantes.
-Miguel. -Christopher disse com firmeza.
-Miguel Saviñón Uckermann. -acrescentou Dulce. Christopher assentiu.
Os médicos e enfermeiras acabaram com os testes e envolveram o bebê em um cobertor quente. Christopher afundou em uma cadeira ao lado de Dulce e se inclinou para dar um beijo na testa. Ele a amava mais do que jamais poderia ter imaginado amar qualquer coisa. No entanto, cada vez que ele conhecia um dos seus filhos, pela primeira vez, ele percebia que havia muito a agradecer nesta vida.
-Eu acho que esse pequeno quer mamar. -uma das enfermeiras colocou o bebê nos braços de Dulce e ajudou a organizar o seu avental de hospital para que ela pudesse amamentar. Dulce tocou na mãozinha perfeita de seu filho quando ele agarrou e começou a mamar como um profissional.
-Ele é lindo.
-Você é linda. -Christopher respondeu. -Eu nunca percebi o quão vazia minha vida era até que você tropeçou nela, Dulce. Obrigado por tudo que você fez por mim. -ela olhou para ele e ofereceu um sorriso.
-Eu te amo, Christopher. Isso nunca vai mudar. Nem mesmo quando todos esses bebês tiverem crescido e formarem suas próprias famílias e estivermos velhos. -ele tocou a cabeça de seu filho.
-Para sempre.
-Sempre. -ela concordou.
FIM
*Treinamento CPR - Treinamento de enfermagem.
E terminou, chegou ao fim essa historia de amor alucinante kkkkkk.
Obg a todos que me acompanharam
Eu vou sair do site por um tempinho, tô com muita coisa pra fazer e quase ñ sobra tempo pra nada.
Bjuu amores, a gente se vê