Fanfic: A dama de Vermelho (Vondy) Terminada

- Estou bem. E bom experimentar
essas sensações novamente. Eu não tinha idéia de quanto sentia falta disso
até... - Ela se interrompeu, com receio do que poderia acabar dizendo.

Se não se controlasse, acabaria
explodindo em lágrimas dian­te de Christopher. E isso era a última coisa que
desejava no mundo.

- Quer tomar um banho? - perguntou
ele. - Devo ter algum suéter que servirá para você usar até em casa.

- Não acredita em mim, não é? -
questionou Dulce.

- Sobre você ser um anjo? - Christopher
segurou-a pelos ombros, deslizando as mãos para baixo bem devagar. - Importa-se
de me mostrar suas asas?

- - Não tenho controle sobre quem
consegue vê-las ou não. Às vezes, elas ficam visíveis, mas outras vezes... -
Ela deu de ombros.

- E a auréola? - Christopher passou
a mão pelos cabelos sedosos de Dulce.

- Também não está aí? - perguntou
ela.

- Não.

- Talvez porque eu não esteja me
sentindo muito angelical no momento. - Ela sorriu. - Depois desta noite, não
sei nem se continuarei merecendo usar uma.

- Dulce... - Christopher disse o
nome dela em um sussurro. - O que está acontecendo?

O modo como ela o olhou, deixou-o
afetado de uma maneira que ele não soube explicar. Somente então ele entendeu o
que certas pessoas às vezes  queriam
dizer ao se referir aos olhos como os "espelhos da alma".

- Dulce, não me olhe desse jeito,
por favor. Está me torturando.

Puxou-a para si com delicadeza, não
encontrando resistência quando voltou a beijá-la. Estava mais do que pronto
para amá-la completamente, mas não gostava da idéia de ter uma mulher em sua
cama apenas para saciar um desejo físico.

Com Dulce então, isso parecia até
absurdo. Ela era diferente, e seu desejo por ela não seria satisfeito em apenas
uma noite. Aprender os segredos que ela guardava e satisfazer todos eles
levaria muito tempo. Um maravilhoso tempo...

Queria descobrir tudo a respeito de Dulce.
Seu perfume, o sabor de sua pele, quais os lugares onde ela gostava de receber
carinho...

As perguntas eram muitas, e todas
vitais. Conhecera uma mulher especial, que pensava ser um anjo, e não poderia
dei­xá-la escapar.

Insinuando os polegares por baixo
das alças do vestido dela, começou a descê-las devagar. Dulce conteve o fôlego,
mas não fez menção de detê-lo. Em vez disso, continuou fitando-o com um brilho
de desejo no olhar. Christopher só teve certeza de que não poderia mais parar.

Os seios fartos e eretos logo se
revelaram em todo seu esplen­dor, deixando-o sem fôlego por um instante. Dulce
continuou imó­vel, revelando sua ansiedade apenas pela respiração acelerada.

Christopher sentiu o medo e o desejo
se manifestarem ao mesmo tempo naquele magnífico corpo. Também tomado pela
urgência do desejo, tomou um dos mamilos túrgidos nos lábios, acariciando-o até
fazê-la gemer de prazer.

Ao sentir uma mão hesitante tocar
seu rosto, murmurou:

- Tudo bem. Não precisa ter medo.

Dulce entrelaçou os dedos em seus
cabelos, trazendo-o mais para junto de si.

- Eu te quero tanto, Christopher -
confessou. - Não importa se é certo ou errado. Nada parece impossível quando
você me toca.

- Isso porque não é errado. E muito
menos impossível.

- Eu gostaria muito que pudéssemos
ter esta noite só para nós, sem nenhuma conseqüência.

- Pois eu transformarei seu sonho em
verdade.

Christopher beijou-a nos lábios e
foi descendo devagar, pela curva sensível do pescoço de Dulce, fazendo-a
estremecer.

- Agora me diga como um anjo faz
amor. Há algo que preciso saber de antemão?

- Anjos não fazem amor, Christopher.

- Talvez eu consiga mudar essa
regra.