Fanfics Brasil - Confusão Sogans - A saga dos renegados.

Fanfic: Sogans - A saga dos renegados. | Tema: Heróis


Capítulo: Confusão

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— Antes de começarmos, eu gostaria de te dar um aviso. - Disse Pâmela, segurando sua katana e apontando a lâmina para o caçador. Seu olhar denunciava certo entusiasmo, como se quisesse demonstrar do que é capaz para seus inimigo. Como se lutar a fizesse se sentir mais viva. - Se você me subestimar só por eu ser humana, essa luta acaba rapidamente, e se for por eu ser mulher, além de te matar eu vou arrancar seu pequeno amigo sob sua calça, entendeu? Então pode vir com tudo.

— Eu jamais iria subestimar alguém que se sacrifica por seus amigos. Ainda mais alguém que tem um nível de poder tão alto como o seu. 

Pâmela não entendeu o quê ele quis dizer com aquilo, porém ficou estranhamente feliz por ser reconhecida pelo seu inimigo, como se fosse alguém muito superior a reconhecendo, o quê a fez ficar confusa. 

— E sua habilidade é ver o tanto de poder quê alguém tem?

— É... Algo assim. Se me divertir o bastante, posso te falar em números o tanto de poder quê você e seus colegas possuem antes de eu te matar. Agora a sessão conversa acabou... 

Os olhos do sujeito com a katana preta começaram a brilhar num intenso escarlate. Suas pernas agora estavam flexionadas, sua postura mais ereta e suas duas mãos estavam segurando o cabo da katana, cuja a lâmina apontava para Pâmela, que rapidamente mudou sua postura, preparada para se defender. Ela estava totalmente reta, pernas fechadas e os dois braços para baixo, com um deles segurando a katana que estava com a ponta da lâmina encostando no chão. 

Pâmela foi a primeira a investir. Correu em alto velocidade em direção ao caçador, que de repente não estava mais ali, fazendo com que tivesse que interromper a investida.

— Onde caralhos ele foi parar...? 

O caçador estava atrás de sua caça, pronto para aplicar uma estocada mortal em suas costas, porém no último instante Pâmela sentiu sua presença e rapidamente virou para se defender com a superfície de bloqueio de sua katana, fazendo os dois metais se encontrarem, e o som de som do choque ecoar pelo silencioso terraço.

A jovem heroína pensou em recuar para se preparar para outra investida, porém seu adversário foi mais rápido. Desferiu um golpe corta visando o pescoço, que foi defendido novamente com maestria por Pâmela. 

Golpes de espadas foram trocados por alguns minutos, na qual maioria deles partiram do caçador e eram defendidos por Pâmela.

— Até que você tem bons reflexos. Podia jurar que tudo ia acabar naquela minha estocada. - Disse enquanto atacava freneticamente Pâmela, que continuava a defender com esplendor. 

— Há! Me poupe desse papo furado. Você disse que não ia me subestimar, então me explica que droga de ataques lerdos são esses? - Ela estava tentando se fazer de forte, mas a verdade é que mal tinha tempo para respirar com ataques tão precisos mirando ela. 

— Me desculpe. - Respondeu, parando os ataques de espadas, e deu um chute extremamente veloz na boca dos estômago de Pâmela, fazendo saliva cair de tanta dor sentida com o impacto. Em seguida acertou o nariz de Pâmela com a ponta do cabo da katana e finalizou a sequência dando um golpe com a parte traseira da lâmina em seu pescoço, fazendo-a ceder a ir de encontro ao chão. - Achei que aquele ritmo era o suficiente para você, mas me enganei. Vou acelerar um pouco as coisas. Agora levante e lute mais.

Pâmela estava tonta, assustada e surpresa com a mudança no ritmo de seu inimigo, mas mesmo assim não demorou a levantar, fitar o adversário e dar um sorriso.

— Até que enfim! Agora isso sim vai ser uma luta. Pode vir, seu bunda mole!

— Você é durona, garota. Até lembro de mim mais novo, quando decidi seguir o caminho da espada... Tão cheio de vida e espírito. Isso meio que me deixa feliz. - O caçador estava com um sorriso quase imperceptível. - Eu não conseguiria dormir se te matasse.

Pâmela cometeu o erro de achar que o caçador tinha baixado a guarda, e tentou investir um corte em sua perna direita. Mas novamente, seu alvo sumiu bem na sua frente, e antes que pudesse fazer qualquer coisa, foi surpreendida com um corte na parte traseira de suas coxas, fazendo-a largar sua katana e ir de encontro ao chão, seguido por um grito de dor.

— Você tem um futuro esplêndido no caminho da espada. Seria uma vergonha matar alguém com seu potencial, então hoje irei te poupa. - O caçador agora estava devolvendo sua katana de volta a bainha, e seus olhos voltaram ao normal, declarando assim que a luta estava encerrada. 

— Não fode... - Pâmela tentou reunir forças para se levantar, mas foi impedida por uma dor avassaladora.

— Eu não tentaria me mexer se fosse você. Cortei uma parte específica de suas coxas. Você não vai morrer contanto que não se mexa muito, mas não vai conseguir se mover por um tempo. - O caçador agora estava na ponta do terraço, pronto para descer pela escada externa de incêndio. - E não se preocupe, não irei atrás de seus amigos hoje. Se eles morrerem, quem vai te socorrer? Haha! - Disse com um grande sorriso

Pâmela não sabia como reagir. Não sabia se tentava levantar novamente para uma fútil tentativa de vitória, se apenas permanecia calada e comemorava por ainda estar viva, ou se pensava no belo sorriso que acabou de ver. Mas o que a mais a deixava confusa, era o fato de não estar com medo, o fato de estar a vontade mesmo naquela situação.

— Vai mesmo me deixar viva porque viu potencial em mim? Que baboseira. 

— É... Talvez seja baboseira mesmo, e na verdade eu só queira te encontrar novamente. 

— Você diz isso para todas as garotas que você quase mata?

— Só para as que tem peitões. 

— Depravado. - Pâmela se sentiu estranhamente constrangida, já que comentários assim geralmente não a afeta. - Volta logo pro ninho de samurais de meia tigela de onde você veio. 

— Certo, senhora espadachim. Porém eu disse que ia te contar os valores em número do seu poder e de seus colegas. - Os olhos de Pâmela brilharam, demonstrando certa ansiedade em saber aquilo. - Bem, resumindo, meu olho escarlate me permite ver em números o poder das pessoas, sogan ou não, claro que tem mais detalhes, mas isso não importa agora. 

— Cacete! Só fala logo e some daqui. Quanto lero-lero.

— Haha! Você é bem direta, não? Ok. O poder daquele loirinho é de 327, o do gótico é de 283, o da de dreads é de 354, e você, de 403. Pode se sentir superior agora. Haha! 

— 403... - Ela tentava inutilmente esconder um sorriso de orgulho que sentia de si mesma. - Nossa, mas como eu perdi assim pra você?

— Digamos que eu como bastante arroz e feijão. - O caçador soltou uma risada, como se aquilo que disse foi a coisa mais engraçada do mundo. - Bem, tenho que ir. Até outro dia. 

— Espera! - Pâmela queria fazer mais perguntas, mas pela terceira vez ele tinha sumido perante seus olhos. - Droga! Como diabos ele faz isso? Acho que terei que me contentar com isso...

E então ficou inerte olhando o céu no terraço que agora era preenchido pelo vento gélido da noite.




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Autor(a): marcos_vinicius_oliveira_lima

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