Fanfic: O Mal de cada um (Vondy) | Tema: RBD (Vondy)

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(Terça-feira)

 Assim que cheguei na escola dei de cara com a Maitê. Ela era totalmente diferente de mim. Tinha longos cabelos castanhos escuros, era linda, sabia se vestir e era simpática com todos. Muita gente só me conhecia por causa dela: "ah amiga da Mai né", "aquela ruiva que anda com a Mai", era assim que eu era conhecida na EWS, mas sinceramente eu nem me importava muito em ser invisível. Antigamente nós éramos três, mas Anahí começou a namorar com Alfonso e tudo mudou, foi a dois anos atrás, nós éramos novas ela tinha 14 e eu me achei "traída" e mudei com ela, não a culpo por ter se afastado, hoje eu entendo o quanto fui infantil, mas não sei como chegar e pedir desculpas então...

- Eaí como foi com a médica? - Mai realmente achava que a consulta seria algo empolgante?

- Eu vou ter que ir semana que vem de novo. - Revirei os olhos. 

- A médica te receitou algo? 

- Mai, se você tá querendo alguma droga, pedi pros traficantezinhos ali. - Debochei enquanto mirava discretamente pra Christopher Ukermann e sua "ganguezinha". Mai rapidamente entendeu e debochou também.

- Eu tô falando sério bobinha. - Falou em seguida. - O que aconteceu lá?

- Nós só conversamos . - Resumi.  

- Abram na 210 - Disse o professor de história assim que entrou na sala. 

 Enquanto pegava o meu livro não pude deixar de notar que Christopher jogou algo na mochila de Marcos. Provavelmente ele ia incriminar o garoto contra algo, aquilo devia ser droga, de certo Marcos deixou de fazer algum trabalho pro "rei do tráfico" e ele ia ferrar com o garoto agora. Eu não podia deixar isso acontecer, Marcos sempre foi um garoto legal, me disseram que ele era judeu e tudo, a familia iria ficar muito decepcionada por algo que ele nem fez. Tadinho. E aquele idiota do Christopher ia continuar distribuindo drogas pela escola, mandando e demandando em tudo. Isso tava errado, muito errado. Eu precisava fazer algo e iria fazer.

- Professor posso falar com o senhor em particular um instante? - Pude ver que a turma se surpreendeu, muitos ali nunca tinham escutado minha voz.

- Claro. - Saimos da sala e eu contei o que Vi. 

- Você tem certeza disso Dulce? Essa é uma acusação muito grave. - Disse assim que contei. 

- Tenho. - Falei certa.

 Entrei na sala e olhei pra Mai que tava com aquela cara de "o que tá acontecendo?" fiquei em silêncio e ouvi o professor chamar eles pra conversar. Marcos parecia apavorado enquanto Christopher mantinha aquela cara de superior arrogante. Em menos de 5 minutos eles voltaram. Marcos entrou de cabeça baixa, mas pude ver ele me olhando de canto de olho. Enquanto Christopher entrou em seguida e nada discreto abaixou a cabeça e falou baixo para que apenas eu ouvisse:

- Jacaré não vai pro céu porque tem boca grande. - E se sentou na sua cadeira. Senti meu corpo congelar na hora, fiz mer*da.

- O que aconteceu? - Mai estava sem entender nada.

- Eu fiz mer*da Mai. - Disse amedrontada, eu estava enrascada mesmo.

 Sai da sala pro intervalo de cabeça baixa. O que eu fiz de errado? Tentei ajudar um garoto mas não tinha dado em nada.

- Dulce vem comigo. - Anahi me puxou antes que eu dissesse qualquer coisa.

- Anahi? O que ta havendo? - Perguntei enquanto via ela espiar se não estava vindo ninguém em nossa direção.

-Dulce você tá ferrada. - Ela dizia com voz de medo.

- O que?

- Cristopher vai se vingar de você, não vê mais na aula essa semana. - Ela realmente estava amedrontada.

- Como ele sabe que fui eu?

- Deu pra perceber né. Você não devia ter feito isso, ele não vai deixar barato. - Ela estava muito agitada.

- Mas ele ia ferrar com o Marcos. - Expliquei.

- Dulce o Marcos compra do Christopher entendeu? Você saia daqui e vá direto pra casa depois da aula. Me entendeu? - Ela segurava meus ombros. 

- Sim. - Falei acenando com a cabeça. 

 Ela simplesmente saiu. Droga. Eu entendi tudo errado e agora eu me ferrei. Aonde eu tava com a cabeça? Isso não era problema meu e agora? 

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