CAPITULO 12 ― FELIZ ANIVERSARIO DULCE

Entramos no quarto e as meninas já estavam terminando de se arrumar, rápidas, ansiedade levava a toda essa rapidez. A festa era no club paradiso, espero que seja bem melhor e menos chata do qual foi a sunset hoje à tarde. Ao procurar uma roupa na mala, encontrei a lista e notei que faltavam poucas coisas para acontecer e que incrivelmente o meu aniversario aproximava-se e a lista estava quase completa. Annie provavelmente desistiu da parte dela depois dos conselhos de Maitê.

― Galera! – gritou Anahí, já dentro da van. ― Antes de todo mundo sumir, estejam todos juntos antes da meia-noite.

― Ah claro! – acrescentou Angelique. ― Como pude esquecer disso.

― Ao virar meia-noite, a cinderela aqui. – dizia Anahí, apontando para minha cabeça. ― Completa dezoito aninhos de vida, merece uma boa comemoração.

Todos gritaram e desceram da van. Não sei se a ideia de todos saberem que amanhã finalmente completo dezoito anos que deixou-me nervosa ou a ideia de ficar mais velha também, ou talvez porque prometi cumprir o último item da lista. Minutos depois Angelique e Zoraida aparecem-me com uns gogoboys gatíssimos, que começaram a dançar uma dança baiana ao redor de mim e aquilo deixou excitada, atiçada não sei exatamente o que está acontecendo, mas espero que seja só culpa do álcool como costuma ser.

― Bom, agora faltam exatamente dezoito minutos, é a contagem. – gritou Angelique, pausando os homens excepcionalmente sexys a minha frente.

Alguns dos meninos encontravam enciumados com a presença deles e isso era engraçado.

― Trás a bandeja Eddy. – pediu Zoraida.

Eddy trouxe uma bandeja com exatamente dezoito shots, sabe Deus de que, mas nunca virei tanta bebida diferente junta. Mas p/orra, é dezoito anos com estilo em Porto Seguro.

― Isso vai dá uma mer/da. – sussurrou Christopher.

― Porque está tão preocupado? – indagou Alfonso. ― Não seja tão negativo.

― Um, dois, três.. Vai! – gritou Sebastian.

Sebastian virou o primeiro copo e tinha gosto de jäger e red bull. O Jack virou o segundo copo, e esse era inconfundível – tequila com limão – meu corpo arrepiou e impulsivamente gritei. Eddy virou o terceiro copo, vodka e triple sec. Diego o quarto copo e só pude reconhecer o Jack Daniels presente, o resto não faço a menor ideia. E virei dezoito shots, dos mais diversos gostos possíveis, alguns mais leves outros mais fortes.

― Estou viva por/ra! – gritei, quebrando o ultimo copo. ― Viva dezoito anos!

E todos riram, e encostei-me no pub próximo ao sentir minha mente girar, mas meu sangue parecia tão quente que o meu corpo parecia está pegando fogo. É uma sensação estranha e que não dá para descrever, mas a minha mente está latejando como se fosse explodir. Ao longe observo Sebastian e Alessandra dançando alguma música romântica da Ivete, Eddy pedindo conselhos a Christian em relação a Zoraida e como péssimo conselheiro, Christian vai e agarra uma menina para mostrar a Eddy o que ele deve fazer.

― May, você não vai embora. – gritou Angelique, puxando Maite, que já estava aos prantos. ― Christian não merece isso tudo, poxa vida, já chega disso.

― Isso mesmo Angel, homem nenhum merec...

Tentei continuar, mas minha mente fraquejou e por pouco não caiu. Anahí correu em minha direção, deixando o coitado do Alfonso sem resposta, ele acabara de chama-la para dar uma volta. Ótimo estraguei o encontro da minha melhor amiga.

― Dul, Dulce. – chamava Anahí.

― Está tudo bem Annie. – assenti com a cabeça, mentindo, porque não estava tudo bem, não estava nada bem. ― Eu só preciso voltar ao hotel.

― Vem, eu te ajudo. – disse Anahí.

― Não Annie, vai com o Poncho merda. Estou bem. – disse irritadiça.

― Tá.

Anahí estava insegura, mas contente pela finalmente iniciativa do Poncho em falar com ela. E eu? Eu só precisava chegar até a Van e pedir que o Caíque me levasse ao hotel, não me arrependo dos shots, mas acho que dezoito foi um pouco demais. Pedi um pouco de agua ao barman que ajudou-me a caminhar em direção a van.