CAPITULO 13 – SUA MINA

DIEGO NARRANDO

Não sei se foi a praga que Christopher jogou dizendo que isso não daria certo, mas Dulce acaba de cair na piscina completamente bêbada. Christopher era o que estava mais próximo paquerando umas gatinhas na beira da piscina, foi o primeiro a pular para tira-la de lá. Corri para ajudar, mas não adiantou muita coisa, Dulce encontra-se desacordada e muito branca por sinal.

― Corre vai chamar Anahí, alguém. – pedia Christopher.

As pessoas olhavam ao redor, alguns monitores de outras equipes aproximavam-se. Maitê era a mais próxima e correu para tentar localizar Anahí. Ao virar-me notei que Christopher  carregava Dulce para um lugar menos movimentado.

― Eu vou atrás dele, talvez ele precise de ajuda. – antes que pudesse sair atrás dele, Angelique me segurou pelo antebraço.

― Está tudo bem galera! – gritou Angelique. ― Foi só uma queda, está tudo bem.

― O que está fazendo? – sussurrei. ― Não está nada bem, ele vai cuidar dela. – Angel sorria e não parecia tão preocupada com a amiga quanto eu estava.

Não dei ouvidos a Angelique, não me perdoaria se acontecesse algo com a Dulce e não estivesse ninguém para ajudar. Consegui alcançá-los, era estranho ver Christopher largar a festa para ajudá-la, afinal ele disse que daria merda quando a brincadeira começou.

― Não é preocupante ela continuar desacordada? – perguntei aflito.

Caíque e Pamela pareciam assustados, ao tentar usar umas técnicas para acordar Dulce e ela não despertar.

― O que ela bebeu? Usou? – perguntou Caíque desconfiado.

― A por/ra de dezoito shots diferente. – esbravejou Christopher, passando a mão entre os cabelos. ― Eu avisei que isso ia dá merda, muita falta de responsabilidade cac/ete, você contribuiu para isso Diego. – gritava, andando de um lado pro outro.

― Olha cara eu sei que você está pu/to, não sei porque também, mas não vem colocar a culpa em mim não. – estendi os braços.

Caíque e Pamela se entreolharam sorrindo, mas eles sabiam o que estava fazendo, não era a primeira que eles viajam com uma turma trabalhosa igual a nossa.

― Isso é normal acontecer? – perguntou Christopher, ainda preocupado mas já mais calmo.

― Sim, fica tranquilo, ela vai ficar bem. – disse Pamela.

Vitor, o outro monitor aproxima-se ofegante após saber por terceiros o que houve.

― Ela vai demorar a acordar? – indagou Christopher, já deixando-me irritado.

― Vai, volte para curtir a festa, ela já está despertando. Sua mina vai acordar. – provocou Vitor.

E não pude deixar de dá uma gargalhada.

― Ela não é minha mina. – disse Christopher, incomodado com a afirmação, sentando-se um pouco em um banco próximo.

― Ok, mas a sua amiga vai ficar bem então. – ironizou Vitor aos risos.

― Qualé cara, não se incomode, é compreensível pensar isso. – disse, batendo no ombro de Christopher.

DULCE MARIA

Minha cabeça está pesada e meu pescoço está doendo muito, meu estomago revira e eu inclino a cabeça para vomitar. Não lembro-me como vim parar na van, ou o que aconteceu depois que comecei a me afastar do pub após beber agua. Nunca estive tão nauseada, parece que isso não vai parar nunca.

― Finalmente. – ouvi um sussurro ao longe, mas não notei quem era.

― Isso Dul, vomite, faz bem. – a voz calma de Pamela, me tranquilizou por estar com pessoas conhecidas.

― Vou buscar uma agua para ela. – essa voz era irreconhecível, Christopher estava ali, ao levantar o pescoço notei que Diego também estava.

Depois de algumas horas já sentia-me melhor, Christopher voltou com uma agua e uma bala doce que amenizou o gosto ruim na boca. Mas tudo que queria um banho e escovar os dentes e uma boa cama. Estranhei ele está ali enquanto está rolando um festão a poucos metros.

― Bom, acho melhor leva-la ao hotel, tudo bem? – perguntou Caíque.

― Ela não tem de querer, ela não vai voltar para a festa. – intercedeu Christopher.

― Você é irmão dela? – provocou Vitor.

E Diego começou a rir, aqueles olhos cor de mel de Christopher voltaram a me encarar e sentia-me envergonhada pela situação que encontrava-me agora. A festa estava longe de acabar e não acredito que estraguei os meus dezoito anos, dessa maneira.

― Não, obvio que você não é irmão dela. – continuou Vitor. ― É o noivo?

Christopher mostrou-se incomodado com a provocação, mas não faltaria com respeito com o monitor. Meu coração parecia na espera de uma resposta.

― E vocês meninos, vão voltar para a festa ou vão conosco? – perguntou Pamela, interrompendo Vitor.

Christopher não respondeu, apenas passou a mão entre os cabelos e barba e saiu, voltando para a festa. Diego acenou de longe e despediram-se, no fundo esperava que ele falasse algo como “a festa acabou para mim” e fosse conosco para o hotel. Mas o que você está pensando Dulce, ele é Christopher Uckermann o garanhão de Porto, fora que para ele agora é que provavelmente eu seja de fato uma criança inconsequência – você não dá uma dentro Dulce Maria.