CAPITULO 17 ― Você me pertence

Depois de alguns consegui sair do meio da multidão e pegar o elevador, talvez tenha escolhido mais demorado para sair, mas tenho duas horas para recuperar essa cara de barraco e esse suor nessa roupa. Passar um bom perfume e arrasar no Beat Beach. Mas fui pega de surpresa quando estava caminhando no corredor e senti uma mão forte puxando meu braço e jogando-me contra a parede.

― Você enlouqueceu? – gritava Christopher, com hálito forte de cachaça. ― Está tentando me provocar por/ra?

Ele estava literalmente bêbado e fiquei curiosa para saber onde ele arranjou essa cachaça.

― Você quem deve ter enlouquecido. – disse aos risos. ― O que faz aqui e está me machucando, me solte! – gritei, tentando soltar-me, mas ele obviamente possui mais força que eu.

― Você não vale nada mesmo.

― Você não tem nada com isso. – o encarei nos olhos e vi morder os lábios com raiva, e estava começando a ficar com medo, ele pressionava cada vez mais o meu braço e nunca o vi tão bêbado quanto agora.

― Sempre soube que você era bastante atirada, estava praticamente dada a mim, como uma va/dia qualquer.

Foi inevitável não começar a chorar, as lagrimas foram em automático e tudo que queria era sair dali, mas mesmo gritando e batendo o pé no chão ninguém iria me ouvir. Estávamos distantes da festa, e Christopher era extremamente forte. Por um instante achei que ele estava com ciúmes, mas não sei dizer mais.

― Para de chorar por/ra! – esbravejou, sacolejando-me.

Fiquei cabisbaixa e tonta ao mesmo tempo, Christopher saiu me puxando para o quarto, passando a chave na porta em seguida.

― Me deixe sair daqui. – pedi, ainda meio ao choro, estou com medo, muito medo, ele está com as mãos apoiadas na cômoda ainda sem me olhar e parece não me ouvir, está apenas respirando fundo.

― Acha mesmo que seria capaz de machuca-la? – inclinou encarando-me, e seguiu o meu olhar para os meus braços que estava nitidamente vermelhos.

― Você já fez isso das diversas forças, não duvido de nada vindo de você. – gritei, caminhando em direção a porta. ― Agora exijo que me solte agora.

― Ou o que? – perguntou Christopher ainda encostado na parede próximo a porta.

Alguém tentava abrir a porta, e pude reconhecer as vozes: Poncho, Diego e Annie estavam lá fora. Salva pelos deuses.

― Você tem que tira-la de lá. – ouvia Anahí nervosa, pedindo a alguém.

― Annie, me tira daqui. – gritei e Christopher começou a rir.

Anahí batia na porta gritando que Christopher me soltasse.

― Annie, você tem que se acalmar. – dizia Poncho, puxando-a das proximidades da porta, na qual Christopher não me deixou chegar perto. ― Ele só é ciumento demais. – dizia em quase um sussurro. ― Mas não faz nada tão, tão..

― Não minta para ela Poncho. – interrompeu Diego, tão nervoso quanto Anahí.

Anahí largou-se de Poncho e começou a bater na porta.

― Peça que ela vá embora e deixe de escândalo. – ordenou Christopher.

― Porque eu faria isso?

― Para o seu próprio bem, vamos anda. – disse, alterando o tom de voz.

― Não, não tenho medo de você. – neguei com a cabeça. ― Annie me tira daqui...

O susto do vaso caindo ao chão calou a todos, dentro do quarto e fora dele também. Minha mão tremia, meu coração estava a mil por hora e sentia que a qualquer momento minhas pernas não sustentar-me-iam de pé.

― Você sabe que terá que pagar por isso. – gritei, em meio ao choro. ― Você é louco, deve sofrer algum tipo de distúrbio, precisa de um tratamento.

Christopher caminhava em minha direção e por ação involuntária e medo não conseguir me afastar dele.

― Por favor. – dizia em tom de suplica. ― Pare de chorar, está me irritando vê-la chorando desse jeito. – pediu, acariciando minhas bochechas, causando um breve arrepio, beijou todo meu rosto até chegar finalmente nos meus lábios.

Christopher beijava-me lentamente, puxando cada vez o meu corpo contra o dele, minhas pernas continuavam a tremer e ele quem me sustentava de pé agora. As mãos fortes entre meus cabelos próximo a nuca, pressionavam ainda mais nossos corpos.

― Você precisa entender, que me pertence agora. – dizia entre sussurros e mordiscava minha boca.

Do lado de fora era possível Anahí batendo o salto de um lado pro outro no corredor, sei deve estar assustada e desesperada. Ela sabe exatamente o que aconteceu e o que ele me causa.

― Vamos. – chamou Poncho.

― O que? – gritou Anahí. ― Não posso deixa-la ai com esse maníaco.

― Silenciou, está tudo bem. – acrescentou Diego, que parecia mais aliviado.

― Vocês são todos loucos é isso? achei que fossem normais. – Poncho sai puxando Anahí.

― Só conhecemos ele muito bem Annie, fica tranquilo, isso não é ruim, eu acho. – disse Diego, incerto do que estava dizendo.

O silencio reinou o local e aquelas últimas palavras de Christopher mexeram com os meus instintos, minhas calcinhas estava completamente encharcada com a ideia de pertencer a ele, dele estar de fato com ciúmes com a possibilidade de que eu fosse de outro homem além dele. Christopher tira lentamente o meu vestido, despindo-se em seguida. E lá estava eu de novo entregue a este maldito homem, que enlouquece todas as minhas artérias.