CAPITULO 21 ― Bye, bye Porto!

A noite passada Christopher e eu não dormimos juntos, voltamos para o hotel no ultimo minutos e ficamos juntos até o toque de recolher. Tentei não chorar ou falar besteiras demais e correr o risco de me machucar, apenas aceitei.

― Não acredito que estamos indo embora desse paraíso de lugar. – dizia Angelique, terminando de arrumar as malas.

― Não acredito que Poncho é tão estupido. – resmungava Anahí e nós riamos.

― A culpa foi sua, de envolver ele nos problemas de Dulce. – acrescentou Maitê, sempre fazendo justiça.

― Dessa vez a May tem razão. – disse Angelique.

― Eu sempre tenho razão vocês que preferem não acreditar.

― Andem rápido, vamos nos atrasar para o café. – pedi.

Não demoramos tanto, não queria perder um minuto sequer ao lado do Christopher, nem fosse os míseros últimos segundos. Já estavam todos a mesa, menos o nosso quarto que acabara de chegar.

― Finalmente. – disse Diego.

Depois do café os monitores aproximaram-se e lá vinha mais um comunicado.

― Bom pessoal, vocês sabem que daqui a pouco cada um partirá para sua cidade de origem. – começou Pamela, e lá vinha discurso e choro. ― Quero agradecer por terem sido maravilhoso, deram trabalho mas foi pouco, e quero explicar-lhes o que é Porto. É a cidade da magia, aqui tudo acontece e aqui tudo fica, dificilmente a gente carrega algo ruim daqui e isso a torna mágica.

Maitê e Alessandra já estavam aos prantos.

― Muitos de vocês talvez não voltem a se reencontrar, outros permanecerão juntos. – disse Pamela, Karla e Jack abraçaram-se. ― Mas de uma coisa tenho certeza nenhum jamais esquecerá um do outro, porque sempre terão que menciona-los quando forem falar de Porto.

― E lhes digo que não importa a idade que contarão essa história, todos estarão presentes. – brincou Vitor.

― Porque Porto é isso, é encontros, desencontros, amor, paixão, tudo ferve por aqui, tudo é intenso, é 220 voltz.

― É melhor parar com isso. – disse Yasmin. ― Ninguém quer ir embora chorando.

Todos riram e abraçaram os monitores aos poucos.

― Aproveitem temos algumas horas até o horário dos voo. – disse Jean. ― Certifiquem-se de que não esqueceram nada.

Voltamos ao quarto depois do café para buscarmos as malas e buscar alguns documentos para organização da nossa volta a Goiânia, ninguém falava nada só Angelique que estava perdidamente apaixonada pelo o Diego e não parava de falar.

― Saiam! – pediu Christopher, entrando no quarto, abrindo a porta com tanta força que a cortina movimentou-se.

― Esse é o nosso quarto e... – resmungou Anahí, sendo puxada por Maitê e Angelique em seguida.

― Poderia ter sido mais educado.

― Com elas? Elas não são movidas a educação.

Cruzei os braços, mas não queria discutir com ele.

― Preciso te dizer umas coisas...

Christopher parecia nervoso e nunca o tinha visto assim, ele sempre foi o mais seguro dos garotos, sempre o mais cabeça, o mais mandão, o que tem o botão do fo/da-se ligado o tempo inteiro.

― Não fale nada. – pedi, impedindo-o de falar, ele parecia espantado. ― Cansei de esconder, você sabe que estou apaixonada e qualquer coisa que disser ira me afetar, então é melhor que não diga nada. E não se preocupe, irei esquece-lo o mais rápido possível.

O sorriso que tinha no rosto quando comecei a falar sumiu assim que terminei, ele parecia não querer que eu o esquecesse, obvio os homens gostam de ter várias mulheres aos seus pés. Em resposta a minha afirmação, Christopher saiu do quarto batendo a porta com a toda força que tinha, fazendo-me perder a força das pernas quando me joguei na cama exausta.

Seguimos para o aeroporto em silencio, a volta não era tão divertida quanto a ida, até o silencio dos outros grupos deixavam isso explicito. Observei Maitê e Christian em um romance que jamais poderia prever não por ela, mas por ele, e tá até bonitinho ver esse bobão assim.

― Bom, Goiânia e Rio comigo. – chamou Pamela. ― E Campinas com Jean e Caíque por favor.

A hora do check-in é a pior hora. Ninguém falava nada, Jack e Karla até tentava descontrair, mas ninguém estava a fim. A volta não iriamos intercalar em Campinas como foi a ida, iriamos intercalar em Brasília, ou seja, a última vez que veríamos os paulistas era ali em Porto. E de fato, tudo ficaria ali.

― Fica com você. – Christopher assustou-me, entregando a camisa que usou no dia da nossa primeira vez naquele bangalô. ― Tem o meu cheiro, quer dizer, o nosso cheiro. – sorria, deixando-me tremula na frente de todos.

E dessa vez foi inevitável não chorar, o abracei forte e chorei tudo que queria chorar desde do dia que anunciaram que teríamos apenas 24 horas juntos. Ele me abraçava como se quisesse que nossos corpos entrassem um dentro do outro.

― Já vi essa história uma vez. – comentou Victor.

É essa a primeira parte finalizada, amanhã começaremos a segunda etapa desse Porto Seguro que é o amor de Christopher e Dulce. 

XOXO!