Fanfic: Porto Seguro | Tema: Vondy; Ponny; Chaverroni

DULCE MARIA

Depois da provocação de Anahí via Skype ontem o Poncho ficou completamente estranho, não falava muito e não quis conversa, não tinha culpa da Annie pensar isso, mas depois conversaria com ela sobre isso, ela não pode simplesmente julgar a ação do Christopher e achar que todos a volta dele são iguais, vejamos o Diego, já estamos há dois meses longes e ele ainda continua falando com a Angel como se o tempo não tivesse passado. Acordei ao ouvir o celular tocar e com uma leve dor no pescoço e a cabeça não parava de latejar, a barriga roncou e sorriso imaginando ser o meu filho com fome.

A ligação mais nervosa que poderia receber nos últimos tempos, era o meu pai, seu Fernando me ligando a esta hora da manhã uma vez que ele sabe que jamais acordo cedo. Nunca segundos passaram-se tão depressa, atendi a ligação e tentei parecer normal, ele não deve ter chegado de viagem ou deve? O Derrick não faria isso assim próximo do papai chegar, ao menos eu acho que não. Não precisei falar nada, assim que atendi, o homem que me conhece como ninguém me pôs em lagrimas.

“Filha não precisa se preocupar, estou aqui com você, ficará tudo bem minha pequenininha. – dizia emocionado do outro lado da linha. — Você não tem culpa, eu tenho culpa, deveria ter escutado seu irmão era um pressentimento ruim que ele sentia dessa viagem, mas uma criança é sempre uma benção, sou seu pai Dulce, o único homem que pode contar e depois o seu irmão. – meu pai estava emocionado e triste na voz, mas ainda sim me passava segurança. — Já falei com seu irmão e exigir que vocês voltassem o mais rápido possível, que ideia foi essa de viajarem sem a minha permissão?”

Depois de tudo que escutei do meu pai não conseguir explicar tudo por telefone, mas prometi que explicaria quando chegássemos em Goiânia, estava contente e mais tranquila, nada poderia dar errado agora e mesmo que desse eu já não me importava mais o meu pai estava comigo lado a lado, e saber que ele jamais me abandonaria só me faz ter orgulho dele, infelizmente ele sente o mesmo por mim, mas não posso me martirizar por isso.

— Cadê o Ricky? – perguntei, sentando-me no sofá, ainda despertando.

— Bom dia Dul. – cumprimentou Alfonso, que estava do outro lado do balcão. — Foi tentar antecipar as passagens.

Seja lá o que o papai tenha dito ao Derrick adiantou muito, muito mesmo, porque só em último desespero ele tentaria antecipar as passagens mesmo sabendo a multa que paga para isso.

— Olha só quem chegou! – o grito estridente de Karla passando pela porta central da casa do Poncho, trazia alegria e amor. — Que saudade que estávamos. – abraçou-me, e logo em seguida o Jack entrou carregando umas bebidas.

— Espero que esse rango já esteja pronto, porque estou faminto. – brincou Jack, abraçando-me em seguida.

— Estou tão contente com o casamento, acho tão lindo, depois de você e do Ucker, eu e o Jack....

Poncho pigarreou e Jack deu um tapa no ombro de Karla que não entendeu muito bem, mas silenciou ao olhar a minha expressão. Estou feliz por vê-los juntos, mas casamento? Dá onde ela tirou essa história.

— Então ela já sabe? – perguntou Karla, ao olhar para Diego que assentiu que sim. — Desculpa Dulce.

— Tudo bem. – sorri, tentando não deixa-la tão constrangida.

Por um momento pensei que quando chegasse em Campinas seria isso que o Christopher desejaria também, era casar-se comigo, achei que ele estava apaixonado por mim depois de tudo que fez nos nossos últimos dias em Porto, mas tudo era um engano, Christopher tinha uma namorada de 2 anos e eu? Fui apenas uma diversão de verão que provavelmente ele esperava nunca mais ver.

— Onde está o Ucker, cara? – ouvi quando Jack sussurrava para os meninos ali no balcão da cozinha, enquanto Karla e eu estávamos sentadas na mesa.

— Desculpa não ter contado nada antes, mas achei que isso era tarefa do Ucker. – Karla tenta-se explicar, por saber de Belinda e não ter dito nada. — Não quero que duvide da minha amizade, mas tentei saber se vocês ainda se falavam e me parecia estar tudo bem...

— Karla, não se preocupe com isso, a culpa não é sua, você me contar ou não, alteraria nada. – tentei acalma-la.

O último a chegar para o almoço foi o Eddy, estava contente demais por revê-los, achei que isso nunca mais aconteceria ou não tão cedo quanto está sendo.

— Mas me diga Dulce, não me esconda nada, dona Zoraida anda se agarrando muito? – perguntou Eddy, que já ajudava os meninos na cozinha.

Christian fez um barulho de boi e todos riram.

— Não brinca com essas coisas. – pediu Diego.

— Não Eddy, a Zoraida está até quieta, ao menos não soube de nada ainda. – provoquei, porque estava sentindo falta da Dulce descontraída e doida que era a meses atrás.

— E o nome da criança? – perguntou Eddy e vi quando os meninos o beliscaram, era um assunto delicado ainda, mas o tom de empolgação em todos que mencionava o meu filho deixavam-me encorajada e vendo o lado bom dessa gravidez. — Já aviso que serei o padrinho, uma vez que...

— Uma vez que por/ra nenhuma, o padrinho sou eu. – disse Christian, batendo firme a faca sobre o balcão.

— Cuidado com essa faca Christian. – disse entre risos.

— Todo mundo quer se meter a padrinho agora nessa por/ra.

— Mas eu sou o mais adequado para ocupar esse cargo. – acrescentou Eddy, terminando o seu pensamento.

Enquanto Eddy e Christian discutiam quem deveria ser o padrinho do meu bebe, observava de longe Poncho inquieto ao lado de Diego. E ouvia coisas como “cara/lho, não acredito que o Ucker não vai tomar uma atitude.” “Não acredito que ele não está aqui, que ele não veio aqui”. E sorri internamente, nem de longe o Poncho era igual ao Christopher, e Anahí precisava saber disso.

CHRISTOPHER UCKERMANN

A confusão de ontem com Belinda parecia interminável, consegui manda-la embora ameaçando acabar com tudo só para evitar os surtos dela e ela ficou com medo, muito medo.

— Vicky, a próxima vez que você fizer algo como ontem, ficará de castigo. – disse, na mesa do café da manhã.

— Mas você deveria me agradecer por ter contado. – gabou-se Victoria. — Eu só fiz adiantar as coisas.

— Não, você só piorou as coisas.

— Não discutam no café da manhã meninos, sabe que seu pai não gosta. – pediu Marie.

Victor saiu apressado do quarto com a pasta em mãos, chamando por Rafaela e Victoria e saindo sem nem mesmo cumprimentar a mamãe ou a mim.

— Olha só quem está ali. – disse Marie, retirando-se da cozinha.

Belinda só pode ter enlouquecido.

— Você foi a sua casa ao menos? – questionei, antes que ela pudesse falar.

— Não consegui dormir depois da confusão de ontem. – disse, aproximando-se, parecia calma e isso me assustava. — Acho que precisamos conversar como duas pessoas adultas que sempre fomos.

Meu celular não parava de chegar mensagens do Poncho, mandando-me tomar uma atitude ou dando-me uma lição de moral insuportável.

— Pela primeira vez concordo com você.

Tentei não me incomodar com as mensagens e prestar atenção somente em Belinda, quanto antes resolvêssemos isso melhor.

— Não consigo acreditar que você tenha se deixado levar a tanto e tenha sido tão irresponsável Christopher. – dizia aumentando o tom de voz e sabia que aquilo não ia terminar bem.

— Fale baixo. – pedi.

— Não me interrompa! – gritou. — Acho inacreditável mesmo que tenha sido tão descuidado com essa garota quando você nunca quis nem brincar comigo sem a merda da camisinha.

— Fale baixo por/ra. – esbravejei. — A minha mãe ainda está em casa e merece respeito, se é que você sabe o que é isso, tem agido como uma louca nos últimos dias.

Ela parecia não me ouvir.

— Fora as inúmeras vezes que me forçou a engolir o remédio, quando nem mesmo era necessário.

Belinda tinha ódio na voz era perceptível quando fechava o punho.

— O que isso tem a ver com a situação, Belinda? Não a torna mais ou menos especial.

— Tem tudo a ver Christopher, eu vou matar essa garota por ser tão va/dia e envolver com homem comprometido e ainda engravidar dele.

— Você não ouse fazer nada contra ela. – apontei com o indicador, em tom de ordem. — Ela não tem culpa de nada, ela não sabia que namorava e para sua alegria. – estendi os braços. — Ela não é mais problema, ela sequer quer olhar na minha cara depois da sua lindíssima revelação.

Belinda começou a ri alto e sarcástica, maléfica talvez.

— Você não me engana mais Ucker, você acha mesmo que essa garota saiu de Goiânia para vir aqui a passeio? Que ela veio aqui de graça?

— Ela veio obrigada, o irmão a obrigou.

Tudo que desejava era que Belinda terminasse o namoro, porque já escutei boatos de que ela não aceita ser deixada, porque uma vez foi deixada no altar e isso a transformou, mas não, ela é dura de largar o osso, mesmo depois de tudo que fiz Belinda acabara de me dá um beijo acabando com a discussão que ela mesmo começou.